Minhas Paixões, Muitas Loucuras

Esse conto eu li tem tanto tempo que por coincidência queria muito ler de novo e acabei de fazê-lo e me apaixonei de novo pela história da Di e Tati.


Parabéns autora "Agatha Nit", pelas palavras tão bem elaboradas, com um sentimento tão lindo.

Existem contos que nós fazem sonhar, desejar e querer ler de novo, pois nos envolvem de uma maneira tão linda.

Esse conto é assim, tanto que o li em um dia, tamanha vontade de chegar ao fim dessa bela história.



Boa leitura para quem não leu ou deseja reler como eu.



Bjs

 
 
Captilulo 01






Capitulo I



[16/10/09]





***Tatiana ***



"Até que enfim cheguei em casa" pensou, fechando a porta.

Após dois anos morando em São Paulo, voltara para seu apê em Nikiti. Tirou o tênis, deixou a mala no quarto e deitou na cama.

Sentia um pouco de dor nas costas, do lado esquerdo. "Droga, devia ter parado de lutar Muay Thay e ficado só no boxe, só assim não quebraria a costela, ai!". Ajeitou-se na cama e começou a pensar em como ela deixara sua vida virar uma bagunça.

Há cinco anos ela estava tão bem. Infeliz... Mas bem. Tinha controle sobre sua vida. Bom, ao menos achava que tinha.



*Cinco Anos Atrás*



Era a festa de aniversário na casa da Andréia, que era casada com a Fabiana há dois anos.



Cheguei cedo pra ajudar a arrumar o som, porque elas eram uma negação para a coisa. Ajeitei tudo, programei meu notebook para tocar as musicas sem parar.



Espalhei as caixas de som pelo grande quintal – que tinha pisos antiderrapantes na cor bege, uma piscina no meio, na lateral esquerda uma churrasqueira e lá no fundo uma mini quadra de futsal que a gente brincava às vezes. Elas tinham comprado a casa assim que decidiram se casar.



No início da noite, começaram a chegar vários amigos delas, héteros e gays. Mais tarde, a festa ficou uma loucura, ainda mais para mim, que não estava muito a fim de ir, pois tinha terminado com meu namorado, o Luciano, na semana anterior. Fui porque Andréia encheu tanto meu saco que não tive como escapar.



Eu e Andréia nos conhecemos uns dois anos antes. Ela era a dona da lanchonete "Affs", perto de onde eu fazia a minha faculdade. Começamos a conversar sobre várias coisas, e descobrimos que tínhamos muita afinidade: adorávamos filmes, séries, futebol e outras coisas. Ficávamos horas e horas discutindo sobre assuntos variados.

Ela namorava a Fabi, e eu achava o máximo o jeito delas, sempre muito discretas. Se elas não falassem que eram namoradas, ninguém iria saber, só trocavam carinho quando estavam entre amigos.



Ficamos tão amigas, que uma não precisa falar com a outra para saber o que estava pensando, apenas com olhar a gente se comunicava. Coloquei tanta pilha para que elas se casassem, que acabei me tornando uma espécie de "madrinha" delas.



Andréia, sempre muito simpática e descolada, era morena, magra, cabelos enrolados curtos, e um pouco mais alta que eu, entre 1,70m a 1,75m e seu sorriso tinha o dom de encantar a todos. Fabi, já era mais tímida, porém muito bonita. Era menor que eu um pouco, deveria ter em torno de 1,67m, já que eu meço 1,70m. Ela tinha cabelos castanhos, um pouco abaixo do ombro, os olhos cor de mel, além de seu jeitinho meigo, que acho que foi o que encantou Andréia, que é muito apaixonada por ela. Fabi era gerente administrativa de um banco, e foi assim que conheceu a Andréia, que tinha ido ao banco pedir um empréstimo pra aumentar seu negócio. Tinham se apaixonado à primeira vista.



Eu estava batendo altos papos com uns gatinhos, amigos de trabalho de Fabi, enquanto pensava na paixão súbita delas: "será que isso ainda existe?", pensei.



Foi quando ela entrou...



Loira, cabelo no meio das costas, com aqueles cachos largos caindo sobre o ombro, olhos castanhos, nariz afilado, uma boca perfeita. Usava uma micro saia branca que dava pra perceber o quanto eram definidas suas pernas - acho que ela malhava, ah com certeza malhava, porque aquelas pernas eram lindas. Um top verde lima, que deixava metade de sua barriga lisinha de fora e exibia o piercing no umbigo, completava o vestuário.



Nossa! Ela estava tão linda que não tirei meus olhos dela. O que os rapazes falavam nem me pergunte, porque naquele momento a festa parecia estar em câmera lenta e um foco de luz em cima dela, igual a um filme. De repente, comecei a raciocinar. "Hei, acorda!", pisquei. "O que essa mulher tem? Eu nunca reparei em nenhuma mulher desse jeito". Respirei fundo e tentei voltar à conversa, mas já estava muito desinteressada.



E o pior estava por vir. Minha linda amiga da onça estava prestando atenção em mim naquele momento. Pediu licença aos rapazes

- Oi! Posso roubar ela um pouquinho? – salvadora Andréia, eu já não sabia o que falar. Sabe quando você perde o pique da conversa? Eu estava assim, só ria de piadas sem a menor graça.

- Tati, amiga, que cara é essa?

- Que cara? - fiz-me de desentendida, sabia que ela tinha percebido.

- Você dando uma secada na prima da Fabi!

- Prima, que prima? – disfarcei de novo, mas na verdade eu não sabia mesmo quem era a prima da Fabi.

- A loira que chegou agora, seu queixo quase caiu! – começou a rir da minha cara.

Fiquei irada, acho que dava para ver meus olhos faiscarem.

- Você tá louca! Sabe que eu gosto do Luciano - ela riu mais.



Andréia sabia que eu estava de saco cheio dos ciúmes dele, já que nunca dei motivos para isso. Ainda tinha aquela pressão de querer ficar noivo. Ele estava ficando louco! Eu disse um "Não" bem bonito para ele.



Luciano era bonito, corpo atlético, da marinha, usava óculos. Por muito tempo achei que o amava, mas creio que foi só o tesão mesmo. Ele era um furacão na cama, era muito bom mesmo. Mas começou a me sufocar, assim para mim não dava. Terminei com ele.



- Sei que gosta... Então por que terminou com ele?



Droga! Ela já estava enchendo.



- A gente só deu um tempo, tá! E vamos mudar de assunto que já estou começando a ficar enjoada. Se bobear, vou embora agora – fiz cara de irritada, mas estava rindo por dentro, pois Andréia arregalou os olhos, assustada com a minha atitude.

- Tá, não precisa ficar irritada – olhou para mim com um risinho cínico. – Já que é pra mudar de assunto, tenho uma bomba pra você, o meu comp... - não deixei ela terminar.

- Ai, não! Aquela goiaba parou de novo! Não tá na hora de você comprar um computador decente, não?



Poxa! Aquele computador já estava me dando nos nervos. Só vivia cheio de vírus, tinha que colocar uma manivela do lado pra poder ele andar. Ela sempre se aproveita de mim, já que sou formada em informática.



Trabalho em uma empresa que implanta redes em todo Brasil, ganho bem, meus pais não me deixam faltar nada. Na verdade, eu trabalho porque quero se dependesse de meus pais, ficaria igual àquelas "Paty" fúteis. Já que eles me bancam, posso juntar o meu dinheiro.



- Poxa, Tati! Por favor?

"Agrrrr"

- Tá, mas na próxima, eu o jogo pela janela e você compra um novo - caímos na gargalhada.



Quando estávamos quase entrando na casa, Fabi estava vindo com a loira, que ria em minha direção. Eu queria parar ou fugir para o outro lado, mas Andréia iria perceber, então... "Vamos encarar a loira".



- Oi, Tati! Essa é minha prima lá do Rio, Vanessa.



Eu não sabia o que fazer, meu coração parou, meu corpo gelou. Ficou na minha cabeça "O que eu faço!! To ficando louca!! Calma Tati, respire, respire TATI".



- Prazer – veio ela, me deu três beijinhos, o último perto da boca.



Arregalei os olhos fiquei sem graça, acho que não cheguei a ficar vermelha: fiquei roxa! Ela tinha um cheiro doce, eu nunca gostei de perfumes doces, mas nela estava muito maravilhoso.



- Nossa, seus olhos são lindos, são verdes ou azuis? – a voz dela era suave, parecia música nos meus ouvidos. Tanto que nem prestei atenção no que ela perguntava.

- Ãh! O quê?

- Seus olhos! - falou Andréia com um sorriso cínico.

Até tinha me esquecido que ela estava ao meu lado, olhei atravessado pra ela que ficou séria na hora.

- Depende da luz... Ora fica verde, ora azul. Não sei dizer que cor está agora – dei um sorriso sem graça.

- Você tem covinhas! Ai, acho lindas suas covinhas – ela tocou meu rosto, as mãos dela estavam quentinhas e macias. "É impressão minha ou ela está dando em cima de mim?".

- Obrigada! Mas se me der licença, eu tenho que ver uma goiaba com vírus – comecei a rir, Andréia me olhou de cara feia. Foi à maneira que tive para me afastar e processar o que estava acontecendo, estava tudo indo rápido demais.



"Ufa!", entrei na casa e conseguiu me livrar dela. Fui para o escritório de Andréia e comecei a mexer no "Lentium" dela.



Eu sei que estávamos numa festa, mas a única maneira de eu começar a pensar nas coisas, era começar a desmontar coisas. Sempre fui assim, desde pequena, desviava minha mente para uma coisa e ai sim, esfriava a cabeça, depois voltava novinha em folha. Nunca consegui agir por impulso, sempre pensei muito antes de fazer as coisas. Quantas vezes me arrependi de não ter mergulhado de cabeça.... Peguei minha mochila que estava no meu carro e voltei para começar a desmontar.

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Capitulo 2

Capitulo II





[17/10/09]



*** Vanessa***



"Cara, se essa festa for chata, eu mato a Fabi".



Passei pela porta de traz da casa e vi que a festa estava bombando. Comecei a olhar, procurando alguém interessante.



Passei os olhos em uma mesa, e vi uma menina que deveria ter uns vinte e dois anos, bronzeada, cabelos lisos, pretos, que batiam na altura da cintura, cortados em V. Falava fazendo gestos com as mãos. Sorria... Linda!



Só tinha um problema: estava cercada de homens, pelo visto ela era hétero. Admirá-la, entretanto, não iria arrancar pedaço.



De repente, ela olhou para mim, começou a me dar uma secada que eu bem que gostei. Cheguei a me empinar mais. Senti os olhos dela percorrer meu corpo, já estava ficando excitada. Foi quando Fabi chegou.



- Oi Van, e ai, tá gostando do que vê? Não é igual as suas festas, né? Mas dá pra se divertir – veio ela com aquele sorrisinho tímido.

- Tô gostando, pelo que eu estou vendo acho que vai ficar melhor que as minhas festas – olhei para a mesa onde estava a garota, Fabi olhou também.

- Nem pense nisso - olhei pra ela com uma cara de espanto, não entendi.

- Por quê? O que tem?

- Ela é hétero, totalmente hétero – ela parecia com raiva, e continuou – Eu te conheço muito bem, você sempre ilude as meninas que fica e depois as trai, não vai chegar nem perto da Tati, não, tá, sua Don Juan – "ui! Essa doeu", ela me deu um beliscão.

- Então é esse o nome dela. Tati... Lindo – ela me deu outro beliscão - Ai! Assim vou ficar roxa – peguei na mão dela e sai puxando-a. - Me apresenta ela, se ela for hétero ela não vai me dar nenhum mole.



"Ainda bem que ela não viu a amiguinha dela me secando".



"Caramba, que sorte!". Ela e Andréia vinham em nossa direção. E ela era ainda mais linda de perto, suas bochechas estavam rosadas, devia ir muito à praia.



Ela estava com uma calça jeans colada, uns quatro dedos abaixo do umbigo, dava pra ver a pontinha de uma tatuagem do lado direito. Uma blusa vermelha, também coladinha, que permitia ver completamente as curvas do seu corpo, tinha uma bunda espetacular, um jeito de andar que eu me deixava babando. Quando ela chegou mais perto... "Nossa!". Não dava para definir se os olhos dela eram verdes ou azuis. Lindos! Ela parecia envergonhada, não sei explicar direito. Até que minha prima nos apresentou.



- Oi Tati! Essa é minha prima lá do Rio, Vanessa.



Não me fiz de rogada, fui logo colocando a mão perto da cintura dela, a pele muito macia. Dei três beijinhos, o último, é claro, quase meio selinho. A cara que ela fez foi linda. Mas eu estava fascina pelos olhos dela.



- Nossa! Seus olhos são lindos! São verdes ou azuis? – parecia que ela estava em transe, ate que a Andréia a cutucou.

- Ãh! O quê? - achei tão engraçado o jeito dela, tipo menininha, linda. Acho que já estava me apaixonando.

- Seus olhos! – Andréia tentou ajudá-la.

- Depende da luz, ora fica verde, ora azul, não sei dizer que cor esta agora – "que sorriso!", um pouco tímido, "meu Deus! Essa garota ta me deixando maluca". Adoro covinhas, as dela eram maravilhosas.

- Você tem covinhas! Ai! Acho lindas suas covinhas – aproveitei novamente e coloquei a mão no seu rosto, macio e aveludado.



"Caramba! Meu coração ta disparado, o que esta acontecendo? Eu sempre fui à pegadora. Será que eu estou me apaixonando?"



Ela arranjou um uma desculpa e saiu, acho que estava envergonhada, mas também acho que ela balançou. Vou chegar junto, pra ver o que acontece.





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Capitulo 3



Capitulo III



[18/10/09]



***Tati***



- A Andréia me paga! Esse computador tá com um quilo de poeira – falei enquanto o limpava.



Terminei de limpar e coloquei a placa que, por sorte sempre tenho extras na minha mochila. Liguei o computador e me espantei: "Nossa! Como uma pessoa pode pegar tanto vírus assim, cruz!" Tinha muita porcaria, vírus que não se acabavam. Nem quis pensar muito. Enquanto passava o antivírus, comecei a pensar na Vanessa.



"O que será que está acontecendo? Eu nunca me senti assim com nenhum namorado. Ah! Mas ela é linda". Coloquei a mão da nuca, olhei pro teto e fiquei viajando. Entraram no escritório... Era ela.



Meu estômago embrulhou, sempre acontece quando estou nervosa. Ela estava sorrindo, linda por sinal. Com uma taça de vinho tinto em uma mão e uma cerveja na outra, recostou-se na mesa de frente para mim.



- A Andréia mandou pra você – eu a mato, as pernas dela estavam na altura do meu peito, a meio metro. Dei uma olhada do corpo dela. Peguei a taça e virei de uma vez só. Não sei nem que gosto tinha.

- Calma! - disse ela. – Tá nervosa? - ela percebeu pela cara que eu fiz.

- Não, imagina... – estava uma pilha.



Ela se aproximou do meu rosto e me olhou nos olhos.



- Agora estão azuis! – deu um sorriso.



"Eu to perdendo o controle". Não sabia se olhava os olhos castanhos dela ou sua boca, que parecia ter sido desenhada, de tão perfeita.



Ela se levantou e foi em direção à porta. Ai me deu um estalo: "Tati, tá na hora de você aprender a arriscar. Será que estou apaixonada?" Eu nunca senti isso, meu coração parecia querer sair do peito, de tão acelerado. Agi com o coração, pela primeira vez.



Levantei e, antes que ela alcançasse a porta, puxei-a pelo braço, olhei-a nos olhos, na boca. Empurrei-a contra a porta e não resisti, encostei meus lábios nos dela e deixei rolar.



***Vanessa***



Ela estava linda, fez um nó com o próprio cabelo, ficaram alguns fios soltos. Pude ver sua nuca, tinha três estrelinhas tatuadas atrás da orelha esquerda, ela usava brinco de argolas não muito grandes.



Sentei-me bem próxima dela, dava para sentir sua respiração em minhas pernas, ela parecia que ia devorá-las. "Mas ela não é hétero, totalmente hétero, como a Fabi falou. Deixa pra lá".



Entreguei a taça com o vinho que a Andréia tinha mandado, a garota era mais louca do que eu pensava, tomou tudo numa golada só. Pedi a ela para ter calma. "Pronto, deixei a menina nervosa, agora que eu não consigo nada". Olhei nos olhos dela para apreciá-los de novo, estavam azuis, lindos! Olhei para sua boca, aqueles lábios finos. Engoli seco. Dei um sorriso e sai, antes que cometesse uma loucura. Suspirei e pensei: "Se fico aqui eu agarro ela, se segura!", estava quase chegando à porta quando ela me puxou pelo braço, eu não tive reação. Olhou nos meus olhos, me empurrou contra a porta e me beijou!



"Meu Deus! Que loucura!". Sua boca era muito macia, o jeito de beijar... Ninguém nunca tinha me beijado assim. Eu estava atônita. Foi quando senti seu corpo encostar-se ao meu, me arrepiei inteira, segurei em sua cintura e a puxei para mais perto.



Parecíamos uma só pessoa. Minhas mãos percorriam suas costas por dentro da blusa, ela deu um gemido. Meu coração disparou, a nossa respiração estava muito ofegante, empurrei-a contra a parede e beijei seu pescoço. Ela gemeu de novo, me deixando louca. Do jeito que ela estava com certeza sua calcinha já estaria encharcada... A minha já estava quando eu a vi.



Deixei minha mão percorrer até seus seios, pequenos, mas perfeitos, do jeito que eu amava. Abaixei a alça da sua blusa e, quando eu ia começar a beijar aqueles peitos perfeitos, bateram na porta.



Ela ficou assustada, olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas. Parecia estar com muita vergonha.



- Desculpa! – pegou a chave do carro e o celular que estava em cima da mesa e saiu tão rápido que eu não consegui pronunciar um A.



Era minha linda prima na porta, quase a enforquei, mas tudo bem. Pelo menos sei que a "Tati hétero"... Não é mais.



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Capitulo 4





Capitulo IV



[19/10/09]



***Tati***



Cheguei em casa, como? Não sei. Quando percebia já estava estacionando o carro, passei como um raio pela sala direto para o quarto e tranquei a porta. "O que eu fiz? Perdi totalmente o meu controle, eu não sou assim." Fiquei remoendo aquilo durante horas, decidi tomar um banho pra ver se relaxava, mas de nada adiantou, passei a noite em claro. Já eram seis da manha e eu andava de um lado a outro do quarto, tinha que sair dali meu quarto já estava pequeno, fui caminhar na praia.



Eu morava a um quarteirão da praia, caminhei acho que mais de duas horas, não tinha rumo apenas andava. O dia estava lindo, o sol perfeito, o mar cristalino, parei no quiosque pedia uma água de coco e sentei perto a água deixando as ondas molhando os meus pés. Passeia a pensar no beijo, o que aconteceria se a Fabi não tivesse batido na porta, senti um frio na barriga só de pensar. Era hora de voltar pra casa.



Quando cheguei em frente de casa o carro da Andréia esta parado, milhões de pensamentos vieram. "Será que ela esta aqui? Meu Deus! O que eu vou fazer, dizer?" o coração saltava do peito. "Não a Andréia, não iria trazer ela aqui!". Só tinha um jeito de saber entrando em casa. Entrei e avistei Andréia tomando café com meus pais e meu irmão, não precisei falar nada apenas olhei e ela entendeu.



- Filha vem tomas café! – disse minha mãe, mas meu estomago estava frágil depois da noite mau passada.

- Não to com fome depois eu como alguma coisa. – fui subindo a escada com Andréia me seguindo.



Meus pais não gostavam muito da minha amizade com a Andréia por saber da opção sexual dela, mas perceberam que de nada iria adiantar falar, porque cada dia que passava a nossa amizade ficava mais solida. Ela era a minha confidente e eu a dela.



Entrei no quarto e me joguei na cama, ela logo atrás trazendo a minha mochila, nem tinha lembrado que tinha a esquecido lá.



- O que aconteceu com você? Sumiu da festa quando fui te procurar, a Fabi falou que tinha ido embora. – ela nem imagina o porquê.

- Não aconteceu nada, não estava me sentindo bem – não olhei pra ela, iria saber que era mentira.

- Não foi o que eu soube! – ai meu Deus o que falaram pra ela

- Você soube do que?

- Que você ficou trancada no escritório com a Vanessa... – meus olhos encheram de lagrimas, já não conseguia segurar, estava muito confusa e ela percebeu. – Tati meu bem não fica assim, me conta o que realmente aconteceu?

Contei a ela o que tinha acontecido, o que eu estava sentindo.

- Déia, o que eu faço?

- Você gosta dela?

- Não sei, meus pai me matariam se soubessem disso. – meus olhos se encheram de lagrimas de novo.

- Tati, se você vai se sentir feliz não importa o que seus pais, seus tios e o resto da sua família vão dizer, o que importa de verdade é você, se você gosta de homem ou de mulher, branco ou preto. Não importa. Tem que pensar em você na sua felicidade.

- Mas eu nunca senti isso com nenhuma mulher?

- Acontece pode ser só a curiosidade, mas também pode ser algo mais, que sabe ela não é o amor da sua vida?

- Ai você já esta viajando.

- Viajando por quê? Sei que você nunca amou ninguém, um amor de verdade, daqueles que você se entrega de corpo e alma, que chora e ri de coisas que não tem nada a ver. De querer ficar junto a todo instante.



Fique em silencio ela estava certa, "será que o que estou sentindo é amor? Paixão? Ou curiosidade?" Tinha que descobrir, mas também tinha que pensar, como sempre!

Ela passou o dia inteiro comigo, conversamos sobre tudo, menos o assunto Vanessa. Estávamos assistindo a um filme, preferi comedia porque minha vida já estava um drama, Pedro meu irmão juntou-se com a gente e começou a fazer piadas e a zoa, bom na verdade não assistimos nada. Mas por um lado foi bom, o dia passou rápido e não pensei em Vanessa.



Há primeira semana foi dura, evitei ao maximo ir a casa da Déia, pensava e sonhava com a Vanessa todos os dias. Já estava a beira da loucura, estava tendo sonhos eróticos com ela, acordava tão excitada que tinha que tomar um banho frio pra conseguir dormir de novo.



Eu tinha que parar de pensar nela, passe a levar trabalho pra casa, se não tinha inventava, a minha mente tinha que esta ocupada sempre. Passaram-se mais duas semanas, já estava mais calma, mantinha o meu controle já não pensava nela o tempo todo. Às vezes quando tocava uma musica romântica no radio, passava um filme na minha cabeça o beijo, a Mão dela no meu peito.



Era sexta feira estava no meu escritório o chefe me chamou, dizendo que eu tinha que supervisionar um trabalho. O encarregado do serviço estava tendo muitos problemas se eu teria que ir lá pra resolver. Era em uma faculdade no centro do Rio.

Fui depois do almoço, cheguei por volta das duas, fui passando as instruções pra ele. Mas tinha um computador que dava erro em tudo o que ele fazia.



- Marquinho, pode deixar esse aqui comigo e você vê o resto, assim a gente acabe cedo.

- Pô, valeu Tati! - a cabeça dele coitado estava saindo fumacinha.



Estava no computador, acho que era da coordenadora, os fios muito embolados em baixo da mesa, sentei no chão e fui desembolando. Quando ouvi uma voz "não pode ser? Será que é ela?" meu corpo gelou. Levantei a cabeça, a porta estava aberta era ela, linda em um terninho azul bebe sandálias brancas bolsa da mesma cor, cabelos presos com um coque. Eu estava babando, quase em transe, ela se virou e veio em minha direção, mas não tinha me visto ainda. Não sabia o que fazer, num ato de desespero entrei debaixo da mesa, "Do que estou fugindo? Também tanto lugar pra ela trabalhar. Ela tinha que trabalhar logo aqui? Devia ter ficado no escritório, inventado um dor de barriga! agrrr". Continuei ali, já não sabia o que estava fazendo.



- Boa tarde! - disse ela parada atrás de mim.

- Booa .. Taarde... – minha voz saiu tremula

- Você é a supervisora? - eu não conseguia me virar

- Isso.

- Tem previsão de quando vai fica pronto? - a voz dela parecia irritada, ate eu ficaria, falava com uma pessoa que ficava de costas.

- Não sei. Temos que avaliar.

- Você pode olhar pra mim, pelo menos me de um mínimo de atenção! – esse era o problema se olhasse pra ela com certeza teria toda a minha atenção, mas não referente ao trabalho.



Levantei-me devagar ainda de costas, limpei a calça e me virei. O olhar dela de ira em um segundo mudou, ficou surpresa a me ver, abria e fechava aboca, mas não saia nenhum som, estava um pouco corada, me deu uma vontade de rir, mas me segurei.



- Bom como eu ia dizendo, não sei se vai dar pra terminar hoje! – ela ficou me olhando parecia não acreditar. – Esse computador é o seu?

- Éee, siimm! – agora foi à vez de ela sair com a voz tremula, dessa vez não consegui conter o riso. – Do que você esta rindo?

- Nada. – ficamos em silencio por alguns minutos. Nos olhando eu mergulhada naquele olhos castanho, hipnotizada. Estávamos muito perto uma da outra, nossos olhos não se desgrudavam e ela foi chegando mais perto, meu coração disparando. Passou a mão em alguns fios de cabelos que caiam no meu rosto colocando-os atrás da orelha, assim pousando a mão na minha nuca. Arrepiei-me toda, ela sentindo isso se aproximou mais ainda mordendo os lábios inferiores, não conseguia respirar tinha que beijá-la, nossas bocas já estavam tão próximas. Quando bateram na porta, demos um pulo, ela se afastou rapidamente e um rapaz entrou trazendo uns papeis.



- Dona Vanessa a sua reunião começa daqui a dez minutos! – falou e logo saiu

- Você sai que horas? – virou-se pra mim, me pegando totalmente de surpresa. Sinceramente não sabia o que dizer, saiu mecanicamente.

- As..as..as seiiis! Por quê?

- Que sair pra tomar alguma coisa?

- Pode ser. – "pode ser" o que esta dando em mim

- Isso quer dizer um sim ou um não?

- Siiimmm. - agora tenho um ataque cardíaco. - Mas tenho que passar na empresa antes.

- OK! Te espero as seis. – saiu pela porta, "meu Deus o que eu vou fazer?"





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Capitulo 5





Capitulo V



[20/10/09]



***Vanessa***



Nossa a reunião rolava, eu não conseguia prestar a atenção no que as pessoa diziam, meus pensamentos eram só na Tati. Tinha ido todos os finais de semana para Niterói só pra vê-la, mas ela havia sumido. E hoje ela aqui, só pode ser o destino.

Seis e dez cadê ela? Será que ela desistiu e foi embora? Derrepente alguém tocou meu ombro.



- Vamos? – ela estava com um sorriso lindo, os olhos brilhando

- Claro. - fomos andando em direção ao seu carro, era uma TRACKER preta.



Chegamos à portaria da empresa de onde ela trabalha um senhor moreno de cabelos grisalhos muito simpático atendeu a gente.



- E ai, seu João! Nosso time ta mal das pernas né?

- Nem me fala, qualquer dia desses vou ter um infarto com esse ataque do Flamengo. – ela começou a rir linda. Não sabia que ela entendia de futebol.

- Vai melhorar você vai ver. – falou enquanto passava o cartão na roleta

- Se você pudesse jogar naquele ataque ai sim poderia melhorar.

- Ainda não inventarão o time misto. Um dia quem sabe. – começaram a rir.

- Libera um cartão de visitas pra mim? – o senhor entregou o cartão, fomos para o elevador.

- Futebol? – perguntei

- É! Joguei dos quatorze aos dezessete anos pelo Flamengo no time juvenil feminino. Escondido dos meus pais.

- Escondido?

- É eles descobriram quando passou uma reportagem sobre futebol feminino e os amigos deles começaram a cumprimentá-los. Fique um bom tempo de castigo. – sorriu com cara de sapeca, era incrível o jeito como ela falava parecia uma adolescente.



Entramos na sua sala, perguntou se eu queria alguma coisa e mandou que eu ficasse a vontade e saiu da sala. Passaram uns dez minutos ela já estava de volta.



- Vou demorar só mais um pouquinho, ta! – fez uma carinha de preocupada

- Tudo bem!



Enquanto isso, fiquei olhando o seu escritório. Uma mesa grande em L de lado para janela com um computador e um laptop, duas cadeiras brancas a frente da mesa mais atrás uma sofá de três lugares branco encostado na janela, ao lado dele um balcão com varias peças de computador, a esquerda de um lado da porta outro sofá de dois lugares e frente a ela uma mesinha de centro com varias revistas, do outro lado da porta uma estante com vários livros. Um lugar bem aconchegante bem iluminado. Fique admirando aquele lugar, quando ela entrou com uma pasta na mão guardou na gaveta e pegou uma mochila.



- Só mais um minutinho e já volto.

- Tudo bem. - esperaria por ela o tempo que precisasse.



Demorou mais uns vinte minutos, eu estava senta no sofá de costas para a porta de olhos fechados pensado nela, no beijo e quase beijo na faculdade. Quando um perfume invadiu o lugar, abri os olhos derrepente fitei-a de cima a baixo. Ela tinha tomado banho, estava com um vestido tomara que caia roxo na altura do joelho sandálias de salto pretas. Babei!! Alguém tem um babado ai, quase gritei.



- Vamos! – usava um batom suave e lápis preto nos olhos o que realçava-os mais ainda.

- Vamos.

- Pra onde você quer ir? – disse quando saiamos da sala

- Não sei, escolhe?

- Tem um barzinho legal na Lapa, quer ir la?

- Claro!



Chegamos ao tal barzinho por volta das oito e meia, nos sentamos em uma mesa de canto, o lugar era bem discreto com musica MPB ao vivo, pedi uma cerveja ela um refrigerante, não bebia quando estava dirigindo. Começamos a conversar sobre tudo empregos, amigos, filmes, artes e etc. Não vimos à hora passar o lugar já estava lotado. Era quase meia noite quando o celular dela tocou. Uma tal de Michele queria saber onde ela estava, e para o meu azar a tal estava por perto. Não demorou dez minutos ela chegou. Parecia um pouco com Tati, era mais baixa, cabelos curtos desalinhados pretos, olhos também pretos, o corpo muito bem feito bonitas curvas, mas a Tati era mil vez melhor.



- Oi gostosa! – abraçou Tati e deu um selinho.

- Oi gatinha! - disse ela, depois se virou pra mim. – Vanessa essa é minha prima Michele. - fique um pouco sem graça, por que estava com cara de poucos amigos.

- Prazer – dei dois beijos



Ela se sentou com a gente, era um pouco "porra louca", mas divertidíssima, ficou esperando uns amigos, quando eles apareceram, ela se despediu. Tati falou alguma coisa no ouvido dela que não deu pra escutar ela sorriu, deu um selinho na prima e foi embora. Já passava de uma da manhã, quando ela falou?



- Caramba! Uma e meia, ainda tenho que atravessar a ponte?

- Então vamos! – ela pediu a conta, ai começou a discussão, eu queria pagar ela também. No fim ela pagou.

- Na próxima você paga. Ta bom? – próxima? Mordi meus lábios dei o sorriso mais safado.

- Ta ótimo! – ela captou meu pensamento e ficou corada. – Vamos



Apesar de tarde ainda tinha muita gente no bar, levantei peguei a bolsa, ela me contara que detestava usa bolsa, sempre usa uma carteira pequena e fina que só cabiam a carteira de motorista alguns cartões e dinheiro, o resto ficava tudo na mochila de trabalho dentro do carro. Fomos saindo eu na frente ela atrás, derrepente houve uma briga, começou um empurra – empurra. Ela me segurou pela cintura e foi me guiando pra fora o mais rápido possível.



- Que loucura!

- É! Às vezes tem uns babacas que bebem demais e perdem a linha. – disse olhando pra confusão. - Vamos, vou te lavar pra casa.

- Não precisa, eu pego um taxi.

- Ta doida taxi há essa hora, não eu te levo! – caminhamos em direção do carro

- Você mora aonde aqui no Rio? – disse enquanto dava partida no carro

- Botafogo



Chegamos enfrente ao meu prédio. Ela estava tão linda, conversava tão solta aquela timidez da primeira vez que a vi tinha ido embora. Queria beijá-la.



- Quer subir? – ela olhou espantada

- Não sei. Ta muito tarde.

- O que, que tem?

- Ta, mas só um pouco. Na verdade queria usar o banheiro, com aquela confusão esqueci de ir. - começou a rir



O porteiro abriu a garagem ela guardou seu carro na vaga de um visinho que viajava sempre. Entramos no elevador ficamos uma de cada lado, nosso olhos não se desgrudavam, uma devorando a outra apenas com o olhar. Chegamos ao oitavo andar, mas precisamente no numero 801, abri a porta e estreitei sua passagem, de um modo que quando ela passou teve que encosta-se a mim. Eu já estava fervendo com aquele toque explodi. A gora foi a minha vez de agarrá-la, não dei nem tempo pra ela pensar. Puxe-a pelo braço, pra se virar de frente, coloquei a mão na sua nuca e puxai-a de a mim, nossas bocas se encontraram com certa urgência, queria devorá-la inteira e ela correspondia de mesma forma, fui empurrando ela pra um balcão que tinha na sala. Passei a mão jogando tudo no chão sem desgrudar da sua boca, ela sentou e enlaçou as pernas na minha cintura, ela ofegava, gemia me deixando com mais tesão. Ela parou de me beijar.



- Preciso ir ao banheiro. – disse sussurrando, com a voz descompassada, tentando recuperar o fôlego.

- É ali. – disse apontando, também tinha que me recuperar. Aqui foi como se estivesse no olho de um furacão.





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Capitulo 6

Capitulo VI





[21/10/09]



***Tati***



Eu tava mesmo precisando de um banho, me enchi de poeira tentando adiantar o serviço pro Marquinho, ainda bem que sempre levo uma roupa reserva. Quando entrei na sala ela parecia me devorar, fiquei um pouco sem graça, já tinha sido admirada desse jeito por muitos homens, talvez até mulheres, mas nunca tinha prestado a atenção.



Chega ao bar peguei uma mesinha afastada do tumulto que sempre fica depois das onze. Nossa nunca pensei que conseguiria leva um papo tão descontraído, ela falava coisas muito divertidas, as horas foram passando que eu nem percebi. Ate que meu celular tocou era minha prima, meu grude e minha melhor amiga. A apresentei a Vanessa ela tava esquisita não entendi o porquê, mas depois que Michele sentou com a gente ela foi se descontraindo. A Mi era totalmente sem nação, os amigos dela apareceram ela disse que já ia. Tinha que inventar uma estratégia porque antes de sair la da empresa tinha ligado pra minha mãe dizendo que ia sair com a Mi, falei com ela que se minha mãe liga-se e ia ligar pra dizer que eu estava com ela e que inventasse qualquer desculpa. Ela queria saber o que iria fazer, mas disse que depois conversaríamos com calma. Como ia explicar a ela que eu esta afim de uma mulher.



Vanessa e eu continuamos la no bar, tava tão bom que perdemos a noção da hora. Já passava de uma hora da manhã, me espantei quando estou com ela às horas voam. Estávamos nos dirigindo pra saída, começou um tumulto, dois bêbados brigando por causa de mulher. Tinha que tira-la de la, segurei em sua cintura, com o empurra - empurra, nossos corpo se encostavam senti o perfume dos seu cabelos. Meu corpo estava pegando fogo com aquele contato.



Depois de insistir muito ela deixou que eu a levasse pra casa. Caramba não tinha pensado em uma coisa, ela iria me convidar pra subir e não deu em outra, tive que subir. No elevador a temperatura estava alta, era uma guerra de olhares. Por dentro eu estava tremendo cada vez que ela, praticamente me despia com o jeito de olhar. Ao entrar no seu AP não tive tempo de admirar o lugar, ela já estava agarrada em mim, foi me arrastando, nem sei direto pra onde, quando percebi já estava sentado em um balcão e em um beijo tão profundo e urgente que me tiravam o ar. Afastei-a precisava respirar, ai veio à desculpa o banheiro!



"Meu Deus Tati, o que você ta fazendo aqui?" andava de um lado a outro. "Mas também esse beijo" passei a Mãos em meus lábios, o coração a mil. "Tenho que ir pra casa, não posso ficar aqui" passei a mão no cabelo "E se eu ficar, o que pode acontecer? Só tem um jeito de saber, sair do banheiro." Pronto já estava decidida.



Abri a porta ela estava sentada no sofá, levantou e veio em minha direção, já estava mais à vontade tinha tirado os sapatos, perguntou:



- Ta tudo Bem! - fiz que sim com a cabeça, estava hipnotizada.

- Quer beber? Ou comer alguma coisa? – ela estava querendo me deixar mais relaxada. Mas essa pergunta na minha cabeça gerou muitas coisas.



Tava tão entretida em meus pensamentos "Comer" "Beber", que nem percebi que estava mordendo meus lábios e fitando o corpo dela de baixo a cima e parei nos olhos castanhos vidrados em mim, acordei do meu devaneio. Acho que fiquei vermelha, vermelha não roxa.



Ela percebeu e veio em minha direção não deu tempo de dizer nada, nossas bocas se encontraram com tanta rapidez, tanto desespero, as mãos dela passeavam pelo meu corpo, passou por baixo do vestido passeou pelas minhas coxas e tocou meu sexo encharcado, soltei um gemido alto. Ela foi me empurrando, me colando na parede, tudo sem descolar a boca da minha, meus braços passado envolta do seu pescoço massageando sua nuca, ela gemeu e isso me dava mais prazer. Suas mãos driblaram minha calcinha e marcaram um gol!! Rsrs. O gemido foi tão alto que tive que descolar de sua boca, que já estava com um sorriso de satisfação. Eu ofegava respirar já não sabia o que era. As mãos muito habilidosas me faziam sentir coisas que eu jamais pensei que sentiria. Com sua outra mão abaixou meu vestido, deixou meus seios de fora os biquinhos já estavam durinhos, ela umedeceu os lábios deu um risinho safado e começou a beijá-los, sugá-los e morde-los. Minhas unhas já estavam cravadas em seus ombros, meu quadril se movimentava sozinho, meu corpo começou a estremecer, ela colou a boca no meu ouvido:



- Goza pra mim, vai!

Explodi num orgasmo tão grande, abracei-a, meu corpo em espasmos minha respiração descompassada. Acho que se eu não a abraçasse cairia no chão, com certeza.



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Capitulo 7

Capitulo VII



[22/10/09]





***Vanessa***



Quando ela entrou no banheiro eu não podia acreditar, depois desse beijo e tinha que ser minha. Fique andando de um lado a outro na sala, tirei as sandálias pra relaxar. Ela demorava, "Será que eu a assustei?" me joguei no sofá. Escutei a porta do banheiro. Perguntei se ela que ria alguma coisa para comer ou beber. Foi quando vi o seu olhar, agora tinha certeza ela queria o mesmo que eu. Fui no impulso, o beijo maravilhoso.



Ela se entregando a cada toque, minha mão deslizou entre suas pernas, o sexo dela estava tão molhado que meus dedos entram com uma facilidade incrível, ao primeiro toque ela gemeu. Nossa o que era aquilo? Meu corpo tremia por dentro. Ela rebolava na minha mão, sentia meu sexo pulsando. Beijei seu pescoço e fui descendo, abaixei a parte de cima do seu vestido e tive a visão que estava esperando desde o primeiro dia que a vi, os seios pequenos lindos beijei-os. Ela gemia e rebolava, senti suas unhas em meu ombro e seu corpo se contraindo. Pedi que gozasse pra mim. Ela gozou e eu gozei junto. Ela me abraçou tão forte, seu corpo ainda em espasmos sua respiração ofegante. Minha mão ainda estava dentro dela, tirei devagar ela deu um suspiro e me apertou mais ainda, adorei aquela sensação.



Esperei a sua respiração voltar ao normal, peguei-a pela mão. E levei até meu quarto. Ali me despi devagar, ela com um olhar vidrado em mim, tirei também seu vestido e sua calcinha. Vi sua tatuagem, uma fadinha. Engraçado é que se parecia com ela!



Beijei-a lentamente, deixei meu corpo cair sobre o dela, nossos sexos se tocaram e ela gemeu. Arrepiei-me inteira. Precisava sentir o gosto dela, fui descendo beijando pescoço. Parei nos seios mordi lambi beijei, ela arqueava o corpo, suas mãos agarradas em meus cabelos. Fui trilhando pela barriga, ate chega onde queria. Beijei seu sexo com uma urgência, queria devorá-la inteira. Penetrei-a também com os dedos e rebolava em minha boca. Seu corpo já estava se contraindo. Ela iria goza e eu queria bebê-la inteirinha.



- Goza pra mim de novo, vai. Gostosa!



