A noite foi um
tormento, mas precisava voltar a sua rotina, trabalhar seria o ideal no
momento.
Tomou um banho
demorado e se arrumou toda para ir ao hospital.
Sabia que teria
que teria que conversar com Carlos mais tarde, afinal ele a conhecia melhor que
ninguém.
Depois do fim
de seu casamento ele havia sido seu único porto, agora se via de novo envolvida
por alguém que não sabia respeitar os sentimentos de outras pessoas.
Ao lembrar-se
de Amanda, sentiu o ar lhe faltar, ainda tinha o gosto daquela mulher em seus
lábios e não conseguia esquecer o encaixe perfeito entre elas.
Mas não queria
outra mulher como Cristina, preferia se dedicar a sua carreira e deixar sua
vida pessoal parada como estava até ir aquela boate.
......
Amanda estava
cansada, sua conversa com Vanessa a tinha esgotado mais do que imaginara.
Ainda tinha
vontade de procurar por Juliana, mas onde, não havia sinal dela nem sabia por
onde começar. Seu único ponto era a boate, mas duvidava que a encontrasse ali.
Mesmo que
demorasse iria encontra-la e provar que aquele encontro não tinha sido casual e
muito menos que tinha costume de enganar as pessoas.
Acabou entrando
no mar com roupa e tudo, queria afastar toda aquela angustia que tomava conta
do seu ser, se a água tinha o poder de transformar poderia começar.
Seus passos
eram incertos à medida que saia da água, as roupas pesadas dificultavam seus
passos, acabou se jogando na areia e ficou ali, sem rumo.
Nunca tinha
sido assim, lembrava-se quando conhecera Vanessa e a força que tinha, mas
aquela mulher foi capaz de minar sua autoestima, seu poder dar a volta por
cima, sentia-se um animal indefeso a mercê de uma mulher que se mostrou ser
mais que uma mulher bonita.
Ela nunca tinha
sido uma mulher de ficar parada esperando as coisas acontecerem, e quando
conheceu Juliana sentiu nascer dentro de si à esperança de voltar a ser a boa e
velha Amanda, que sabia o que queria e corria atrás para conseguir.
Isso agora só era
feito nos negócios, quanto a sua vida pessoal, estava um caos.
......
Então se
lembrou de quando passou a fugir das coisas.
Era seu
aniversario de casamento com Vanessa, dois anos juntas. Havia preparado uma
surpresa aquele ano, contou com a ajuda de alguns amigos.
A pegaria no
escritório e a levaria para a casa que havia comprado, lá tinha um jantar
preparado para as duas e depois partiriam para um final de semana num lugar
paradisíaco.
Como sabia que
Vanessa iria trabalhar até mais tarde num caso grande do escritório sabia muito
bem onde encontra-la.
Chegou aos
escritórios e pode ver pela recepção que a única luz acessa vinha do escritório
de Vanessa, ao se aproximar ouvir barulho, na verdade gemidos e a voz
inconfundível da sua mulher.
Ao abrir a
porta a viu sentada sobre a mesa, completamente nua com a cabeça jogada para
trás gemendo enquanto uma mulher estava metida entre suas pernas, fazendo a
delirar de desejo. Não conseguia mover, sua mão estava na maçaneta e suas
pernas não conseguiam tira-la dali. Até que algo chamou a atenção delas, a
mulher que estava com sua esposa foi a primeira e me ver e cutucou Vanessa que
disse:
- não para,
quero gozar gostoso na sua boca linda.
Como não obteve
resposta ela ia falar com a mulher quando me viu, seus olhos no inicio
demonstraram surpresa, mas suas palavras foram como uma faca enfiando em seu
peito.
- por que não
se junta a nós, seria um ótimo presente de aniversario.
Diante daquela
cena grotesca o nojo que sentia de si mesma, tudo parecia vazio, de tudo que
conhecia de Vanessa jamais pensou que ela fosse capaz de agir daquele jeito, e
o pior que parecia que não estava em seu juízo perfeito, isso se ela tinha
algum.
Deu as costas a
elas e saiu dali, depois daquele dia parecia que tinha adquirido um gosto por
fugir.
......
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