Suas mãos já estavam agarradas no lençol, ela dizia palavras desconexas e aquilo me excitava mais ainda, ate que gozou. Pude sentir seu gosto saboreei. Não dei tempo de ela recuperar seu fôlego, fui fazendo o caminho de volta, subi beijando sua barriga e voltei a beijar seus seios. Peguei sua mão e levei ao meu sexo, pra ela sentir o quão molhada eu estava. Erguia cabeça para ver sua reação, ao toca meu sexo eu há senti um pouco nervosa, mas aos pouco foi se soltando. Derrepente o que eu não esperava, ela inverteu de posição comigo.



- Agora eu quero que você goze pra mim! – deu um sorriso safado. "Meu Deus que mulher é essa!"



Me deu um beijo longo e sedento, demorado, que me tirou o ar. Suas mão acariciando meus seios, meu corpo praticamente dizia o que ela tinha que fazer. A cada toque, cada beijo. Eu já não mandava nele. Beijou meu pescoço, mordeu. Foi ate minha orelha e sussurrou:



- você é tão gostosa! - me arrepiei inteira



Ela sentiu e deu um sorriso lindo, desenhou minha boca com os dedos e beijou. Um beijo doce suave. Foi descendo ate meu seio passou a língua em volta, no outro fazia círculos com o dedo. Eu já estava louca de tesão, ofegante. Meu corpo arqueava e ela ria com uma cara de safada. Eu nunca pensei que ela fosse assim.



Foi descendo beijando minha barriga bem devagar, meu corpo tremia. Agarrei seus cabelos e a empurre de encontro a meu sexo, mas ainda assim parecia que ela queria me tortura, continuava no ritmo dela. Já não sabia o que fazer meu sexo pulsando.



Colocou a mão no meu sexo e começou a fazer círculos envolta do meu clitóris, aquilo tava me deixando maluca. Ate que me penetrou, soltei um gemido alto. Ela sorriu e começou a beijar meu sexo e penetrando ao mesmo tempo. Eu rebolava, ofegava. Meu já estava começando a se contrair, ela fez o caminho de volta com a boca, beijou meu seio, subiu para minha boca. Me beijando e penetrando ao mesmo tempo.



- Vou gozar pra voc..



Não deu tempo já estava gozando em sua mão, meu corpo entrando em espasmos. Ela ria e eu também. Ficamos nos olhando, minha respiração já estava voltando ao normal. Troquei de posição com ela, encaixei nossos sexos. Senti seu corpo tremer, fui rebolando devagar. Fiquei prestando atenção em cada detalhe, sua boca, nariz, ate que parei nos olhos, azuis! Suas mãos estavam nas minhas costas foram descendo e agarram minhas nádegas puxando, para colar mais ainda em seu sexo. Passei a rebolar com mais intensidade. Nossos olhos sem se desgrudar nenhum minuto. Senti que ela iria goza e eu também.



- goza comigo, vem! Goza!



Gozamos juntas, deixei meu corpo relaxar sobre o dela. Dei um beijo languido. Deitei minha cabeça em seu peito. Fiquei alguns minutos ali escutando as batidas do seu coração, ela mexendo em meu cabelo, dei uma olhada pra o relógio no criado mudo passavam das quatro nós estávamos exaltas. Acabei dormindo.



Acordei com um barulho, olhei para o lado, ela não estava olhei no relógio sete da amanhã. Escutei a voz dela vindo da sala. Acho que estava no telefone, não deu pra escutar muito.



- se ela ligar de novo diz que eu estou com você... Pode deixar daqui à uma hora eu to ai, beijos.



Entrou no quarto, já vestida me olhou deu um sorriso lindo.



- tenho que ir! – disse sentando na cama

- mas já? Não pode passar o dia aqui comigo? - puxei-a pra mim, e sentou no meu colo. Passou os braços envolta do meu pescoço.

- que dera minha mãe já esta louca atrás de mim! – roçou os lábios no meu e me beijou, mas não consegui entender "a mãe"

- sua mãe? Por quê? – me calou com outro beijo mais ardente, correspondi com a mesma intensidade. Minha mão já estava driblando sua calcinha e tocando seu sexo

- mais taarde tee expliiicoo. – sua voz saiu tremula

- mais tarde! Ta fez planos? – ela já estava rebolando em meus dedos

- bom ia te cham... – não conseguiu terminar.



Colou seu corpo mais no meu e rebolava com mais rapidez. De um jeito que em poucos minutos ela já estava gozando em minha mão. Ficamos abraçadas nos beijando. Um beijo tão gostoso que pra mim o mundo la fora não existia mais. Aos poucos sua respiração foi voltando ao normal



- agora é serio eu tenho ir! – disse com uma carinha do tipo, tenho que ir, mas não quero. Dei um beijo estalado

- me fala o que a gente vai fazer mais tarde? – ela deu um sorriso, ficou com uma cara de sapeca.

- todo final de semana, quando faz sol é claro! A Déia, a Fabi, eu e mais alguns amigos nos encontramos sempre no quiosque da Tia Lucia em Camboinhas.

- a Fabi já tinha me convidado algumas vezes.

- então você que ir? – fiz cara de pensativa, mas por dentro estava rindo. Ela ficou me olhando. Sorri. E lhe dei um beijo demorado.

- eu vou onde você estiver, ate no Japão! – ela sorria.



Ficamos nos beijando trocando caricias, perdemos a noção da hora. O celular dela começou a tocar.



- Meu Deus! Oito e meia, é hoje que fico sem coro!! – levantou correndo e atendeu o celular.

- oi mãe!... Já to indo daqui a uns vinte minutos to ai!... To, to com a Mi!... Ta beijos tchau!

- nossa! Sua mãe te monitora? – não podia acreditar

- depois que inventaram o celular a senhora toda poderosa promotora Helena Reis, não me deixa um minuto se quer! - ela ria – acho que se ela tivesse aquelas tornozeleiras, tipo aqueles presos nos Estados Unidos, que você sabe onde eles estão. Ela colocaria em mim! – e ria mais ainda

- mas por quê?

- ela tem medo de que eu seja seqüestrada, meu pai e ela estão sempre recebendo ameaças de seqüestro. – fiquei sem entender de novo e ela percebeu

- meu pai é um dos desembargadores mais famosos do Rio e minha mãe é promotora que adora prender bandido. Aí, são muitas ameaças, entendeu? - Fiz que sim com a cabeça.



Ela se levantou e eu a acompanhei ate aporta, nos despedimos com um beijo longo, parecia ela não queria acabace.



- te vejo mais tarde, tchau! – me deu um beijos estalado e entrou no elevador

- vou combinar com a Fabi, a gente se encontra la!

- ta!



Voltei pro meu quarto, fique olhando e lembrando de tudo que aconteceu. Toquei meus lábios senti seu cheiro ainda em mim. "meu Deus que mulher é essa!" fiquei rindo de mim mesmo e cai na cama.









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Capitulo 8

Capitulo VIII





[23/10/09]



***Tati***



Entrei no elevador com um sorriso nos lábios, uma felicidade imensa. Eu estava apaixonada, depois dessa noite de amor então. Fui para o carro parecia estar flutuando de tanta alegria. Passei a mão no cabelo, fique senta ali quase em transe. Meu celular tocou me despertando. Era Michele



- Oi!! – disse ainda com uma voz bem melosa

- OI? Você ta louca? Sua mãe já me ligou umas vinte vezes e acabou de ligar agora! Cadê você? – ela parecia nervosa

- Digamos que hoje é o dia mais feliz da minha vida e nem a perseguição da minha mãe vai mudar isso.

- Feliz, é? Me conta? – essa minha prima não tem jeito

- Vai à praia mais tarde que eu te conto. Mas antes me diz exatamente o que você falou com a minha mãe, você sabe né? Pra não ter contradições! - nós rimos, ela entendia muito o que eu estava falando.



A Mi me contou tudo e eu fui ensaiando até chegar em casa. Consegui contornar a fera. Tomei um banho rápido, ainda enrolada na toalha deite na cama e fique me lembrando do que tinha acontecido. Do toque suave dela, meu corpo tremia só de lembra. Acabei adormecendo.



Fui acordada com o meu celular tocando, era Andréia querendo saber onde eu estava. Me despedi correndo, coloquei um biquíni, peguei uma canga e corri para praia.



Parei no calçadão, vi Vanessa linda, meu coração acelerado. Não havia mais ninguém naquela praia só ela. Seus olhos quando encontrarão os meus, vi que ela estava sentindo a mesma coisa. Abri um sorriso, alias ela não saia mais da minha boca, e ela retribuiu.



Fui ao seu encontro, minha vontade era beija ali mesmo. Ainda bem que Andréia se antecipou, porque o que tinha de amigos e vizinhos na praia minha mãe com certeza me mataria.



- Oi! Tati! – disse Andréia desviando a minha atenção

- Oi! – disse um pouco sem graça, pois ela havia percebido o eu iria fazer.



Falei com a Fabi e depois com ela, que como sempre adora me provocar, me deu um meio selinho. Me arrepiei inteira. E ela ria da situação



"Vai continua rindo assim, que eu te agarro aqui mesmo!" "Meus Deus o que eu estou pensando? Ela ta me deixando louca!" sacudia a cabeça tentando me livrar do pensamento.



Andréia me chamou pra conversar, nós duas sempre fazemos isso. É como um ritual antes de entrar na água, agente fica na beira conversando sobre qualquer coisa, paquerando, ate bater a vontade de entrar na água. A Fabi ate já conhece nossas manias que nem liga mais. No inicio do namoro delas ela morria de ciúmes, mas depois viu que não tinha nada a ver.



- E ai? Vai contar ou vai ficar fazendo suspense?

- O que você quer saber? - fiz a cara mais cínica do mundo

- Sua cachorra você dormiu com ela! – foi mais uma afirmação do que uma pergunta

- Eu? – não tive como deixar de rir – bom pra falar a verdade eu não dormi, mas passei a noite com ela sim. Que detalhes? - dei uma gargalhada e ela me acompanhou

- Não acredito! – balançava a cabeça – e você como esta se sentindo?

- A mulher mais feliz do mundo! – abri meus braços e ela ria



Ficamos conversando por um tempo, ela me pediu pra ir com calma, pois Vanessa era do tipo que ficava com varias mulheres. Fiquei um pouco apreensiva quanto a isso. "Será que sou só mais uma em sua lista?" bateu ma dorzinha no peito.









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Capitulo 9

Capitulo IX



[24/10/09]



***Vanessa***



Chegamos a praia por volta de meio dia. Tinha uma mesa separada pra gente, achei estranho, mas elas explicarão que todo final de semana era sagrado elas estarem ali que praticamente aquela mesa era cativa! A mesa e as cadeiras ficavam num canto mais calmo.



Eu já estava ansiosa pra vê-la. Essa poucas horas que ficamos longe uma da outra estava acabando comigo. Já eram quase uma e ela nada. Pedia a Andréia que ligasse, ela disse que pelo tom de voz dela estava dormindo. Não tive como deixa de rir eu também estava um pouco cansada depois da noite que tivemos.



Estava conversando com a Fabi e uns amigos dela, pessoal tudo gente boa de papo. Quando ela linda de biquíni azul, uma sainha branca, havaianas branca, óculos escuros, um sorriso encantador e hipnotizador. Acho que eu estava babando. Quanto tempo ficamos nos olhando eu não sei, meu coração ta a mil, parecia que só eu e ela estávamos ali, derrepente a Andréia falou com ela e nossos olhos se desprenderam.



Falou com todos me deixou por ultimo, me deu três beijinho como da outra vez dei outro meio selinho nem, que foi como um choque dentro de mim. Ela ficou vermelhinha, não pude deixar de rir da cara dela, depois ela me fitou de baixo a cima igual na noite anterior. Minha vontade era agarrá-la ali mesmo. Dessa vez foi ela quem riu.



Estávamos senta conversando, quando a Andréia a chamou pra ir na água, ela se levantou e eu também, quando a Fabi e pegou pelo braço.



- O que? - não tava entendendo nada

- Espera!

- Por quê?

- Elas duas tem tipo um ritual, sei lá! Ate hoje não consegui entender, mas se você for ate lá a conversa das duas vão para na mesma hora.

- Mas sobre o que elas falam?

- Não tenho a mínima idéia. Já tentei de todas as formas perguntar a Andréia, mas ela não fala.

- Esquisito.

- É! Bem vinda ao barco! - ela ria – essas duas são cheias de manias.



Fiquei as observando de longe, ela ria, falava gesticulando. Dava pra ver o quanto ela estava feliz e eu também, por não passou despercebido pela Fabi.



- Olhos brilhando? A noite foi boa!! – ria, também não pude deixar de rir

- Maravilhosa!

- Me conta tudo!? – tive que contar, no fim ela estava de boca aberta, não tava acreditando.

- A Tati fez isso tudo que você falou? Meu Deus acho que não conheço mais as pessoas – começou rir a balançando a cabeça - E você?

- Eu! O que?

- Ta gostando dela?

- Não sei! É complicado ela é mais nova!

- Nem tanto assim ela tem 22 e você 28, a diferença é pouca.

- Sei lá! – disse olhando pra Tati na beira do mar. Tão linda!

- Ela ta gostando de você. – na mesma hora virei e olhei pra minha prima.

- Você acha? - estava insegura.

- Claro! E o que você vai fazer quando a Flavia voltar? - quando ela tocou nesse nome, meu coração parou. Não sabia o que falar.

- Não sei! – disse num tom triste

- Você não pensou nessa possibilidade?

- Sinceramente, não! - fechei a cara, não queria continuar com aquela conversa e ela entendeu, mas deixou um aviso:

- Só espero que você não magoe a Tati. Ela é uma menina super legal e não merece ser passada pra trás. – fiz que sim com a cabeça e voltei a olhar pra Tati.



Tão nova, o jeito de adolescente. Eu estava muito confusa, não queria compromisso, mas também não queria ficar longe dela. Queria saber mais da vida dela, decidi pergunta a Fabi.



- O que você sabe sobre ela?

- O que você quer saber?

- Tudo!

- As coisa que sei são tudo o que ela conta pra Andréia.

- Ta! Continua... – tava curiosa.

- Bom, eu sei que ela é a caçula e temporão de quatro filhos, ela tem dois irmãos gêmeos a Lilian que é medica e o Leonardo que é advogado acho que tem uns 34 anos, ambos são casados e tem filhos, e tem o Pedro Junior que também é advogado que deve ter uns 30 anos esse é um galinha, ele adora a Tati faz todas as suas vontades.

- Que mais?

- Calma! A história é grande mais vou resumir pra você.

- Ta

- Pelo que sei a mãe dela trata ela como um bebe, e o pai também. Ficam o tempo todo atrás dela, acho que mais a mãe do que o pai.

- Isso eu sei.

- É! Então a Andréia me contou que quando ela era mais nova, acho que com uns 16 ou 17 anos, ela era uma dessas "Paty" da vida, com o nome que ela tem nunca precisou entrar em fila de Boate, muito menos mostrar identidade. Bebia e fumava era bem louquinha.

- não consigo imaginar isso. Ela parece ser tão tranqüila. – aqui fora porque na cama. Ri do meu pensamento.

- teve uma situação em uma boate que uma amiga dela quase foi estrupada por uns caras, ela tava doidona demais. A sorte que a Tati chegou e chamou os seguranças, depois disso, nunca mais ela fumou e nem bebeu.

- Caramba! O que mais que você sabe?

- Bom! Sei que ela não precisa trabalhar, porque desde que ela nasceu seu pai deposita uma quantia muito boa em uma poupança que ela nunca mexeu. Ela só trabalha por Hobby. A mãe dela não gosta muito que ela trabalhe, mas ela conversou com o pai e ele interveio a seu favor e a deixo trabalhar. Deixa eu ver o que mais eu posso te falar! Ah! Ela teve poucos namorados, o único que ela ficou mais tempo foi o Luciano.

- E ele era bonito?

- Digamos quase um Apolo!

- Humm...

- Tem mais coisas sobre ela, mas com o tempo você vai saber.



A conversa tava boa, mas desviei os olhos pra a Tati na berinha da água. Ela parecia triste passando os pés nas marolinha, a Andréia já não estava perto dela. Levantei e fui ao seu encontro.



- Oi! - dei um sorriso

- Oi! - respondeu ainda triste

- O que aconteceu?

- Nada! Fiquei perdida em meus pensamentos – sorriu – e você me achou – essa menina sabia conquistar. Seus olhinhos já estavam brilhando quando olhou nos meus.

- Não agüento mais te ver sem poder te beijar – eu estava em brasa – a gente tem que ir pra algum lugar – ela ria

- Aqui nem pensar! Digamos que aqui é o meu quintal. - não entendi

- Anh?

- A minha casa fica a dois quarteirões daqui. Então nem pensar, 30 por cento das pessoas que estão aqui são meus vizinhos e não demoraria mais do que meia hora pra minha mãe ficar sabendo – sorriu e deu uma piscada. "isso provoca"

- Espera tenho que pensar em alguma coisa – parei olhei em volta, avistei a Fabi, lógico a casa dela! – você pode pegar seu carro, o meu ficou na casa da Fabi.

- Dá! Mas pra que?

- Você vai ver, vai pegando o carro eu vou catando minhas coisa e te espero la em cima na frente do quiosque.

- Ta! – me deu um beijo no rosto e foi se despedir do pessoal.



Dei um tempo ali perto da água pra não chamar muita atenção, não podia sair assim logo depois dela. E também tinha outra missão pedir a chave da casa, o quarto eu já sabia que estava preparado. A Fabi sempre deixa o quarto de hospedes ajeitadinho pra uma eventual visita.



Voltei pra mesa conversei com a Fabi ela olhou para Andréia que fez que sim com a cabeça e me deu a chave. Peguei o resto das minhas coisas e fui pra frente do quiosque.









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Capitulo 10

Capitulo X





[25/10/09]



***Tati***



No caminho indo pra casa, fui pensando o quanto eu ficava feliz só em olhar aqueles lindos olhos castanhos, como o meu mundo parava em minutos, segundos, se deixassem horas só de estar perto dela. Sorriso que me faz perder o fôlego. Naquele instante na praia que ela chegou perto de mim pra conversar, tudo o que a Andréia tinha falado ido pro espaço.



Entrei em casa, por sorte minha mãe tinha saído, peguei umas roupas joguei na mochila, avisei a empregada que iria demorar para que não me esperasse para o jantar.



Já chegando quase em frente ao quiosque, eu a fitava. Parecia impaciente e aflita com a minha demora, eu sorria dentro do carro, mesmo porque ela não poderia me ver a película que coloquei nos vidros era muito escura, olhar quem estava dentro do carro era impossível.



No momento que ela entrou no carro não tive como me segurar, só deu tempo dela fechar a porta. Eu já estava agarrada e sua nuca puxando-a para mim, queria beijar aquela boca desde a hora que a vi na praia. Foi um beijo tão macio e intenso que tivemos que parar pra pode respirar. O sorriso bailava em nossos lábios.



- Vamos sair daqui? Ou eu não respondo por mim! - sorria e eu mais ainda

- Pra onde? - já seguindo em direção a pista.

- Vai indo que eu vou te guiando! - me deu uma piscada

- Humm! Suspense é! – riamos



Num determinado momento to trânsito parou, parecia que o engarrafamento era por causa de uma batida. Eu já estava aflita queria logo ficar a sós como ela.



Ela estava ouvindo os meus pensamentos! Ela passou a mão na minha coxa, na mesma hora olhei pra ela, aquele rizinho safado igual da noite anterior, me fez arrepiar inteira. A mão foi deslizando de encontro como meu sexo por cima do biquíni, afastei as pernas para ter um melhor contato, soltei um gemido. Ela se virou de lado pra mim, minha mãos apertavam o volante eu estava louca de tesão. Com a mão esquerda segurou meu queixo para que virasse pra ela, nos meus olhos ela poderia ver escrito DESEJO, me deu um beijo na mesma hora correspondi. Nem senti que ela já tinha afastado a calcinha. Só senti quando ela me penetrou, soltei um gemido abafado com o seu beijo. Ela tira e colocava os dedos dentro de mim, me provocando, eu já estava desesperada. Parei de beijá-la e a encarei.



- Por favor! – disse num sussurro – não me tortura!

- Não ta gostando – eu estava adorando aquilo tudo

- To! Mas to louca que você me coma aqui e agora. - ela tremeu com as minhas palavras.



Enfiou os dedos dentro de mim, beijando meu pescoço, minha boca a cariciando meus seios. Eu estava louca com aquele vai e vem meus quadris não me obedecendo mais. Quando começaram a buzinar o trânsito já estava livre. Ela fez que iria tirar os dedos.



- Nem pense nisso! – quase gritei e ela se acabou de rir



Tive que agir rápido encostei o carro rapidamente no acostamento liguei o alerta e parti pra cima dela.



Depois de gozarmos juntas, partimos pra onde ela pretendia ir.



- Vai dizer aonde a gente ta indo?

- A um lugar onde você vai sempre!

- Onde? – quando ela pegou a chave não acredite

- Você pediu a chave da casa da Andréia emprestada? - ela fez que sim com a cabeça – Ai meu Deus! Que vergonha!

- Vergonha por quê?

- Por que a casa dela? A gente poderia ir a outro lugar.

- Sei la! Achei que você ia se sentir estranha se eu te chamasse pra um motel - tive que rir - não ri, não. A Fabi disse que depois que sair da praia vai pedir a Andréia pra dar uma voltinha no shopping pra gente ficar mais um pouquinho a sós

- Ai meu Deus! Você é louca, agora que eu não vou conseguir olhar pra cara da Fabi. – agora ela quem riu – não ri não ta! - dei um beliscão no seu braço.

- Aiiii! Não precisa beliscar deixai isso pra fazer depois, e enquanto eu ser louca sou louca de tesão por você. - não consegui me conter tive que beijá-la.



Ainda bem que já estávamos perto da casa da Andréia, porque não iria agüentar mais nenhum segundo ficar perto dela sem fazer nada. Fizemos amor a tarde inteira e acabamos dormindo agarradinhas.



Felicidade era meu sobrenome, o sorriso era constante em meus lábios. A minha prima e a Andréia eram as únicas que sabiam desse meu romance com uma mulher. Com uma mulher não "A Mulher" eu estava completamente apaixonada.



Os dois meses passaram rapidamente. O nosso namoro ia muito bem obrigado, bom eu chamava de namoro mesmo que ela nunca tivesse me pedido. Eu saia todos os dias do trabalho passava no dela a pegava, íamos jantar, cinemas, boates, adorávamos fazer coisas juntas. Queria dormir todos os dias com ela, mas era coisa impossível de fazer, porque como sempre minha mãe sempre estava atrás de mim. De inicio ela levava as coisas numa boa, mas ultimamente ta ficando difícil, ate eu não agüento mais. Alem de discutir com a Vanessa, ainda bem que a gente logo volta às boas. Ainda tinha que escutar sermão em casa.



Um dia já estava cansada, minha mãe veio com um papo que: "Você mora debaixo do meu teto, tem que seguir as minhas regras." Aquilo foi à gota d'água pra mim. Tava na hora de ter uma conversa seria com meu pai porque com ela seria difícil. Liguei pra ele, estava em seu escritório. Fui ao seu encontro.



- Pai preciso te fazer uma pergunta?

- O que foi? – tava um pouco sem jeito

- Você se importa de eu mexer no dinheiro da poupança?

- Mas pra que? Você tem alguma divida? - divida eu! Eu nem o dinheiro do meu salário todo e ainda tinha aminha mesada.

- Não! Quero comprar um apartamento. Acho que já esta na hora de sair de casa. – tava decidida

- Mas por que minha filha?

- Sei la! Já vou completar 23 anos, queria me dar de presente. E alem do mais eu não to agüentando mais a mamãe me perseguindo a todo instante, já ta mais do que na hora de eu ter meu próprio canto. – lógico que não ia dizer que iria levar minha namorada, ele cairia durinho, durinho! rsrs

- Sei! Sabe que não vai ser uma tarefa fácil você sai de casa né? Pra sua mãe você ainda é o neném dela! - ele ria. agrrr

- Ai pai! Vai me ajudar à compra ou não?

- Não! - não! Eu não estava acreditando nisso

- Mas por quê? Poxa pai da uma ajudinha ai vai! – fiz cara de cão sem dono e ele ria

- Tem uma coisa que você não sabe – arregalei meus olhos – calma. Seu avô, meu pai. Quando você nasceu ele te deu de presente uma cobertura em Icaraí que eu mantive alugada esse anos todos e esse dinheiro coloquei em outra poupança com seu nome. Então você não precisa comprar um apartamento porque você já tem um.

- Mas como eu nunca soube disso?

- Pedia a meu pai que não comentasse com ninguém, que quando você se casasse ou quisesse morar sozinha eu lhe diria.

- Mais alguém sabe alem de você e o vovô?

- Só sua mãe!

- Xii!! Mas então ele esta alugado?

- Ta, mas o contrato terminha no próximo mês. Mas pode deixar que vou mandar a imobiliária dar o aviso que não vai mais ser alugado. Vai precisar de umas reformas, mas nada que você não coloque do seu jeito. – ria da minha cara de abobada

- Aiiiiii!!! – sai correndo sentei no seu colo coisa que não fazia a muito tempo, dei um monte de beijos nele – te amo sabia. Te amo muito!!

- Sei! É puro interesse. – ria – mas sabe que temos um processo grande pela frente, dona Helena não vai deixa você sair de casa tão fácil.

- É! Eu sei! – fiz uma cara triste – mas você vai me ajudar né!

- eu sempre faço isso! – riu e me abraçou – quem mais vai passa a mão na cabeça da minha caçulinha! – começou a fazer cócegas

- Para pai! Parece ate que sou criança! - Começamos a rir



Bom meu plano já estava meio caminho andado. Iria esperar resolver tudo arrumar o apê e depois faria uma surpresa pra Vanessa.









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Capitulo 11

Capitulo XI





[26/10/09]



***Tati***



O tempo foi passando, já estava tudo certo pra começar as obras, mas eu estava ansiosa pra a Vanessa la, pelo menos teria um pouquinho de paz la.



Faltavam poucos dias para o dia dos namorados, iria fazer uma surpresa pra ela mostra o apê mesmo sujo e com poeira. Tinha certeza que ela iria gostar. Mas o inesperado aconteceu no trabalho fui chamada pra passar uma semana em São Paulo na Matriz precisava viajar com urgência e na semana do dia dos namorados, eu sinceramente não estava acreditando, não podia recusar era uma oportunidade muito boa pra crescer dentro da empresa.



Como vou falar isso pra ela? As nossa discussões por causa da minha estão ficando constantes. Parecia que minha mãe sentia quando eu estava com ela e ligava.



Sai do trabalho e passei no seu como sempre fazia.



- Oi! – disse assim que ela entrou

- Oi! - disse num tom de voz cansado e me deu um selinho

- O que houve?

- Nada só cansaço.

- Quer sair pra comer alguma coisa?

- Não, vamos la pra casa de la agente pede algo pra comer – ela tava diferente distraída deveria ser o cansaço mesmo.



Chegamos no seu apê ela foi toma um banho e eu pedia a comida. Quando ela saiu nos jantamos e ficamos namorando no sofá. Tinha que falar sobre a viajem mesmo ela estando esquisita assim.



- Paixão! – ela estava deita em meu colo, abriu olhos. – tenho que te falar uma coisa.

- Fala!

- Vou precisar viajar pela empresa!

- Ta! E o que, que tem? - ela me fitava

- É amanha a tarde e vou ter ficar em São Paulo uma semana – ela deu um pulo e ficou de pé.

- Não to acreditando! É o nosso primeiro dia dos namorados juntas e você vai viajar? – estava com uma cara de raiva que nunca tinha visto antes

- Mas é a trabalho! Calma! Prometo que quando eu voltar eu te recompenso!

- Recompensa? Da um tempo Tatiana! Que saber não to muito a fim de discutir hoje, ta na hora de você ir pra casa. – não tava entendendo nada queria passar a noite com ela matando a saudade antecipada e ela me mandado embora.

- Mas por quê? Que eu tenho que ir embora não posso passar a noite com você? – ela levantou foi em direção a porta e abri.

- Não – senti meus olhos queimarem, segurei a lagrima que iria cair mesmo sem entender nada fui embora.



No dia seguinte liguei varias vezes e ela não atendia, eu já estava ficando doida o que eu tinha feito pra ele me desprezar assim? A culpa não era minha. Mandei um sms e viajei. Tentei falar com ela os dois dias que seguiram e nada.



O dia dos namorados chegou. Não conseguia falar com ela de jeito nenhum. A minha única saída era voltar ao Rio e que se dane o emprego. Peguei o avião de volta com o coração disparado precisava vê-la. Cheguei no aeroporto fui a um orelhão pra ligar, meu celular acabou a bateria.



- Alô!

- Oi! Paixão – eu disse toda animada

- Oi! – disse num tom seco

- Tudo bem?

- Tudo – tava estranha monossilábica

- Vai ficar em casa?

- Vou. – de novo ela não é assim



Silencio...



- Você esta bem mesmo? – quebrei o silencio estava preocupada

- To! O que mais você quer saber? – direta e grosseira ao mesmo tempo, onde estava a minha loura amável de umas semanas atrás, fiquei sem reação.

- Nada.

- Então tchau. – desligou na minha cara.



Vi que por telefone não ia dar certo o jeito era ir pessoalmente, comprei um buquê de rosa vermelhas e algumas brancas que dentro do buquê formavam um coração, peguei um taxi e parti pro seu apê. Ainda bem que o porteiro já me conhecia falei com ele que iria fazer uma surpresa e ele não interfonou pra ela. Sabia onde ela guardava a chave reserva, mas não foi preciso à porta estava entre aberta. Achei estranho, fui entrando devagar, olhei no chão o abajur da sala estava quebrado, "Será que ela tava sendo assaltada? Meu Deus!" Quando ouvi vozes vindo do quarto, meu coração disparou. Fui chegando mais perto e a porta estava aberta.



Eu não estava acreditando no que estava vendo, meus olhos estavam me pregando uma peça! Não era possível! Fiquei olhando-a na cama, que tantas vezes me faz delirar de prazer, com uma mulher entre suas pernas e ela gemendo e chamando essa mulher de "amor". Estava em estado de choque quando seus olhos se encontraram com os meus. Ela empurrou a mulher pra longe,



- Tati. – eu já estava saindo pela porta e chamando o elevador e ela veio atrás de mim. - Espera – segurou meu braço

- Nunca mais toca em mim! – puxei meu braço, as lagrimas já desciam. O elevador tava demorando peguei o caminho da escada. Não escutei mais nada ela gritava alguma coisa.



Acho que voei pelas escadas, queria chegar à rua o mais rápido possível. O primeiro taxi que passou eu peguei, não conseguia dizer ao motorista pra onde ele tinha que ir, eu só chorava e soluçava. O homem encostou esperou eu me acalmar, pedi que me levasse pra Niterói, mais precisamente pra casa.



Parei em frente da minha casa não tive coragem de entrar. "O que vou dizer a meus pais? Era pra eu estar em São Paulo. E o meu rosto deve estar todo inchado de tanto chorar." Decidi ir a praia pra tenta me acalma e colocar os pensamentos em ordem.



Já estava amanhecendo e eu ainda chorava sentada na areia, e me fiz uma promessa que nunca mais iria me apaixonar de novo. Levantei e me limpei, de agora em diante seria uma nova Tatiana.









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Capitulo 12

Capitulo XII



[27/10/09]





***Vanessa***



- Oi!

- Oi! O que aconteceu com você? Sumiu durante esse 4 meses, liguei pra você varias vezes.

- Desculpa Fabi, fiquei enrolada com o trabalho.

- Sei! Entra o pessoal ta la trás.



Já tinha passado 4 meses da besteira que eu fiz, evitei ao maximo minha prima. Mas dessa vez não tive como correr era seu aniversario. E eu sabia que a Tati estaria la.



Chegamos à parte de trás do quintal, tinha umas mesas espalhadas, um palco improvisado e dois violões.



- Vai ter um show aqui?

- Invenção da Tati com a Andréia. A Tati voltou de uma viagem cheia de idéias e propôs sociedade a Andréia. Tão querendo transformar o "Affs", de dia continua lanchonete e de noite um barzinho com musicas ao vivo.

- Legal – será que ela esta aqui.



Dei mais uma olhada pelo local, minha prima me chamou pra uma mesa no fundo um pouco distante do palco. Foi começando a chegar gente todos vinham e falavam com ela e ela não saia do meu lado, eu não estava entendo o por quê?



Estava distraída, quando ela entrou toda sorridente, tinha 3 meses que eu não a via, linda. Meu coração disparou, minhas mãos ficaram geladas. Derrepente seus olhos encontraram os meus. Frios, eles estavam frios, não tinha aquele calor de quando me olhavam, pareciam que iria me despir. Senti uma lagrima cair, rapidamente sequei. Mas minha prima percebeu.



- Ta tudo bem? – fiz que sim com a cabeça – quer conversar? – concordei de novo dei um suspiro.

- Não sei por onde começar. – deixei outra lagrima cair

- O que aconteceu entre vocês? - fez um carinho em meu rosto e o secou.

- Ela não contou?

- Não!

- Eu fiz uma besteira, e das grandes. – olhei pra ela um instante, ela estava rindo conversando com uma morena. – eu a perdi.

- Mas o que aconteceu?

- Eu a trai com a Flavia. E o pior ela viu.

- Com a Flavia?

- Ela apareceu uns três dias antes do dia dos namorados, cheia de amor e carinho, falava coisa que nunca falou no tempo que estivemos juntas, disse que queria voltar que me amava. – sequei outra lagrima que caia. – fique balançada. No mesmo dia a Tati veio me dizendo que iria viajar logo e fica uma semana fora. Nós discutimos, eu a mandei embora com raiva, mais de mim do que dela. Não conseguia me decidir entre Tati e Flavia. – minha prima não dizia nada apenas me olhava, então continuei:

- A Flavia veio me procurar nos dia que seguiram, eu estava completamente derretida pela forma como ela estava me tratando, que deixei a Tati de lado. No dia dos namorados a Flavia me pegou no trabalho, me levou pra jantar sempre falando coisas que me deixavam nas nuvens. Fomos pro meu apartamento começamos a fazer amor. Foi quando a Tati entrou e viu tudo. – minha prima arregalou os olhos e pôs a mão na boca.



Aquele dia foi passando em minha mente, não consegui conter a lagrimas, ela me pegou pela mão e me levou pro banheiro. Levei meu rosto e ficou me observando e resolveu falar.



- E onde esta a Flavia agora?

- Ficamos mais um mês juntas, mas não deu certo. Ela voltou pra Curitiba

- E você como ficou nessa historia?

- Apaixonada pela Tati



Ela ficou me olhando. Voltamos pra festa, a Tati estava sentada no colo de um cara ela abraçado a sua cintura, não estava entendo nada. Ela antes estava com uma morena agora um homem.



- Quem é o cara? – perguntei olhando na direção deles

- Tem muita coisa que você perdeu nesses meses que você sumiu. – não entendi, e ela continuou.

- De uns dois meses pra cá, acho que ela já ficou co a metade da torcida do flamengo. – arregalei os olhos a Tati? – agora como ela diz "deu mole to passando o rodo", em uma dessas noites, ela encontrou o Edu "o namorado" os pais dos dois são amigos, mas não sabem que os dois são gays então pra família eles namoram, mas aqui fora cada um com o seu par.



Ela tinha se levantado, foi em direção ao palco pegou um violão uma menina branquinha se juntou a ela e começaram a tocar. Ela estava realmente diferente, tava mais segura.



- Desde quando ela toca? – não sabia que ela tocava violão

- Desde sempre!

- Mas ela nunca tocou quando estava comigo

- Lógico! Você só viviam nos amassos que nem dava tempo de nada. Você não leu nem o primeiro capitulo do "livro Tatiana".

- Como assim.

- Essa menina já fez de tudo um pouco, bale, jazz, dança de salão, futebol, piano, violão, canto entre outras coisas, a mãe a obrigava a fazer isso tudo menos o futebol esse ela fez por ela mesma.

- a parte do futebol eu sabia, mas o resto não.

- você viu a moto que esta la na varanda? – fiz que sim com a cabeça – é dela.



Sorri. Me lembrei um dia que ela foi me buscar no trabalho estávamos conversando, derrepente ela parou não estava entendo nada, uma moto grande passou do meu lado tomei um susto ela ria e me disse que um dia iria comprar uma moto assim. Fui desperta do meu pensamento pela voz dela que começava a cantar.



Uma voz doce suave. Olhei em sua direção acho que a musica era pra mim, porque ela estava me olhando. Comecei a prestar atenção na letra.



Eu tava aqui tentando não pensar no seu sorriso

Mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido

E te liguei

Me encontro tão ferida, mas te vejo aí também em carne viva

Será que não tem jeito?

Esse amor ainda nem nasceu direito pra morrer assim



Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais

Se você tivesse tido calma pra esperar

Se você quisesse poderia reverter

Se você crescesse e então se desculpasse

Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo

É que eu não posso mais



Não vou voltar atrás

Raspe dos teus dedos minhas digitais

Não vou voltar atrás

Apague da cabeça, o meu nome, telefone, endereço

Não vou voltar atrás

Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos



Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só

Me Dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas

Sob o sol da manhã

Você já me dizia: Conheço bem as suas expressões

Você já me sorria ao final de todas as minhas canções

Então por quê?



Não sabia o que fazer a musica era rela mente um recado pra mim, meu coração tava doendo, os olhos dela estavam tristes o que doía mais ainda. Fique a observando tocar. Quando terminou ela se levantou e foi pra cozinha. Ali vi minha chance de falar com ela.



- Oi! – ela ainda estava de costas pegando uma cerveja

- Oi. – disse se virando



Não consegui dizer nada apenas fique olhando aqueles olhos que me fascinavam, ela ficou me olhando sem entender nada e ameaçou sair.



- espera!



Segurei seu braço, ela só me olhou, depois pra minha mão em seu braço. Eu entendi ela disse pra que eu nunca mais a tocasse. Soltei seu braço.



- podemos conversar?

- sobre o que? - disse seria, eu nunca tinha visto ela assim

- Eu... eu.. queria... me desculpar... - foi só o que consegui dizer, porque ela me cortou.

- não precisa se desculpar. Eu que tenho que te agradecer. – não entendi nada, ela completou. – no começo fiquei muito magoada com o que aconteceu, mas por outro lado foi bom porque foi com você que descobri que minha felicidade seria do lado de uma mulher e não de um homem. Sei que entre a gente não deu certo, sabia que você não era do tipo fiel. – queria dizer uma coisa, mas ela colocou um dedo nos meus lábios. – a Andréia me avisou sobre você, mas a paixão me cegou e eu mergulhei de cabeça nessa relação. - seus olhos estavam marejados.



Não sabia o que dizer meus olhos também estavam cheios de lagrimas. O que mais queria nesse momento era beijá-la. Nesse momento entra a tal morena, foi ate ela beijou seus lábios e me olhos.



- Marina. Vanessa. Vanessa. Marina – ela disse nos apresentando.

- Prazer! – falei apertando sua mão

- o pessoal ta te esperando la fora. – disse a morena, caminhando em direção a porta, ela fez que sim com a cabeça.

- sua namorada? – perguntei

- não! Ficante. – é realmente ela estava mudada fria e direta no modo de falar. Não era mais aquela menina com um jeitinho sapeca. – tenho que ir.

- espera – puxei-a de volta, colei meu corpo no dela. Tinha que tentar alguma coisa não poderia perdê-la, a segurei pela nuca e a beijei com paixão e saudade. Para minha surpresa ela correspondeu, mas de um jeito diferente, parecia distante. O beijo terminou e ficamos nos olhando.



- Desculpa!

- entre a gente não vai rolar mais. – disse, afastando uma mecha de cabelo que caia no meu rosto. – não da, o que a gente teve já passou. Agora o que posso te oferecer é a minha amizade. Se você quiser é lógico, nada mais do que isso.



Concordei com a cabeça ela me deu um beijo no rosto e saiu. Deixei lagrimas caírem. Eu a perdi. Despedi-me da Fabi e fui embora, não adiantaria ficar ali me torturando ela jamais iria voltar pra mim. O jeito era partir pra outra.









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Capitulo 13

Capitulo XIII





[28/10/09]



***Tati***

Depois da praia voltei pra São Paulo, mergulhei de cabeça no trabalho. Foi à única coisa que conseguiu tira o que havia acontecido na casa da Vanessa, depois de São Paulo todas as viajem que aparecia eu aceitava na hora, quanto mais ficasse fora do Rio melhor.



Em uma viajem a Floripa, depois do trabalho o pessoal da firma decidiu ir a uma boate pra relaxar, e eu estava precisando me distrair, uni o útil ao agradável.



A noite estava calma, o pessoal zoando muito nenhum deles sabiam que eu gostava de mulheres e me empurravam uma porção de rapazes que eu descartava o tempo todo. Já não estava agüentando mais aquela azaração todo fui para o banheiro. Não entendi como, mas derrepente fui puxada pra um dos reservados, quando dei por mim já estava aos beijos com uma morena linda. Depois de Vanessa nunca havia beijado outra mulher. Tudo era muito novo pra mim, mas uma coisa eu tive a certeza que ia ser uma mulher que ira me fazer feliz um dia.



Os beijos dela eram puro desejo. Empurrei-a contra a porta. Paramos de nos beijar pra busca o ar que nos faltava no momento. Ai que eu pude perceber. Linda! Morena, olhos cor de avelã, um corpo escultural, seios médios, boca carnuda, ela vestia um vestido preto. Fitei-a com o meu sorriso mais safado. Ela me puxou pela nuca e voltamos a nos beijar, minhas mãos já passeavam pelo seu corpo, me encaixei entre suas penas, levante sua perna direita, segurei em sua bunda ela enlaçou minha cintura, suas mãos já percorriam meus seios por dentro da camisa, soltei um gemido abafado em sua boca. Sentei no vaso, meus sexo estava pulsando. Ela colocou a mão por dentro da minha calça e eu fiz os mesmo com ela. Ficamos num frenético vai e vem, as estocas rápidas que nossos corpos estremeceram rapidamente. Ficamos trocando caricias e beijos lentos ate nossa respiração voltar ao normal.



- Oi, pra você também! - respondi sorrindo, ela não tinha me dado tempo de nada.

- Desculpa! – sorriu – é que estou te observando a um tempão la no bar e você rejeitou todos os homens que chegou em você. Então percebi que v... – não a deixei terminar a calei com um beijo.

- Prazer Tatiana – disse estendendo a mão

- Márcia – me puxou pela nuca pra mais um beijo demorado. Que infelizmente tive que interromper.

- Temos que sair daqui, meus colegas vão fica a minha procura.

- Mas aqui ta tão bom. - disse passando o dedo contornado meu rosto

- Nem me fala linda, vamos pra outro lugar. Faz assim, vou me despedir deles e você me espera la fora, ok? – ela concordou



Despedi-me do pessoal dizendo que estava cansada, peguei o primeiro taxi com a morena para o hotel que ela estava, ela estava em Curitiba a negócios, passei uma noite perfeita, a mulher acabou comigo na cama. Percebi uma coisa "Como pude vir sem isso".



Depois do episodio com a morena, comecei a sair com varias mulher, cada final de semana com uma era difícil repetir, ruivas morenas loiras, não me importava. Aprendi a usar o meu poder de sedução que eu nunca pensei que existisse. Cada mulher uma nova aventura, tava adorando ser a caçadora e não a caça.



Os dias foram passando, a Andréia veio me procura pra saber o que tinha acontecido, pois eu tinha sumido. Contei tudo a ela e que eu precisava desse temo pra pensar, ela entendeu.



Aproveitei a conversa e fiz uma proposta de sociedade, contei que tinha ido a um bar em São Paulo e queria botar em pratica na lanchonete dela, contei também que já tinha conversado com meu pai e ele tinha acha um ótimo empreendimento, já que a lanchonete dela era próxima a faculdade. O esquema era lanchonete a tarde e bar com musica ao vivo a noite, mais pra frente o segundo andar se transformaria em uma boate, eu já estava em negociação pra compra o prédio. Ela aceitou na hora.



O primeiro teste da banda que iria tocar ao vivo, fizemos no aniversario da Fabi. A Dani a vocalista era uma amiga antiga que fazia aulas de violão comigo quando éramos pré-adolescente. Fizemos uma proposta a ela de tocar de quinta a sábado, que também foi aceita na hora, já estava tudo encaixado. Minha vida em fim tava andando. Só tinha um detalhe a Vanessa estaria no aniversario e depois do que aconteceu no apê dela eu nunca mais tinha a visto.



Já estava tudo preparado para começar. Um rapaz que toca na banda tinha sofrido um acidente a Dani me pediu pra tocar no lugar dele, fazia um tempinho que eu não tocava, mas ela me passou alguns acordes que deu pra levar. Como estávamos entre amigos pude ate arriscar cantar. Enquanto cantava a musica "Digitais" percebi que ela me olhava, aquela musica tinha um significa grande pra mim. Eu estava me libertando dela.



A banda deu um intervalo, eu precisava de uma cerveja urgente. Quando tava terminando de me servir na cozinha, escutei sua voz. Pensei de fica nervosa, mas não senti nada apenas uma magoa do que ela tinha feito. Conversamos um pouco ate que Marina, uma menina que sempre estou ficando, nos interrompeu dizendo que a banda iria recomeçar. Ela me perguntou sobre a Marina, respondi que éramos só ficantes. Não tive nem tempo de pensar, ela me puxou e me beijou. No momento que nossos lábios se encontraram, não senti nada, aquela paixão louca que sentia por ela tinha acabado. Me despedi de Vanessa dela só queria amizade na a mais que isso. E voltei pra festa.



No caminho fui pensando em tudo o que aconteceu em minha vida enquanto estava com Vanessa, por um lado, apesar da traição. Descobri que gosto de estar com mulheres, dos carinhos dos prazeres que elas me proporcionam e eu a elas. Bom, acho que o capitulo Vanessa na minha vida já passou. Tenho que começar a escrever os próximos. Balancei a cabeça tentando me livrar dos pensamentos. A Marina veio ao meu encontro e me beijou.









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Capitulo 14

Capitulo XIV



[29/10/09]



***Tati***



Já faz mais de um ano que eu tive essa conversa com a Vanessa, depois disso nos encontramos algumas vezes na noite ela com as mulheres dela e eu com as minhas.



Nesse um ano eu saí com tantas mulheres que eu acho que fique com alfabeto inteiro. Não gostava de repetir era só aquela vez e acabou, a única que sempre fico varias vezes é Marina, que também não larga do meu pé, é só ela senti que vou ficar sozinha que ela cola do meu lado e acabo levando ela pra minha casa. É minha casa, mesmo!



Finalmente consegui morar sozinha, foi difícil o processo com a "mãe promotora" tive que prometer almoçar aos sábados e domingos. Mas consegui minha liberdade. Ainda bem que tenho o Dudu às vezes o levo a tira colo pra ver se ela larga do meu pé. Tava com uma vida perfeita. Bom há uns três meses atrás, as mulheres começaram a caí matando encima de mim. Tinha encontros ate as segundas-feiras, tive que parar de malhar no máximo que fazia era correr na praia, tava brabo. Resolvi tirar umas férias de mulheres e também do trabalho que ninguém é de ferro.



A primeira semana de férias foi ótima dormi, acho que umas 14 horas por dia, sono atrasado vocês não tem idéia o que é isso. Há segunda semana foi um tédio, aí tive uma idéia "vou pintar o apê!" não todo é claro, as paredes eram todas brancas, ia colocar pelo menos uma parede com uma cor mais alegre.



Sexta-feira já tinha pintado quase todos os cômodos só faltavam o meu quarto, que iria ter um vermelho suave, e o quarto-cinema, ele é espaçoso instalei um projetor; agora vou pintar com um azul claro todas as paredes menos a que vai ser projetado o filme. Bom como não sou pintora profissa, calculei errado a tinta. Já estava saindo pra comprar mais quando minha prima ligou pedindo ajuda no computador, como era caminho falei que passaria lá.



Do jeito que estava pintando, suja mesmo só lavei o rosto e os braços, saí. Passei na loja e depois na casa do meu tio. Deixei o carro do lado de fora mesmo. Fui entrando, coloque meus fones de ouvido como sempre na JB, que sempre toca MPB. Fui me aproximando da piscina a visão que tive era de outro mundo. Na hora começou a tocar "Celacanto" de Jorge Vercillo, era perfeita para ocasião. O que não podia acontecer, tava acontecendo. "Me apaixonando de novo, Não!!" Câmera lenta de novo, foco igual a um filme. Balancei a cabeça tentado me livrar daquele pensamento, mas foi mais forte que eu. Tirei meus óculos escuros pra vê-la, coloquei a perna dele na boca e dei aquela viradinha de lado com a cabeça para fitá-la.



Ela saiu da piscina uma morena, linda! Cabelos na altura do queixo picados, olhos cor de mel, nariz e boca perfeitos, seios médios, quadris largos, devia ter 1,65cm de altura. Com um biquíni branco com detalhes em preto. Veio em minha direção, minha mão suando frio, há muito tempo não me sentia assim.



- Oi! Posso ajudar? – a água ainda escorria pelo seu corpo

- A-j-u-d-a-r? – não consegui entender, só olhava seu corpo queria secar cada gotinha que rolava em seu corpo.

- É! Você veio pintar a casa. – ela me fitou de cima abaixo e empinou o nariz.

- "Meu Deus! Linda e ainda por cima bestinha! Um tesão!! Uh!!" – pensei – Não, Vim falar com a Michele.

- A ta, a área de serviço é por ali. – disse apontando, sorri e fui em direção a casa.



No caminho encontrei com Michele que vinha trazendo umas cervejas. Me deu um selinho e um abraço.



- Vai indo la em cima que eu já estou indo – disse me dando uma cerveja.

- Que é a "Lady" – falei apontado com o queixo. Minha prima riu.

- Por quê?

- Nada, ela só me tratou como empregada – ri da situação – quer dizer primeiro ela me avaliou e depois descartou. – ela riu do modo como falei.

- A "Lady", o nome dela é Diana, morou uns cinco ou seis anos nos Estados Unidos ela estudou no mesmo colégio que a gente, os pais dela são amigos dos nosso pais. Como ela não tinha amigos por aqui eu a convidei pra vir pegar uma piscina. Ta interessada?

- Umhum!! – ela riu me conhecia muito bem eu já estava de quatro pela "lady Diana", suspirei – faz o seguinte, não conta a ela que eu sou tua prima e nem que eu tenho dinheiro.

- Mas por quê? Ela vai descobrir. - eu ri do meu pensamento.

- Vai por mim, vou conquistar ela como pobre. – minha prima riu e balançou a cabeça. – deixa eu ir la ver seu PC.



Resolvi tudo com o PC dela e quando ia saindo convidei as duas pra ir a noite la no "Affs" que agora, depois de algumas reformas, era meu Bar e da Andréia. Elas aceitaram, ia começar a colocar o meu plano em pratica. Só não podia encontrar a Marina.









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Capitulo 15

Capitulo XV



[30/10/09]





***Diana***



O dia tava perfeito, tinha me esquecido que aqui no Brasil ate no inverno faz calor. Depois de passar tanto tempo em NY, os poucos amigos que tinha aqui me esqueceram e eu deles. A minha sorte foi a Michele estudamos juntas na época do colégio não éramos muito amigas, mas nos dávamos bem. Agora a conhecendo melhor acho que poderemos ser amigas. Ela tinha me convidado pra tomar um banho de piscina em sua casa. Conversamos sobre vários assuntos, descobrimos que tínhamos muitas coisas em comum.



Ela tinha entrado pra pegar umas cervejas pra gente, resolvi dar um mergulho. Quando ia saindo entrou uma menina, vestida com um macacão todo sujo de tinta, linda! Tava com uma bandana preta, óculos escuro. Ela vinha em minha direção, quando me viu estancou, tirou os óculos. Pude ver seus olhos azuis, lindos!! Ela deu um sorriso safado e colocou a pernas dos óculos na boca e percorreu meu corpo com os olhos. Senti um frio na percorre minha espinha.



- "Epa! Acorda Diana pelas roupas e pelo jeito é pobre! Isso jamais!" – pensei - Oi! Posso ajudar? – disse, ela não falava nada e continuava me olhando, meu corpo arrepiou-se inteiro só de ver o desejo naquele olhar.

- A-j-u-d-a-r? – que vontade de rir, seu olhos pararam nos meus, meu coração ficou disparado. "O que é isso, que esta acontecendo comigo?"

- É! Você veio pintar a casa – falei apontando pra sua roupa

- Não, Vim falar com a Michele. – falou, e não desviava o olhar do meu. Tava derretida, mas precisava me impor. "Ela deve ser empregada, Diana!"

- A ta, a área de serviço é por ali. – me arrependi, mas já tinha falado, queria ficar mais um tempo perto dela.



Ela foi em direção a casa, a Michele já estava vindo. Deus um beijo em sua boca, fiquei com uma raiva. "Mas por que estou sentindo isso, se não a conheço. Nem sei seu nome?!" elas conversaram umas coisas, não consegui escutar tava um pouco longe. Ela foi para a casa e a Michele veio ao meu encontro.



- Sua namorada? – perguntei olhando na direção dela, que já estava na porta.

- Não! Minha amiga. Por quê? – olhou pra mim

- Nada! Achei interessante. – tomei um gole da cerveja e sentei-me na cadeira.

- Não sabia que gostava de mulheres?

- Não só de mulheres, às vezes fico com homens também. Depende do que estou sentindo no momento. Alguma coisa contra?

- Não! Imagina! Ela por exemplo é minha melhor amiga e só sai com mulheres. –"hum!! Que interessante."

- Ela é pintora? – ela ficou um pouco hesitante, parecia estar pensando no que ia me dizer.

- Não! Ela inventou de pintar o apê dela. – hum! Apê, geralmente quando falam assim são aqueles iguais a uma quitinete e se ela mesma ta pintando é que não tem dinheiro pra manda pintar.

- o que ela faz?

- trabalha com computadores, redes mais precisamente. – me dei conta que nem sabia o seu nome. Mas quando ia perguntar ela apareceu me derreti de novo ao vê-la.



Disse que estava tudo resolvido com o computador. Nos convidou pra ir a um bar prontamente aceitei. Quando ela ia saindo a Michele a chamou "Tati" era seu nome. Lindo! Veio-me na cabeça. Tati! Tati! Eu conheci uma Tati na época do colégio, mas em nada se parecia com essa Tati, a que conheci era podre de metida essa parece ser tão simpática. Mas deixa pra la. Passei à tarde com a Michele e marque com ela a noite pra ir ao tal Bar.



É a minha volta para o Brasil tava boa, em pouco mais de uma semana consegui um admirador que é um grude, uma amiga e um convite pra sair.



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Capitulo 16

Capitulo XVI



[31/10/09]





***Tati***



Fui voada pra casa terminei de pintar e fui me arrumar. Escolhi uma roupa básica e fui pro bar, la tinha sempre que fazer uns ajustes no som, ajeitar algumas coisas. Não podia deixar tudo nas costas da Déia.



Cheguei no bar por volta das 18:30, ajudei a Dani a passar o som com a banda essa noite eu iria cobrir o Guga, ele teve um problema no trabalho e iria chegar atrasado. Tava tudo perfeito agora só faltava ela chegar.



Nós tínhamos uma mesa que era reservada só para amigos, as sextas e sábados nosso ponto de encontro era ali, o Dudu com o Lipe, a Déia com a Fabi, a Michele e o Nando, eu e a gatinha do dia ou a Marina que sempre fica esperando pra dar o bote, e o pessoal da banda que quando tem o intervalo fica junto com a gente.



As sextas são os dias que mais lotam, a galera da faculdade que é aqui perto, baixa em peso aqui, e nessa sexta não foi diferente já estava cheia e eu não parava de olhar para a porta e a Déia percebeu.



- Perdeu alguma coisa na porta? – me fitou

- Ahn! Não! Nada! – ela percebeu que eu estava ansiosa

- Nada, então por não para de olhar para a porta? – quando ela terminou de falar vi minha prima chegar.

- A Michele chegou – apontei, aproveitei e troquei de assunto. - caramba o bar hoje começou cedo né?

- É! - continuou me olhando sabia que eu estava escondendo alguma coisa e eu sabia que não escaparia. A minha sorte foi que a chamaram no na cozinha.



Olhei procurando a Michele, ela me viu e veio em minha direção logo atrás dela veio o Nando e a minha Lady, linda! Com um vestido preto soltinho e sandálias altas. Fique admirando-a no rosto uma leve maquiagem que realçavam seus olhos, "to ficando louca! Tatiana você prometeu que não iria se apaixonar, lembra?!" eu estava num conflito interno que nem percebi que logo atrás dela vinha um cara moreno, pousou a mão em sua cintura. O sangue ferveu "mas por que estou assim?". Eles chegaram à mesa.



- Oi! Oi! – falei dando um oi para todos que já estavam sentando

- Tati esse é o Rafa amigo da Diana, que você já conheceu la em casa – olhei pra Michele ela entendeu, e me lançou um olhar que não sabia que ela tinha alguém.

- Prazer! - respondi dando dois beijinhos em cada um, no rosto dela é claro que eu dei mais perto da boca e ela se arrepiou. Constatei ela esta tão afim quanto eu. – bom se me dão licença tenho que resolver umas coisas. – disse me levantando e indo em direção ao palco.



A Dani já estava a minha espera, começamos a tocar varias musicas, MPB, Pop fomos fazendo algumas misturas, sabíamos mais ou menos do que o pessoal gostava. Alternávamos entre agitadas e lentas. Eu sempre buscava seu olhar, os dela sempre vidrados em mim. Quando terminamos de "Confesso" de Ana Carolina, cheguei perto da Dani falei que queria cantar uma musica, ela sabia que toda vez que eu cantava é porque eu estava afim de uma pessoa. Passeia a musa pro pessoal da banda. Olhei pro bar a Déia olhava pra mim e ria. Sabia que eu ia dar meu bote. Rsrs.



Comecei a tocar eu fui para o microfone, e ela arregalou os olhos admirada, porque ate então eu só tocava. Comecei a cantar.



Você fez o meu planeta estremecer

Sinto renascer a natureza inteira

Dentro de mim

Eu julguei o amor espécie em extinção

Até surgir você no meu coração



Droga eu estava mesmo apaixonada, não conseguia tirar meus olhos dela, parecia que estávamos à sós.



Eu adormeci as margens de um vulcão

Sem saber que a vida

Me revelaria tanta emoção

Poderoso e sereno igual ao mar

Esse sentimento vai me levar



Eu dava um sorrisinho de lado e ela correspondia. Decidi dar uma olhada pelo Bar, para não ficar muito na cara, e o que vi não me agradou. Marina estava sentada no balcão fazendo uma cara que iria empatar esse meu jogo de sedução. Voltei a cantar olhando pra Diana e as pessoas no bar.



Quando eu te vi, eu me encontrei

Eu me perdi

Foi tão doce de sentir o que provei

Quando te vi em ti me achei

É você o meu amor, agora eu sei



Nessa ultima frase olhei pra ela e depois desviei, olhei pro resto do bar. Algumas pessoas estavam cantando também outras namorando. Voltei meus olhos somente para ela.



Precioso e tão raro de se achar,

Esse amor é um acalanto, celacanto solitário no mar

Animal que vem do fundo do oceano

E só de vez em quando se deixa avistar

Quando eu te vi eu me encontrei...



Quando terminei de cantar todo mundo aplaudiu, uns assoviaram. E eu olhando pra ela, encantada!



O carinha que estava do lado dela aproveitou o momento e a puxou para um beijo e ela correspondeu. Meu mundo caiu, não estava acreditando ela estava dando mole pra mim e agora ta lá aos beijos com o cara.



Terminei de tocar as musicas no automático. A banda deu um intervalo e eu fui direto pro banheiro, precisava jogar uma água no rosto, pra ver se diminuía a raiva que estava de mim mesma.



Já estava na pia quando escutei a porta se abrir nem olhei, continuei com as mãos apoiadas na pia e de cabeça baixa. A pessoa parou do meu lado, quando senti o calor me virei para ver que era. Era ela! Me olhava com um brilho intenso. Meu coração saltava do peito. Virei ficando de frente pra ela, inconsciente nossas mãos se entrelaçaram, pareciam imãs. Nossos corpos foram se aproximando, sem que uma palavra fosse dita. Nossos hálitos se misturam, os olhos não se desgrudavam, um breve roçar com lábios pedindo o beijo. Ouvimos o barulho da porta quebrando totalmente o encanto, ela se afastou e entrou em um reservado. Era Marina atrás de mim.



- Bebê o que você ta fazendo aqui? – detestava quando ela mechava assim.

- O que você esta fazendo aqui? Qual parte do espaço que te pedi que você não entendeu?! – ela me olhou com um charme, ela sempre fazia isso na cama e eu ficava doida.

- Tava com saudades, não te vejo a mais de uma semana. – fez cara de cão sem dono.

- Que bom. Pelo menos to conseguindo respirar – disse dando um passo pra trás

- Poxa, vai dizer que não gosta de ficar comigo – disse se aproximando e me dando um beijo ardente, impossível não ficar molhada nesse momento. – que não sente saudades dos meus beijos.

- Eu te pedi espaço, lembra?! Preciso de um tempo pra mim. – disse essa ultima frase mais pra me convencer e resistir. Já que estava quase duas semanas de abstinência.

- Eu sei. Ah! A Déia mandou dizer que o Guga chegou e ela quer falar com você la no balcão. – concordei com a cabeça e sai.



Deixei Marina passar a frente e fui logo atrás, mas antes olhei para o reservado da Diana que continuava fechado. "será que ela viu o beijo? Mas também ela beijou o cara que tava com ela!"



A Andréia queria saber o que estava acontecendo, disse que depois a explicaria com calma. Fiquei atendo o balcão ajudando o barman tinha muita gente pra atender. As vezes olhava para a mesa dela e nossos olhos se encontravam ela desviava e chagava mais perto do carinha. "é ela viu o beijo! O jeito é deixar rolar." Tomei uma caipivodka e vi que já estava na hora de ir pra casa.



Já estava me despedindo da galera, quando que chega perto? Marina, eu já estava um pouco alta, depois de cervejas e caipivodkas. Ela chegou se oferecendo, o prazer falou mais que a razão. Acabei indo embora com ela. De carona é lógico.



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Capitulo 17

Capitulo XVIII



[02/11/09]





***Tati***



Acordei com uma dor de cabeça incrível, ainda bem que a Marina já tinha ido embora, porque ia despejar todo meu mau humor em cima dela. Tomei um banho e fui da um volta com Lola minha cachorra, a única que me compreendia num momento desses, nem um latido ela dava. É incrível como o bicho conhece seu dono. Caminhei pela praia tomei uma água de côco, a dor de cabeça foi passando. Fui pra casa chegando la olhei no celular tinha uma mensagem de um churrasco na casa do meu tio. Uma sauna e uma piscina era disso que eu estava precisando, relaxar.



Cheguei falei com meus tios, eles já estavam de saída a casa estava por conta de Michele "isso não vai prestar" - pensei. Ela ainda tava se arrumando e tinha uma amiga com ela. Decidi pegar uma sauna logo que depois os caras ficam de putaria la dentro e não ia dar certo.



Fique uns 40 minutos la, saí tomei uma ducha. Quando me virei dei de cara com Diana fique sem ação. Quanto tempo ficamos nos olhando não seu, mas eu estava louca pra beijá-la. Ela quebrou o silencio.



- Sua namorada não veio? - não entendi

-Ahn!

- Aquela menina que estava com você ontem! – parecia estar com ciúmes.

- Eu não tenho namorada.

- Sei! – disse se aproximando.



Nossos corpos ficaram colados. De novo nossas mãos entrelaçaram, parecia que pertencia uma a outra, nunca na minha vida tinha acontecido isso. Ela colocou a outra mão na minha nuca e me puxou pra um beijo. Nossa como estava esperando por esse beijo. Com certeza teria que tomar outra ducha fria. Coloque a minha mão em suas costas e ela tremeu. Tentei puxá-la pra um contato maior, ela se afastou. Dei sorriso e recebi um tapa. Não entendi nada a menina me da um beijo e depois um tapa?



- Ah! Mas você não vai me roubar um beijo e sair assim! Não vai mesmo! – a segurei pela cintura, colei meu corpo no dela e fui empurrando ate a parede. Ela se bateu, segurei seus braços em cima da cabeça, fiz tudo isso olhando em seus olhos e tremia a cada atitude minha. Aproximei meu rosto do seu e dei um beijo cheio de paixão, com minha coxa afastei suas pernas senti o calor que vinha do seu sexo, ela gemeu. Soltei seus braços e os enlaçou em meu pescoço. As minhas mãos passearam por suas costas. Mas eu tinha que ir com calma na sabia qual era a dela. Consegui me solta do beijo, ela ficou sem entender nada. – Já peguei o meu beijo roubado, o tapa depois eu resolvo. – verei e sai.



Fui andando rápido dei um mergulho na piscina de uma ponta a outra e deitei em uma espreguiçadeira de frente para a sauna queria ver a cara dela quando saísse de lá. Ela demorou um pouquinho pra voltar "devia estar tomando um banho bem gelado" ri do meu pensamento.



- Ta rindo do que? – tomei um susto, Michele estava do meu lado e eu não vi

- Quer me matar de susto?!

- Você ta aí a um tempo com essa cara de boba e depois começa a rir sozinha. É Por causa da Diana, né? – começou a rir da minha cara

- Essa menina ta me deixando doida! - dei um suspiro

- O que não te impediu de ir embora ontem com a Marina, e ela ainda viu vocês duas saindo juntas.

- Ela também tava com aquele carinha lá. Ta certo que eu também às vezes não consigo rejeita a Marina, e eu tava na seca a duas semanas.

- Oh, uma coisa eu sei ela ta muito afim de você.

- É! Eu sei! – ri me lembrando do beijo – muda de assunto ela ta vindo ai.



Ela veio em nossa direção, mas não me olhava. Só olhava pra Michele.



- Tava pensando – disse ela – O churrasco vai terminar que horas?

- Não sei lá pra umas 4 ou 5 horas, por que? – Michele falou

- A gente poderia ir a uma pizzaria mais tarde?

- Tudo bem! – Michele falou e se virou pra mim – Vamos?

- Depende! - olhei nos olhos de Diana - o convite se estende a mim também?

- Sim – dava pra ver a raiva nos seu olhar.



Ficamos conversando, ela só me dava respostas monossilábicas. O que me dava uma vontade louca de beijá-la, ela fazia cara de zangada. Tive que me controlar muita coisa. A galera foi chegando o tal Rafa também e ela ficou do lado dele, mas o tempo todo me procurando com os olhos. A minha sorte foi que minha mãe ligou pra almoçar com ela, não queria ficar nessa tortura vendo ela com o cara.



Passei à tarde com meus pais, minha mãe querendo que eu passasse a noite, mas eu estava com o carro da Michele por causa do meu plano de me fazer de pobre. Fui embora tendo que prometer que tinha que voltar pro almoço de domingo.



Cheguei na casa de Michele tomei uma banho e coloquei uma roupa dela mesmo, sempre trocamos de roupas as vezes. Fomos encontrar com a Diana. De lá seguimos para a pizzaria. Ela sempre me olhando atravessado. Por dentro em ria, essa cara de zangada dela tava me deixando maluca.



Ficamos conversando sobre varias coisas, ela contava historias sobre os lugares que ela ia lá nos Estados Unidos, a maioria eu já tinha ido mais de uma vezes. Mas fiquei fingindo curiosidade.



Já perto da hora de ir embora ela levantou pra ir ao banheiro. Fiz um sinal pra minha prima ela entendeu, e eu fui atrás dela no banheiro. Na hora que cheguei lá tinha uma menina lavando a mão e a Diana ainda estava no reservado. Entrei em um reservado esperando o dela se abrir.



Assim que ela abriu, dei uns segundos e abri o meu ela estava de frente para o espelho se espantou quando me viu. Fui lavar a mão, ela continuou me olhando. Parecia hipnotizada, quando me virei pra sair, dei um encontrão nela e novamente nossas mãos se encontraram. Em questão de segundos nossos corpo se encostaram, os hálitos se misturaram e o inevitável aconteceu, ela me puxou pra um beijo, esse mais forte que o outro, parecia com raiva e paixão ao mesmo tempo. Tivemos que nos separar para respirar. Não tive como deixar de rir a minha felicidade era tamanha que não iria guardá-la pra mim. Um outro tapa eu levei, essa menina ta querendo me deixar confusa. Quando ela ia saindo puxei-a de volta.



- Volta aqui!



Encostei-a na pia, seus braços atrás de seu corpo, seus olhos que estavam grudados aos meus desceu pra minha boca. Eu vi que ela queria tanto quanto eu. Dei-lhe um beijo com bastante carinho, lento, saboreando cada pedacinho daquela boca. Depois foi se tornando mais exigente, soltei seus braços e ela me puxou pela cintura, as minhas mãos passeavam pelo seu corpo, quando ouvimos vozes vindas do lado de fora nos separamos.



Voltamos pra mesa, não demorou muito pedimos a conta ela queria pagar a minha parte, foi engraçado.



- Deixa que eu pago! – ela disse pegando a bolsa

- Mas por que? Se que consumiu foi eu! – respondi, ela achava que eu não tinha dinheiro pra uma continha de nada.

- Eu convidei eu pago! – que menina mandona, mas linda! Suspirei

- Ontem eu te convidei e por acaso paguei sua conta? – fiz cara de brava. Ela ficou um pouco sem jeito, acho que peguei pesado. – faz o seguinte - olhei pra Michele – passa seu cartão em duas vezes que depois eu acerto com você.

- Se você prefere assim, tudo bem! - deu de ombro, que menina mais, mais "grr" como vou definir? LINDA! "Ai meu Deus!!! To ficando louca!"



Depois dessa discução fomos embora, a deixamos em seu prédio, que ficava a dois quarteirões do meu. Pedi pra Michele me deixar la depois pegaria o meu carro que ficou escondido na rua de trás da casa dela.









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Capitulo 18

Capitulo XVIII



[02/11/09]





***Tati***



Acordei com uma dor de cabeça incrível, ainda bem que a Marina já tinha ido embora, porque ia despejar todo meu mau humor em cima dela. Tomei um banho e fui da um volta com Lola minha cachorra, a única que me compreendia num momento desses, nem um latido ela dava. É incrível como o bicho conhece seu dono. Caminhei pela praia tomei uma água de côco, a dor de cabeça foi passando. Fui pra casa chegando la olhei no celular tinha uma mensagem de um churrasco na casa do meu tio. Uma sauna e uma piscina era disso que eu estava precisando, relaxar.



Cheguei falei com meus tios, eles já estavam de saída a casa estava por conta de Michele "isso não vai prestar" - pensei. Ela ainda tava se arrumando e tinha uma amiga com ela. Decidi pegar uma sauna logo que depois os caras ficam de putaria la dentro e não ia dar certo.



Fique uns 40 minutos la, saí tomei uma ducha. Quando me virei dei de cara com Diana fique sem ação. Quanto tempo ficamos nos olhando não seu, mas eu estava louca pra beijá-la. Ela quebrou o silencio.



- Sua namorada não veio? - não entendi

-Ahn!

- Aquela menina que estava com você ontem! – parecia estar com ciúmes.

- Eu não tenho namorada.

- Sei! – disse se aproximando.



Nossos corpos ficaram colados. De novo nossas mãos entrelaçaram, parecia que pertencia uma a outra, nunca na minha vida tinha acontecido isso. Ela colocou a outra mão na minha nuca e me puxou pra um beijo. Nossa como estava esperando por esse beijo. Com certeza teria que tomar outra ducha fria. Coloque a minha mão em suas costas e ela tremeu. Tentei puxá-la pra um contato maior, ela se afastou. Dei sorriso e recebi um tapa. Não entendi nada a menina me da um beijo e depois um tapa?



- Ah! Mas você não vai me roubar um beijo e sair assim! Não vai mesmo! – a segurei pela cintura, colei meu corpo no dela e fui empurrando ate a parede. Ela se bateu, segurei seus braços em cima da cabeça, fiz tudo isso olhando em seus olhos e tremia a cada atitude minha. Aproximei meu rosto do seu e dei um beijo cheio de paixão, com minha coxa afastei suas pernas senti o calor que vinha do seu sexo, ela gemeu. Soltei seus braços e os enlaçou em meu pescoço. As minhas mãos passearam por suas costas. Mas eu tinha que ir com calma na sabia qual era a dela. Consegui me solta do beijo, ela ficou sem entender nada. – Já peguei o meu beijo roubado, o tapa depois eu resolvo. – verei e sai.



Fui andando rápido dei um mergulho na piscina de uma ponta a outra e deitei em uma espreguiçadeira de frente para a sauna queria ver a cara dela quando saísse de lá. Ela demorou um pouquinho pra voltar "devia estar tomando um banho bem gelado" ri do meu pensamento.



- Ta rindo do que? – tomei um susto, Michele estava do meu lado e eu não vi

- Quer me matar de susto?!

- Você ta aí a um tempo com essa cara de boba e depois começa a rir sozinha. É Por causa da Diana, né? – começou a rir da minha cara

- Essa menina ta me deixando doida! - dei um suspiro

- O que não te impediu de ir embora ontem com a Marina, e ela ainda viu vocês duas saindo juntas.

- Ela também tava com aquele carinha lá. Ta certo que eu também às vezes não consigo rejeita a Marina, e eu tava na seca a duas semanas.

- Oh, uma coisa eu sei ela ta muito afim de você.

- É! Eu sei! – ri me lembrando do beijo – muda de assunto ela ta vindo ai.



Ela veio em nossa direção, mas não me olhava. Só olhava pra Michele.



- Tava pensando – disse ela – O churrasco vai terminar que horas?

- Não sei lá pra umas 4 ou 5 horas, por que? – Michele falou

- A gente poderia ir a uma pizzaria mais tarde?

- Tudo bem! – Michele falou e se virou pra mim – Vamos?

- Depende! - olhei nos olhos de Diana - o convite se estende a mim também?

- Sim – dava pra ver a raiva nos seu olhar.



Ficamos conversando, ela só me dava respostas monossilábicas. O que me dava uma vontade louca de beijá-la, ela fazia cara de zangada. Tive que me controlar muita coisa. A galera foi chegando o tal Rafa também e ela ficou do lado dele, mas o tempo todo me procurando com os olhos. A minha sorte foi que minha mãe ligou pra almoçar com ela, não queria ficar nessa tortura vendo ela com o cara.



Passei à tarde com meus pais, minha mãe querendo que eu passasse a noite, mas eu estava com o carro da Michele por causa do meu plano de me fazer de pobre. Fui embora tendo que prometer que tinha que voltar pro almoço de domingo.



Cheguei na casa de Michele tomei uma banho e coloquei uma roupa dela mesmo, sempre trocamos de roupas as vezes. Fomos encontrar com a Diana. De lá seguimos para a pizzaria. Ela sempre me olhando atravessado. Por dentro em ria, essa cara de zangada dela tava me deixando maluca.



Ficamos conversando sobre varias coisas, ela contava historias sobre os lugares que ela ia lá nos Estados Unidos, a maioria eu já tinha ido mais de uma vezes. Mas fiquei fingindo curiosidade.



Já perto da hora de ir embora ela levantou pra ir ao banheiro. Fiz um sinal pra minha prima ela entendeu, e eu fui atrás dela no banheiro. Na hora que cheguei lá tinha uma menina lavando a mão e a Diana ainda estava no reservado. Entrei em um reservado esperando o dela se abrir.



Assim que ela abriu, dei uns segundos e abri o meu ela estava de frente para o espelho se espantou quando me viu. Fui lavar a mão, ela continuou me olhando. Parecia hipnotizada, quando me virei pra sair, dei um encontrão nela e novamente nossas mãos se encontraram. Em questão de segundos nossos corpo se encostaram, os hálitos se misturaram e o inevitável aconteceu, ela me puxou pra um beijo, esse mais forte que o outro, parecia com raiva e paixão ao mesmo tempo. Tivemos que nos separar para respirar. Não tive como deixar de rir a minha felicidade era tamanha que não iria guardá-la pra mim. Um outro tapa eu levei, essa menina ta querendo me deixar confusa. Quando ela ia saindo puxei-a de volta.



- Volta aqui!



Encostei-a na pia, seus braços atrás de seu corpo, seus olhos que estavam grudados aos meus desceu pra minha boca. Eu vi que ela queria tanto quanto eu. Dei-lhe um beijo com bastante carinho, lento, saboreando cada pedacinho daquela boca. Depois foi se tornando mais exigente, soltei seus braços e ela me puxou pela cintura, as minhas mãos passeavam pelo seu corpo, quando ouvimos vozes vindas do lado de fora nos separamos.



Voltamos pra mesa, não demorou muito pedimos a conta ela queria pagar a minha parte, foi engraçado.



- Deixa que eu pago! – ela disse pegando a bolsa

- Mas por que? Se que consumiu foi eu! – respondi, ela achava que eu não tinha dinheiro pra uma continha de nada.

- Eu convidei eu pago! – que menina mandona, mas linda! Suspirei

- Ontem eu te convidei e por acaso paguei sua conta? – fiz cara de brava. Ela ficou um pouco sem jeito, acho que peguei pesado. – faz o seguinte - olhei pra Michele – passa seu cartão em duas vezes que depois eu acerto com você.

- Se você prefere assim, tudo bem! - deu de ombro, que menina mais, mais "grr" como vou definir? LINDA! "Ai meu Deus!!! To ficando louca!"



Depois dessa discução fomos embora, a deixamos em seu prédio, que ficava a dois quarteirões do meu. Pedi pra Michele me deixar la depois pegaria o meu carro que ficou escondido na rua de trás da casa dela.









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Capitulo 19

Capitulo XIX



[03/11/09]





***Diana***



Acho que fui a primeira a chegar na casa da Michele, ela tinha acabado de acordar e tava se arrumando, seus pais se despediram dizendo que iriam passar. Ficamos no seu quarto ela contava sua aventura, essa menina é uma figurinha.



Fomos pra piscina, estavam faltando às toalhas. Ela pediu que eu pegasse no armário que tem na sauna. Prontamente fui, mas a visão que tive fez meu coração explodir de tanto desejo. A Tati tinha acabado de fecha o chuveiro. A água escorrendo por todo aquele corpo e que corpo. Pude ver melhor ainda ela estava com um biquíni azul que realçavam mais ainda seus olhos estava encantada. Sua tatoo estava aparecendo, linda por sinal. Ficamos um tempo só nos fitando, quando vi um sorri aflora nos seus lábios me lembrei da noite anterior.



- Sua namorada não veio? – tinha que saber se ia ter que aturar as duas aqui.

-Ahn! Ela parecia não entender

- Aquela menina que estava com você ontem! – me deu uma raiva só de lembra as duas se beijando.

- Eu não tenho namorada. - não acreditei

- Sei! – foi mais forte do que eu! Vê-la assim de biquíni a água escorrendo no seu corpo, tinha que beijá-la. Tava engasgada ainda com aquele quase beijo de ontem.



Puxei-a e a beijei com tanta vontade, acho que ela não esperava. Ela ficou um pouco dura depois se soltou, suas mãos ficaram em minhas costas. Ela me puxou pra colarmos mais ainda, seu encostasse mais nela estava perdida me entregaria a ela ali mesmo. Ela iria me achar fácil demais. Com uma briga interna enorme consegui me separar dela. Um sorriso cínico surgiu em seus lábios. Uma raiva surgiu dentro de mim, pelo visto seria mais uma a ficar com ela e eu não queria ficar. Sei lá o que queria, nesse momento estava perdia. Dei um tapa em seu rosto e sai.



Mas antes que chegasse a porta ela me puxou, tentei me soltar ela era mais forte, segurou meus braços, me empurrou na parede e me beijou de uma forma tão doce que meu corpo amoleceu e minhas pernas também, ela aproveitou e as afastou posicionado uma de suas pernas no meio das minhas. Ali eu estava totalmente entregue, seria dela somente dela. Do nada ela parou, fiquei sem reação, a parede era meu apoio sem ela eu cairia.



- Já peguei o meu beijo roubado, o tapa depois eu resolvo. - ela disse e saiu



Tomei uma ducha bem fria, acho que fiquei uns 10 minutos ou mais, meu corpo estava fervendo. "Ela me paga!"



Quando sai ela tava com aquele rizinho idiota na cara, minha raiva aumentou. Mais de mim que dei mole pra ela "grrr".



Antes de o pessoal chegar, comentei com Michele que agente poderia ir a uma pizzaria à noite e Michele a convidou fique um pouco sem jeito afinal ela tinha me convidado pra ir ao bar no dia anterior. Acabei concordando que ela viesse também conosco.



A galera já tinha chegado o churrasco tava bastante animado. O Rafa regou com uns amigos e ficou do meu lado o tempo todo. Eu tentava ficar de olho nela, mas o Rafa toda hora me perguntava alguma coisa. Acho que só queria minha atenção. Derrepente ela veio se despedindo de todos, "Será que ela vai se encontra com a morena?". fiquei um pouco enciumada.



O churrasco terminou umas 5 horas, o Rafa me deixou em casa. Perguntou o que eu faria mais tarde, se eu queria sair com ele. Eu disse que sairia com as meninas e que a gente marcaria depois.



Elas passaram no meu prédio, a Tati dirigindo o carro da Michele que sempre puxava algum assunto comigo. A Tati não dava um pio dentro do carro. Quando chegamos a pizzaria conversamos sobre varias coisas. Comecei a contar sobre algumas viagens que fiz; alguns micos que paguei. Ela ria, eu estava encantada. Às vezes não a entendia com podia ser tão linda e depois ser tão cínica.



Depois de um tempo, pedi licença e fui ao banheiro. Quando sai do reservado, já estava indo lavar as mãos. Eu a vi saindo do reservado ao lado do que eu estava. Não tive reação, o jeito que ela me devorava com os olhos tava me deixando maluca. Ela foi ate a pia lavou as mãos e ia saindo, quando esbarrou em mim nossas mãos se enlaçarem de novo. Não me contive a agarrei de novo, devorei seus lábios. Minha vontade era tamanha que acabamos ficando sem ar, tivemos que nos separar. E novamente aquele rizinho, que raiva. Dei outro tapa em seu rosto e sai. Bom achei que iria sair. Ela me puxou igual como fez pela manhã. Só que o beijo foi diferente, foi mais suave. Ela me beijava tentando descobrir cada pedacinho da minha boca. Eu estava ficando completamente apaixonado, tava totalmente entregue a ela.



O beijo foi se tornando exigente. Puxei-a pra mais perto. Suas mãos já passeavam pelo meu corpo. Esqueci do lugar onde estávamos pra mim naquele momento não interessava eu queria estar é com ela. Foi quando ouvimos vozes vindo do lado de fora. Nos separamos, senti um vazio enorme dentro de mim. Queria prolongar mais aquele contato. Mas acabamos voltando pra mesa.



Ficamos mais um tempo lá, e fomos pagar a conta. Começamos a discutir eu queria e ela não deixava, a final eu tinha a convidado. Eu nunca vi uma pessoa tão orgulhosa, mandou Michele parcelar pra ela no cartão. "que garota teimosa! Aí! Grrr"



Me deixaram em casa, no elevador fui pensando no beijo. "Será que ela esta gostando de mim? Não deve ser impressão minha!" Fui pro meu quarto, tomei um banho e logo fui dormir. Sonhei com ela, com seus beijos nós duas fazendo amor. Acordei suando e muito excitada o único jeito de aliviar era um banho gelado. "se fica sonhando com ela sempre acho que vou morrer congelada de tanto tomar banho frio!" ri do meu pensamento.



Tomei o banho. Me arrumei, minha mãe já tinha preparado o café. Eu estava muito feliz, e meus pais perceberam isso.



- Parece que alguém ta muito feliz! E isso se deve ao Rafael? – perguntou minha mãe

- Ahn! – acordei do meu devaneio – o que?

- Ih! Querido o caso e grave. Ta ate perdida. – começaram a rir

- Não tem nada a ver nós só somos amigos e nada mais. Tá! – eles riam – to indo dar uma volta na praia! Tchau! - aproveitei que já tinha terminado o café sai rapidinho.



A praia ficava a dois quarteirões do meu prédio. Eu caminhava pelo calçadão, quando aviste uma menina correndo brincando com um cachorro preto, os dois rolavam pela areia. Eu comprei uma água de côco e fique sentada em um banco vendo os dois. Quando vi o rosto da menina não acreditei era a Tati. O cachorro pula em cima dela, latia e eu encantada com aquilo, ela parecia uma criança ria fazia um monte de palhaçada. E eu igual a uma boba rindo que visse não entendia nada.



Um carro bonito. Acho que era importado passou por mim e parou logo adiante. Buzinou e a Tati olhou e foi andando em direção ao carro. Saiu uma loira alta do mesmo tamanho ou maior que Tati. Encostou no carro a Tati veio e deu um abraço e um selinho nela. "Deve ser sua namorada!" senti uma lagrima escorrer sobre meu rosto. Logo ela chamou o cachorro, as duas entraram no carro e foram embora. Não sabia o que fazer ela devia estar brincando comigo, me beija e depois sai com outra. Fui pra casa e fiquei o resto do dia no quarto.









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Capitulo 20

Capitulo XX



[04/11/09]





***Tati***



Acordei cedo no domingo, liguei pra Lilian. Ela dava plantão aqui perto. Pedi pra quando saísse passasse aqui pra me pegar para irmos pro almoço na casa dos nossos pais. Eu estava sem carro e sem moto. O carro tava na casa de Michele e a moto na casa dos meus pais.



Aproveitei que o dia tava bonito coloquei uma roupa leve e levei Lola pra passear na praia, coisa que ela adora. A cachorra me deu um cansaço, brinquei muito com ela. Lilian chegou e buzinou. Saiu linda loira poderosa de dentro do carro, não é por ser minha irmã, mas ela é linda. Ela e o Léo puxaram o lado do papai são loiros e eu e o Pedrinho puxamos a mamãe com os cabelos escuros. Nos quatro tínhamos algumas semelhanças, o nariz, o sorriso o jeito de falar. Era engraçado algumas pessoas não acreditavam que eu e o Pedrinho éramos irmãos de Lili e Léo.



Lili me abraçou e me deu um selinho era assim desde pequena.



- Como consegue ficar tão suja de areia e tão linda ao mesmo tempo, denguinho! – detestava quando me chamava assim, a mamãe que sempre me chamou assim.

- Tava brincando com Lola.

- Cadê ela? – assoviei e ela veio. Lili adorava brincar com ela também. – vamos

- primeiro vou deixá-la em casa – apontei pra cachorra

- Não leva! As crianças vão adorar. – entramos no carro e fomos pra casa de nossos pais.



O domingo passou tranqüilo, tive uma vontade louca de ver Diana, "Mas como vou vê-la?". Passei enfrente ao seu prédio varias vezes na tentativa de poder vê-la e nada. Fui pra casa com ela no pensamento, os beijos ate os tapas estavam me fazendo falta.



A semana passou e eu não consegui vê-la, ia à casa dos meus tios, perguntava a Michele e nada. Outra semana se passou ela simplesmente sumiu, já estava ficando agoniada com esse seu sumiço. Michele comentou que ela tava fazendo um estagio no fórum, tinha se formado em direito lá em NY. Mas mesmo assim sumir desse jeito.



Já estava na terceira semana sem vê-la, a saudade era enorme. Já tinha voltado a trabalhar. Agora mesmo que não conseguiria encontrar com ela.



Era sexta-feira estávamos no "Affs", Michele colou seu celular em meu bolso e ficou fofocando com umas amigas já que o Nando estava viajando. Andréia estava ao meu lado percebendo o quão agoniada eu estava, me perguntou o que estava acontecendo. Contei tudo dos beijos, dos tapas e o tanto que eu estava apaixonada. É muito apaixonada, ela não saia dos meus pensamentos. A marina estava perto acho que ela tinha ouvido tudo. Pra mim isso não importava não tinha nada com ela.



Senti meu bolso vibrar, o celular de Michele, quando olhei no visor era o nome dela. "Deus ouviu minhas preces!".



- É ela – olhei pra Andréia - Alô? – atendi

- Michele? – ela estava chorando

- oi? Alô? – ta chiando um pouco, fui pra um canto.

- Você pode vir aqui? Por favor? – ela estava soluçando, "O que será que aconteceu?"

- To indo praí! – levantei e sai não me despedi de ninguém. A Andréia entenderia.



Cheguei na portaria do seu prédio, o porteiro disse que eu poderia entrar que ela estava me esperando, perguntei qual era o numero. Nunca tinha ido la antes, sabia onde era, mas não o andar. Ele disse que era no 1001.



Cheguei a sua porta tava um pouco nervosa, fazia um tempo que não a via, não saberia sua reação a me ver ali fazendo me passar por Michele. Toquei a campainha, quando abriu ficou sem palavras. Pude ver no seu rosto uma marca vermelha, ao lado de esquerdo de sua boca um pequeno corte. Toquei seu rosto, uma lagrima rolou dele as sequei com os dedos.



- Shiii! Que fez isso com você, minha linda? - a abracei, e ela começou a soluçar



Fechei a porta ainda abraçada com ela, a levei para o sofá e esperei ela se acalmar.



- Onde é a cozinha? – ela me apontou



Fui ate lá, coloquei açúcar no copo com água, peguei um pouco de gelo. Entreguei o copo a ela e enrolei o gelo em um pano e coloque em seu rosto.



- Ta melhor? – ela fez que sim com a cabeça – o que aconteceu? – olhei em volta vi que estávamos sozinhas. – seus pais não estão casa?

- eles viajaram ontem, chegam amanha à tarde. – limpei o canto da sua boca e ela gemeu. Uma dor se instalou em meu coração. "Que machucaria este rosto tão lindo?! Quem faria esses olhos cor de mel ficarem tão tristes?!"

- Quem fez isso com você? – ela abaixou a cabeça

- O Rafa... – levantei bruscamente ela se assustou

- Cadê ele? Pra onde ele foi? Ah! Eu vou acabar com raça dele! – ela deu um rizinho de lado, vendo minha reação. Senti me rosto esquentar, devia esta roxa.

- Calma! – segurou em meu braço – só fica aqui comigo?

- Ta. – sentei ao seu lado de novo. – Por que ela fez isso com você?

- Porque não cedi aos seus caprichos e terminei com ele. – "caprichos! Será que ele tentou alguma coisa com ela?"

- Você já esta melhor? – perguntei olhando em seus olhos, queria passar minha vida inteira ali, adoçando-a com o mel de seus olhos brilhantes. Lindos.

- To melhor sim! Obrigada!

- Por nada! Vem vou te colocar na cama. – segurei em sua mão e ela foi me guiando até seu quarto.



Assim que entramos em seu quarto, dei uma olhada rápida. Tinha uma estante cheia de livros à esquerda, a seu lado uma mesa com um computador algumas caixas ao lado, não devia ter desfeito toda a mudança ainda. Do lado direito tinham duas portas devia ser banheiro e o closet. No centro a cama com dois criados mudos. Ao lado direito perto da porta uns pufes e uma poltrona.

Ela tirou algumas roupas que estavam em cima da cama e sentou. Eu fique em pé, não sabia como agir, "Oh! Hora pra ficar tímida!" me recriminei.









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Capitulo 21

Capitulo XXI



[05/11/09]





***Tati***



- Vem senta aqui – parecia ler meus pensamentos. – eu não mordo! – riu

- Não morde, mas bate! – ri passando a mão no rosto, ela ficou um pouco sem graça. – tudo bem eu mereci, não sei o porquê, mas mereci. - ri e riu de volta

- desculpa! – abaixou a cabeça

- Ei! Não precisa ficar assim. – disse segurando seu rosto. – vem cá. – deitei e a abracei, dei um beijo em sua cabeça e fiquei fazendo carinho em seu cabelo. Ela colada em meu peito, eu queria isso pro resto da minha vida. Um riso aflorou em meus lábios.

- Nossa seu coração ta batendo tão rápido, ta tendo um ataque cardíaco? – disse levantando a cabeça pra me olhar e rindo.

- Ele fica assim toda vez que eu chego perto de você! – consegui falar, tava engasgado dentro de mim a tanto tempo. Ela me olhou espantada.

- Engraçado. – pegou a minha mão e levou de encontro ao seu coração – comigo acontece o mesmo! – riu



Abri e fechei a boca tentando pronunciar alguma coisa não sai nada. Tentei dizer algo, mas ela colocou os dedos em minha boca.



- Shiii!! Não fala nada. – e me beijou um beijo calmo, como se tivéssemos todo o tempo do mundo.



Ficamos nos beijando um bom tempo, não queria sair dali nunca. O beijo foi se aprofundando, o desejo aflorando em nosso corpo. Minhas mãos já percorrendo todo o seu corpo, as suas por dentro da minha blusa. Senti meu corpo estremecer. Ela chegou mais pra cima de mim posicionando uma de suas pernas entre as minhas pressionando meu sexo. Me deixando mais desesperada. Fui tirando suas roupas devagar degustando de cada pedacinho do seu corpo, ela fez o mesmo comigo.



Troquei de posição com ela, me afastei um pouco, fiquei de joelhos olhei por todo o seu corpo queria que aquela imagem ficasse gravada pra sempre. Não demorei muito, também estava com muito tesão. Comecei beijando sua boca, fui descendo pro pescoço ela gemia a cada toque, ela virou a cabeça de lado beijei perto da sua orelha ela se arrepiou. Adorei, depois beijei os seios ora beijava um ora outro. Lindos! Perfeitos! Suas mãos emboladas em meus cabelos. Fui descendo pra barriga ela se contorcia, parei em seu sexo, senti o seu cheiro tava louca pra sentir o seu sabor. Passei a pontinha da língua em seu clitóris ela gemeu e levantava o seu corpo pra um contato maior. Dei um sorriso safado.



- Não... Faz... Isso... Comigo... – ela mal conseguiu dizer, seu corpo tremia de desejo.

- O que você quer? – fique brincando em seu sexo com o dedo

- Coloca essa boca aí logo! – disse com a voz tremula empurrando minha cabeça de encontro a seu sexo.



Não pensei duas vezes, mergulhei no sexo dela com a língua ela rebolava em minha boca, quando senti que ela já estava quase gozando coloquei dois dedos dentro dela. Ela rebolava ainda mais, quando seu corpo estremeceu em espasmos. Gozei junto com ela. Fui fazendo o caminho inverso, beijei sua virilha, barriga, dei um trato especial nos seios, pescoço e parei em sua boca. Um beijo longo. Quando paramos olhei em seus olhos e vi que ela estava longe de estar satisfeita.



- Agora é aminha vez de te dar prazer! – trocou de posição comigo com um sorriso safado que nunca tinha visto em seu rosto.



O que ela fez? Fez tudo o que fiz com ela só que pior. Tive orgasmos múltiplos, coisa que nunca tinha acontecido em minha vida. Estava acabada, ela não me dava chance de descansar. Ela era insaciável!



Estava descansando do meu ultimo orgasmo. Ela deita em cima de mim, com o queixo em minha barriga, me olhando o tempo todo.



- Você quer acabar comigo? – ela ria – tem que deixar um pouquinho pra depois! – ela ficou me olhando e rindo. – se não amanhã você vai ver um trapo humano andando pela rua.

- Isso era muito desejo acumulado! – riu, e fique olhando-a

- Você é linda! Sabia?- passei o dedo contornando seu rosto

- Você também é! Não consigo te tirar da cabeça desde o dia que te vi toda suja de tinta. - tinha que contar a ela a verdade

- Tenho que te falar uma coisa?

- Pode falar.



Quando ia começar a falar o despertador do meu celular começou a tocar. "Droga esqueci o remédio de Lola!" ela tinha o operado um tumor pequeno, a medicação era de 6 em 6 horas.



- Droga! – passei a mão na cabeça – tenho que ir!

- Mas por quê? – ficou me olhando e saindo de cima de mim.

- Tenho que ver Lola – disse procurando minhas roupas.

- A gente acaba de fazer amor e você que ir ver Lola? Que é essa Lola? – olhei pra ela seus olhos estavam pegando fogo, "Ciúmes! Ela disse que fizemos AMOR!"

- Lola é minha cachorra, tem uns três dias que ela operou era pra eu dar o remédio agora a ela. – fiquei olhando, seu olhar mudou. – poso te ver amanhã?

- precisa perguntar? – ela levantou vestiu um robe que estava pendurado no armário, eu já estava vestida.

- Não sei se você tem algum compromisso amanhã! – ela ficou rindo da minha cara

- Você é tão boba! Ih! Tenho um compromisso sim, já ia me esquecendo. – fique olhando pra ela sem entender. – meus pais têm uma festa na casa de uns amigos a tarde, mas de noite estou livre pra você! – fez uma voz dengosa

- Ta! Eu te ligo!



Ela me levou ate a porta, nos despedimos com um beijo, eu não queria largá-la.



- Tati o remédio da sua cachorra – disse sussurrando

- Eu sei, mas aqui ta tão bom – beijei seu pescoço o elevador chegou dei um selinho nela e desci.



Antes de chegar a portaria meu celular tocou, era Marina querendo saber onde eu estava, que tava preocupada. Disse que já estava chegando em casa. Peguei a moto, o prédio dela pro meu dava menos de 5 minutos.



Já estava me aproximando do portão quando vi 4 rapazes vindo na calçada, um deles eu tinha visto em algum lugar não me lembrava de onde. Quando chegaram perto de mim um deles gritou:



- PERDEU!



Não tive tempo de pensar, o outro me deu um soco na barriga eu cai com a moto. Minha sorte foi que eu estava de capacete. Eles começaram a me bicar, fui me defendendo como pude. Ate que meu porteiro gritou, um segurança que fazia a vigia da rua veio correndo. Mas ante o tal cara conhecido, me deu outro chute na barriga, vi tudo escurecer.



- Isso é por fazer minha prima sofrer – foi a ultima coisa que ouvi, apaguei.









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Capitulo 22

Capitulo XXII



[06/11/09]





***Diana***



Depois que eu a vi com aquela loira. Tentei não vê-la mais. Evitei ir à casa da Michele, dei a desculpa que estava ocupada com o estagio no Fórum. E estava mesmo. Não fui mais a praia, só saia de carro. Precisava esquecê-la, cada hora ela estava com uma mulher diferente e eu a queria só pra mim.



Pra tentar esquecê-la dei uma chance ao Rafa. Ele me levava para vários lugares, conheci seus amigos. Começamos a ficar, ele queria oficializa, mas eu não estava pronta pra um namoro serio.



Era uma sexta-feira meus pais tinha viajado, e nós tínhamos ido a um almoço com um casal de amigos dele. Senti que ele já estava um pouco alto, por causa da bebida. Depois do almoço pedi que me lavasse pra casa. Chegando lá ele veio se insinuando, me beijando a força, passando a mão em meus seios. Eu não entendia aquele comportamento dele, nunca tinha feito isso comigo. Empurrei-o e lhe dei um tapa.



- Tá doido?! – disse me afastando – acho melhor você ir embora.

- Ah! Mas não vou mesmo – segurou meu braço com força

- Ta me machucando – ele tentou me agarra de novo. Dei uma joelhada nas suas partes baixas. Ele se curvou, mas logo depois se levantou e me deu um tapa, que foi tão forte que senti o gosto de sangue. – some da minha frente. – gritei – antes que eu chame alguém, seu covarde! – disse aos berros



Ele ainda tentou se aproximar, mas eu joguei um jarro em cima dele. Assustado ela saiu logo. Fique muito nervosa, precisava falar com alguém. Liguei par Michele, ela disse que já estava vindo, interfornei pro porteiro avisando que uma amiga iria chegar que ela a deixasse subir.



Estava muito nervosa, não sabia o que fazer. Ficava andando de um lado pro outro, ate que ouvia a campainha. Quando abria aporta não acreditei, era a Tati! Linda! Me olhando de baixo a cima, quando parou em meu rosto, fiquei sem graça, devia estar marcado. Ela tocou em meu rosto fazendo um carinho de leve, não consegui me segurar desabei em lagrimas. Ela me abraçou e me levou pro sofá, esperou que eu me acalmasse. Fez tudo com muito carinho. Depois foi ate a cozinha e trouxe um copo com água e um pano enrolado com gelo. Ficou cuidando de mim. Achei lindo, a forma como ela estava me tratando. A cada gesto dela eu me apaixonava mais. Não adiantou esse tempo todo que eu a evitei, toda a raiva que senti dela. Apenas comum gesto ou com um olhar ela quebraria.



Ela perguntou que tinha feito aquilo comigo. Fiquei com vergonha, mas acabei contando. Achei lindo ela querendo me defender, pude notar que ela estava gostando de mim, como eu dela. Fiz com que se acalmasse e pedi que fixasse comigo, Ela prontamente aceitou e voltou a cuidar de mim, era tão bom ter ela por perto.



Me levou pro meu quarto, ela deitou e me abraçou. Fiquei coma cabeça em seu peito, parecia que ela tinha corrido uma maratona de tão acelerado e o meu também não ficava atrás. Tê-la assim tão próxima estava me causando uma euforia enorme por dentro. Eu a perguntei o porquê, ela disse que ele sempre fica assim quando ela estava perto de mim. Vi que aquilo que ela falou era sincero peguei sua mão levei ate o meu e disse que eu também sentia a mesma coisa. Ela tentou falar alguma coisa, mas não deixei. Dei-lhe um beijo apaixonado, ela correspondeu da mesma forma. O beijo foi se intensificando, ficando mais ardente.



Quando percebia minhas mãos já estavam debaixo de sua camisa acariciando seus seios, seus bicos já estavam durinhos. Aquilo tudo estava me excitando demais, meu sexo já estava pulsando. Livramos-nos das nossas roupas, ela beijou meu corpo todo. Quando chegou em meu sexo fez uma pequena tortura que estava me levando a loucura. Mas logo depois me levou a um gozo que eu nunca tinha provado em minha vida. Fiz com ela a mesma coisa só que pior não dava tempo de ela se recuperar entre um orgasmo e outro. No ultimo orgasmo dela eu também desabei, perdia as contas de quantas vezes tinha gozado junto com ela.



Ficamos deitadas, eu em cima apoiada em sua barriga e ela com uma das mãos na cabeça e a outra me fazendo carinho, sua respiração ainda alterada. Ficar assim com ela era como viver em outro mundo, poderia viver assim pra sempre.



- Você quer acabar comigo? – ri da cara de coitadinha que ela fez – tem que deixar um pouquinho pra depois! – "pra depois?! Ela ta viajando!" fiquei rindo dos meus pensamentos. – se não amanhã você vai ver um trapo humano andando pela rua.

- Isso era muito desejo acumulado! – ria da cara de felicidade que ela fez.

- Você é linda! Sabia? - passou o dedo contornando meu rosto, eu não estava cabendo em mim de tanta felicidade.

- Você também é! Não consigo te tirar da cabeça desde o dia que te vi toda suja de tinta. – falei como se tive tirado um peso de dentro de mim.

- Tenho que te falar uma coisa? – ela falou de um jeito preocupado. "Ai, meu Deus! Deve dizer que tem namorada, e que não podemos nos encontra!"

- Pode falar. – disse um pouco apreensiva.



Antes de ela falar o celular de fez um barulho. Ela passou a mão na cabeça parecendo preocupada com alguma coisa. "pronto agora ela vai embora, vai volta pra sua namorada!". Doeu muito pensar nisso.



Ela se levantou pegando as roupas dizendo que iria vê uma tal de Lola. Eu não estava acreditando, depois de ter gozado horrores ela ainda tinha que ver essa Lola. Ela me explicou que era sua cachorra, e que queria sair comigo no dia seguinte. Assim meu coração voltou a se acalmar. A levei ate a porta demos um beijo bem demorado eu não queria para e nem ela, mas era necessário, afinal eu tinha a visto com a cachorra na praia e vi que ela era muito importante em sua vida.



Depois que ela foi embora, deitei em minha cama e ainda tinha o seu cheiro lá. Abracei-o e dormi sentindo o seu cheiro.



Acordei por volta de 9 horas, estava muito feliz. Fui ate o banheiro e vi que a marca em meu rosto tinha saído. Resolvi ligar pra Michele e contar tudo o que tinha acontecido. Ela me chamou pra passa o dia lá.



Fui pra casa dela tomamos o café juntas, contei o quanto estava feliz com o que tinha acontecido a noite. Fomos pra piscina e ficamos conversando no que fazer depois da tal fez que seus tios iam dar.



Quando ouvi um barulho de uma moto entrando pelo portão. Me virei e fiquei olhando. A moto prata, a pessoa que estava nela usava uma jaqueta preta, a calça jeans colada e botas tipo de quartel pretas.



- Quem é? – perguntei apontando



Ela não falou nada. A pessoa saiu da moto tirou o capacete cinza, derrepente os cabelos caíram era uma mulher. Quando se virou pude ver seu rosto. Era a Tati! A minha Tati?! Na moto?! Não entendi nada.









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Capitulo 23

Capitulo XXIII



[07/11/09]



***Tati***



Quando acordei Lilian estava do meu lado.



- Ainda bem que você acordou. – disse se levantando e me examinando. – o que aconteceu?

- Aonde estou? – tava confusa – como vim parar aqui?

- No hospital, te trouxeram pra cá e me ligaram dizendo que minha irmã tinha dado entrada aqui inconsciente, vim o mais rápido que pude. – disse um pouco nervosa.

- A mamãe sabe que eu estou aqui?

- Não.

- Não fala nada agora com ela depois eu falo.

- Depois? Daqui a pouco ou você esqueceu da festa? Se você não estiver lá ela vai dar crise, denguinho! – fez uma careta, fui rir senti uma pontada na barriga e gemi. – você ta bem? O que realmente aconteceu Tatiana?



Fiquei em silencio, ainda não tinha colocado a cabeça em ordem, foi quando veio em minha mente "Isso é por fazer minha prima sofrer". Ai fui ligando uma coisa a outra. O cara que conheci era primo de Marina, ele tinha ido uma vez la no bar, e ela tinha me ligado minutos antes do acontecido, só podia ter sido ela que mandou o primo fazer uma emboscada.



- Foi um assalto que eu reagi, eles ficaram com raiva e me bateram. – menti

- Você ta ficando maluca. – falto pular no meu pescoço - reagir a um assalto! Deixa mamãe saber disso, ela vai fica maluca. É bem capais dela mandar você voltar a mora com ela. – gelei com essa possibilidade

- Eu vou falar com ela mais tarde – fiz que ia levantar

- Onde pensa que vai?

- Pra casa! – ela começou a rir

- Nem pensar, você ta de observação. Descansa um pouco, quando você for liberada te levo em casa.



Com os efeitos dos analgésicos dormi o resto da madrugado. Fui liberada logo pela manhã, com uma costela trincada, luxação no pulso esquerdo e vários hematomas. Minha irmã me deixou em casa, fui ver o estado da moto ficou um pouco arranhada nada que uma pintura não resolva. Subi, enquanto tomava um banho fui pensando no que fazer. Tinha que conversa com meu tio ela era me advogado, nunca quis envolver meus irmãos em meus assuntos e mau tio sabia da minha opção sexual. Depois que contei a Michele contei a ele pedindo ajuda pra contar a meus pais. Ele sempre me apoiou, mas eu nunca tive coragem de contar. Coloquei uma roupa e fui pra lá.



Chegando na casa dele não olhei pra lugar algum fui direto entrando, falei com dona Rute a empregada que disse que ele estava no escritório. Quando entrei no escritório meu tio estava lendo o jornal quando me viu o abaixou e fez uma expressão tipo 'lavem bomba!'. Conversamos contei tudo a ele, disse que tinha feito a ocorrência e que pegaram as fitas de vigilância. Ele me explicou tudo o que eu tinha que fazer.



- E quanto ao caso da Marina – perguntei, queria arranja alguma forma de mantê-la bem longe de mim

- Bom você não tem nenhuma prova contra ela, o que você tem que fazer é dar um basta.



Tava morrendo de raiva dela, poxa ela sabia que nossa relação não iria passar das transas. Eu gostava dela, mas não a ponto de namorá-la. Estava perdia em meus pensamentos quando meu celular tocou. Era Andréia preocupada, que Marina estava em sua casa chorando muito, e que estava arrependida, disse pra ela que tinha mandado o primo me machucar.



- Andréia segura ela aí. Chego em 20 minutos. – desliguei, me virei pro meu tio – é hoje que eu arrebento a cara dela. – e fui saindo

- Calma Tati! Você nervosa assim não vai adiantar! – ele gritou, mas eu estava determinada.



Quando ia saindo na porta dei de cara com Michele e Diana. Levei um susto de vê-la ali. Ela tentou dizer alguma coisa, mas não deixei. Falei que não era o momento. E sai.



No caminho eu ia pensando no que aconteceu como ela pode chegar a esse ponto de manda alguém me bater, a minha raiva aumentava. Meu estomago estava embrulhado, minha cabeça fervendo.



Quando cheguei na casa da Andréia. Ela veio logo conversar comigo.



- Como você esta? – disse me segurando pra não entra na casa, ela estava vendo o meu estado.

- Como que você acha? Olha isso? – amostrei minha mão depois levantei a camisa, ela ficou horrorizada quando viu os hematomas. – a que ponto ela chegou. Cadê ela? – disse e fui passando por Andréia que veio logo atrás de mim

- Calma você ta muito nervosa – quando ela terminou, eu já estava de frente pra Marina sentada no sofá chorando.

- Tô inteira como você pode ver! – ela levantou e veio em minha direção. – como você pôde ser tão baixa e mandar seu primo me bater?

- Bebê me desculpa? Eu te amo tanto, fiquei com muito medo de te perder. – tentou encostar em mim. A minha raiva era tanta, fechei a mão e dei um soco nela. Coisa que nunca tinha feito em minha vida. Ela cai sentada no sofá com a boca sangrando.

- Pois o pouco que você tinha de mim você já perdeu. Ah! A visa ao seu primo que a policia ta procurando ele, eles tem a foto dele. E você se algum dia me vir na rua troca de calçada, de cidade, de país, esquece que um dia me conheceu. Pois pra mim você morreu. – quando me virei dei de cara com Michele e Diana, que tentou falar de novo, mas não deixei. Poderia não me controlar e dar um fora nela, e isso era a ultima coisa que eu queria.



Antes de sair ainda pude ouvir Marina gritar:



- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM, VOCE AINDA VAI SER MINHA! – pra mim aquilo não importava mais.



Peguei a moto e sai o mais rápido dali. Fui andando sem rumo. Quando percebia estava na praia de Itacoatiara. Parei a moto e fui respirar um pouco, subi em uma pedra que tem lá, fiquei colocando meus pensamentos em ordem. Precisa esfriar minha cabeça a tarde sabia que iria ouvir um sermão da minha mãe, por causa do "assalto".









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Capitulo 24

Capitulo XXIV



[08/11/09]





***Diana***



- Você pode me explicar? – olhei pra Michele

- Aí! Eu não que me meter entre vocês! Mas já ta na hora de você saber a Tatiana é minha prima e ela não é de "classe baixa" como você pensa. O bar que a gente foi quando vocês se conheceram é dela com a Andréia. Ela tem tanto dinheiro quanto eu e você. Acho que até mais! – não tava entendendo nada

- Mas por que ela fez isso?

- Ela ficou afim de você no primeiro dia que te viu, mas você a tratou com empregada, ai ela decidiu que ia te conquistar como se ela fosse pobre, depois você quis pagar a conta dela. Eu não sei por que ela não te contou logo. Vocês já se acertaram.

- Acho que ela ia me contar ontem, mas ela teve que ir. Mas o que ela esta fazendo aqui?

- Não sei vamos dar uma olhada. – entramos na casa, a empregada disse que ela estava no escritório.



Ficamos aguardando ela sair. Quando saiu, em seus olhos puder ver que ela estava totalmente alterada, "Mas com o que?" me perguntei "ela saiu la de casa tão feliz!". Olhei sua mão estava com uma tala. Tentei perguntar, mas ela não deixou e foi logo saindo.



O pai de Michele estava muito nervoso com medo que ela fizesse alguma besteira e nos mando atrás dela, disse que ela estava indo pra casa de Andréia. Fomos correndo, chegamos perto dela em uma rua, mas ela de moto foi cortando os carros, nós a perdemos de vista.



Quando chegamos a casa da Andréia o portão estava aberto, sua moto já estava la. Entramos bem na hora que a Tati deu um soco na menina que estava com ela no bar. Não entendi nada. Depois a disse aos berros que a Tati seria dela. Fiquei olhando aquilo tudo muito assustada.



Ainda tentamos achar a Tati pela rua, mas era muito difícil. Não sabíamos pra qual lado ela tinha ido. Michele achou melhor conversamos com ela na festa.



Já na festa encontrei meus pais, tinha falado com ele que iria com a Michele. Procurei a Tati, mas ela ainda não havia chegado. Vi a tal loira que esteve com ela na praia.



- Quem é aquela loira lá? – perguntei a Michele.

- É Lilian irmã da Tati, por quê? – ela me olhou

- Eu a vi um outro dia com a Tati pensei que fosse sua namorada. Nunca imaginaria que elas são irmãs, uma é loira e a ou morena!

- Ela puxou ao pai e a Tati é a copia de mãe. – ela apontou e pior que era mesmo. – ah! Mas uma coisa ninguém aqui sabe que a Tati gosta de mulher, ok? – olhou pra mim preocupada

- E você acha que minha família sabe que eu gosto? – ela riu junto comigo



Estávamos indo sentar em uma mesa. Quando um carro preto chegou, era a TRACKER preta daquele outro dia. Ela saiu e logo sua mãe chegou as duas começaram a conversar. Achei lindo o carinho que uma tinha com a outra, se despediram a Tati entrou na casa e sua mão voltou pra festa.



- Será que podemos vê-la – olhei pra Michele e me entendeu

- Vem comigo – no caminho encontramos Dona Helena – tia a Tati foi pro quarto – Michele perguntou

- Sim, ela foi descansar um pouco.

- Vamos la dar uma olhada nela

- Vai sim, ela vai gostar – disse indo pra perto de um grupo de amigos e nós fomos em direção a casa.



A casa era linda, a sala muito grande. Subimos as escadas e logo estava no quarto dela. Michele bateu e mandou que entrássemos.



Seu quarto dava dois do meu, uma cama enorme no meio, uma escrivaninha grande em L com computador ao lado direito, ao seu lado duas estantes uma com brinquedos outra com livros, na parede onde estava porta do lado esquerdo uma TV de plasma com um HomeTheater, um sofá grande e alguns pufes, duas portas logo atrás dessa mini sala.



Fique parada olhando, ela me tirou do meu topor.



- Ei! Vem cá, senta aqui eu não mordo – riu e eu também, ela tinha usado a mesma fazer que eu na noite anterior

- É eu sei que não morde, mas beija muito bem – ela ficou corada

- ih! Vocês duas da um tempo! – falou Michele, tinha ate me esquecido dela – não vou ficar aqui segurando vela! – a gente ria da cara que ela estava fazendo – mas mudando de assunto o que aconteceu? Você nunca bateu em ninguém! Por que você deu um soco na Marina? – "Ah! Então era esse o nome da talzinha!"



Ela começou a contar o que tinha acontecido, eu não sabia o que fazer estava horrorizada e Michele também. Ela mostrou os machucados.



- Mas ela disse que te ama e manda fazer isso com você? – Michele perguntou

- Vai entender o tipo de amor que ela tem por mim! – olhou pra mim – e você? Ta bem? Desculpa não falar com você naquela hora, eu estava muito nervosa. – ficou me olhando. Eu estava sentada ao lado de Michele.

- tudo bem! Eu entendo! – disse segurando em sua mão e olhando naquele mar azul que estavam seus olhos.

- Ih! Deixa eu sair daqui antes que vire um castiçal. – começamos a rir e Michele saiu correndo.

- Precisamos conversar! – ela disse um pouco preocupada

- Sobre?

- Isso – fez mostrando com a mão o seu quarto.

- Não precisa a sua prima já me contou – ela ficou vermelha – e também te devo desculpas por ter te tratado como empregada. – agora eu é que fiquei vermelha

- Ei! Vem cá – me puxou pra seu colo. – só te perdôo se você me der um beijo.

- Não precisa pedir duas vezes.



Dei um beijo cheio de saudades e ela correspondia da mesma forma. Foi se intensificando, passei a mão em sua barriga e ela gemeu de dor.



- Ai! Ai! – ela disse rindo – temos que ir devagar, pelo menos por enquanto!

- tudo bem – dei um selinho nela, que me puxou pra outro beijo longo. Fomos interrompidas com batidas na porta, sai rápido do colo dela. Era Michele.

- Desculpa interromper! – colocou a mão na boca e começou a rir – o casalzinho, mas a sua mãe – apontou pra Tati - e a sua sogra – agora pra mim – esta te chamando lá em baixo.

- Você fica tão linda vermelhinha! – começou a rir e Michele se juntou a ela.

- Grrr! Anda vamos logo. - Levantei puxando ela.



Voltamos pra festa, minha mãe me puxou pra me apresentar um filho de um amigo. Fui com ela, mas o tempo todo olhando a Tati, que estava com um grupo de amigos. Conversei rápido com o garoto e voltei pra perto de Tati, quando fui me aproximando um rapaz alto moreno todo musculoso a abraçou por trás.



- Amor! – disse ele e a beijou

- gatinho! – ela o abraçou



Eu não tava entendo nada, olhei pra Michele, que percebeu e veio ao meu encontro.



- Calma não é o que esta pensando!

- O que você acha que eu to pens... – não consegui terminar Tati veio de mãos dadas com o cara.

- Diana, quero que você conheça o Dudu meu namorado! Dudu essa é...- não esperei terminar sai correndo.



Encontrei um jardim, me sentei e deixei as lagrimas descerem não estava entendo nada, a menos de 20 minutos estávamos nos beijando e agora ela me apresenta o namorado.



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Capitulo 26

Capitulo XXVI





[10/11/09]



***Diana***



Não conseguia parar de chora. A Tati apareceu na minha frente tive vontade de socá-la. Mas, aí ela veio com aquele jeitinho meigo, me quebrou. Acabei cedendo, e quando ela me explicou tudo. Me sentir aliviada. Depois ela me pediu em namoro, a forma como ela pediu, de um jeito tão fofo que não pude resisti.



Saímos da festa e fomos pro seu apê. Depois seus amigos iriam pra lá. No caminho achei que estávamos indo pra minha casa, mas ela disse que era o caminho da casa dela também. Passamos enfrente ao meu prédio, dois quarteirões depois era o dela. Um prédio de luxo que dava de frente para a praia.



Entramos fiquei maravilhada com o que vi a sala enorme com moveis em branco e tabaco, lindos! Ela foi me apresentando o resto do "apê", em baixo era a sala, cozinha e copa, escritório. Em cima eram quatro quartos, o maior era o dela que tinha uma vista linda, dois de hospedes e o outro uma videoteca, mas que também vira um quarto de hospedes.



Fizemos amor a tarde toda, logo depois o pessoal chegou. Conheci a Andréia e a Fabi que foram muito legais comigo, o Lipe que também é finíssimo.



Nos preparamos pra ver o filme. Eu nunca tinha ouvido falar nele. Ficamos deitados cada qual com seu namorado ou namorada. Rsrsr. Tati ficou senta em um sofá grande eu fiquei entre suas pernas, recostada em seu peito. Sempre que dava trocávamos uns beijos. No início do filme acontece um acidente de carro a menina morre. Nossa nessa hora me acabei de chorar. A Tati não derramou umazinha sequer. No final então, acho que estava com os olhos inchados de tanto que chorei, e ela ria.



- Você não tem sentimento, não? – olhei irritada pra ela que ria mais ainda

- por que você ta falando isso? – continuou rindo – porque não chorei?

- é! – olhei com mais raiva ainda

- no dia que vi esse filme no cinema, eu e Michele quase saímos carregadas de tanto que chorávamos. Acho que gastei todas as minhas lagrimas nesse dia! – ela ria e Michele a acompanhou.



Depois que o filme acabou ficamos conversando e namorando um pouco, mas já estava ficando tarde e eu tinha que voltar pra casa mesmo querendo ficar.



Quando cheguei em casa vi minha mãe sentada no sofá. Acho que estava me esperando.



- como foi o filme? – disse me fitando

- me acabei de chorar, muito triste! Oh, como to! – mostrei meus olhos e ela riu

- que bom que você fez amizade coma filha de Helena. Me falaram que ela é muito legal.

- é! - "oh, se é! Se você soubesse, da missa a metade. Não falaria assim!" – bom vou dormir. Boa noite. – dei um beijo nela e sai.



O mês passou correndo sempre nos víamos, passava os finais de semana na casa dela. Cada dia que passava eu a amava mais, mas não conseguia dizer tinha medo que fosse rápido demais. Mesmo ela demonstrando todo o seu carinho por mim, não me sentia segura pra dizer e ela também não disse que me amava em tempo algum. Estávamos sempre nos curtindo.



Um feriadão estava próximo, meus pais iriam visitar meus avós que moravam no interior de Minas. Consegui me livrar, bom pensei que conseguiria. No dia de viajar meu pai veio com o argumento que meus avós estavam velhinhos, que eu devia passar um tempo com eles mesmo que fosse um feriado. O problema era como avisa a Tati que não iria passar com ela. Já estava tudo combinado. Eu dormiria na sua casa de quarta ate domingo, no sábado o pessoal do bar iria fazer um luau.



Antes de viajar, falei com meus pais que tinha esquecido uma coisa na casa de Tati. Que iria buscar rapidinho. Corri pra lá.



Quando ela abriu a porta. Não tive tempo de falar nada ela me puxou, e me beijou. Correspondi na mesma hora, iria fica cinco dias sem vê-la. Ela me puxou pela bunda, fiquei mais colada nela, que pegou minhas pernas passou envolta de sua cintura e me carregou ate seu quarto. Colocou-me na cama, me despiu lentamente a cada parte descoberta e me cobria com beijos. Tirei suas roupas também, minha mão procurou logo seu sexo que estava completamente encharcado. Ela soltou um gemido, e fez o mesmo comigo, que também soltei um gemido só que muito mais alto que o dela e foi logo abafado com um beijo longo. Começamos um vai e vem, com os gemidos abafados com beijos longos. Já estava quase gozando, mas me segurei um pouco sabia que ela já estava também. Na demorou muito já estávamos com nossos corpos tremendo em espasmos, nossas mãos encharcadas, nossas respirações descompassadas.



- oi! - disse ela com a testa colada na minha.

- Oi! – ri pra ela. Seus olhos estavam mais azuis seu sorriso iluminava o mundo! "nossa com eu te amo"



Não demorou muito, já estávamos fazendo amor de novo. Ela por cima de mim, nossos sexos em contato um com o outro. Rebolávamos e gemíamos de tanto prazer. Quando já estava chegando a mais um orgasmo. Ela segurou meu rosto.



- Olha pra mim! – falava com uma voz rouca – goza comigo?! – sua voz quase não saiu nossa respiração esta no ritmo acelerado. Ela me fitou com aquele imenso mar azul. – EU TE AMO.



Meu coração iria sair pela boca. Explodimos num orgasmo longo, nossos corpos tremendo. Fique abraçada com ela, não queria solta-la nunca. Olhei pra ela e a beijei. Um beijo de amor, carinho. Eu também a amava. Parei o beijo olhei em seus olhos, uma lagrima rolava no cantinho. Na hora que eu ia dizer que também a amava meu pai ligou, dizendo que já estava enfrente ao prédio de Tati me esperando pra ir.



- o que foi amor? – ela disse logo depois que desliguei o telefone

- vou viajar com meus pais! – falei abaixando a cabeça – ele esta la em baixo me esperando. – levantei pegando minhas roupas e vestindo.

- mas você disse que ia passa comigo! – ela disse com um carinha tão triste.

- eu sei, mas... É que... – não sabia qual argumento usar

- não precisa dizer nada! – disse se levantando e indo em direção ao banheiro. – bate aporta quando sair! – entrou no banheiro e bateu forte com a porta.



Meu pai já estava ligando de novo. Decidi ir embora, quando voltasse tentaria me desculpar. Quando desci as escadas vi o que ela tinha feito. Tinha preparado um jantar a luz de velas na sala, tudo estava lindo. Senti um aperto no peito uma lagrima correu no meu rosto, limpei e segurei as outras. E fui embora.









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Capitulo 27

Capitulo XXVII



[11/11/09]





***Tati***



Meu namoro ia de vento em polpa. Eu estava animadíssima, todos os finais de semana ela passava comigo. A cada dia que passava eu estava amando aquilo e ela também.



Quando fizemos um mês de namoro, mandei flores pra seu trabalho, mas sem cartão. Ela sabia que fui eu que tinha mandado, porque logo depois ela já estava ligando agradecendo. À noite nos encontramos, mas não podíamos demorar, pois era dia de semana e sua mãe poderia desconfiar. Marcamos de ficar no feriado prolongado nessa mesma semana.



Quarta-feira à noite já estava tudo pronto pra sua chegada, que não demorou muito. Por volta das oito ela chegou. Não dei tempo de ela pensar, puxei-a pra um beijo cheio de saudades, estava louca por ela, morrendo se vontade daquele corpo.



Carreguei-a pra meu quarto fizemos amor. E pela primeira vez na minha vida consegui dizer "EU TE AMO" pra uma pessoa que não seja da família. E eu a amava muito, meu coração doía só de pensar em ficar longe dela, meu corpo tremia a cada pequeno toque, um mínimo roçar de braço já era o suficiente.



Depois que disse pra ela que a amava. Ela me beijou diferente parecia que sentia o mesmo, foi intenso diferente dos outro que começava e terminava com nós duas gozando. Esse parecia que poderíamos ficar assim sempre. Mas quando o beijo parou, ela parecia que ia dizer alguma coisa. O encanto foi quebrado com o celular dela tocando.



Perguntei o que tinha acontecido, ela disse queira viajar com os pais. Aquilo acabou comigo, tinha acabado de me declarar pra ela. Nem pra dizer que sentia o mesmo. Doeu muito. Segurei meu choro, levantei e fui pro banheiro, descontei toda aminha raiva na porta. Entrei no chuveiro, à medida que a água ia caindo a minha lagrimas também.



Quando desci ainda tava na esperança dela estava lá, mas só encontrei a sala vazia. Peguei a garrafa de vinho que tinha guardado pra essa noite, deitei no sofá e liguei o som. "Como ela pode fazer isso comigo? Será que ela só que passar hora!" toda vez que eu tentava encontrar uma explicação, doía mais e eu chorava mais.



Quinta-feira tava com uma ressaca incrível. Meu humor insuportável. Nem minha cachorra queria ficar perto de mim. Andréia ligou perguntando como estavam as coisas, contei que Diana tinha viajado com os pais, aí ela me chamou pra passar a tarde lá no bar estavam todos lá fazendo tipo um confraternização. Aceitei precisava me distrair.



No bar estavam todos, o pessoal da banda, os garçons, alguns amigos e Fabi com Andréia. Dei um olá pra todos, não estava muito a fim de falar. Mas como sempre tem um que gosta de jogar uma piadinha.



- a noite foi boa, ein! – disse Guga



Apenas olhei, não disse nada. Olhei pra Andréia e ela entendeu mais ou menos o que estava acontecendo, falei que iria ficar um pouco lá no escritório.



Tava deitada no sofá quando Andréia chegou se sentou e colocou minha cabeça em seu colo.



- quer me contar o que ta acontecendo? – ficou fazendo carinho em meus cabelos

- eu me declarei pra ela! – deixei as lagrimas caírem

- e ela?!

- não disse nada. – limpei meu rosto – só disse que ia viajar com os pais.

- ei! Não fica assim, quando ela voltar vocês resolvem.

- não sei não! Doeu muito dizer que a amava e ela não dizer simplesmente nada!

- vamos fazer o seguinte. Esquece ela um pouco e vamos agitar pro luau, o que acha?

- por mim tudo bem



A sexta-feira nós passamos resolvendo tudo, a parte burocrática já estava pronta, bebidas e comidas também. O sábado foi só pra arrumação. Já estava tudo pronto às quatro horas. As seis os convidados foram chegando, o DJ começou com musicas leves, a banda da Dani depois tocou e depois o DJ assumiu de novo. Minha noite estava péssima, eu queria que ela estivesse ali. Passei na barraca da bebida peguei uma garrafa de vodka.



- ande você pensa que vai? – Andréia disse segurando em meu braço

- preciso de um tempo. Tenho que respirar!

- com bebi você sabe que não resolve nada, né? – disse olhando pra minha mão

- me deixa por hoje, amanhã eu decido o que faço ok? – ela balançou a cabeça negativamente e me soltou.



Tinha uma pedra afastada um pouco da festa, estique a canga, deitei e olhei pra lua. Estava cheia, linda!



- onde ela esta agora, ein dona lua? – "a que ponto cheguei conversando com a lua", fiquei rindo de mim mesma e bebendo.



O tempo que fiquei não só sei que apaguei.









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Capitulo 28

Capitulo XXVIII



[12/11/09]





***Diana***



Na viajem não consegui falar na com meus pais, fui calada o percurso inteiro. Meus pais perceberam, tentaram falar alguma coisa, mas nada respondia. Esta presa em meus pensamentos. "Droga! Por que não disse a ela que a amava? Ela entenderia! Era pra eu ter explicado. Mas também ela não deixou!". Chegamos la de madrugada e fomos logo dormir.



Quinta-feira a casa de meus avós estavam quase a família inteira. Primos de primeiro e de segundo, acho que ate de terceiro grau. A casa tava muito agitada, me distrai um pouco falando com algumas primas que não via desde antes de viajar pros EUA. Depois do almoço tentei ligar pra ela, mas descobri que os celulares não pegavam lá e o telefone na noite que eu cheguei, uma arvore tinha caído encima dos fios de telefone. "Droga! Devem estar conspirando contra mim! Não é possível!". A cada minuto longe dela estava me matando, em pensar que era pra eu esta acordando agora depois de uma noite-madrugada longa e exaustiva de tento fazer amor. Na hora de dormir foi inevitável não pensar nela. "o que ela deve estar fazendo agora?" a lagrima corria e meus olhos.



Sexta-feira acordei com meus primos fazendo a maior algazarra pra gente ir pra cachoeira. Nos arrumamos e fomos o lugar era lindo. Queria tanto que ela estivesse aqui. Aproveitei que o lugar era mais alto que a casa pra tentar achar um sinal no celular, não custava nada tentar. Eu queria tanto ouvir a voz dela, mesmo que fosse pra me xingar, não importava. Estiquei meu braço, fiquei andando de um lado a outro, consegui um pontinho. Já estava discando, meu coração dava pulos de alegria. "Eu vou falar com ela!". Não sei como aconteceu, um de meus primos – idiota, babaca, escroto, fdp - me agarrou e me jogou dentro da cachoeira com celular e tudo. Sai rápido da água tentei ligar o celular e nada. Voltei pra casa pisando duro. Encontrei meu pai pelo caminho.



- to indo arrumar minha mala. Amanhã saio no primeiro ônibus! – disse espumando de tanta raiva.

- mas minha filha, o que houve? Nós íamos ficar ate o domingo! – me olhou sem entender nada.

- vocês ficam, eu vou!

- mas... – não o deixei terminar

- eu vou amanhã e pronto, não fico aqui nem mais um dia. – me virei e entrei na casa.



Deixei tudo pronto, a noite na janta ainda tentaram me fazer mudar de idéia. Mas na verdade eu queria um pretexto pra ir embora e me desculpar coma Tati.



Nem dormi direito pra não perder a hora. Seis e meia minha mala estava na porta, minha avó me chamou pra tomar café. Tentei recusar, mas ela não deixou.



Chegamos na rodoviária, mas o ônibus já tinha saído o próximo só as treze horas. Não me importei, queria encontrar a Tati hoje de qualquer jeito. Foram quase dez horas de viajem, um engarrafamento quilométrico por conta de um acidente. Assim que cheguei a rodoviária de Niterói peguei um taxi e fui direto pra casa de Tati. Ao chegar seu porteiro disse que ela tinha saído desde cedo. "O luau!" pensei na mesma hora. Fui pra casa deixei as malas tomei um banho rápido e fui pra lá.



A festa estava lotada. Do calçadão avistei a Michele com o Nando. Fui rápido ao seu encontro.



- você viu a Tati? – perguntei e continuei procurando com os olhos

- oi sumida! Eu to muito bem e você? – disse rindo. Lancei um olhar pra ela que sentiu que eu não estava de brincadeira. – eu a vi mais cedo com a Andréia lá no bar.

- ta valeu! – dei um beijo em seu rosto e sai



No bar nem sinal de Tati e Andréia. Perguntei ao barman ela também não sabia. Subi num banquinho e nada. Quando olhei de relance vi a Fabi, junto com ela a Andréia, o Dudu e o Lipe. Me aproximei.



- a Tati ta aqui? – perguntei, ela ficaram se olhando

- o que você acha? – falou Dudu num tom sarcástico e com cara de poucos amigos

- o que ta acontecendo? Onde ela ta?

- o que ta acontecendo?! Você só pode ta de brincadeira! – Lipe o segurou e o levou pra outro lado.

- ela contou a vocês? – olhei pra Andréia.

- não ela não contou nada. É só olhar o estado dela!

- onde ela esta?

- ali! – Andréia apontou uma pedra.



Quando cheguei não acreditei a Tati estava abraçada a uma garrafa de vodka faltando uns dois dedos pra acabar, dormindo profundamente. Tentei acordá-la. Mas ela nem dava sinal. Chamei a Andréia que falou com os meninos e me ajudaram a colocá-la no carro.



Ao chegarmos a seu prédio consegui tirá-la de dentro do carro e levá-la pra cama. Quando a deitei não demorou muito ela levantou correndo pro banheiro, fui atrás a ajudei se limpar. Ela escovou os dentes e eu a coloquei embaixo do chuveiro. A sequei e a deitei na cama de novo. O engraçado é que ela fez isso tudo de olhos fechados.



Ela se deitou de lado, tirei minha roupa e deitei atrás dela abraçando-a. De madrugada ela se mexia falava algumas coisas e depois começava a chorar. Eu apertava-a mais contra meus braços e falei em seu ouvido que o quanto a amava. Ela se acalmou e eu acabei pegando no sono.



Quando acordei, ela não estava na cama, procurei pela casa toda, mas ela não estava. Tomei meu banho, estava terminando de me vestir ela entrou.



- o que você ta fazendo aqui? – vi em seus olhos que estava muito magoada

- é... que... – não conseguia dar uma resposta

- o que você quer Diana? Me usar mais? Passar hora? Ahn, fala? – ela estava chorando. E aquilo estava doendo tanto em mim.

- não fala isso – tentei me aproximar, mas ela não deixou – eu vim me desculpar.

- você não acha que ta um pouco tarde pra isso? – me olhou seria

- por favor, Tati! Me perdoa? – comecei a chora não conseguia me controlar mais – por favor! Eu te amo tanto. Me perdoa? – cai ajoelhada com as mãos no rosto me debulhando em lagrimas.



Ela colocou a mão na minha cabeça, se ajoelhou na minha frente levantou meu rosto e olhou dentro dos meus olhos



- repete? – continuou me olhando

- me perdoa?

- não – meu coração disparou, as lagrimas rolaram com mais intensidade – depois disso! – dei um suspiro

- eu te amo – sussurrei



Ela se aproximou, secou minhas lagrimas e me beijou. Um beijo sedento cheio de saudades e desejo. Ela se sentou e me puxou pra seu colo. Suas mãos se apossando do meu corpo e as minhas do dela. Arrancamos nossas roupas com tanta pressa, estávamos morrendo de saudades uma da outra. Ela me deitou na cama, se colocou entre minhas pernas. Nossos sexos se tocaram soltamos um gemido juntas. Logo ela rebolava em cima de mim. Minhas mãos arranhavam as suas costas. Ela olhava em meus olhos o tempo todo. Quando já estávamos quase gozando. Segurei seu rosto.



- EU TE AMO! – falei com a voz entrecortada

- eu também te amo! – falou rindo e beijou.



Gozamos juntas. Fiquei abraçada a ela. Não queria sair dali nunca. Fizemos amor a tarde e a noite inteira sem nos importarmos com o mundo lá fora. Eu a amava tanto. Dormimos tão coladinhas que daria pra dormir mais uns dois casais ali.









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Capitulo 29

Capitulo XXIX



[13/11/09]





***Tati***



Acordei com a claridade em meu rosto. Parecia que tinha caído um piano em minha cabeça, "nunca mais tomo vodka" pensei. Ainda de olhos fechados me espreguicei, senti um corpo colado ao meu, me apertando pela cintura.



- caramba! Que merda que eu fiz?! – abri os olhos. – ué! To no meu quarto, como eu vim parar aqui? – "meu Deus será que eu dormi com alguém? Eu não lembro de nada!"



Quando me virei e dei de cara com Diana, nua, linda! Fiquei olhando seu rosto tão sereno, parece um anjo quando dorme. Aí começaram as perguntas. "o que ela ta fazendo aqui? Por que voltou antes? Será que a gente fez amor ontem?"



Me desvencilhei dos seus braços bem devagar pra não acordá-la. Tomei um banho, quando voltei, ela estava de bruço com o lençol tapando da cintura pra baixo. O engraçado é que ter ela ali deitada na minha cama toda a magoa que estava dentro de mim some, o que eu sinto por ela é tão forte que supera tudo.



Decidi dar uma volta, pra por a cabeça em ordem. Aproveitei e levei Lola pra um passeio. Caminhamos pela praia, tomei água de coco e alguns comprimidos pra dor de cabeça. Já tinha passado mais de uma hora que estávamos na rua, tinha que voltar.



Quando entrei no apartamento escutei movimento na parte de cima. Ela já devia ter acordado. Subi sem fazer barulho, ela estava terminando de colocar o vestido, lindo! Parecia feito pra ela. "Nossa como eu amo essa mulher!". Ela se virou, e derrepente veio tudo em minha mente de novo, à noite quarta-feira, eu me declarando e ela indo embora.



- o que você ta fazendo aqui? – na verdade eu queria corre e abraçá-la

- é... que... – ela ficou gaguejando, aquilo tava me dando agonia

- o que você quer Diana? Me usar mais? Passar hora? Ahn, fala? – deixei as lagrimas caírem.

- não fala isso – ela veio em minha direção e eu dei um passo pra trás – eu vim me desculpar.

- você não acha que ta um pouco tarde pra isso? – limpei o rosto, precisava saber o que ela queria realmente.

- por favor, Tati! Me perdoa? Por favor! Eu te amo tanto. Me perdoa? – "ela disse eu te amo" meu peito explodia.

- repete? – disse me ajoelhando em sua frente

- me perdoa? – não era aquilo que eu queria ouvir

- não! Depois disso! – falei rindo

- eu te amo



Não queria mais ouvir nada, só queria beijá-la. Estava morrendo de saudades, de desejo de amor. Fizemos amor o resto do dia eu não cansava de dizer que amava e ela também.



Os dias que seguiram foram os melhores da minha vida. O projeto da boate que eu e a Andréia fizemos, já estava em andamento as obras já tinham começado, a previsão era de ficar pronta perto do natal. Com o dinheiro que ganhamos no bar e com algumas de nossas economias conseguimos compra o prédio ao lado do bar. Em baixo faríamos um mini shopping e em cima derrubaríamos a parede e a boate ficaria maior ainda. Assim o publico teria duas alternativas ou ficariam no bar ouvindo musica ao vivo ou subiriam e dançavam com música eletrônica, hip hop etc.



O meu namoro tava quase virando um casamento, Di passava mais tempo na minha casa do que na dela. Pra sua mãe ela disse que estava "namorando" Lipe, então pra nós sairmos ficou mais fácil. Eu com o Dudu e ela com o Lipe, pra todos os efeitos éramos casais "convencionais", mas quando chegávamos aos lugares cada um com seu par.



Era sábado, o ultimo do mês. Sempre nos encontrávamos pra por a conversa em dia. Chagávamos umas duas horas antes de abrir o bar e ficávamos ali namorando, brincando, às vezes algumas coisas serias ou ate mesmo escolhendo qual musica tocar. Eu tava conversando com a Dani sobre umas músicas que ela poderia tocar naquela noite e Di tava prestando atenção.



- falar nisso. Você nunca mais cantou pra mim? – falou me cutucando

- pra que? Uma vez já foi o suficiente! – falei rindo e todos da mesa começaram a rir, ela me deu um beliscão – ai! Amor! Vai ficar roxo, oh! – amostrei meu braço

- Você vai ver só! – falou e ficou de cara emburrada

- ih! Tati vai ficar na pista hoje, vai dormir no sofá! – Dani começou a colocar pilha

- você não vai fazer isso comigo né amor? – fiz uma carinha de cão sem dono

- não! Espera pra ver? – agora todos riam de mim

- mas ó só! Toda vez que eu tento cantar pra você em casa você não me dá tempo, me da logo um beijo daquele tipo desentupidor de pia. – agora todos zoavam ela, que começou a me bater. – ai! Ai! Tipo esse assim! – puxei-a pelo pescoço e dei um beijo nela. Todos começaram a bater palmas e gritar. Ela ficou toda sem graça.



Ainda ficamos nos divertindo, quando o celular da Dani tocou. Era o Guga avisando que não iria chegar a tempo pra tocar no bar, eles tinham ido tocar em outro estado e na volta tinha caído uma ponte, eles teriam que dar a volta e isso iria demorar muito.



- o que a gente faz agora? Eles estão com todos os equipamentos! – disse ela me olhando.

- peraê! Deixa eu pensar! Você ta com seu violão certo? – ela fez que sim – o meu ta lá em cima. Já sei vem, comigo! – todos ficaram olhando ninguém entendeu nada.



Subimos pro escritório e eu expliquei a ela. Era uma idéia que eu já vinha tendo a algum tempo, mas não tive a oportunidade de colocá-la em pratica e esse era o dia.



- boa noite! – eu disse no microfone a todos, o bar já estava lotado. O pessoal respondeu – então como vocês podem ver hoje não vai ter banda. – começou um burburinho. – calma! Já explico a vocês – eles ficaram me olhando – hoje vamos fazer tipo um acústico, só que vocês escolhem as musicas. Aí na mesa de vocês junto ao cardápio na ultima folha tem o nome das musicas. Mas se vocês quiserem outras nos podemos tocar, só tem um porem se não soubermos cantar quem escolheu a musica vai ter que vir aqui – apontei pro palco – pra cantar!



Começou um novo burburinho, olhei pra Dani que se divertia com o povo todo animado olhando as musicas.



- bom então pra começar eu vou escolher uma! Essa é pra quem está apaixonado. – olhei pra Di, toda empolgada na mesa. Eu comecei!





Eu não me acostumo sem seus beijos

E não sei viver sem seus abraços

Aprendi que pouco tempo é muito

Se estou longe dos seus braços

E por isso eu te procuro tanto

E te telefono a toda hora

Pra dizer mais uma vez "te amo"

Como estou dizendo agora



Eu olhava pra ela, que estava com os olhos cheios de lagrimas, o Lipe e o Dudu morrendo de rir dela.



Faço qualquer coisa nessa vida

Pra ficar um pouco do seu lado

Todo mundo diz que não existe

Ninguém mais apaixonado



Piquei pra ela, que ficava rindo, chorando e dizendo que me amava. Os casais começaram a namorar, alguns cantaram junto.



Meu amor, você é minha vida

Sua vida eu também sei que sou

Cada vez mais juntos

Quem procura por você

Sabe onde estou



Olha, eu te amo tanto e você sabe

Sou capaz de tudo se preciso

Só pra ver brilhar a todo instante

No seu rosto esse sorriso



Faço qualquer coisa nessa vida

Pra ficar um pouco do seu lado

Todo mundo diz que não existe

Ninguém mais apaixonada



Meu amor, você é minha vida

Sua vida eu também sei que sou

Cada vez mais juntos

Quem procura por você

Sabe onde estou

Olha, eu te amo tanto e você sabe

Sou capaz de tudo se preciso

Só pra ver brilhar a todo instante

No seu rosto esse sorriso



Terminei com uma cara de boba e um nó na garganta. Olhando pro meu amor ali se acabando de chorar.



Começamos a atender um pedido por mesa, foi engraçado. Alguns queriam ir ao palco pra cantar, desafinavam a galera vaiava outros riam. Bom a noite foi toda assim muito divertida, todos adoraram a idéia, alguns perguntaram quando iria ter de novo que iriam chamar outros amigos pra conhecerem o bar. Foi muito bom.



E Di simplesmente derretida, todas as músicas românticas que eu cantava era só pra ela que eu olhava completamente apaixonada. Rsrs.









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Capitulo 30

Capitulo XXX



[14/11/09]





***Diana***



Nossa os dias com Tati eram tão bons que voavam. Já estávamos perto das festas de fim de ano. O pessoal la do fórum já tinham marcando a data de uma reuniãozinha entre os funcionários e cada um poderia levar um amigo ou namorado coisas assim. Chamei a Tati pra ir comigo, mas ela disse que tinha uma reunião marcada com a nova gerente da boate, faltavam exatamente um mês pra inaugurá-la. Estava tudo uma correria.



No dia da festa não decidi levar ninguém, o pessoal reservou um restaurante no Plazza shopping, pra poder fazer as brincadeira mais a vontade. Estávamos eu e Bia, uma amiga muito antiga desde a época do maternal ate o segundo grau. Eu nem sabia que ela tinha feito direito também, nos encontramos no fórum por acaso e retomamos a nossa amizade, que foi distanciada com a minha partida pro EUA. Como ela sempre soube da minha vida antes e eu a dela, foi tudo mais fácil.



Quando contei a ela que estava namorando uma mulher, ela não deu muito importância, mas quando contei quem era. Ela quase caiu dura! Ela sabia que na época do colégio eu não suportava a Tati, ela era muito esnobe.



- Tatiana Reis?! Tô bege! É serio mesmo? – fez cara de que não estava acreditando

- é! Eu a amo e ela também me ama. – falei rindo e ela de boca aberta



Nesse mesmo dia a Tati foi me buscar e eu acabei oferecendo carona a Bia. Foi tão engraçado a cara da Tati quando contei que a Bia sabia do nosso namoro. Eu ria da cara das duas.



Na festa do trabalho tava muito engraçada, o amigo oculto e depois o inimigo oculto, o pessoal era muito figura. Nos juntamos todas as mesas do restaurante e fizemos tipo um mesão, igual aquele quando junta toda a família. Estávamos conversando sobre alguns casos que pegamos. Quando um dos rapazes que estavam na nossa frente falou:



- o que é aquilo?! Essa eu dou casa comida e roupa lavada! – todos riram – meu Deus que loira!

- é e olha a morena que vem atrás. – falou o que estava do seu lado. – aquilo sim é um espetáculo a parte! – foi quando Bia me cutucou.



Sinceramente eu já tinha ciúmes, mas o ver a Tati com aquela loira, triplicou. Ela sabia que eu morria de ciúmes dela, discutíamos varias vezes. Eu sabia que a maioria das vezes não era culpa dela. As mulheres chegavam matando em cima dela. Quando íamos a boates gays então, era um suplicio. Sem contar na tal da Marina que estava sempre rondando no bar. Que ódio dessa garota!



Mas agora ali, fiquei as observando. Elas ficaram na praça de alimentação mesmo, sentaram lado a lado. Conversavam e riam, pareciam ter intimidade. Aquilo tudo me corroia por dentro. Peguei meu celular e disquei seu numero. Um, dois, três toques ela pegou olhou no visor e derrubou minha ligação. Minhas carnes já estavam tremendo de raiva. Bia falou algo que eu não escutei, estava prestando a atenção em Tati. Que abriu o notebook e explicava a tal loira. Tentei de novo ligar pro céu celular. Dessa vez ela atendeu.



- oi amor! – disse rindo

- por que você derrubou minha ligação? – falei com raiva

- poxa Di estou resolvendo as coisas da boate.

- e o que coisas da boate têm a ver com essa loira a seu lado? – falei irritada

- ahn? – falou olhando pros lados – onde você tá? – eu já tinha me levantado e ido em direção a ela.

- mais perto do que imagina. – parei em sua frente, com cara fechada. A loira que olhava pro computador levantou os olhos, pude ver seu rosto ela era muito bonita. – oi! – falei olhando pra ela e depois pra Tati.

- amor! – Tati se levantou – essa é a Glaucia uma amiga de infância. Glaucia essa é minha namorada Diana – a palavra namorada me quebrou.

- prazer! – disse a loira me dando dois beijinhos. – soube escolher ein menina! – falou se virando pra Tati que ficou rindo.

- ela é linda não é? – ficou me olhando com tanto desejo, que eu poderia beija ali, mas me segurei.

- oh se é! Bom o papo ta bom, mas eu tenho que ir. No vemos na segunda? – falou olhando pra Tati.

- claro! Me encontra no bar as dezenove horas, ok? – ela se despediu de mim e de Tati.

- segunda? – perguntei olhando pra Tati

- é ela vai ser gerente da boate, tem muita experiência com isso. – falou e me deu um beijo estalado perto da boca.

- não faz isso! Sabe que eu fico doida quando você faz isso! – olhei pra sua boca cheia de desejos e ela que raiva! Mordeu os lábios inferiores fazendo uma cara de safada. "ggrrrr". Não demorou muito a Bia veio ate nós dizendo que o pessoal tava me chamando. – vem amor! Fica com agente um pouquinho, depois eu vou embora com você.

- não sei não! - Ela falou olhando pra onde estava o pessoal.

- ah! Vem! - sai puxando-a.

- perai! Tenho que pegar minhas coisas!



Como não tinha lugar ao meu lado ela se sentou a minha frente, ficava me olhando daquele jeito descarado dela. Meus colegas de trabalho a adoraram, que contou sobre o bar e a boate que iria inaugurar. Eu ficava olhando pra ela com cara de boba. Foi quando derrepente ela parou e ficou me olhando diferente, não entendi o seu olhar, ela me olhou de cara feia e depois olhou pra minha coxa. Flavio um cara que trabalhava comigo tinha uma mania de toda hora que esta conversando fica tocando as pessoas e ele esta com a mão na minha coxa e eu nem tinha percebido. Tirei a mão dele, mas não adiantou por que toda hora ele arrumava um jeito, ora me abraçava ora colocava a mão na minha coxa, e eu de todas as formas tentando tirar. Mas sabe como é festa o pessoal sempre exagera na bebi. Mas o pior mesmo foi quando ele disse:



- Diana sabe que eu gosto muito de você! – segurou minha mão e tentou me beijar. Na mesma hora Tati deu um pulo e disse que já estava na hora de ela ir eu disse que iria também que aproveitaria a carona, ela apenas me olhou. Eu nunca tinha visto ela assim, ela sempre foi calma, nunca tinha demonstrado ciúmes antes.



Fui atrás dela ela não dizia nada. Entrou no carro eu entrei do outro lado, ia falar, mas ela me lançou um olhar que preferi ficar calada. Fez todo o percurso calada. Parou na porta do meu prédio. Ela quebrou o silencio.



- Você trabalha no mesmo setor que aquele cara? – perguntou

- sim, por quê? – fiquei olhando pra ela

- e você o deixa passa a mão toda hora em você? – sua voz demonstrava que estava com ciúmes.

- não, ele estava um pouco alto, por causa da bebida.

- alto?! Então se qualquer um estiver ao seu lado bêbado você vai deixa passar a mão e tentar te beijar. Acho que se eu não tivesse ali você o teria beijado, né?! – seus olhos estavam faiscando

- também não é assim – tentei manter a calma

- não é assim? O cara toda hora colocando a mão encima de você e você lá rindo! – falou toda irônica

- a da um tempo Tatiana. Não tem nada haver!

- é engraçado você não pode ver nenhuma mulher chegar perto de mim que da logo suas crisezinhas, eu não faço nada, nem chego perto de mulher alguma, e mesmo assim você fica com raiva quase da um escândalo. Mas quando o caso se aplica com você "não tem nada haver" você ta me achando com cara de trouxa, de otária né! – ela já estava gritando

- para de gritar! Desse jeito não da pra falar com você.

- ótimo! Então sai do carro! – olhei pra ela perplexa – anda saí!

- Tati, para com isso

- ué! Não da pra falar comigo, então saí! – senti uma lagrima escorrer



Sai do carro e ela saiu cantando pneu. Vi seu carro fazendo a curva, não tava acreditando. Fui pra casa tomei um banho e fiquei tentando ligar pra ela, que não atendia. Dormi com o telefone, acordei tentei de novo e nada. Os dias foram passando e ela me evitando o tempo todo, ia ao seu apartamento e o porteiro dizia que ela tinha saído, eu já estava desesperada. Falei com Michele, ela disse que Tati também não atendia os telefonemas dela. Com certeza saberia que era eu que estava pedindo. Chegou o sábado e o único jeito de achá-la era no bar, Michele logo se prontificou a ir comigo. Chegando la encontrei a Fabi, perguntei sobre a Tati ela apontou pra televisão, estava dando um jogo.



- ela e a Andréia foram ver o ultimo jogo do Flamengo no ano. Mas já devem estar vindo. A Déia ligou tem uns dez minutos elas já estavam saindo.



O jeito era esperar. Quando ela chegou, a Andréia estava dirigindo tinha mais duas meninas atrás, a Tati parecia que tinha bebido. Quando saiu do carro uma das meninas veio se despedir dela e deu um selinho. A panela de pressão que estava minha cabeça explodiu. Parti pra cima dela.



- é por isso que você não me atende mais, não é? – ela ficou surpresa ao me ver – anda fala?



Ela ficou sem reação e isso me matava e aumentava mais ainda minha raiva. Minha vontade era de socá-la e foi o que eu tentei fazer, mas ela se antecipou e segurou meus braços e foi me empurrando ate a parede mais próxima. Colou seu corpo no meu, que saudade! Nossa respiração começaram a ficar rápida. Nossos hálitos se misturando, eu olhava pra sua boca, como eu queria um beijo! Ela parece que leu meus pensamentos e ali mesmo na frente de todos na rua ela me deu um beijo, daqueles ardentes de cinema, que da inveja a todo mundo. Quando parou era porque precisávamos de ar. Colou sua testa na minha!



- eu tava morrendo de saudades! – falou olhando nos meus olhos

- a gente ta na rua! – olhei pra ela e pra algumas pessoas que pararam pra ver, a sorte que pelo horário não eram muitas.

- que se dane! Eu te amo! – eu temi com aquela frase – e não quero mais ficar longe de você. – tudo bem que ela tava sobre o efeito de cervejas, mas dava pra ver em seu olhar que era verdade. – eu quero assumir logo pra todo mundo, que se danem o que eles pensam. A única coisa que eu quero é que eles saibam que você é minha! – eu entendi perfeitamente o "minha" que ela disse. Eu queria a mesma coisa.

- eu também te amo! – a beijei



Saímos do bar e fomos direto pro seu apartamento. Mal conseguimos fecha a porta, já estávamos nos despindo pelo caminho. O desejo e a saudade eram muito grandes. Já estávamos nuas ela me empurrou pro sofá. Seus olhos faiscavam de tanto desejo, aquilo me deixava louca. Puxei-a pra fica em cima de mim. Nossos sexos se tocaram ela gemeu e eu logo abafei com um beijo. Ela dizia que me amava e rebolava. Meu corpo já estava começando a tremer e senti que o dela também. Minhas unhas estavam cravadas em suas costas.



- eu te amo muito, Di! Minha Di! – vi lagrimas em seus olhos

- eu também te amo, minha Tatiana! – ri também com lagrimas nos olhos



Então explodimos no orgasmo longo, mas estávamos longe de estarmos satisfeitas. Fizemos amor em todos os lugares da casa. Só descansamos quando os primeiros raios de são do domingo estavam entrando pela janela. Dormimos exaustas.









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Capitulo 31

Capitulo XXXI



[15/11/09]





***Tati***



Fica ali sentada vem minha namorada sem tocada por um homem estava me matando, e o pior ela não fazia absolutamente nada. Meu sangue ferveu quando ele tentou beijá-la. Minha vontade era de arrancar a cabeça dele. Pra não fazer uma besteira na mesma hora levantei e disse que ia embora, peguei minhas coisas e sai logo. Não demorou muito Diana já estava ao meu lado. Fiquei com muita raiva dela, se era assim numa reunião simples imagina no trabalho.



Fui o mais rápido que pude, parei enfrente ao seu prédio, ela fez uma cara de desapontada. Perguntei sobre o cara, ela ficou com raiva começamos a discutir, mandei que ela saísse do carro, ela não acreditou. Depois disse que não dava pra falar comigo, ai meu sangue ferveu de novo. Ela é engraçada se alguma mulher chega perto de mim ela diz que eu to dando bola por isso a mulher chegou, o cara se esfrega nela tenta da um beijo nela e ta tudo normal. Mandei ela sair de novo. Ela saiu, e eu sai cantando o pneu do carro.



Passei direto da minha casa sabia que ela iria me procurar la e eu precisava colocar a cabeça em ordem. Fui direto pra casa da Andréia, acabei dormindo por lá também. Só voltei pra casa domingo a noite. Na segunda o chefe pediu pra que eu fosse a Juiz de Fora ver uma empresa e que iria ficar a semana toda lá mexendo na rede. Foi ate bom me afastar um pouco, mas a saudade que senti de dia foi muito grande, mas também não podia dar o braço a torcer né!



Decidi uma coisa, que quando voltasse iríamos conversar e assumir tudo diante da nossa família. Não queria mais vê-la assim com pessoas perto dela e eu de longe sem poder dizer ou fazer nada. Ela era minha e de mais ninguém.



Sexta-feira, terminei muito tarde lá na empresa decidi voltar só no sábado. Pela manhã cheguei ao meu apê, tava um silencio, Lola estava com Déia por conta da minha viagem. Tomei um banho rápido e logo liguei pra Andréia avisando que tinha chegado e que iria pegar Lola, mas ela me convidou pra ir assistir o ultimo jogo do mengão. Eu não ia perder essa oportunidade nunca eu mais Andréia era vitoria na certa. Eu ia aproveitar também pra pedir a sua opinião sobre eu assumir pra família, afinal e já tinha feito isso. E depois conversaria com a Di.



O jogo foi fraquinho, mas o mengão ganhou de 2 X 1. Nós tínhamos ido com duas amigas, uma delas sempre foi afim de mim, mas eu nunca dei bola. Eu já tinha bebido umas cinco latinhas de cervejas e não tinha comido nada. Então meu estado era mais pra lá do que pra cá. Tava, digamos "meio alegrinha". Viemos cantando dentro do carro e prometendo que no ano seguinte nós iríamos a todos os jogos. Paramos enfrente ao bar e ficamos conversando, as meninas se despediram a Marcinha não tinha jeito me deu um selinho. Fiquei sem ação, fiquei mais ainda quando ouvia a voz de Diana atrás de mim.



- é por isso que você não me atende mais, não é? Anda fala?



Vê-la ali na minha frente, meu coração disparou não queria saber de nada só dela. Fui em sua direção ela tentou me bater, mas que mania essa menina tem. A segurei e fui empurrando-a ate a parede mais próxima e a encostei colei meu corpo no dela. Que saudade do seu cheiro, da sua boca, esses olhos. Fiquei uns segundos olhando-a e mergulhei em sua boca, no inicio ela resistiu, mas acabou se deixando levar. Um beijo cheio de saudades e sedento de desejo. Nos desgrudamos por faltar-nos o ar. Ela ficou sem jeito por causa das pessoas que estavam em volta, eu disse que não importava mais nada só ela e eu. E que eu a queria pra mim.



Nos despedimos de todos e fomos pra minha casa, queria amá-la e muito. Fizemos amor a noite toda, não cansava de dizer o quanto a amava e ela também. Estava selado o nosso amor.



Os dias que passaram foram corridos por conta da inauguração da boate. Eu sei que tinha prometido a ela que iríamos conversar com os nossos pais, mas não tava dando tempo eu saia do trabalho direto pro bar pra revisar as coisas com Andréia. E isso tudo estava irritando a Di, nós discutíamos as vezes, mas nada muito grave.



Estava num almoço de domingo com a minha família, estava muito distante. Meu pensamento "Di" e "Boate" tava fervendo faltavam apenas cinco dias pra inauguração. O Pedro se sentou ao meu lado na varanda.



- como estão as coisa? – disse me abraçando

- Ahã? – olhei pra ele – a ta bem!

- você ta estranha. O que ta acontecendo?

- nada é só ansiedade por causa da boate! – também tava pensando numa forma de falar com eles sobre Diana.

- é só isso? – ele ficou me olhando, me conhecia bastante.

- é! Olhei pra ele. – ficamos em silencio – preciso falar um negocio serio pra você? – olhei pra ele. Pensei em falar com ele primeiro, ele sempre me compreendia.

- ta pode falar.

- mas aqui não. – levantamos e fomos andando pelo jardim.

- o que você queria falar, o que ta acontecendo, denguinho?

- eu er... er... Não sei por onde começar – falei sem jeito

- deixa eu te ajudar?! É, eu Tatiana Reis uma chata de galocha, bobona, chata... – dei um encontrão nele e ele começou a rir

- seu bobo é serio. – olhei pra ele e ficou serio. – eu to namorando uma mulher! – fiquei olhando pra ele, pra ver sua reação. Ele não dizia nada. – não vai falar nada?

- eu já sabia! Falou rindo

- sabia como?

- é a Diana, não é? Filha do Marcos e da Deise.

- ahã! – meu queixo caiu – como você soube? Ta tão na cara assim?

- eu vi vocês duas numa boate. – olhei incrédula

- mas...

- vi vocês se beijando quando saia do banheiro. – eu pasma

- e você... Você... O que acha disso? De ter uma irmã que gosta de meninas. – nossa, eu não tava acreditando ele sabia!

- oh! Minha querida, pra mim o que importa é que você seja feliz. O meu amor por você continua o mesmo, talvez ate maior por você esta feliz. – ele sorriu e me abraçou.



Sinceramente eu não estava acreditando. Pelo menos já tinha uma pessoa da família me apoiando. Agora era criar coragem pra falar com meus pais.



Chegou o dia da inauguração, a boate estava lotada. Todos gostaram muito do estilo da "Boate Affs". Agora era bar em baixo e boate em cima. O final de semana passou voando, sempre com Di me pressionando pra saber quando iríamos conversar com os nossos pais. Eu disse que ela esperasse passar as festas e que conversaríamos, mas mal ela sabia das minhas intenções.



O Natal passei com a minha família e ela viajou com a dela. No ano novo passamos no meu apê com alguns amigos e meu irmão é claro. Ele reconheceu a Glaucia, ela era uns dois anos mais velha que eu, quando éramos crianças ela era magrinha chegava a ser feinha, mas agora estava um mulherão e meu irmão babando né! Na hora da virada cada um pegou seu par, meu irmão se agarrou a Glaucia. Foi ate engraçado ver os dois, quando eram crianças, meu irmão implicava com ela direto ela tinha horror dele.



A galera fica lá em casa ate as 4 da madruga. Depois marcamos de nos encontrar no churrasco na casa da Andréia. Eu e Di nos despedimos dos últimos convidados exaustas e fomos pro quarto. Ela tomou um banho e eu também, tomamos separadas estávamos cansadas e se fossemos juntas não ia prestar, ficaríamos um caco no dia seguinte.



- tenho que te dar seu presente. – falei enquanto saia do banheiro

- mas amor você já deu, aqui! – ela estava deitada e mostrou o cordão que eu tinha dado a ela.

- mas esse é diferente – ela me olhou sem entender – o que você acha de a gente fazer uma viagem juntas!

- não sei, depende pra onde. – eu fui em direção a cômoda e peguei as passagens e os ingressos.

- o que você acha de assistir o festival de verão na Bahia? – falei rindo

- não acredito! Você conseguiu?! – falou levantando e me beijando.



Ela tinha me dito a pouco tempo que o sonho dela era assistir ao festival, suei pra conseguir, paguei um pouquinho mais caro, mas ver meu amor feliz não tinha preço. E também ajudaria a por meu plano em pratica.



Nessa noite acabamos fazendo amor, mesmo cansadas. No dia seguinte iríamos comemorar com nossos amigos a nossa ida a Bahia.









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Capitulo 32

Capitulo XXXII



[16/11/09]





***Diana***



Depois da nossa briga por ciúmes, tentei maneirar um pouquinho. O que era difícil Tati conhecia muita gente e pelo que soube dela antes de me conhecer ela ficava com deus e o mundo. Então ma mulherada as vezes caia matando em cima dela. Sem contar também que a talzinha da Marina, não parava de rondar em volta da gente. Tudo bem que ela não dava trela, mas a mulheres insistiam muito. Nunca tinha visto coisa assim! Cruzes!



Os dias que foram passando, Tati estava sempre ocupada com o trabalho dela e o projeto da boate. Ela sempre me dava atenção, mas estava sempre muito cansada. Somente nos finais de semana, que ela não abria mão de ficar comigo.



Estava faltando exatamente uma semana pra boate ser inaugurada. Tati tinha voltado de uma viagem do trabalho. Um serviço que era pra ser feito em duas semanas ela e a equipe fizeram em uma. Então imaginem como minha namorada estava? Um caco! Ela chegou na madrugada de sexta pra sábado, por volta de umas 3:30 da manhã, chegou uma mensagem no celular:



"amor cheguei em casa agora. To no bagaço! Almoça comigo? Beijos te amo! To morrendo de saudade!"



Com certeza ela não estava mais do que eu. Depois dessa mensagem eu não consegui mais dormir. Minha vontade era de ir na mesma hora pra sua casa, mas pelo horário ficaria perigoso, as ruas desertas. Fique rolando na cama pensando nela e acabei dormindo.



Acordei 9:20, tomei um banho rápido, não queria esperar o almoço queria logo o café da manhã com ela. Me arrumei, coloquei um vestido que ela adorava, calcei uma sandália confortável e saído quarto, quando ia passando pela sala já indo em direção a porta minha mãe me chamou:



- oi filha?! Bom dia! – me virei pra ela – ta indo aonde com essa pressa?

- bom dia mãe! – fui ate ela e dei um beijo no seu rosto – to indo ver a Tati ela chegou ontem.

- que legal filha! Você deve ta morrendo de saudades de sua amiga? – ela riu "você nem imagina como!" ri também. – me falaram que o apartamento dela é lindo!

- e é mesmo!

- queria conhecê-lo! Acho que vou com você, assim faço uma visita a ela também! – arregalei meus olhos "o que eu faço!"

- mãe ela chegou cansada, e vai receber visita assim! – tentei enrolar

- mas você também vai la! – não falei mais nada – pronto vou com você!



Não demorou muito já estávamos na portaria do prédio de Tati, minha mãe ficou admirada de eu ter as chaves dos portões e da porta. Falei que a Tati tinha me dado por eu dormir la assim não deixaria a porta da casa dela aberta.



Abri a porta da sala minha mãe ficou babando, era muito bonita mesmo. Escutamos um barulho vindo da cozinha.



- mãe espera ai que eu já venho. – fui pra cozinha



Cheguei na cozinha dona Antonia a empregada dela esta preparando o café. Era uma senhora morena, gordinha, baixinha. Muito simpática.



- oi dona Antonia! Bom dia! – falei sorrindo

- bom dia, menina! – dei um abraço apertado nela

- a Tati já acordou?

- ainda não, acho que ela chegou bem tarde ontem.

- é ela me mandou uma mensagem umas três e pouca da manhã. – estava terminando de falar com ela quando minha mãe entrou na cozinha. – dona Antonia essa é minha mãe Deise, mãe essa é dona Antonia. – fiz a devidas apresentações. Olhei pra dona Antonia ela sabia que eu e a Tati éramos namoradas e que nossas famílias não sabiam. Ela entendeu meu olhar. – bom vou lá acordar a Tati. – quando sai ainda ouvi dona Antonia oferecendo café pra minha mãe.



Subia a escada correndo, abri o quarto de Tati. A visão que tive quase cai pra trás. Minha namorada estava completamente nua. Acho que ela tomou um banho e se jogou na cama. Ela estava de bruço abraçada ao meu travesseiro. A perna esquerda dobrada, a bundinha empinada dava pra ver seu sexo. Gemi com aquela visão, senti meu sexo lateja e fica úmido na mesma hora. Não pensei duas vezes tirei meu vestido e minha calcinha e deitei em cima dela. Beijei sua nuca, passei a mão esquerda no seu seio e ela gemeu. Esfreguei me sexo na sua bunda e olhei em seu rosto pra ver sua reação. Que foi nitidamente satisfatória, por que na mesma hora ela mordeu os lábios soltando um gemido abafado. Ela abriu aqueles olhos azuis lindos pra me fitar, estavam transbordando de desejo. Desci minha mão direita ate seu sexo, que já estava inchado e encharcado. Fiquei brincado com seu clitóris enquanto beijava sua boca sedenta de desejo, paixão e saudade. Sem que ela esperasse penetrei-a de uma vez só. Ela soltou um gemido abafado por minha boca. Ela rebolava em meus dedos, enquanto eu me esfregava em sua bunda. Não demorou muito pra atingirmos o clímax. O gozo logo veio. Ficamos um pouco na mesma posição a te recuperamos a nossa respiração.



- bom dia, amor! - ela falou num fio de voz

- ótimo dia! – sussurrei em seu ouvido, vi seu pelos se arrepiarem.



Escorreguei pra seu lado, ficamos nos olhando ela ri. Um sorriso lindo! Eu estava morrendo de saudade dela. Ela fez um carinho no meu rosto e segurou na minha nuca e me beijou.



- tava morrendo de saudades. – disse ela

- não mais do que eu! – falei rindo

- ta com fome?

- to morrendo! - ri

- vem tomar um banho – levantou me puxando

- não posso!

- por que?

- minha mãe ta aqui. Como vou explicar a ela meus cabelos molhados?

- hum, minha sogra! A que devo essa visita?! – falou cheia de caras e bocas, nos caímos na gargalhada.

- anda vai tomar seu banho.



Me vesti de novo, esperei ela terminar o banho. Descemos e tomamos o café com a minha mãe. A Tati mostrou a ela o apartamento, minha mãe adorou. Depois deixamos minha mãe em casa e fomos pro bar resolver as coisas da boate



O resto da semana foi tranqüilo, a Tati tinha dito que o seu irmão sabia da gente e que dava maior força. O que já ajudava e muito. Ate que chegou o dia da inauguração da boate.



Tati estava linda, num vestido preto, os cabelos soltos, uma maquiagem leve, usava sandália de saltos. Linda! E eu? Babando né! Fomos juntas, mas chegando lá tivemos que nos separar cada uma com "seu namorado". Ela e o Dudu abriram a pista de dança. Eu nunca tinha visto a Tati dançar assim, eu não conseguia piscar. Meus olhos ficaram vidrados a cada movimento dela.



- querida você ta babando! – falou Lipe segurando no meu queixo.

- seu bobo! – dei um tapa no ombro dele – não tem como deixar de babar, ela ta linda!

- então vem dançar também – me puxou pra pista



Ficamos ali dançando umas cinco musicas. A Tati sempre se insinuando pra mim e eu pra ela, mas não deixamos que ninguém percebesse, eram somente troca de olhares. Derrepente ela parou de cochichou alguma coisa com o Dudu deu um selinho nele, veio falou alguma coisa com o Lipe, não deu pra escutar o som tava muito alto. Ela segurou em minha mão e sorriu. O Lipe me deu um selinho e ela saiu me arrastando. No caminho encontrou com alguns amigos, eu não estava entendo nada. Terminou a conversa ela me pegou pela mão de novo e foi me levando pro escritório. Agora sim eu estava entendo.



Quando estávamos subindo demos de cara com a Marina, a garota não se toca. Ela tentou falar com a Tati que apenas olhou e continuou seu caminho. Ela não queria criar confusão num dia tão importante com esse. Olhei pra cara dela minha vontade era de quebra a cara dela. Mas ao invés disso, entrelacei minha mão na da Tati e dei um sorriso como que diz: "ela é minha! Entendeu?"



Subimos e ao entrar no escritório a Tati não me deu nem tempo de pensar, foi logo me agarrando. Quando dei por mim, estava sentada na mesa completamente nua e Tati entre minhas pernas terminando de me fazer gozar.



- estava morrendo de saudades de você! – falou ainda ofegante

- eu também – meu corpo ainda estava tremendo – não tira a mão daí – disse e lancei um olhar cafajeste, que ela entendeu na hora – me leva pro sofá. – falei sussurrando em seu ouvido.



Nos amamos mais uma vez ali. Ficamos namorando um pouquinho e logo descemos, a Tati não podia se ausentar por muito tempo.



A festa de inauguração foi um sucesso, todos adoraram o lugar. E eu adorei ver a cara de felicidade da minha namorada.



Os dias que seguiram foram os mais felizes da minha vida. Veio o natal, que eu passei com meus familiares, morrendo de saudades de Tati. No ano novo fiz questão de passar com ela, meus pais queria que eu ficasse la com eles na casa de meus avós, nem pensar, passa longe da minha namorada!



Na virada como era de praxe la no EUA, tínhamos que beijar uma pessoa, se fosse a pessoa amada então melhora ainda. Ficamos conversando até tarde. O Pedro meu cunhadinho estava cheio de coisas coma Glaucia, acho que dali sairia um namoro. O pessoal foi se despedindo, por fim ficamos eu e Tati, exaustas. Tomamos nosso banho e quando eu estava me preparando pra dormir, ela me deu as passagens e os ingressos pro festival de verão na Bahia. Eu não estava acreditando, só tinha comentado com ela uma vez que meu sonho era conhecer a Bahia e ir a algum show lá. E ela me da isso tudo ficaríamos dez dias lá. Uma lua de mel antecipada. Rsrsr. Puxei-a para um beijo, acabamos fazendo amor. Dormi abraçada ao meu amor.









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Capitulo 33

Capitulo XXXIII



[17/11/09]





***Tati***



Nossa chaga a salvador foi perfeita, o pessoal muito acolhedor, lembra muito o pessoal aqui do Rio a única diferença é o sotaque e a ginga!



Pegamos um vôo da madrugada, chagamos lá de manha. A Di esta muito cansada, fomos direto pro hotel. Assim que chegou no quarto ela não pensou duas vezes caiu direto na cama, ela estava morta antes de viajarmos tínhamos feito uma maratona de sexo. Eu ainda tinha fôlego pra mais uma, mas eu realmente acabei com ela. Deitei ao seu lado fiquei abraçadinha a ela. Ate que pegamos no sono.



Acordei por volta das dez horas. Estava atrasada. Mas desvencilhei do corpo dela, tomei um banho rápido e sai.



Pedi informações na recepção onde poderia achar um artesão, por sorte tinha um funcionário que o tio dele era, me explicou como fazia pra encontrá-lo. Fez um mapinha. E lá fui eu atrás de seu Odilon. Depois de uns quarenta minutos cheguei a casa dele. Conversamos um pouco, explique como queria que ele fizesse, pedi que entregasse no hotel nesse dia a tarde. Ela disse que deixaria com seu sobrinho. Já estava tudo encaminhado.



Na volta pro hotel foi que me dei conta, já eram quase duas da tarde, a Diana se acordou deveria esta uma fera. E não deu outra, quando abri a porta ela estava de cara feia.



- onde você estava? – sentou na cama de braços cruzados

- fui dar uma volta enquanto você dormia! – me aproximei pra dar um beijo e ela desviou. "vai ser difícil! To vendo que vai ser assim o dia todo!" pensei

- e não me chamou por que?

- amor você tava cansada da viagem e eu tava sem sono, fui dar uma volta pra ver onde vou te levar pra almoçar! – falei fazendo um carinho em seu rosto.

- perdia a fome!

- ah! Deixa de bobeira! Vem! – segurei em seu braço e a puxei pra fora do quarto.



Comemos uma moqueca, muito gostosa por sinal. E fomos conhecendo os pontos turísticos. Com uma Diana com a cara muito emburrada. Não dava um sorriso sequer. Voltamos ao hotel já estava escurecendo, logo na entrada avistei o sóbrio de seu Odilon, fiz um sinal pra ele, que depois falaria com ele. Fomos pro quarto, enquanto Di foi pro banho desci rapidinho e peguei a encomenda e pedi que ela levasse uma garrafa de vinho e duas taças.



Subi correndo Dia ainda estava no banho. Assim que ela terminou e eu tomei o meu. O rapaz do hotel logo trouxe o vinho que pedi.



- Pra que esse vinho? – perguntou ela sentando na cama.

- nos vamos dar uma volta na praia! – falei rindo

- não estou com a mínima vontade! – falou fechando a cara

- tudo bem então eu vou sozinha. Quem sabe não encontro uma companhia. – sabia que ela tava morrendo de ciúmes, ela já estava chateada por eu ter saído mais cedo.

- então é isso você me trás aqui pra ficar saindo sozinha por ai! – ela tava bufando de raiva.

- to brincando amor! – cheguei perto dela, tentei fazer um carinho ela se esquivou. – eu to te chamando por que a noite ta linda pra gente namorar. – fiz uma carinha de pidona – e você hoje nem um beijinho você me deu! – fiz um olharzinho triste

- ai como você é boba! – me deu um beijo. – anda vamos logo!



Peguei uma canga, calcei um chinelo. Ela como sempre com os saltos dela. Fomos caminhando pela praia, a noite estava um pouco quente, o céu muito estrelado, a lua cheia, tudo perfeito. Estiquei a canga, ela se sentou e eu sentei em sua frente.



- precisamos conversar. – ela me olhou assustada

- sobre?!

- nós!

- o que, que tem?! – estava um pouco nervosa

- é que... Que... – coloquei a mão no bolso, peguei uma caixinha – eu sumi essa manhã porque eu queria te dar um presente. – os olhos dela brilharam o sorriso logo aflorou em seu rosto. – é também queria te fazer um pedido! – ri de nervoso.

- pedido?

- é – ri e ela devolveu o sorriso – Diana Lima você quer casar comigo? – amostrei as alianças feitas de anel de coco, por fora vários corações contornado-a e por dentro a data e escrito "E sou de Di" e na outra "eu sou de Tati", ela ria, seus olhos estava cheios de lagrimas. – então? – falei nervosa.

- é... – ela passava a mão no rosto. – você quis dizer que vamos ficar noivas e depois casar né?!

- não eu quero casar com você agora, aqui! – ela me olhou espantada

- mas...

- Di – me ajoelhei e segurei em sua mão – eu não agüento fica longe de você, não quero mais essa coisa de você só passar os finais de semana comigo, eu quero você sempre do meu lado, eu te amo e quero passar o resto da minha vida com você!

- mas casar aqui? A gente podia fazer uma festa quando voltar e ai agente casa!

- qual o problemas de ser aqui? Quer melhor testemunha que a Lua, as estrelas, o mar, o vento, o ar, nós! – falei esse ultimo num sussurro. – então você quer casar comigo? – silencio

- sim! – ela falou baixo eu não entendi direito

- ãhn?! – ela ria

- sim eu quero me casar com você! – ela gritou – e eu também te amo muito – ela ria - te amo tanto que chega a doer aqui – apontou pro peito

- eu também te amo muito, e prometo cuidar de você pra que ai – coloquei a mão em seu peito – não doa. – beijei seus lábios, que estavam a espera dos meus.



Um beijo sedento começou lento e foi tomando proporções maiores, nossos corpos febris de desejo. O vinho foi esquecido. A puxei pro meu colo, o beijo parou nossas testas se encostaram e um sorriso aflorou em nossos lábios.



- Minha esposa eu te amo – sussurrei

- repete – ela fala rindo

- minha esposa! Minha mulher! Minha amada! Minha amante! Minha você é só minha! Minha! Minha! Minha! – segurei em sua nuca e depositei em seus lábios os meus, que de agora em diante seria só dela.



Por mim faríamos amor ali mesmo, mas tinha muita gente passeando pela praia, não pegaria bem né! Fomos voando pro hotel, mal fechamos a porta nossas roupas fora arrancadas, quase rasgadas e largadas pelo caminho.



Joguei minha mulher na cama, "como é gosto dizer 'minha mulher' rsrsr". Olhei praquele corpo, lindo. Mordi meus lábios.



- me faz tua! Tua mulher, só tua! – senti meu corpo todo tremer.



Deitei por cima dela e beijei sua boca, minha língua pediu passagem e logo encontrou a sua sedenta, louca de desejo. Minhas mãos já passeavam pelo seu corpo, beijei seu pescoço, fui descendo pro seios beijei ora um ora outro. Desci uma das mãos ate seu sexo e ela arqueou o corpo, nossas respirações estavam ofegantes, nossos corações pareciam a bateria do Olodum. Fui descendo beijando sua barriga. Cheirei seu sexo, beijei sua virilha. Ela gemia e segurava a minha cabeça empurrando de encontro ao seu sexo, passei a pontinha da língua em seu clitóris inchado, ela gemeu mais alto. Não consegui me conter, queria sentir seu gosto. Beijei, lambi, mordi, fiz tudo o que queria em seu sexo. Ela só gemia e pedia mais. Senti que ela já estava quase chegando ao orgasmo, coloquei meus dedos em seu sexo, a cada estocada ela rebolava mais e mais em minha boca e em meus dedos. Não demorou muito, seu corpo começou a tremer e o gozou e eu sorvi todo o seu mel.



Voltei pra cima dela de novo, me encaixando entre suas pernas e depositei um beijo em seus lábios. O desejo logo aflorou em nosso corpo. Colei meu sexo no dela. Ela gemeu e cravos as unhas nas minhas costas e foi escorregando as mãos ate minha bunda e puxou pra um contato maior. Começamos a rebolar, numa dança frenética, mas quando sentia que ela estava chegando perto do clímax, eu parava e rebolava mais devagar. Ela ia a loucura, então eu começava tudo de novo. Ate uma hora que não agüentei de tesão, então gozamos juntas, nossos corpos em espasmos. Ficamos abraçadas, mas não demorou muito, pois logo estávamos sedentas de novo.



E foi assim esse nosso "casamento – Lua de mel", perfeito. Íamos aos shows a noite, chagávamos e fazíamos amor ate ficarmos exaustas.



Os dez dia que passamos na Bahia, passaram voando. Já de volta no meu apartamento, estávamos combinando como íamos fazer pra falar com os nossos pais. Tínhamos que resolver logo isso. Foi quando meu celular tocou era minha mãe querendo conversar, sua voz estava estranha. Deixei Di na casa dos pais dela, disse que depois veríamos o que iríamos fazer. E fui pra casa dos meus pais.



Chegando lá, a Lilian e o Leo estavam com as suas famílias lá.



- o que houve – perguntei a Lilian

- a mamãe recebeu uma nova ameaça, falaram que estão seguindo um de nós! – falou preocupada.

- e o Pedro ta aonde?

- ta na Glaucia, ele estão vindo pra cá!

- é isso que a mamãe quer falar comigo?

- não sei, ela ta estranha desde que uma amiga sua teve aqui!

- amiga? Que amiga?

- Não sei! Ela esta no escritório te esperando.



"Mas essa agora, que é essa amiga"



Fui pro escritório, minha mãe estava sentada na mesa, muito pensativa.



- oi! – falei me aproximando, ela apontou a cadeira em sua frente. Nem me deixou beijá-la – o que ta acontecendo?

- eu é que pergunto o que esta acontecendo? – me olhou seria

- comigo nada! – pela cara dela não poderia falar de Diana agora.

- tem certeza!? – fiz que sim – então o que é isso? – jogou em cima da mesa varias fotos minhas com Diana, umas nos abraçando outras nos beijando. Engoli seco.

- onde você conseguiu isso? Mando me espionar? – olhei incrédula pra ela.

- não uma ex sua veio aqui e jogou isso na minha cara. Eu não acreditei, mas quando vi isso. – me olhou como se não acreditasse

- mãe eu posso explicar. –levantei

- você me dá nojo. Eu nunca pensei que fosse me decepcionar com você. Sempre te dei tanto amor e carinho. E você, você vira isso. – apontou pra fotos

- mãe a amo essa mulher! Eu to muito feliz!

- feliz!? – falou irônica. - eu devia ter tirado você, feito um aborto. Pra não passar por esse desgosto. – essas palavras doeram, ela sempre disse que me amava. Parece que eram da boca pra fora. Fiquei sem reação. E ela continuou – eu não entendo você, onde eu errei?

- em nada, você acha que é fácil pra eu amar uma mulher? Acha? Acha que eu gosto de vir aqui e ficar mentindo pra vocês? – as lagrimas caiam em meu rosto

- e o Eduardo nessa historia? Einh!

- o Dudu é tão gay quanto eu!

- você não é isso! – ela gritava – você não é sapatão!

- você não tem o direito de falar assim comigo! – me levantei gritando.

- o que?! – ela se levantou e continuou gritando – tenho direito de falar como eu quiser você é minha filha e esta na minha casa!

- sou sua filha e não sou sua propriedade e eu tenho minha própria casa. Se, é por isso eu já to indo embora. – fui em direção a porta, ela segurou em meu braço.

- você não vai embora, senta ai, que eu to mandando! – me empurrou pra cadeira. Puxei meu braço e a encarei

- você não manda mais em mim – minhas carnes tremiam de medo e raiva ao mesmo tempo. Sem que eu menos esperasse, ela me deu um tapa na cara. Minha mãe nunca tinha me batido. Coloquei a mão em meu rosto e vi sangue olhei pra sua mão, ela usava um anel de pedra. As lagrimas corriam mais ainda em meu rosto.

- pra mim você morreu. Ou melhor, nem nasceu, por que isso que você é. Não saiu de mim! – isso doeu mais que o tapa, ou qualquer surra que alguém pudesse me dar.



Sai do escritório, todos estava com os olhos arregalados, fui em direção a porta Lilian veio atrás de mim. Fui correndo pro carro.



- Tati espera! – se aproximou e segurou em meu braço. – olha pra mim! – segurou meu rosto em suas mãos – é verdade? É verdade o que a mamãe falou? Que você é lésbica?

- é – as lagrimas rolavam em meu rosto – eu tenho que ir – falei me afastando.

- não! Deixa eu ver esse corte no seu rosto? – me segurou de novo – ta doendo?

- não! O que dói é aqui! – apontei pro peito – acabei de ficar órfã! – meu rosto já estava banhado, de tantas lagrimas – eu vou embora, tenho que ver a Di.

- Di! – falou espantada

- ela é minha mulher, vamos morar juntas! – falei limpando o rosto e entrando no carro.



Acelerei o mais rápido possível, as lagrimas brotavam em meus olhos impedindo que eu enxergasse direto. Quando já estava chegando perto do prédio de Diana, liguei pro seu celular.



- oi amor!

- oi! - Falei soluçando

- Tati o que aconteceu? – falou preocupada

- minha mãe descobriu tudo sobre a gente!

- mas como? Onde você ta?

- a Marina, entregou umas fotos em que eu e você estávamos nos beijando, e ainda disse que era uma ex-namorada minha. – eu falava com muita dificuldade, os soluços, a dor em meu peito que pareciam explodir – amor preciso de você!

- aonde você ta?

- To chegando em frete ao seu prédio agora! Olha da sacada! – me inclinei e a vi olhando

- Ta to indo! – escutei um barulho de moto com o cano cortado, um barulho muito alto. Olhei pelo retrovisor, e vi que tinha duas pessoas. O farol estava alto. Só vi quando eles emparelharam na lateral do meu carro. O carona estava armado, foi quando me lembrei da ameaça que minha mãe tinha recebido "eu sou a filha escolhida pra essa ameaça!" foi o que veio em minha mente. Quando ouvi o primeiro disparo, me joguei pro banco do carona, mas foram vários. Senti minha barriga arder e logo ficar quente. Muito de longe escutei um grito, era Di – TATI...



Fiquei tentando entender, a dor estava apertando. Minha vista escurecendo. Quando Di abriu a porta do carona.



- calma, amor! – falava chorando – você vai fica bem, eu te amo! – ela fazia pressão em minha barriga. – Alguém me ajuda? – ela gritava

- eu... – aquilo não parecia real, quando eu realmente estava feliz isso acontece – eu... te...

- shiii!!! Não fala nada! – as lagrimas corriam em seu rosto – não me deixa! Ok?! Olha pra mim Tati, anda olha pra mim! – segurou em meu rosto – amor fica comigo!

- eu te amo – falei num sussurro e foi ficando tudo escuro...









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Capitulo 34

Capitulo XXXIV



[18/11/09]



***Diana***



A minha viagem foi péssima, Tati toda hora se insinuando e eu morta de cansada. Chegamos ao o hotel a primeira coisa que eu queria era uma cama, tomei um banho rápido e fui dormi. Acordei devia ser meio dia, procurei por Tati em todos os lugares e nada, liguei pra recepção e me informaram que ela tinha saído desde as dez da manhã. "o que ela ta fazendo na rua ate essa hora?" tava morrendo de raiva, quando ela chegou toda cheia de carinhos, falando muito. Quando começa assim aí tem coisa. Me chamou pra sair, mas não estava muito afim. Mas ela acabou me arrastando.



Almoçamos juntas, mas eu não falava nada. Se eu falasse com certeza brigaríamos. Visitamos vários lugares em Salvador, muito bonitos, mas coma a raiva que estava, prestei a atenção em poucas coisas. Voltamos pro hotel já estava quase escurecendo. Subi na frente deixei a Tati la embaixo. Depois de um tempo ela entrou e tomou um banho, quando saiu do banheiro já arrumada, eu notei, mas fingi que não. Bateram na porta e ela atendeu depois a pereceu com uma garrafa de vinho e duas taças, dizendo que a gente ira dar uma volta. Nem pensar! Ela não me disse o porquê dela sair cedo e só voltar tarde. Ela pensa que eu engoli o que ela disse cedo.



Ela fez tanto charme, que minha raiva passou logo. Não consigo fica muito tempo com raiva dela. Rs.



Fomos pra praia a noite estava linda, ela forrou a canga. Eu me sentei, Ela se sentou de frente pra mim e começou a falar. Eu não estava acreditando no que ela falava. Ela estava me pedindo em casamento, ou melhor, que nos casássemos ali naquele momento. Tentei exitar, mas ela me explicou que sentia falta de estar comigo e eu também sentia o mesmo. Disse sim. Ela me puxou pra seu colo, começamos a nos beijar. Derrepente paramos, haviam muitas pessoa passeando na praia naquele momento. Fomos correndo pro hotel e fizemos amor, devagar, curtindo cada segundo daquele momento. Ate que dormimos exaustas.



Acordamos por volta da dez, decidimos ir a praia já que a noite seria a abertura do festival. O sol estava forte e a praia cheia. Ficamos um tempo ali, conhecemos um casal de São Paulo a Ana e o Marcelo e sua filhinha a Bel. A Tati ficou encantada com a menina de dois anos, brincava com ela fazendo castelo de areia, achei tão engraçado pareciam duas crianças brincando, ainda não tinha visto esse lado dela. O casal se despediu o sol estava ficando forte pra a menininha. Eu e Tati ainda ficamos um pouco.



Ao voltarmos pro hotel, decidimos por um banho juntas, adoro quando isso acontece. Entramos no banho trocando carinhos, peguei o sabonete e comecei a ensaboá-la. Costas, bumbum, coxas, a virei de frente, pescoço, seios, barriga, pareia a minha mão em seu ventre:



- Amor você gosta de crianças?

- claro! Por que?

- nada. É que você nunca falou de seus sobrinhos nem nada!

- Eu não curti muito meus sobrinhos, porque na época eu era uma adolescente. Só queria saber de sair com os amigos. Fazer compras, entende?

- a ta. – fiquei fazendo carinho na sua barriga. – amor! O que você acha de a gente ter um bebe? – a cara que ela fez foi muito engraçada

- como assim? Ter, ter – ela fazia gestos na barriga

- é amor, você ficaria linda grávida! - ela arregalou aqueles olhos azuis lindos, fiquei rindo dela.

- sei lá nunca pensei nisso. – me coloquei atrás dela, encostei meu queixo em seu ombro e coloquei a mão em seu ventre.

- imagina um filho nosso?! – ela colocou suas mãos em cima das minhas. – com seus olhos, essa sua boca perfeita. – ela se virou e me beijou.

- poxa você contra-ataca rápido, einh! – não entendi, e ela logo respondeu – eu te peço em casamento e em menos de vinte e quatro horas você me vem com perguntas sobre filho!

- eu... – fiquei sem jeito, ela começou a rir e me beijou

- to brincando amor! Eu amei a sua ideia, mas não termos só um, o que você acha de quatro. Afinal lá em casa somo quatro, faremos assim dois meus e dois seus. – ela ria

- feito! Mas você primeiro!! – começamos a rir



Fizemos amor no banheiro e terminamos na cama. Dormimos um pouco. A noite já estávamos prontas pra ir pro festival. Tati colocou uma bandana prendendo os cabelos, uma camisa preta soltinha, um bermudão bege um pouco largo e um tênis. Eu coloquei um vestido e uma sandália plataforma, pra ficar quase da altura dela.



Chegamos ao local, estava amarrotado de gente. Eu nunca tinha visto tanta gente assim. Arrumamos um cantinho de onde dava pra ver o palco e não fica no tumulto. Ficamos ali curtindo, ora trocávamos um carinho ou outro. Vimos outros casais gays se aproximarem da gente. Fizemos amizades com a Paulinha e Sandra sua namorada e Rodrigo e Diego também namorados eles eram de Minas, ficamos conversando um pouco marcamos de nos encontrar no dia seguinte. Ficamos tão entretido que nem vimos a Ivete entra no palco, só vi quando os olhinhos da Tati ficaram vidrados no palco e a boca aberta. Dei um beliscão nela.



- ai amor! Por que você fez isso! – disse ainda olhando pro palco

- quer ir lá, no palco fica com ela – dei outro beliscão

- ai! Se ela me quiser!? Não vou me fazer de rogada! – meu sangue ferveu, dei um tapa em seu braço – ai amor, assim vou ficar roxa! To brincando, é você que eu quero. Eu te amo! – me deu um beijo. – é que ainda não tinha a visto assim de perto, ela é linda! Mas é você que eu amo! – me agarrou, chegou perto do meu ouvido – e amo muito!



Começamos a nos beijar. Aproveitamos que todos estavam olhando pro palco. Nós estávamos meio de lado pro palco. Encostamos na parede de lado, de frente uma pra outra. Ai começou as caricias mais ousada. Eu colocava as minhas mãos por dentro da sua blusa. Ela gemia em minha boca, sua mão desce ate aminha bunda, me puxando pra mais perto. Desci minha mão direita, coloquei dentro de sua bermuda, driblei a calcinha e encontrei seu sexo encharcado, ela soltou um gemido abafado em meu pescoço. Seu clitóris já estava durinho, fiquei ali brincando com ele e ela se esforçando ao máximo pra não movimentar o quadril, se não daria na pinta o que estávamos fazendo. Sem que ela esperasse penetrei-a, ela mordeu meu ombro e depois procurou minha boca, pra um beijo cheio de desejos. Fui dando estocadas leves e fui aumentado a velocidade aos poucos. Suas mãos subiram pra minha cintura, a cada estocada ela cravava mais ainda as unha. Não demorou muito e senti seu gozo em minha mão, ela me abraçou forte. Tirei minha mão devagar ela soltou um gemido.



- eu te amo! – disse com a voz ainda ofegante – vamos pro hotel?!

- mas e o show? A Ivete?

- que se dane o show e Ivete. Eu quero comer você agora! – via um louco desejo em seus olhos.



Fomos rápido pro hotel fizemos amor ate amanhecer. Os dias que seguiram foram assim. Encontrávamos nossos novos amigos, a noite íamos aos shows, mas nunca chegávamos ao final deles. Corríamos pro hotel pra fazer amor.



Quando voltamos pra casa, fomos pro seu apartamento. Estávamos conversando sobre como falaríamos pra nossos pais sobra a gente, quando o celular a Tati tocou era a mãe dela. Tati disse que a voz dela estava estranha e que ira lá pra ver o que a mãe dela queria dizer. Ela me deixou em casa e foi pra casa dos pais.



Quando cheguei em casa, meus pais não estavam. Aproveitei pra tomar um banho, ajeitar algumas coisas. Se tudo desse certo eu e Tati estaríamos morando juntas logo. Estava distraída escutando uma musica quando meu celular tocou, olhei o visor era a Tati.



- oi amor! – já estava morrendo de saudades da minha mulher

- oi. – falou chorando



Fiquei preocupada, ela me contou o que tinha acontecido. Como sempre aquela piranha da Marina entre a gente. Que ódio. Tati disse que já estava lá em baixo me esperando, fui ate a sacada pra vê-la. E derrepente, vejo uma moto parada ao seu lado com um cara armado, do nada ele dispara contra o carro dela. Fiquei desesperada, chamei por ela no telefone e ela não respondeu. Desci as escadas voando, cheguei ate seu carro a porta estava destrancada. Abri e a cena que vi acabou comigo, as lagrimas corriam em meu rosto. Tati estava deitada no banco do carona, toda ensangüentada, tentava falar alguma coisa comigo.



- Amor não fala nada! Olha pra mim, não me deixa! Fica comigo! – eu falava pra ela gritei pedindo ajuda. Meu porteiro disse que já tinha ligado. Eu pressionava a sua barriga, tinha muito sangue. – amor você tem que agüentar – ela olhou pra mim

- eu te amo! – e desmaiou. Eu entrei em desespero, comecei a gritar.

- Tati abre o olho. Amor fala comigo. - já estava aos prantos – por favor, Tati acorda. – a sacudia



Logo o socorro chegou, e a levou pro hospital. Ela tinha perdido muito sangue. A levaram direto pra cirurgia. Eu fiquei do lado de fora sem receber noticia nenhuma, só davam pra parentes. Eu estava tão nervosa que me esqueci de avisar a sua família. Liguei pro Pedro, não demorou muito e todos estavam ali.



- você ta bem? – perguntou Lilian, fiz que sim com a cabeça, mas as lagrimas não me deixavam. – vou ver o que ta acontecendo. – disse ela entrando pela porta de emergência do hospital.

- o que aconteceu? – perguntou Pedro me abraçando.

- foi... Tudo... Tão rápido – eu soluçava – os tiros – não consegui me conter e comecei a chorar, não consegui parar mais. Meu corpo tremia me deram um calmante e logo eu dormi.









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Capitulo 35

Capitulo XXXV



[19/11/09]



***Tati***



Estava tentando acordar, mas olhos estavam pesados. Meu corpo todo doía. Um barulho apitando o tempo todo. Tentei falar alguma coisa, mas um tubo em minha boca não deixava. Fui abrindo os olhos com uma dificuldade. O lugar estava escuro, firmei meus olhos, tentado identificar onde eu estava. Não conheci o lugar.



Comecei a ficar agitada. Aí começaram a vir flash em minha mente. Os tiros, o sangue, a Di. Tentei levantar minha mão, parecia que pesava uma tonelada. Com um esforço tremendo, consegui erguê-la. Mas uma mão a segurou. Era Lilian.



- oi irmãzinha! – falou com lagrimas nos olhos e rindo. – que bom que acordou. Alisou meus cabelos. – Fica calma ta bom.



Meus olhos se encheram de lagrimas. O esforço que fiz parece ter esgotado toda a minha energia. E logo o sono veio.



Quando acordei, minha garganta estava seca. Abri meus olhos, estava em outro lugar. O quarto um pouco mais claro. Olhei ao lado o Pedro estava sentado cochilando.



- Pedro – minha voz saiu num sussurro, - Pedro – falei um pouco mais forte



Ele deu um pulo e veio em minha direção, seu rosto parecia estar cansado, seus olhos marejados. Ele sorriu.



- oi! Bela adormecida – falou beijando minha cabeça

- to com sede! – minha garganta estava incrivelmente seca.

- vou pegar água pra você – quando ele ia se afastando, segurei em seu braço

- eu quero ver a Di! – ele entendeu meu olhar

- ela ta aqui fora, espera que eu vou chamá-la – fiquei acompanhado a sua saída.



Fiquei numa expectativa, quando a porta se abriu. Veio o meu desapontamento, era meu irmão que tinha voltado com a água. E ele percebeu



- calma. – falou rindo – os médicos querem examinar você primeiro antes de você receber mais visitas. – falou me dando um pouco de água.



Não demorou muito os medico entraram, a Lilian estava com eles. Fizeram vários exames, só faltaram me virar do avesso. Rsrs



- Lili – a chamei antes de sair, ela se virou – quando eu posso ver a Di.

- ta nervosa – ria de mim, ela colocou o corpo pro lado de fora do quarto – agora você vai ficar calma. – deu uma piscada.



Ela ainda na porta deu a passagem a minha Di, que tentava em vão conter as lagrimas. Eu ri e sorriu de volta. Ela estava um pouco abatida, visivelmente mais magra. Ela foi se aproximando, ficou me olhando, acho que queria se certificar de que eu esta bem mesmo. Chegou mais perto, passou a mão em meu rosto e beijou minha testa. Quando ela ia se afastando segurei em sua nuca e a puxei pra um beijo que foi prontamente correspondido.



- amor! Calma – falou se afastando um pouco – você não pode fazer muito esforço.

- eu te amo – falei num sussurro e deixei as lagrimas caírem.

- eu também te amo – me deu um selinho e secou minhas lagrimas. – não me da mais um susto desses. - Agora ela que começou a chora.

- shii! – abracei-a – eu to aqui! – esperei ela terminar de soluçar – eu não vou a lugar algum. – falei olhando em seus olhos

- tive tanto medo de te perder – sequei suas lagrimas que teimavam em cair.

- você não vai me perder nunca, eu sou sua e sempre vou ser. – beijei de leve seus lábios. Ela sorriu.

- tem mais gente la fora querendo te ver.

- agora não, quero ficar aqui com minha mulher. – os olhinhos dela brilharam.

- boba! Seus pais, seus irmãos, tios, amigos estão tudo la querendo vê-la. Eu vou voltar. – quando ela falou pais, me lembrei da discussão que tive com minha mãe. Não queria vê-la.

- não quero ver ninguém agora.

- amor! Por que fala isso. Estão todos preocupados com você.

- não quero ver minha mãe – uma lagrima correu em meu rosto.

- amor, ela ta muito preocupada com você.

- ela não estava quando me falou aquilo tudo, e ainda disse que eu não era filha dela. Eu não quero vê-la. – falei um pouco agitada, Di ficou preocupada.

- tudo bem eu vou falar com eles lá fora e já volto.



Logo que ela saiu Lilian entrou.



- ei! Por que ta tão agitada. – falou olhando o aparelho que media meus batimentos.

- nada não. – respirei fundo – a quanto tempo estou aqui.

- pensei que não iria perguntar. Só quer saber de Di. É Di pra lá Di pra cá. – ela fazia caras e bocas. Não tive como não deixar de rir. – você esta a quase a uma semana.

- isso tudo! – me espantei – o que real mente aconteceu comigo?



Ela começou a explicar, foi uma rajada de quinze tirou, cinco me acertaram. Três na barriga, um na perna e um de raspão no braço. Eu perdi muito sangue, os tiros na barriga, na verdade foram na região pélvica, perfurou útero e bexiga. O útero teve que ser tirado. Me deu uma dor no peito, os planos que eu e Diana tínhamos feito de engravidar, mas o importante que eu estava viva. Lilian ficou um pouco comigo. Quando saiu entrou Michele e Bia, depois meus tios, meu pai e meus irmãos. No final estava cansada, Di voltou ficamos conversando um pouco e acabei dormindo. O dia tinha sido muito agitado.



Os dias foram passando, eu estava doida pra sair daquele hospital. Mas o medico disse que eu ainda tinha que fazer alguns exames. Di ficava comigo todas as noites, as vezes as tardes também. Quando ficava as tardes ela ia em casa tomava um banho e depois voltava. E nesse dia não foi diferente. A hora visita já tinha acabado ela tinha ido em casa, eu estava sozinha assistindo TV. Quando bateram na porta.



- entra – falei. Não acreditei em quem eu vi.

- oi. Tudo bem! – falou

- tudo – foi a única coisa que consegui dizer

- vejo que esta bem melhor. Precisamos ter uma conversa seria. – ela trazia um envelope.

- pode falar, dona Deise. Sou toda ouvidos. – falei me ajeitando na cama



Ela chegou mais perto, com o semblante ainda mais fechado. Jogou o envelope em meu colo.



- pode me dizer o que significa isso. – ficou em pé na minha frente com os braços cruzados.



Abri o envelope, eram as mesmas fotos que estavam com minha mãe.



- mas... mas, como? – olhei pra ela sem entender, com aquelas fotos estavam com ela.

- uma amiga sua me fez uma vista antes disso tudo acontecer. Anda você não me respondeu? – falou ríspida.

- eu namoro sua filha, eu a amo e ela também me ama – falei num fôlego só.

- minha filha não é isso aí, foi você que a influenciou. – falou num tom agressivo. – você vai se afastar dela ou por bem ou por mal.

- isso é uma ameaça dona Deise? – falei olhando em seus olhos

- não é só um aviso.

- o que a senhora vai fazer? Eu não vou me afastar. – ergui mais meu corpo tentado mostrar a ela que não iria desistir, mas a carranca que a mulher estava era difícil.

- você não tem escolha. Se não se afastar dela eu afasto ela de você. – deu um sorriso cínico – você não sabe do que eu sou capaz.

- você não teria coragem de machucar sua filha.

- quem disse que eu vou machucá-la. Se não se afastar dela, eu a mandarei pra um sanatório na Suíça. – arregalei meus olhos

- mas sua filha não é louca. – não estava entendo

- mas eu consigo provas que a faça parecer, você duvida. – caminhou ate a porta - Pense nisso menina. Se afasta ou ela ira viver dopada.

- você não teria coragem de fazer isso. Ela é sua filha!

- prefiro vê-la como louca do que sapatão. – abriu a porta – a escolha é sua. E ah! Se minha filha souber que eu estive aqui, vai fica muito pior pra você – e saiu.



"Meu Deus mais essa agora." Minha cabeça fervilhava. "Que tipo de mãe é essa que prefere ver a filha dopada do que feliz. E ela não estava de brincadeira". Fiquei perdida em meus pensamentos que nem vi Diana chegar.



- oi amor! – beijou meus lábios – o que houve esta tão tensa?

- nada. Só me abraça. – a puxei e ela deitou na cama

- amor não posso ficar deitada com você aqui! – fez que ia levantar, mas eu a segurei.

- por favor, só um pouquinho. – ela me abraçou. Ficamos assim um tempo.



Depois ela começou a contar com andava as coisas do estagio, mas eu não conseguia tirar da cabeça a conversa que tive com a mãe dela. Precisava falar com a Andréia, ela tinha que me ajudar. Tinha que arrumar um jeito.



No dia seguinte Diana teve que ir resolver algumas coisas do estagio. Liguei pra Déia, pedi pra que viesse ao hospital pra conversarmos.



Quando ela chegou contei do ocorrido, ela não acreditou no que eu falei. Eu disse que nem eu estava acreditando. A Andréia disse que iria pedir um amigo pra investigar um pouco sobre a mãe de Diana.



Demorou uns dois dias e ela voltou. Diana aproveitou que eu estava acompanhada e foi em casa tomar um banho, não sei por que, mas ela queria fica do meu lado o tempo todo, queria saber por que eu estava calada, me perguntava um monte de coisas.



Andréia esperou Di sair e começou a contar o que seu amigo soube. Quando Diana era adolescente ela namorou um menino que era viciado em drogas. A mãe dela fez a mesma coisa que fez comigo, mas o menino não acreditou. Pelo que o amigo dela disse o rapaz foi preso como traficante, sendo que o garoto só era usuário. E ela mandou Diana pro Estados Unidos, mas com uma pessoa vigiando ela. Ela sabia de todos os passos da filha.



- o que eu faço agora Déia – deixei uma lagrima escorre.

- não sei amiga! Fala com a Diana.

- não posso, ela disse que de a Di souber vai ser pior. – não sabia o que fazer – e eu não posso... só de pensar que ela vai fica internada como louca... – escondi meu rosto em minhas mãos. – não to acreditando, ta desabando tudo de uma vez só.

- ei não fica assim. – falou me abraçando – a gente da um jeito.

- tenho que terminar com ela – falei secando as lagrimas.

- você te, certeza? Sabe que ela vai querer saber o motivo.

- não sei eu invento, mas não posso vê-la sofre. Prefiro vê-la de longe, bem do que saber que ela esta em algum lugar dopada.

- o que você pretende fazer? Sabe que ela também não vai desistir de você. Ela não saiu desse hospital um dia sequer.

- eu vou aceitar uma proposta de trabalho em São Paulo. Meu chefe já tinha me feito antes de viajar, eu ia recusar na hora, mas ele pediu que eu pensasse primeiro. Acho que vai ser o único modo.



Falei com ela o que iria fazer, pedi que abrisse uma conta em um hotel no Rio e que pegasse algumas roupas minha no meu apartamento. Liguei pro meu chefe, ele já sabia o que tinha acontecido comigo, falei que aceitava a proposta, mas que precisaria de uns dias pra me recuperar. Já estava tudo resolvido. Só faltava uma coisa saber que dia sairia minha alta. Já tinha feito alguns exames, só faltavam os resultados.



Estava determina da a fazer tudo o que eu e Andréia conversamos, era difícil, mas o mais difícil seria falar com a Di. Só de pensar em terminar com ela estava acabando comigo.



Passaram dois dias, eu tentava ficar o mais distante possível de Diana. Ela percebeu e não falou nada. O medico entrou no quarto. Eu pedi pra que ela saísse, senti que ela não entendeu nada, mas mesmo assim o fez.



Perguntei ao medico quanto tempo ficaria ali no hospital, ela disse que no máximos uns quatro dias. Pedi pra que não comentasse com ninguém sobre a minha alta. Aleguei que por causa do atentado poderiam querer terminar o serviço. Ele entendeu.



Agora a parte mais difícil da minha vida.



Assim que o medico saiu Diana entrou.



- precisamos conversar. – falei seria

- o que foi amor – esse "amor" me quebrou, mas eu tinha que ser forte.

- não me chama de amor! – ela não entendeu nada

- o que ta acontecendo Tatiana?

- eu quero terminar! Não da mais. - respirei fundo, segurei a lagrima que queria cair.

- terminar? Eu não to entendo. Você... voc... – não conseguia dizer.

- eu preciso de um tempo, preciso respirar.

- e pra isso você precisa terminar? Você não me ama mais é isso? Olha pra mim e diz que não me ama? Anda Tatiana, olha pra mim! – falou segurando em meu rosto.

- eu... – com um esforço, a minha alma doía. – eu não te amo mais! - Ela não acreditava.

- é mentira! – gritou – você disse que me amava assim que acordou do coma e a gora não me ama mais?! – abaixei minha cabeça

- não da mais! Sinto muito! – levantei pra vê-la, ela andava de um lado a outro, doía muito, mas era necessário. – agora, por favor, vai embora!

- não! Me diz o motivo? – falou com raiva

- não tem motivo! – ela me olhou

- eu vou descobrir! Eu sei que você me ama, e alguma coisa aconteceu de uns dias pra cá. – pegou a bolsa – amanhã eu volto. - e saiu.



Quando ela saiu, eu desabei, não conseguia parar de chorar. A enfermeira entrou logo depois que Di foi embora, tentou me acalmar, mas não conseguiu. Chamou o medico que me deu tranqüilizante. Acabei dormindo.



Nos dias que seguiram eu só recebia as visitas de Andréia e de Lilian que não tinha jeito. Sabia que Diana estava lá, mas não queria vê-la seria muito difícil.



O dia da alta chegou, teria alta a tarde, mas conversei com o medico e consegui pela manhã. Andréia já me esperava, era a única que sabia. Todos estavam pensando que seria a tarde. Entrei no carro e fui pro hotel, lá já tinha uma enfermeira pra me ajudar.



Escrevi uma carta pra Diana e outra pro Pedro, que com certeza falaria pro resto da família. Era muito difícil ficar longe deles, mas era necessário. Principalmente pra Diana. Nossa como eu a amo! Doía muito fica longe dela.









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Capitulo 36

Capitulo XXXVI



[20/11/09]





***Diana***



Acordei com Michele e Bia ao meu lado, eu tinha dormido um pouco mais de quatro horas. Elas me contaram que a Tati ainda estava no centro cirúrgico e que Lilian estava com ela. Levantei ainda um pouco atordoada, as coisas aconteceram muito rápido, ainda não tive tempo de assimilar nada.



- Di! – Michele me chamou – você precisa ir em casa tomar um banho.



Olhei pra ela não entendi nada



- você esta com as roupas cheias de sangue. – olhei pra minha blusa, agora minha ficha tava caindo. Foi verdade.

- não quero sair daqui – meus olhos estavam cheios de lagrimas de novo.

- amiga, não fica assim. – Bia me abraçou. – ela vai fica bem. Vem que eu te levo em casa e depois te trago de volta.



Me deixei ser levada por Bia e Michele. Parecia que estava no automático. Tomei um banho e logo voltei pro hospital, queria estar lá quando ela acordasse.



Sentei ao lado do Pedro, que me abraçou. Olhei todos ao redor, dona Helena estava uma pilha de nervos, os olhos inchados de chorar, seu Pedro também estava chorando. Lilian entrou e todos voltaram a atenção pra ela.



- a cirurgia foi um sucesso! – soltei o ar que estava em meus pulmões – ela vai fica em coma induzido. - ela foi explicando tudo o que tinha acontecido na operação. Que ela tinha perdido muito sangue, onde as balas perfuraram. A cada coisa que ela ia falando as minha lagrimas caiam.



Tati estava em coma induzido, ate se recuperar totalmente. Mas eu não conseguia deixar o hospital. Lilian mando que Michele e Bia me tirassem de lá. Mas eu ia todos os dias. Quase não conseguia dormir e nem comer direito. Tinha sempre um atrás de mim pra me fazer comer.



Já iam completar uma semana que ela estava em coma. Eu estava saindo do fórum, quando Lilian me ligou dizendo que Tati tinha acordado. Não pensei duas vezes de voei pro hospital. Assim que cheguei já estavam quase todos lá, Lilian avisou que ela tinha dormido de novo e que o Pedro estava com ela.



Demorou mais uma hora pra que ela acordasse. O Pedro saiu dizendo que ela queria me ver. Não pude me conter, as lagrimas desciam, mas de alegria.



- ta chorando por quê? – falou Pedro – se ficar assim a Lilian não vai te deixa entrar.

- de alegria seu bobo! – falei rindo e limpando as lagrimas



Logo que o Pedro tinha saído, entrou uma comitiva de médicos. Assim que eles saíram a Lilian me chamou pra entrar. Meu coração estava explodindo de alegria e ver minha Tati.



Quando entrei no quarto ela estava rindo. Juro que tentei segura minhas lagrimas, mas era muito difícil. Esse tempo todo sem poder vê-la, e ela ali rindo pra mim. Cheguei perto dei um beijo em sua testa, ela me puxou pela nuca e me beijo. Nossa como estava morrendo de saudades daquele beijo. Ela dizia que me amava e eu também a amava muito.



Ficamos conversando um pouco, mas eu tinha que sair tinha muitas pessoas lá fora querendo vê-la. Mas quando toquei no nome de sua mãe ela ficou logo agitada, dizendo que não queria vê-la. Dei um selinho nela e pedi pra que se acalmasse e sai.



Assim que sai comentei com Lilian que ela não queria ver a sua mãe, e que ficou muito agitada com só com o fato de tocar no nome dela. Ela fez que sim e foi conversar com a mãe, que com a notícia desabou a chorar. Fiquei com um pouco de receio de me aproximar, mas mesmo assim o fiz.



- dona Helena – ela levantou os olhos – dê um tempo a ela.

- minha filha esta muito magoada. Ela não vai me perdoar nunca! – limpou os olhos, mas as lagrimas continuavam a cair. – eu não devia ter falado daquele jeito com ela. – ela já estava solução. Num impulso a abracei.

- não fica assim, vou tentar conversar com ela. Ela vai ter que conversar com a senhora. – ela deu um sorriso triste.

- ela é cabeça dura. Sei que não vai aceitar.

- mas mesmo assim vou tentar.

- obrigada! – falou me abraçando.



Logo que todos saíram, ela me chamou de novo. Ficamos conversando, ela queria saber sobre meu estagio, brigou comigo quando soube que eu não estava me alimentando direito. Tentei entrar no assunto sobre sua mãe, mas ela desconversava. Não quis insistir, depois tentaria de novo. Ela parecia muito cansada, também depois de tantas visitas. Fiquei fazendo um cafuné e ela dormiu.



Quando sai do quarto, fui conversar com dona Helena. Disse que ira tentar falar com ela de novo, ela agradeceu. Falei também que ela tinha dormido, ela sorriu e entrou no quarto.



Os dias que seguiram eu ia todos os dias pro hospital, quando não dormia passava a tarde com ela. Tinha dias que ficava a tarde e a noite também, mas antes de passar a noite ia em casa e tomava um banho e depois voltava.



Num desses dias, eu estava vindo de casa e vi uma mulher muito parecida com minha mãe, mas logo ela sumiu. "não deve ser ela, se fosse ela me avisaria que vinha aqui!" pensei. Fui pro quarto de Tati, ela tava esquisita, distante. Assim que me viu, me puxou pra deitar com ela na cama. Tentei sair, mas me segurou.



- fica um pouquinho aqui comigo.



Ela me abraçou e ficamos na posição de conchinha. Senti que ela estava chorando, tentei me virar, mas ela me abraçou forte. Vi que ela não queria conversar. Ficamos um tempo assim até que ela dormiu.



Os dias foram passam e ela estava ficando distante. Muito mal me dava um selinho, quase não conversava comigo. Não adiantava perguntar que ela não respondia. Num desses dias ela me chamou pra conversar, achei que ela iria me explicar o que estava acontecendo com ela. Mas ela queria terminar o namoro. Assim! Sem mais nem menos? Tinha que ter o por quê? Um motivo! Mas ela só disse que precisava de um tempo. Eu não estava acreditando, depois de tudo o que passamos juntas, ela terminar comigo assim. Mas isso não ia ficar assim mesmo, eu ai descobrir o que estava acontecendo e também não deixaria de vê-la.



No dia seguinte voltei pro hospital pra vê-la. Mas na recepção me impediram de entrar, falaram que a Lilian iria vir pra me explicar. Não demorou muito ela apareceu.



- Lilian, o que ta acontecendo?

- não sei! Ela ontem depois que você foi embora, teve uma crise de choro. Tiveram que sedá-la, hoje pela manhã ela disse que não queria receber visita de ninguém. Ai eles me avisaram, eu vim correndo. Nem a mim ela quis receber. – ela respirou, parecia um pouco cansada. – conversei com um amigo psicólogo, ele disse que é normal, por causa do atentado que ela fique com medo e se isole um pouco. Tem que dar um tempo pra ela, as coisas estão acontecendo muito rápido.

- mas eu não posso vê-la?

- acho melhor hoje não, quanto menos agitada ela ficar é melhor. Vou tentar conversar com ela hoje. Ta ok?

- ta, mas me mantenha informada. – ela fez que sim – obrigada! – falei dando um abraço nela.



No dia seguinte voltei ao hospital, e não consegui vê-la. Os dias que seguram também não. Fiquei sabem por Lilian o dia de sua alta, a família dela iria fazer uma festa surpresa. Marquei de ir com Lilian pra hospital, Tati teria alta a tarde. Já estava tudo certo, chegamos ao hospital e na recepção foi dito que Tati já tinha ido embora, teve alta pela manhã. Nem Lilian de eu entendemos nada, ela pediu que eu esperasse e foi falar com o médico que cuidava de Tati.



Assim que ela voltou, contou que o medico deu a alta porque a Tati pediu e saiu de lá com a Andréia. Fomos direto pro apartamento de Tati. Mas não tinha ninguém, subi as escadas e fui pro quarto, também não tinha nada. Senti uma dor no peito, fui abri o guarda-roupa. Não estava acreditando no que via, vazio. Voltei correndo pra sala, Lilian estava segurando uma carta que estava com meu nome. Peguei e comecei a ler.



"Di,



Me perdoa, mas não conseguiria me despedir de você e nem de ninguém. Eu preciso de um tempo pra mim. Pra colocar a cabeça em ordem. Ta tudo acontecendo muito rápido.



Tenho que me afastar antes que machuque alguém que amo. Sei que esta sofrendo, mas não mais que eu por não estar ao seu lado.



Não se preocupe comigo e nem tente me procurar. Eu vou estar bem, ok?!



Espero que você seja muito feliz!



Por favor, me perdoe por tudo que esta sentindo nesse momento, você deve esta me odiando agora. Mas um dia vou te explicar o que ta acontecendo. Mas esse não é o momento.



Você sabe que é a única mulher que eu amei e vou amar pro resto da minha vida.



Te amo.



Beijos, Tati"





Eu não estava acreditando, ela foi embora! Meu coração estava despedaçado, destroçado. Na minha cabeça passava um filme de tudo o que aconteceu até aquele momento. "o que deu errado?" eu ficava me perguntando.



- Diana! Diana! Fala! O que ta acontecendo? – Lilian estava me sacudindo, eu só conseguia chorar.

- ela foi embora! – falei entre soluços

- embora? Mas como? – ela não estava entendo nada e nem eu.

- eu não sei! Ela se despediu aqui na carta. – limpei meu rosto, mas não adiantava a dor era muito grande, um pedaço de meu foi arrancado.



"meu Deus! Esta tudo desmoronando!" pensei. Em menos de um mês eu era a mulher mais feliz do mundo e agora o amor da minha vida estava escorrendo pelos meus dedos.









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Capitulo 37

Capitulo XXXVII



[21/11/09]





***Tati***



Meus dias no hotel foram complicados. Além da saudade enorme que sentia de Di, Andréia pra me acobertar tava tendo problemas no seu casamento.



Fiquei quinze dias no hotel. No penúltimo dia, Andréia chegou chorando muito, nervosa.



- calma, o que ta acontecendo? – perguntei assustada

- a Fabi acha que estou com outra e quer se separar. – fala tentando se controlar, para não chorar mais.

- ei! Calma. Eu vou resolver isso.

- resolver como? – ela se sentou no sofá. Pedi a enfermeira que cuidava de mim pra trazer um calmante.

- não confia em mim? – ela olhou pra mim. – descansa um pouco. – a levei pro quarto.



Não demorou muito ela dormiu. Peguei o telefone e liguei pra Fabi.



- alô?!

- oi sou eu a Tati, preciso conversar com você.

- onde você ta?



Expliquei o local a ela depois de meia hora ela chegou.



- oi! – falei dando passagem a ela

- oi! O que ta acontecendo? – perguntou espantada

- a Déia ta aqui! – falei – ela não tem amante, ela ta me ajudando.

- ajudando em que? A se esconder?

- preciso de um tempo pra mim, aconteceram umas coisas.

- que tipo de coisas?

- vou te contar, mas antes tenho que lhe dizer que minha amiga te ama muito e que jamais seria capaz de traí-la. Esse tempo todo ela tem me ajudado e muito. – comecei a contar a ela tudo o que tinha acontecido, a conversa com a mãe de Di, o trabalho de Sampa.

- você sabia que ela ta te procurando né? – fiz que sim com a cabeça. – por que não conta a ela?

- se eu contar ela vai brigar com a mãe, se a mãe dela fizer alguma coisa o que vou fazer nesse estado? Como vou ajudá-la se nem cuidar de mim eu consigo. – limpei uma lagrima que corria. – o jeito é esperar a poeira baixar e tentar conversar com ela depois. Se ela me quiser ainda, né?!

- com certeza quer! – falou me abraçando.

- vamos sua mulher esta lá no quarto! – levantei e a levei – ela chegou muito nervosa dizendo que você queria se separar dela.

- exagerada! A gente só discutiu, ela tava muito estranha, de vez em quando sumia. Ai a chamei pra conversar ela ficou toda nervosa, foi ai que pensei que ela estava me traindo. Mas agente só discutiu mais nada. – falou se aproximando da cama – oh meu deus essa sua amiga faz um drama! – falou rindo e acariciando o rosto da minha amiga.

- bom, ta tudo explicado, vou deixar vocês a sós e vou dar uma volta.

- cuidado.

- não tem problema dona Margarete vai comigo. Minha baba – falei rindo



Um problema já tinha sido resolvido. No dia seguinte fui ao medico e ela me liberou pra viajar, mas que qualquer coisa entrasse em contato com ele. Voltei pro hotel fechei a conta e a noite embarquei pra Sampa.



Em São Paulo fiquei no hotel até conseguir um apê. Liguei pro chefe dizendo que já estava na cidade. Ele me deu mais umas semanas pra resolver o problema da moradia. Liguei pra Déia e também pro Pedro. Dele ouvi um sermão daqueles, estavam todos atrás de mim. Falei pra não se preocupar que quando estivesse no meu apê, daria o endereço a ele.



A única coisa de bom nisso tudo é que eu mantinha minha cabeça ocupada e não pensava em Di. Bom pelo menos pela manhã por que a noite ela entra nos meus pensamentos e meus sonhos.



Consegui um apê legalzinho, era uma meia hora do trabalho. Isso por que o transito era uma loucura. Acho que a pé eu iria mais rápido. Rsrsr. Um mês passou rapidinho. Mas ela não saia da minha cabeça. Eu levava trabalho pra casa, mas por fim não tinha mais trabalho. Decidi fazer um curso de culinária, já que muito mal sabia fazer um miojo. Rsrs. E já tava de saco cheio de comer em restaurantes e ainda por cima sozinha. Pensei em contratar uma empregada, mas e se não fosse confiável? Preferi ficar com uma diarista que trabalhava no prédio. Ela limpava de 15 em 15 dias.



O primeiro dia foi hilário, só tinha eu de mulher o resto era tudo homem. Era um curso de iniciantes. Alguns chegaram a me dar umas cantadas, mas com jeitinho falei que gostava da mesma coisa que ele. Logo alguns se afastaram. Mas eu não estava né aí.



A primeira semana aprendi a fazer algumas comidas, mas o ruim é que não tinha ninguém pra servir de cobaia. O jeito era eu mesma, salguei o arroz ale de ficar "unidos venceremos", queimei a carne e os dedos também, bom o feijão esse aí não estava de bem comigo, srsr, não cozinhava nem por um decreto. Mas eu sou brasileira e não desisto nunca. Rsrs.



A segunda semana foi ótima, comecei a me acostumar com a cozinha. Dei uma melhoradinha. Rsrs. Era quinta feira, eu saí do trabalho e fui direto pro curso. Cada um já estava em seu lugar. Que era um balcão grande pra cada duas pessoas, quase todos tinham duplas, menos eu e mais um cara. Todos estavam conversando, contando cada um uma vantagem diferente da outro. Eu fiquei anotando algumas coisas, quando derrepente todos pararam de falar. Levantei meus olhos e meu queixo caiu.



Linda! Loira de olhos verdes, pelo corpo parecia modelo. Veio caminhando em minha direção, engoli seco.



- posso ficar ao seu lado? – falou com uma voz doce

- cla... claro... – gaguejei tirando minha mochila da cadeira que ela logo se sentou.

- prazer! Lívia! – disse estendo a mão

- Tatiana. O prazer é meu! – respondi



A aula logo começou, até que foi produtiva, aprendi a fazer estronofe de carne. Me queimei algumas vezes, mas estava me acostumando. De vez em quando dava uma olhada de lado pra loira. Tinha um perfume suave.



Quando a aula terminou peguei minhas coisas pra ir embora, os carinhas já chegaram junto pra saber tudo sobre ela. Coisa que eu menos queria nesse momento era me interessar por alguém. Apesar dela ser linda, minha Di não saia do meu pensamento.









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Capitulo 38

Capitulo XXXVIII



[22/11/09]



***Tati***





Os dias foram passando e acabei fazendo amizade com Lívia. Ela me contou sobre sua vida. Que era modelo, mas que sua carreira já estava quase acabando, ela tinha 30 anos. No momento só fazia algumas fotos pra revistas e uma vez ou outra desfilava. Sua família era do sul e ela dividindo o apê com mais duas amigas.



Ela era legal, meio louca. Me arrastava pra tudo que era festa. Contei a ela sobre minha opção sexual, pra que? A mulher me tentava arrumar namora de todo jeito. Eu ainda não tinha contado sobre Di a ela.



Já tinha um mês e meio que estava morando em Sampa. Lívia tinha me carregado na noite anterior a um lançamento de perfume que ela era garota propaganda. No final da noite eu que tive que carregá-la, a mulher parecia uma espoja de tanto que bebia.

Sábado pela manhã acordei por volta das nove horas, fui até o quarto de hospedes e Lívia estava dormindo ainda. Pelo visto só ira acordar lá pro meio dia. Aproveitei que ela estava dormindo fui fazer umas compras, a dispensa e a geladeira estavam vazias. Não demorei muito, pois sempre faço compras pra semana, goste sempre de ter tudo fresquinho.



Já estava aprontando o almoço, quando a campainha tocou. "Quem será! Não estou esperando ninguém!" pensei e logo abri sem olhar no olho mágico. Não acreditei no que vi.



- o que você ta fazendo aqui? – perguntei assustada – aconteceu alguma coisa?

- oi pra você também Tati! – falou me beijando e abraçando. – não me convida pra entrar?

- Lilian como você soube onde eu moro? Já sei aquele boca mole do Pedro, você sempre consegue tirar as coisas dele né!? – ela riu e eu dei passagem a ela – oh! Droga meu arroz. – sai correndo pra cozinha.

- arroz? – ela veio atrás de mim – não acredito! – fez uma cara de espantada – você cozinhando? – começou a rir

- ta! Ta! Eu entrei num curso de culinária e você vai almoçar comigo!

- nem morta! To muito nova pra morrer e ainda tenho dois filhos pra terminar de criar. – falou se acabando de rir.

- ta bom! Mas me diz o que você ta fazendo aqui? - Falei seria.

- é um assunto muito delicado. – falou muito seria.



Ela foi contando, enquanto eu terminava o almoço. Eu não acreditava no que ela falava. Minha mãe depois do que tinha acontecido comigo deixou a promotoria, e depois do meu sumiço ela havia entrado em depressão. Vivia trancada dentro do quarto chorando, ninguém conseguia tirá-la de lá.



- e você quer que eu faça o que? Ela mesma disse que não me queria como filha. – falei tentando segurar as lagrimas.

- você mais do que ninguém sabe que foi no momento de raiva, mamãe em sã consciência jamais falaria isso pra você. Você é o xodó dela, o denguinho. – falou fazendo careta, não pude deixar de rir.



Ficamos conversando, e como sempre ela me convenceu. Eu ia voltar pro Rio com ela a tarde. Ficamos falando de amenidades, quando ouvi a porta do quarto de hospedes abrir. Pedi um minuto a minha irmã. Peguei a aspirina e um copo de água, e fiquei com eles na mão. Lilian não entendeu nada, até uma linda loira entrar na cozinha de camiseta e calcinha.



- não sei por que você me deixa beber tanto! Ai! – falava Lívia com a mão na cabeça, e pegando o comprimido e o copo da minha mão.

- não sei por que você bebe tanto, no final da noite não sabe nem quem esta com você. – Lilian apenas observava curiosa.

- mas eu só bebi alguns drinks. – falou se virando e dando de cara com Lilian. – ops! Não sabia que estava com companhia. – comecei a rir

- Lilian essa é minha amiga Lívia. Lívia essa é minha irmã Lilian.

- mas ela é...

- loira! – eu e Lilian falamos juntas e começamos a rir. Todo mundo falava isso.

- Prazer! - falou Lili

- bom já que se conhecem vamos almoçar! – Lívia fez uma cara de nojo, devia estar enjoada. Também pudera, acho que bebeu pra mais de dez drinks diferentes.

- to sem fome – falou voltando pro quarto.



Eu e Lilian almoçamos, ela elogiou minha comida. Falou que devia abrir um restaurante, exagerada essa minha irmã.



Peguei uma mochila coloquei algumas roupas. Não iria fica muito tempo por lá. Falei com Lívia pra ela cuidar to apê enquanto eu estivesse fora. E fomos pro aeroporto, Lilian já tinha comprado as passagens antecipadas.



Chegando no Rio o Pedro já estava a nossa espera, dei um soco no braço dele. Por causa da boca mole. Ele disse que não teve culpa, a Lili ia contar os podres dele pra Glaucia. Ele era um bucha mesmo.



Fomos pra casa de nossos pais. Quando já se aproximando do condomínio senti minha mãos suarem. Não sabia o que fazer, "e se ela me rejeitar de novo?" isso ficava martelando na minha cabeça. Pedro estacionou em frente a casa. Ele e Lili saíram e eu não consegui sair. Respirei fundo, era a hora de resolver logo isso.



Quando cheguei na sala a família estava reunida, o Leo veio me abraçar, a esposa dele veio também. Papai me deu aquele abraço de urso, que me deixou ar.



- onde ela ta? – perguntei a ele

- ela não sai mais do quarto, a gente não sabe mais o que fazer. – falou meu pai com lagrimas nos olhos.

- vou falar com ela – falei indo em direção as escadas



Subi passei pelo meu quarto, dei uma olhada, continuava tudo do mesmo jeito que eu deixei. Fui em direção ao quarto dos meus pais. Parei em frente a porta, ia bater, mas não tive coragem. Hesitei varias vezes, até escutar um choro baixinho, sofrido, doido. Que apertou meu coração. Não poderia ficar com raiva dela pra sempre, eu sempre a amei tanto. E também eu tinha uma parcela de culpa no que ela tinha me falado. Eu tinha que ter contado primeiro e não ela saber da boca de outra pessoa.



Abria a porta bem devagarzinho, e a vi to encolhida n cama soluçando. Tirei meu tênis, coloquei no cantinho perto da porta e fui caminhando até a cama. Parei em sua frente me ajoelhei, passei a mão em seu rosto limpando as lagrimas que caiam. No meu rosto também, eu já não segurava mais. E minha mãe parecia não acreditar que eu estava ali. Ela levantou a coberta e deus espaço pra mim, como sempre fazia quando eu era criança. Eu rir, senti tanta saudade de esta perto dela. Me deitei e me aninhei em seu colo, a abracei com tanta força.



- me perdoa! – falei baixinho, soluçando



Ela me apertou em seus abraços, e começou a beijar minha cabeça.



- só se você me perdoar também? – falou rindo, eu fiz que sim com a cabeça. – eu te amo tanto, você não sabe o medo que tive de te perder naquele atentado. Depois de ter falado aquilo tudo pra você. – de seus olhos rolaram mais lagrimas.

- eu sei mãe! Mas eu devia ter te falado antes. – falei olhando em seus olhos. – agora eu te entendo, mas naquela época aconteceram tantas coisas ao mesmo tempo, que eu fui só prolongando. Eu e a Di já tínhamos decidido que iríamos contar a vocês e aos pais dela sobre a nossa decisão, mas aconteceu o atentado, as coisa ficaram complicadas e eu preferi me afastar.



Minha mãe queria saber mais sobre o meu relacionamento com mulheres, achei até engraçado. Ela me perguntou se eu ia cortar o cabelo e usar aqueles bermudões. Eu expliquei que eu seria a mesma Tati de sempre, só que gostava de mulheres. Depois de muito conversarmos, ela disse que me amava e que se fosse pra eu ser feliz com uma mulher que ela me apoiava. Ficamos abraçadas um tempo.



- agora dona Helena, a senhora vai levantar daí e vai tomar um banho. Por que tem uma família lá em baixo esperando pra ser comandada pela senhora! – ela ficou rindo. Eu estava feliz em ver a minha mãe de volta.

Ela tomou um banho, e descemos juntas de mão dada. Mamãe ainda estava com a cara um pouco inchada. Mas tava nitidamente feliz.



Estávamos todos sentados a mesa de jantar, fazia tempos que isso não acontecia. Estavam todos alegres, cada um com seus pares. Olhei em volta, faltava uma pessoa pra me sentir completa. Di.



Depois do jantar fui pro meu quarto, algumas coisas ali me faziam lembrar dela. Deitada em minha cama, tomei uma decisão. Eu ia procurá-la pra nos acertarmos. Contaria tudo a ela, tudo que me fez ficar afastada dela.



No dia seguinte pela manhã, minha mãe já estava de pé, já dando as ordens pro almoço. "O almoço de domingo era sagrado". Ri desse pensamento. Minha mãe passou e me deu um abraço bem apertado. Como se quisesse ter certeza de que eu estava ali. E foi pra cozinha. O Pedro desceu pro café, aproveitei que estávamos sozinhos e perguntei sobre Diana, se ele sabia como ela estava. Ele me contou que ela estava viajando e que voltaria na segunda.



Pensei em fazer uma surpresa.



Liguei pro meu chefe e amigo, o Paulo expliquei que tive que viajar por causa de uma emergência familiar e que só voltaria na quinta. Ele me liberou, até porque meu serviço estava pra lá de adiantado.



Liguei também pra um amigo antigo da escola, o Tony Tattoo. Como era chamado agora, ele que tinha feito as minhas duas tattoos. Marquei uma hora com ele antes do almoço ele ia me atender em casa mesmo. Tomei o café correndo e parti pra lá.



Chegando lá, expliquei a ele como queria. Eram duas tattoos, eu queria no pulso direito um coração com asas e o nome "Di" no meio. E o nome Diana com a data do nosso casamento no dedo anelar esquerdo.



Não deixei que ninguém soubesse. Coloquei um anel nos dedo e no pulso varias pulseiras.



O almoço foi bem tranqüilo, a tarde aproveitei e leguei pra Andréia e pra Michele. Minha prima veio voando pra casa dos meus pais. Colocamos o papo em dia. Ela tentou saber o porque que eu tinha ido embora, mas eu nada disse.



No dia seguinte pela manhã fui a casa de Andréia, Lola ficou doidinha ao me ver. Rosnava pra qualquer um que chegasse perto, foi muito engraçado. Falei com Déia sobre Di, amostrei as tattoos, ela disse que era louca. Ri da cara que ela fez. Passamos a tarde juntas, ela me colocou a par de tudo o que estava acontecendo em nosso negocio, assinei algumas papeladas. Já estava quase dando a hora de Di sair do trabalho. Me despedi rápido de Andréia.



No meio do caminho passei numa floricultura e comprei lírios, ela adora lírios. A vendedora fez um arranjo lindo, segurei com maior carinho pra não amassar.



Fiquei parada enfrente ao fórum esperando dar a hora, faltavam poucos minutos, pra ela ser liberada. Avistei Bia de longe e em seu lado a minha Di, linda, usava um terninho rosa, os cabelos presos em um coque. Meu coração não cabia no peito de tanta felicidade.



Sai do carro e fui em sua direção. Tinha algumas pessoas ainda entrando no fórum e outras saindo, mas eu não a perdi de vista. Já estávamos a alguns metros de distancia. Quando um cara entrou na frente dela com um buque de rosas, eu estanquei na hora. Não quis acreditar o tal do Rafael de novo! Ele entregou o buque e lhe deu um beijo apaixonado.



"cheguei tarde!" – pensei, no instante que eles pararam de se beijar os meus olhos e os de Diana se encontraram. Não ia suportar ver mais aquilo.



Virei de costas e caminhei o mais rápido possível, joguei as flores na primeira lata de lixo que vi. Uma taxi vinha encostando pra deixar um passageiro, entrei.



- aeroporto nacional, por favor.



Ali deixei as lagrimas caírem.









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Capitulo 39

Capitulo XXXIX



[23/11/09]



***Diana***



Depois que li aquela carta da Tati, eu não conseguia pensar em nada. Se antes comer era difícil agora então. Minha vida tava apática, o meu brilho era Tati.



Tentei procurá-la, "mas onde?". Só tinha uma pessoa que saberia onde Tati estava. "Andréia". Fui pro bar, tentei de todas as formas, mas ela sempre se esquivava dizendo que não sabia. Então mudei de tática, fiquei escondida esperando ela sair. Não demorou muito e ela entrou no carro, eu fui seguindo-a, ela pegou a ponte Rio – Niterói e eu fui atrás mantendo uma certa distancia. Ela pegou um dos acessos a Copacabana e continuei atrás, mas num determinado momento ela passou e o sinal fechou, não pude avançar. Ainda tentei ficar olhando pra onde ela estava indo, mas ela entrou numa rua. Quando o sinal abriu ainda tentei procurá-la. Mas seria impossível, não sabia pra onde ela tinha ido. Eu tinha certeza que ela foi encontrar a Tati.



Voltei pra casa, não sabia mais o que fazer. A Tati tava sendo tão infantil, a gente tinha que conversar, queria saber por que ela estava fugindo. Falei com Lilian, mas ela também estava procurando pela Tati, ninguém da família sabia onde ela estava. Ela tinha ligado pro Pedro avisando que estava bem e que depois ligaria.



Os dias que passaram foram um horror, meu humor estava péssimo. Minha mãe me obrigando a comer. A fazer coisas com ela, queria saber pra onde fui com quem eu estava. Ela nunca tinha feito isso. Ficava em cima o tempo todo. Aquilo me irritava mais ainda.



Algumas noites alguém ligava pro meu celular, mas era um numero restrito. Eu atendia e escutava uma respiração do outro lado, sabia que era ela. Mas logo desligava.



Já tinham se passado quase duas semanas, os telefonemas a noite pararam. Meu coração ficava mais apertado a cada dia. A saudade dela era muito grande. Eu deitava na cama todos os dias pensando no que aconteceu o que eu fiz de errado pra ela ir embora.



Meus pais sempre me perguntavam o que estava acontecendo, mas eu sempre desconversava. Então numa noite, nós estávamos jantando e minha mãe começou:



- como foi seu dia? – olhou seria pra mim

- bom! – só disse isso e voltei pro meu prato

- convidei o Rafael pra vir jantar aqui amanhã. Ta bom! – aquilo foi mais uma intimação do que um comunicado.

- ta – eu não estava muito afim de discutir.



O Rafael depois do que ocorrido no dia em que nós brigamos, ele tinha ido pra uma clinica de reabilitação fazer tratamento contra o álcool. Ficou por lá uns três meses, ai quando ele saiu, veio pedir desculpa pelo que tinha acontecido. Eu aceitei, porque sabia que no dia, aquele que me agrediu não era ele. A Tati sabia, mas não gostava que eu falasse no nome dele, acho que ela ainda sentia ciúmes.



No dia seguinte, trabalhei normalmente. Por mim ficaria lá no trabalho pra sempre, por que era o único modo de eu esquecer de Tati, era me envolver nos problemas dos outro. Cheguei em casa um pouco tarde, o Rafa já estava lá. Tomei um banho rápido e voltei pra sala.



Realmente ele estava mudado, até o jeito de falar, estava mais calmo. Ele contou que estava terminando a faculdade de direto que tinha largado, e que conseguiu um estagio em um escritório. Fiquei muito feliz por ele, que estava se mostrando um rapaz muito diferente do que eu tinha conhecido.



O jantar correu normalmente, a não ser pelas insinuações da minha mãe pra que eu o namorasse. Aquilo já estava me dando nos nervos. Mas contava até mil, pra não explodir. Minha vida já estava partida em mil pedaços e mais essa agora, minha mãe me empurrando pra ele, não, nem pensar. Depois que ele foi embora minha mãe ainda tentou conversar, mas eu disse que estava cansada e fui pro quarto.



O mês passou rápido, o trabalho estava me consumindo um pouco, o que me ajudava a passar o dia, a noite decidi fazer um curso de aprimoramento na minha área, que era na vara de família. Minha vida tava uma correria, só ia pra casa pra dormi, que era o único momento em que pensava em Tati, e sonhava com ela, nos momentos que passamos na Bahia, tudo que tínhamos vivido. Eu e o Rafa nos tornamos amigos, claro que não contei a ele sobre Tati.



Era uma sexta-feira, tinha conseguido sair cedo do trabalho. Meus pais tinham planejado passar o final de semana na casa dos meus avós, e eu esta precisando de um descanso, aproveitei pra acompanhá-los. Nossa o final de semana foi incrível, minha avó fez todas as minhas vontades como sempre. Voltamos no domingo a noite, na verdade de madrugada.



No dia seguinte estava me sentindo tão leve, não sabia por que. Uma felicidade, até Bia estranhou.



- menina que passarinho você viu na fazenda? – falou rindo

- não sei, hoje acordei feliz, só isso! – falei rindo

- e a felicidade tem nome.

- você só pensa nisso ein! – dei um tapa no braço dela – não! Não tem nome nenhum não.

- pensei que tivesse um tal de Rafa envolvido nisso!

- você mais do que ninguém sabe que somos só amigos. – falei seria

- é mais os olhares dele pra você, não são nem um pouquinho amigo. – falou rindo e fazendo uma careta.

- boba! Deixa eu ir, que tenho mais o que fazer.



Passei o resto da tarde tranqüila, o mais engraçado é que aquela sensação não sai do peito. Estava sentindo que alguma coisa boa iria acontecer.



Na saída do trabalho encontrei com Bia, eu não conseguia parar de sorrir e ela sempre implicando comigo. Já estávamos perto do portão, quando do nada o Rafa parou na minha frente com um buque de rosas, dizendo que me amava e me pediu em namoro. Fiquei sem reação, ele então passou a mão na minha nuca e me beijou. Um beijo áspero, não correspondi, coloquei a mão em seu ombro e o afastei.



Não acreditei no que ele fez, quando ia soltar os cachorros em cima dele. Desvie os olhos um instante e a vi. Era Tati com um buque de lírios, pisquei varias vezes pra ter certeza, ela estava chorando, ela viu o beijo. Entrei em desespero, empurrei Rafael pro lado e fui em sua direção, mas ao mesmo tempo tinha varias pessoas saindo e me atrapalharam um pouco e a perdi de vista. Quando cheguei ao local onde ela estava só encontrei as flores jogada no lixo.



- o que aconteceu? – Bia perguntou preocupada

- ela tava aqui. – falei, as lagrimas corriam em meu rosto. – e ela viu o beijo.

- aqui a onde? Cadê ela? – falou procurando-a

- eu não sei! – olhei pra todos os lados – ela estava aqui eu sei que estava ela é a única que sabe que eu gosto de lírios. – falei mostrando o buque.



Eu não podia esta imaginando coisas, só tinha uma pessoa que podia me ajudar "Michele". Peguei o telefone e liguei rápido pra ela. Que me disse que Tati estava na cidade e que hoje ela iria me fazer uma surpresa, e que queria muito conversar comigo.



Bia me levou pra casa. Rafael, sei lá o que foi feito dele.



"Meu Deus por que nada ta dando certo pra gente?" era a única coisa pergunta que eu me fazia sempre. Todas as vezes que estávamos juntas alguma coisa acontecia pra nos separar.



Adormeci com esse pensamento.









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Capitulo 40

Capitulo XL



[24/11/09]



***Tati***



Cheguei no aeroporto de São Paulo, liguei pra casa falei com minha mãe que tinha voltado, ela ficou um pouco triste, mas falei que assim que desse voltava pro Rio pra visitá-la.



Fui direto pro meu apê, assim que cheguei olhei pela casa e nenhum sinal de Lívia, deve ter ido a algum lugar, também não estava com saco pra conversar com a ela naquele momento. Fui pra cozinha peguei uma garrafa de vodka no armário, era o que eu precisava naquele momento. Arrastei a poltrona até a varanda, e fiquei olhando a cidade agitada e bebendo, no gargalo mesmo. Pensando na besteira que eu fiz em ter largado a Di.



Não sei quanto tempo fiquei ali, só despertei do meu transe quando Lívia chegou.



- ei! O que você ta fazendo aqui? Você disse que só voltaria quinta! – falou se aproximando.

- eu a perdi! – falei com a voz embolada, e comecei a chorar.

- calma! – me abraçou – shiii!! Me conta o que aconteceu?



Olhei em seus olhos, ela secou as lagrimas que escorriam nos meus. E comecei a contar o que tinha acontecido. Tudo desde a parte depois do acidente até o beijo do babaca do Rafael.



Ela me olhou de um jeito diferente na hora não soube definir, acho que foi por causa da bebida.



- vem! - Falou segurando em minha mão.



Fiz o que ela me pediu. Levante e ela foi me levando pra sala, no meio do caminho ela parou e se virou pra mim.



- tenho que fazer uma coisa que estou querendo faz tempo!



Me empurro pra parede mais próxima. Arregalei meus olhos, nunca esperava uma atitude dessas vindo dela. Colou seu corpo no meu, seus lábios ficaram centímetros dos meus. E o beijo foi inevitável. Fazia tempos que não beijava outra pessoa se não Di. Foi um beijo diferente meio que selvagem. Suas mãos percorriam o meu corpo, não consegui conter e soltei um gemido. Ela sorriu ainda com os lábios colados aos meus. Então uma de suas mãos entrou por debaixo da minha camisa e chegou ao meu seio. Soltei outro gemido e mordi de leve o lábio inferior dela.



Minhas mãos que até o momento não se mexiam tomaram vontade própria. Começaram a passear pelo seu corpo. Inverti as posições e a imprensei contra a parede e foi a vez dela soltar um gemido que foi logo abafar por um beijo, passei a mão em sua cocha e fui subindo até chegar a sua calcinha, que era minúscula, afastei o elástico e pude perceber o quanto ela estava molhada, ela gemeu mais alto e enfiou as unhas nas minhas costas. Adorei sentir isso, ela levantou uma das pernas, me encaixei entre elas e sem que ela esperasse a penetrei. Ela me abraçou com força, acho que suas pernas ficaram bambas. Peguei a outra perna e a enlacei em minha cintura, sem tira meus dedos de dentro dela. E comecei as estacadas. Toda vez que sentia que ela ia gozar eu parava e ia bem devagar. Estava adorando fazer aquele joguinho, ela ia a loucura, me xingava, me arranhava, mordia meus lábios, por fim:



- se não me fizer gozar agora eu juro que te mato! – falou quase gritando, não pude deixar de rir.

- não vou te fazer gozar aqui, você vai gozar na minha cama! – falei olhando em seus olhos, ela soltou um gemido baixinho.



Ela tinha acordado um vulcão adormecido, ia arcar com as conseqüências. Levei-a pra cama, me despi lentamente e fiz o mesmo com ela. O corpo dela era perfeito, a cada parte desnudada era beijos que ela recebia. Depois que a deixei completamente nua levantei um pouco pra admirar o seu corpo. Ela me deu um sorriso sacana, senti uma umidade entre minhas pernas, mordi meu lábio inferior, e lancei o meu olhar de desejo pra ela, que prontamente devolveu. Me encaixei entre suas pernas, nossos sexos se tocaram gememos juntas. Beijei seus seios ora um ora outro. E fui descendo pela barriga e chegando aonde eu realmente queria, ri do jeito que ela levantava os quadris pra que eu a tocasse logo.



Lentamente fui beijando suas cochas, virilha e cheguei ao seu sexo. Cheirei, lambi seu clitóris inchado, ela logo puxou minha cabeça de encontro ao seu sexo. Eu fiquei rindo e continuei com a maior calma do mundo. Abocanhei seu sexo e tudo o que fazia era do meu ritmo, ora devagar ora rápido. Ela estava completamente louca, quando finalmente senti que ela não agüentava mais, coloquei meus dedos dentro dela, e com o vai e vem da estacadas ela gozou, sorvi todo o seu mel e percorri o caminho de volta do seu corpo até chegar em sua boca. Seu corpo ainda tremia me encaixei entre suas pernas novamente e a beijei. Esperei-a recuperar seu fôlego e começamos a dança novamente, até dormimos exaustas.



No dia seguinte acordei, parecia que um caminhão tinha passado pro cima da minha cabeça e um rolo compressor no meu corpo, doía tudo. Me virei e encostei em um corpo arregalei meus olhos. Quando me virei dei de cara com Lívia completamente nua do meu lado. "Que merda que eu fiz?!" pensei. Aí, os fleches da noite anterior foram passando em minha mente. Acabei rindo fazia um bom tempo que não me divertia assim.



Me levantei e fui tomar um banho, no espelho do banheiro pude ver os estragos, minha costas estava toda lanhada, sem contar com o pescoço cheio de mordidas. "É Tatiana pegou uma gata selvagem!"



Depois do banho fui preparar o café da manha ou da tarde, passava da uma da tarde. Enquanto preparava fui pensado. As coisas estavam acontecendo muito rápido, o que eu menos queria nesse momento era me envolver com alguém. Até por que eu ainda amo a Di. Tinha que conversar com a Lívia.



Depois de algumas horas ela apareceu na cozinha, de camiseta e calcinha. Não pude deixar de nota, ela era linda. Antes do que tinha acontecido eu nunca tinha a olhado desse jeito. Sempre a via como uma amiga.



- precisamos conversar! – falei assim que ela entrou



Ela veio até mim se sentou em meu colo, colou a boca na minha. Não pude evitar, o beijo era muito bom. Quando terminou, eu abri a boca pra falar ela colocou o dedo em minha boca



- shii!!! Não fala nada, apenas deixa rolar!



E foi assim que aconteceu. Apenas deixei rolar. A partir desse dias passamos a ficar. Que logo depois acabou sendo um namoro.



Depois de uns dois meses de namoro, ela assumiu pra todos que estávamos juntas. Íamos a vários lugares trocávamos caricias sem se importar com os outro. Acho que se assumi fez bem pra carreira dela, por que muitas revistas queriam ela na capa, nas entrevistas. E me queriam também, eu me esquivava sempre. Só teve em uma que ela quase me implorou pra fazer, acabei fazendo a entrevista e algumas fotos também.



Namorar Lívia era tranqüilo, não precisava me esconder. Ela estava sempre me levando a lugares diferentes, sempre demonstrava muito carinho. Eu retribuía, mas não a amava.









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Capitulo 41

Capitulo XLI



[25/11/09]



***Tati***



Nosso namoro acabou virando casamento. As amigas que Lívia morava se mudaram para o Rio e ela não queria fica sozinha. Acabei convidando-a pra morar comigo.



Morar com ela era bom, a noite sempre tinha alguém pra conversa ver um filme. Aqueles meus dias sozinha acabaram. Acho que foi mais pra eu não ficar sozinha que eu a convidei. Em São Paulo eu tinha amigos, mas cada um tinha a sua família e sempre a noite eu ficava olhando a cidade imaginado a Di, o que ela estaria fazendo. Precisava esquecê-la e talvez a Lívia me ajudasse.



Os dias foram passando e viraram meses. Eu evitava ao máximo ir ao Rio, minha mãe reclamava muito. Estava doida pra conhecer a Lívia. Das vezes que ela esteve no meu apê Lívia tinha viajado, parecia até marcação. Rsrs



Já tinha quatro meses que não pisava no Rio, eu e Livy estávamos nos aprontando pra ir a uma festa, quando me celular toca. Atendi era o Pedro me convidando pro seu noivado com Glaucia seria no próximo final de semana e eu como madrinha não poderia faltar. Falei com Livy ela disse que ia ver se não tinha nada em sua agenda. Ela checou e não tinha, então ela iria comigo assim apresentaria logo ela a minha mãe.



No sábado seguinte pegamos o primeiro avião pro Rio. Assim que chegamos, alugamos logo um carro, pra não ficar dependo de ninguém. Passamos num shopping pra compra o presente, aproveitei e fui mostrando a cidade a Livy. Quando chegamos a Nikiti fomos a um restaurante e almoçamos logo. A festa do meu irmão seria a tarde, e antes passaríamos em meu apê pra descansar um pouco antes de ir.



Quando chegamos a festa ela já tinha começado, Livy tava querendo minha cabeça ela detesta chegar atrasada. Nos ficamos namorando e eu acabei dormindo. Ela ta irritadíssima. E eu gostava de deixá-la assim, ela ficava linda de bico. Assim saímos do carro acabei esquecendo o presente e tive que voltar. Peguei o embrulho e dei a mão a minha namorada e entramos na festa.



- MEU DEUS! EU NÂO ACREDITO! – bom foi assim que fui anunciada na festa, por minha prima escandalosa.



E veio correndo e me abraçou, logo começou a fila, parecia que a festa era pra mim. Minha mãe ficou encantada com Lívia, mas também pudera a mulher era linda. Meu irmão nos chamou pra tirarmos as fotos. Fui passando pelos convidados, alguns conhecidos outros não. Até que olhei pra uma mesa, na hora travei. Lívia que vinha atrás colou o corpo no meu.



- que foi amor? – perguntou me abraçando

- nada! – falei abaixando a cabeça



Tiramos as fotos, eu queria sair correndo dali. A Andréia e a Fabi chegaram um tempo depois, mas antes que pudesse falar com elas a Glaucia queria me apresentar uns amigos. E ainda pra me ajudar estava perto da tal mesa. Cumprimentei a todos e quando ia saindo senti uma mão em meu braço.



- oi Tatiana, tudo bom?

- tudo ótimo Rafael! Eu você com esta?

- mais feliz impossível! – falou com um sorriso e abraçou Diana.

- que bom! – falei e me virei pra sair senti a mão de Lívia na minha.

- amor sua mãe quer falar com você.

- ta! – me virei pra mesa de novo. – essa aqui é minha NAMORADA – enchi a boca no "namorada". – Lívia esses são Diana e Rafael. – vi quando ele levando a mão direita estava de aliança. Engoli meu ciúme. E sai dali.



Circulei um pouco pela festa, já estava um pouco cansada. Lívia estava adorando falei que pro meu quarto um pouco. Ficar ali olhando aquele cara abraçando a minha Di não tava sendo fácil. Entrei na casa, rápido e fui direto pro meu quarto.



Tirei as sandálias e comecei a andar descalça, adorava fazer isso pra relaxar. Fechei a janela e liguei o ar. Estava terminando de colocar um cd quando ouço batidas na porta.



- entra. – falei sem olhar.



Quando me virei dei de cara com ela, minhas pernas ficaram bambas, a boca seca, respiração alterada. Estava linda no vestido amarelo, aquele olhos cor de mel.



- a gente precisa conversar! – falou fechando a porta.

- n-não a- a gente não tem nada pra conversar. – não conseguia me concentrar.

- tem sim! - Falou se aproximando

- falar o que? Que você ta noiva? E ainda por cima de um cara que já te bateu!

- e você que já ta casada com outra!



Com raiva arremessei o controle do radio na parede. E o radio começou a tocar a musica "I Miss You – Darren Hayes".



Give me a reason (dê-me uma razão)

Why I'm feeling so blue (por que estou me sentindo tão triste)

Every time I close my eyes (cada vez que fecho meus olhos?)

All I see is you (tudo que vejo é você)

Give me a reason (dê-me uma razão)

Why I can't feel my heart (por que eu não posso sentir meu coração,)

Everytime you leave my side (todas as vezes que você sai do meu lado)

I just fall apart (eu apenas entro em colapso)

And when you're fast asleep (e quando você dorme rápido)

I wonder where you go (eu me pergunto aonde você vai)

Can you tell me I wanna know (você pode me dizer o que eu quero saber?)



Eu ainda de costas pra ela, apenas chorava. Me virei pra ela e pude ver o quando ela também estava sofrendo. "Nossa como eu queria abraçá-la". Me aproximei e sequei suas lagrimas. Fitei aqueles lindos olhos. Sem que eu esperasse, ela me puxou pela nuca e me beijou. Um beijo cheio de saudades, paixão, raiva, amor, tudo junto. Com o corpo fui empurrando-a pra escrivaninha. Passeia a mão e joguei tudo no chão.



Because I miss you (porque sinto sua falta)

And this is all I wanna say (e isto é tudo o que quero dizer)

I guess I miss you (eu acho que sinto sua falta)

Beautiful these three words have said it all (essas três belas palavras disseram tudo)

You know I miss you (você sabe, sinto sua falta)

I think about you when you're gone (eu penso em você quando você se vai)

I guess I miss you (acho que eu sinto sua falta)

Nothing's wrong (nada está errado)

I don't mean to carry on (eu não pretendo continuar)



A musica ainda rolava, quando nos separamos pra respirar. Ficamos com a testa encostada uma na outro, nossos olhos se abriram ao mesmo tempo. Nada precisava ser dito, apenas com o olhar sabíamos o que queríamos.



Voltamos as nos beijar, mas sem pressa. Suas mãos desabotoaram minha calça, as minhas levantaram seu vestido. Driblei sua calcinha e a penetrei ela fez o mesmo comigo. Ficamos nos beijando e nos acariciando, quando senti que ia goza e ela também.



- olha pra mim?! – falei segurando em seu rosto



Seus olhos estavam cheios de lagrimas, logos nossos corpos começaram a tremer. Nos abraçamos, e ficamos assim até recuperarmos o fôlego. Ainda abraçada a ela tirei minha mão de dentro dela ela gemeu baixinho e fez o mesmo comigo. Continuamos abraçadas, não queríamos sair dali.



- eu te amo! – sussurrei em seu ouvido.



Senti seu corpo tremer e arrepiar. Mas depois se tencionou, ela me empurrou e levantou da escrivaninha. Limpou as lagrimas. Olho dentro dos meus olhos. Tremi pelo jeito que ela me olhou nunca tinha me olhado assim antes.



- se me ama por que esta casada com outra?



Abri e fechei a boca, mas nada saia dela. Então ela se virou e saiu do quarto. Eu fiquei parada, totalmente sem reação. A única coisa que fazia era chorar.









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Capitulo 42

Capitulo XLII



[26/11/09]





***Diana***



Pra mim a semana passou se arrastando.



Descobri que a Tati tinha feito as pazes com a mãe. Fiquei feliz, elas se amavam tanto. Tentei descobrir mais alguma coisa sobre ela, mas não consegui. Ninguém sabia dizer nada dela, ou então estavam me escondendo.



Passou um mês. Eu evitava ao máximo o Rafael, que estava sempre indo na minha casa. Parecia que ele e minha mãe eram amigos de infância. Aquilo tudo me irritava, aquela forçação de barra. O jeito era enfiar a cabeça no trabalho era o único modo de me esquecer dos problemas, mesmo que por pouco tempo.



Era uma manhã de quarta ferira, fui trabalhar. Ao entrar no fórum, que tava um ti-ti danado. Eu imersa em meus problemas nem quis saber o que estava acontecendo, fui direto pra minha sala, deixei minhas coisas e fui dar uma olhada em uns processos. Mas ainda assim o povo continuava agitado, conversando e rindo alto. Foi quando Bia entrou na sala.



- tenho uma coisa pra te falar! – falou trancando a porta e com uma revista na mão.

- o que é? – nisso do lado de fora eu "não acredito é a filha da promotora mesmo!". Me levante da cadeira, mas Bia me segurou pelo braço.

- é sobre isso que eu vim falar! – olhei espantada pra ela – a Tati ta namorando. – cai sentada na minha cadeira. – ta aqui na revista. – e colocou a revista em cima da mesa.



Pisquei varias vezes, e me dizia internamente "não é verdade. Não, eu não acredito!". Na capa da revista estava uma loira, e Tati abraçada por trás dela, as duas muito alegres. Na parte de dentro da revista a foto das duas se beijando numa boate de São Paulo. Aquilo era montagem, era o que eu pensava enquanto as lagrimas corriam. Bia me abraçou não consegui trabalhar mais naquele dia. Tati não podia ter feito aquilo comigo, com a gente.



A cada dia que passava vinha uma nota no jornal, outras e outras revistas de eventos, desfiles, shows, etc. Tudo com as duas, sempre alegres. A Tati parecia feliz. Meu mundo desabou de vez quando li na revista que as duas estavam mirando juntas. Agora não tinha volta elas estavam casadas, era a minha vida vivida por outra mulher. Decidi que dali em diante iria passa a borracha no meu passado. Ia dar uma chance ao Rafa, sempre muito carinhoso. Não o amava, mas com o tempo quem sabe.



Começamos a namorar, quando fizemos dois meses de namoro ele marcou um jantar com os nossos pais e pediu minha mão em casamento. Na hora não sabia o que dizer, minha mãe me cutucou por baixo da mesa. Fique com vergonha e acabei aceitando. Não era aquilo que queria pra mim, mas agora não importava mais. Ela estava com outra.



Os dias foram passando e eu me acostumei com o Rafa. Era diferente não conseguia ter a mesma empolgação que tinha quando estava com Tati. "Deus tenho que esquecê-la!".



Rafa foi convidado pra um noivado, que era de um dos sócios do escritório de onde ele estava trabalhando. Quando cheguei na festa não pude acreditar, era a casa dos pais de Tati. Era o noivado de Pedro e Glaucia. Olhei pros lados. Nem sinal de Tati. Encontrei com Michele, ela me falou que não sabia se Tati viria. "Menos mal!" pensei.



A festa tava legal, o Rafa e eu sentamos junto com uns amigos dele. Ficamos conversando até que um deles:



- nossa!! – falou olhando pra entrada – aquela não a modelo que tava naquela revista? – cutucou o que estava do seu lado.

- é ela sim! É mais linda pessoalmente!- falou rindo.



Me virei pra olhar, a conheci. Era a loira da foto com Tati. Não demorou muito Tati apareceu. Linda, de calça social e bata. Virei meu rosto pra não ver mais, mas era difícil. Queria agarrá-la ali na frente de todos. Grr. Que raiva que eu estava. A talzinha desfilando de mãos dadas com ela e todos a cumprimentando. Me deu raiva olhar Tati o tempo todo abraçando ela. Mais raiva ainda quando ela apresentou a talzinha com NAMORADA. Se pudesse esganá-la. Gggrrr.



Tati se afastou e ficou conversando com Fabi e Andréia. Depois de um tempo ela saiu, fiquei olhando pra ver se a tal de Lívia ia atrás, mas não foi essa era minha chance de conversar com Tati. Pedi licença dizendo que ia ao banheiro. E entrei rápido na casa, subi as escadas e fui pro quarto de Tati. Bati na porta e ela mando que entrasse. Tinha certeza que ela não me esperava a sua cara de surpresa, me fez senti vontade de agarrá-la, mas precisávamos conversar.



As únicas coisas que conseguimos dizer, magoou ainda mais uma a outra. Por fim estávamos nos agarrando. Eu tava morrendo de saudades daquela boca, daquele corpo. "Deus como eu a amo!". Acabamos fazendo amor na escrivaninha do quarto dela. Ficamos abraçadas, tava tão bom até ela dizer:



- eu te amo!



Me corpo todo endureceu, ela deve ter dito isso varias vezes praquela outrazinha lá. Me afastei dela. Estava me sentindo usada. Limpei as lagrimas. Olhei profundamente magoada com ela.



- se me ama por que esta casada com outra? – sai batendo a porta.



Quando encontrei com Rafa e pedi pra ir embora. Desse que não estava passando bem. Nos despedimos dos amigos e fomos embora.



Depois do que aconteceu entre eu e Tati, nunca mais nos encontramos. Eu só via as fotos dela com a sua namorada nas revistas. A cada foto elas pareciam mais felizes.



Os meses passaram e Rafa marcou a data do casamento, pensei em adiar mais minha parecia mais interessada no casamento. Achei estranho, ela sempre estava conversando com o Rafa as escondidas, quando eu chegava perto o assunto mudava.



Chegou o dia do casamento, e tudo que eu queria era que Tati viesse e me tirasse dessa loucura. Eu não queria casar, mas com minha mãe e o Rafa em cima, não tive forças. "Tati, por que você não ta aqui?" pensei me olhando vestida de noiva no espelho, deixei escapar uma lagrima. Meu pai veio me buscar pra irmos juntos pra igreja.



O carro parou enfrente a igreja, pensei em mandar o motorista ir pra outro lugar, mas com certeza o meu pai o mandaria voltar. Sai do carro com uma vontade de fugir, olhei pros lados em busca alguém, mas ela não estava lá. Dei o braço ao meu pai e entramos na igreja. A marcha nupcial começou a tocar, comecei a caminha pelo tapete vermelho. Minha mãe me olhava lá do altar, parecia que ela estava casando, o seu sorriso de felicidade não me contagiava. Fui olhando pros lados cumprimentando alguns convidados, quando olhei pra esquerda, parei. Meu coração disparou, as lagrimas escorriam em seus olhos. Olhei-a com um pedido de socorro, ela desviou o olhar para o altar, acompanhei seus olhos, minha mãe fez como que ia sair do lugar. Quando olhei de volta Tati já tinha ido embora. As lagrimas rolaram em meu rosto. Para os convidados era emoção, pra mim desespero.



Fui lavada ao altar, o que o padre disse eu não sei, mas quando ele perguntou "Se alguém é contra esse casamento fale agora ou se cale para sempre." Eu ainda tive a esperança de Tati aparecer. Mas ninguém disse nada.



E assim eu me casei.









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Capitulo 43

Capitulo XLIII



[27/11/09]





***Tati***



Depois do que aconteceu entre eu e Di. Não tive mais clima pra ficar na festa. Levei Lívia pro meu apê, depois a levei pra conhecer uns lugares que eu gostava de ir. E no domingo voltamos pra Sampa.



O namoro já não tava a mesma coisa, eu já não me sentia tão empolgada como antes. Na verdade queria terminar, mas na sabia como. Ela sempre ma chamava pra ir as festa, eu tentava me esquivar de todos os jeitos. Algumas eu até conseguia, mas tinha outras que não. Passei a ficar mais tempo longe de casa, a desculpa foi que entrei pra uma academia. Com isso nosso namoro tava esfriando.



Os meses foram passando, e o nosso namoro virou "amizade colorida". Eram raras as vezes que fazíamos amor, ou eu tava muito cansada, ou com dor de cabeça.



Eu ia pedir um tempo a ela, mas antes queria saber como estavam as coisas em casa. Porque quando pedisse um tempo iria ficar pelo menos umas duas semanas no Rio.



Liguei pra casa dos meus pais, mas ninguém estava. Liguei pra casa de Michele e dona Maria a empregada atendeu.



- alo! Dona Maria? É a Tati tudo bom? A Michele ta por ai?

- tudo bem menina. A Michele ta no salão se arrumando pro casamento.

- casamento? De quem?

- da menina Diana. Ela ta casando hoje.



Minhas pernas ficaram bambas, deixei meu corpo cair no sofá. Perguntei onde era o casamento e a que hora. Dona Maria falou tudo. Desliguei o telefone e ligue pra empresa aérea deixei uma passagem reservada. Troquei de roupa rápido e fui pro aeroporto.



Ficava me dizendo o tempo todo "não ela não vai fazer isso".



Assim que cheguei ao Rio olhei no relógio, pelo horário os convidados já deviam esta inda pra igreja. Peguei um taxi e fui pra lá. Assim que chegamos pedi pra que ele ficasse um pouco afastado. Vi quando a mãe dela entrou. Que ódio senti naquele momento, sabia que ela estava por trás de tudo. Estava com tanta raiva que nem percebi quando a limusine chegou, dela saiu minha Di linda! Tentei segurar as lagrimas, mas não deu eu a estava perdendo. Ela olhou pros lados parecendo encontrar alguém. Então ela entrou na igreja. Pedia ao motorista que esperasse. E fui pra igreja.



Entrei pela lateral e fiquei escondida numa pilastra. A marcha tocou, a olhei cumprimentando a todos com um sorriso, mas não o verdadeiro que ela dava pra mim, aquele tava forçado. Em um momento nossos olhos se encontraram, queria correr pra tirá-la dali, mas me lembrei de sua mãe e olhei pro altar. Ela fez a menção que ia vir em minha direção, olhei de novo pra Di ela estava olhando pra mãe. Aproveitei e sai pela lateral, mas fique escondida. No fundo ainda pensava que ela poderia dizer não, mas não foi o que aconteceu. Meu mundo desabou, agora ela estava casada.



Voltei pra São Paulo. Parei no primeiro bar e pedi um whisky duplo, virei num gole só e mandei encher de novo, fiz a mesma coisa e mandei encher o terceiro copo virei de novo. Agora estava tonta, triste e com a cara inchada de tanto chorar. Fui pro meu apê, Lívia estava desesperada com o meu sumiço. Entrei o que ela falou não sei, tomei um banho, as águas escorriam e as minha lagrimas também. Me sequei e do jeito que tava nua deitei na cama abraçando minhas pernas, me sentindo vazia eu soluçava. Lívia só me olhava sem entender nada. Quanto tempo fiquei assim não sei, só sei que acabei dormindo.



No dia seguinte, minha cabeça explodia. Levantei devia ser uma hora da tarde. Escutei um barulho na cozinha e fui pra lá.



- Tudo bem? – perguntou Lívia me dando um comprimido e um copo com água.

- não muito!

- quer conversar. – falou me analisando.

- sim... – falei olhando pra baixo – acho que preciso de um tempo.

- entendo – falou num tom triste.

- sinto muito, mas... – eu não sabia o que dizer. Não podia contar pra ela que sempre amei outra pessoa.

- você nunca me amou né? – perecia que tinha lido meus pensamentos.

- eu tentei... juro que tentei – falei com os olhos cheios de lagrimas.

- eu sei meu anjo – limpou meu rosto com as lagrimas teimosas que caiam. – eu sei que você nunca me amou, eu achei que o amor que eu tinha por você era o bastante pra nós duas, mas depois que você viu Diana eu percebi que o amor de você é tão grande que seria impossível de você me amar um dia. – ela sorri, mas um sorriso triste.

- desculpa.

- por que? Por amar? O amor é a coisa mais linda de se viver ainda mais quando se ama e é amado. – ela riu – o tempo em que ficamos juntas era o que foi nos reservado agora estamos em outra etapa de nossas vidas. – fez um carinho em meu rosto. – ontem quando vim pra casa queria que você fosse a primeira a saber, eu fui contratada pela Victoria's Secret e eles querem que more em NY, pensei que você pudesse vir comigo. Mas agora acho que tudo veio em seu tempo certo. – ela se sentou ao meu lado na mesa. – você precisa encontrar seu caminho e precisa fazer sozinha. Eu te amo, você foi e vai ser a única mulher que eu mais amei na minha vida. – baixei minha cabeça. – ei! Não quero te ver assim, Tati você já passou por tantas coisas, você é uma guerreira, linda. – falou dando um peteleco no meu nariz. Começamos a rir.



Duas semanas depois de terminar com Lívia, eu estava levando-a ao aeroporto. Ela estava empolgadíssima. Fiquei muito feliz por ela.



Agora era eu e eu.



A semana passou péssima, no trabalho era tranqüilo, mas a noite eu sentia a falta de Lívia mesmo não a amando eu gostava de ficar com ela de ter a sua companhia.



Eu tentava me cansar ao máximo pra quando chegasse em casa desabar na cama. Mas não era isso que acontecia, eu ficava me revirando na cama pensando nas besteiras que fiz e no que poderia ter feito para que isso não tivesse acontecido.



Era uma segunda feira qualquer, eu me arrastei para o trabalho. - Os finais de semanas eram os piores, eu não ia pro Rio porque não queria encontrar Diana com seu marido, então ficava em Sampa mesmo sozinha. – sai do trabalho e fui fecha minha matricula na academia, encontrei alguns conhecidos que ficaram insistindo pra que eu ficasse. Mas estava totalmente sem animo de fazer nada. Até que caminhado pela academia vi uma aula que me agradou, a aula de boxe, "aquilo sim vai me cansar o bastante" pensei indo pra secretaria.



Comecei na segunda mesmo, batia no saco imaginado a cara da mãe de Diana, a cada jabes, diretos, ganchos, cruzados e uppers dados no saco imaginava ela. Descontei toda a minha raiva. Me senti leve. Quando cheguei em casa desmaiei não dormi. Adorei o boxe só que ele só era as segundas, quartas e sextas. Ai descobri que lá na academia tinha também o muay thai que era o boxe tailandês melhorado, as aulas era terças e quintas. Pronto a minha semana já estava fechada, o final de semana seria apenas pra descansar mesmo.



E foi assim que mais alguns meses, meu corpo já estava bastante definido, por horas dedicadas a luta. Fui convidada a competir, mas não era a minha praia pra mim era só hobby. Na empresa estava tudo super tranqüilo, foi me oferecido um cargo maior e com essa promoção eu teria que voltar ao Rio. Achei que estava na hora de voltar dois anos em Sampa e minha vida já tinha mudado muita coisa. Agora era enfrentar as coisas.



Ajeitei minhas coisas pra mudança, a empresa me deu dois meses de férias, porque nesses dois anos eu não tirei nenhuma. Na verdade só levaria minhas roupas, os moveis e o resto das coisas deixaria com um amigo pra vender depois. Fui na academia pra trancar a matricula e me despedir das amigos, que insistiram pra que eu fizesse uma aula, a ultima aula. Rsrs. Acabei aceitando era uma aula extra de muay thai.



Fiz par com Vitinho, estávamos treinando alguns chutes. Eu estava chutando e ele defendia, até que foi a vez dele e eu defender. No inicio e estava um pouco sem jeito por treinar com uma mulher, mas quando dei dois chutes fortes nele, ele viu que eu agüentaria. Ficamos trocando golpes, até que foi a minha vez de defender. Defendi dois chutes no terceiro não sei o que que aconteceu – a imagem de Di veio na minha frente – imediatamente baixei a guarda, não sei o que foi aquilo, mas não consegui defender o chute que foi certeiro nas minhas costelas. Na mesma hora cai e fiquei rolando de dor. O menino coitado, não teve culpa de nada, estava todo apavorado. Falei que tinha sido uma falha minha e sai da aula direto pro hospital.



Foi tirado o raio x e uma costela trincada, a dor só passava com remédios. Os médicos mandaram fazer repouso, mas o apartamento seria entregue no sábado. Decidi voltar ao Rio assim mesmo.



Voltei dirigindo, quando biquei o carro na ponte. Rezei pra Niterói chegar logo, foram seis horas de viagem algumas paradas pra abastecer e comer alguma coisa. A ponte estava tranqüila em meia hora eu já estava perto de casa. No dia anterior, eu falei com dona Antonia, ela tinha a chave do apê, deu uma faxina nele.



Naquele momento eu só pensava na minha cama. A costela estava incomodando muito. Também era pra eu estar numa cama. Entrei na garagem do prédio e peguei só uma mala o resto pegaria depois.









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Capitulo 44

Capitulo XLIV



[28/11/09]





***Tati***



*Dias atuais*



E agora estou eu aqui deita na cama cheia de dor e fome também. E ainda tinha que tirar o resto das malas do carro. Levantei tomei um banho e um remédio também, tirei as malas do carro com a ajuda do porteiro seu Silas.



Enquanto colocava as malas no elevador passou uma morena de parar o transito, ou melhor, a pote Rio – Niterói. Dei aquela viradinha com a cabeça de lado. "Que corpo!" babei. Ela entrou no elevador junto comigo. "Que perfume!", sacudi minha cabeça tentando me livrar desses pensamentos.



- qual andar? – perguntei a ela

- ultimo – "ela é minha vizinha?" apertei o botão – e o seu?

- o mesmo. – ela me olhou

- então você é a minha vizinha que sumiu? – fiz que sim com a cabeça – prazer Isabela, mas pode me chama de Bela. – o nome Bela faz jus a pessoa

- prazer Tatiana pode chamar de Tati – falei apertando sua mão.



Chegamos ao ultimo andar ela me ajudou a tirar as malas. Ficamos de nos encontrar mais tarde pra comer alguma coisa.



Deixei as malas num canto da sala, já eram quase duas da tarde e o estomago já estava reclamando. Peguei as chaves e a carteira, tinha que comprar algumas coisa pessoais pra mim, decidi ir ao Plazza Shopping e almoçaria por lá mesmo.



Assim que cheguei me lembrei que não tinha avisado a Andréia que estava voltando, peguei o telefone pra ligar e fui caminhando pro restaurante que sempre costumava comer. Me sentei e logo um rapaz me trouxe o cardápio. De onde eu estava sentada dava pra ver a praça de alimentação toda. Em quanto o telefone chamava dei uma olhada, tipo aquela que você procura alguém conhecido. Olhei pro lado, pro outro, nada, senti que estava sendo observada. Mas por quem? Olhei o cardápio de novo e do nada olhei por cima dele. Me espantei pisquei varias vezes pra ter certeza que não estava sonhando.



- alo?! Tati?! Alo?! – a voz de Fabi me chamando.

- Fabi depois falo com você. - e desliguei



Levantei da minha mesa e fui em direção a ela. Estava sentada num canto de óculos escuros, os cabelo escondendo o rosto. Não pedi permissão sentei a sua frente.



- Oi! – fiquei a observando

- oi! – respondeu com a voz embargado.

- tudo bem? – vi uma lagrima correr pelo seu rosto. Tentei limpar, mas ela impediu. E limpou. Vi um hematoma perto da sua boca. – ele não fez isso com você?

- por favor, Tati. – nova lagrimas caíram de seu rosto

- Di olha pra mim – segurei em seu e tirei seu óculos. Um de seus olhos estava inchado. – não fala nada. Vem comigo.



Levantei, segurei em sua mão e fomos caminhando para o elevador, pra pegar meu carro. Com a raiva que estava a minha fome tinha ido pro beleléu. A levei pro meu apê. Chegando lá direto pro meu quarto, a deitei na cama e fui preparar um banho pra ela na banheira. Enquanto a banheira enchia, fui conversar um pouco com ela.



- quer conversar? – falei alisando seus cabelos

- agora não. Só me abraça?



A abracei forte. Ela chorou um pouco. A banheira já devia estar cheia. Falei com ela, a ajudei a tirar a roupa. Pude ver outros hematomas, me sangue subiu. Se eu encontrasse com Rafael era capaz de matá-lo.



Ela ficou um tempo na banheira, disse que já tinha feito a queixa contra ele e que Bia e Michele tinham ido com ela e a deixaram na casa de Bia, mas com medo ela foi pra um lugar movimentado.

A ajudei a se secar, ela colocou um blusão meu. Fechei as cortinas. Ela ainda estava um pouco nervosa, perguntei se ela queria algum calmante, ela fez que sim. Depois que tomou ela pediu que ficasse com ela. Deitei na cama e a abracei por trás. "Deus que saudades!" pensei cheirando seus cabelos. Ela se aconchegou nos meus braços e em pouco tempo ela estava dormindo.



Me desvencilhei dela bem devagar pra não acordá-la, mas acho que o calmante fez efeito, ela nem se mexeu. Peguei meu celular e liguei pra Michele avisando que Diana estava comigo. Ela disse que ela e Bia já estavam desesperadas atrás dela. Falei que ela estava bem e pra que elas viessem pro meu apê.



Elas demoraram uns trinta minutos pra chegar. Falei com Bia que Diana estava lá no meu quarto ela subiu pra vê-la. Michele veio e me abraçou.



- ai! – ela me abraçou forte. Que eu lembrei que estava com a costela trincada, estava tão tensa por causa da Di que tinha me esquecido.

- tudo bem? – falou me olhando.

- tudo depois te conto...



Mal terminei de falar ouvi um barulho na porta da sala, quando a olhei tinha sido arrombada e um Rafael muito transtornado passava por ela.



- o que você faz aqui? – estava cega de raiva

- vim buscar minha mulher! – falou entre os dentes

- ela nunca foi sua – falei com um sorriso irônico. Diana disse que ele tinha descoberto sobre nós duas.

- EU QUERO MINHA MULHER – gritou

- e o que você vai fazer? Bater mais nela! – olhei bem pra ele – gosta de bater em mulher né? Mas a sua mulher, quer dizer a minha mulher. Por que se você não sabe, ela foi minha primeiro. – dei uma gargalhada. Michele me olha se entender nada.



Ele veio pra cima de mim e me deu um soco na altura do olho, na hora não doeu só aumentou a minha raiva. Passei a mão onde ele tinha batido, estava sangrando. Dei um sorriso ela não entendeu nada.



- agora é a minha vez!



Sem que ele esperasse dei um soco em seu rosto. Ele ficou um pouco tento, mas mesmo assim veio pra me bater de novo, me esquivei e dei outro soco, mas agora no seu estomago, que o fez se curvar na mesma hora. Ele levantou o rosto pra me olhar, um proto cheio pra mim, acho que juntei toda a minha força e canalizei tudo no braço, foi um gancho só e ele caiu desmaiado.



Olhei pra Michele que estava tremendo, Bia apareceu também.



- e a Di? – perguntei a ela.

- ta dormindo, acho que ela não acorda hoje. – falou se aproximando – deixa eu ver isso, ta sangrando muito.

- todo bem.



Não demorou muito a policia tinha chegado, seu Silas tinha chamado e também foi agredido por Rafael. Um policial conversava comigo enquanto o outro tentava acorda o Mané. Bia se ofereceu pra ser minha advogada, também falou com o policial que já tinha dado queixa de Rafael mais cedo por agredir a mulher.



Olhei pra ele de novo, o policial coitado, tava penando pra acordá-lo. Ele foi acordando aos poucos meio grogue, o policial falava com ele, que só mexia a cabeça dizendo sim e não. Nossos olhos se encontraram dei um sorrisinho de canto de boca pra ele. Como que diz "gosta de bater em mulher né babaca? Agora encontrou uma a sua altura!" continuei sorrindo sabia que ele estava ficando puto. Do nada ele empurrou o policial e partiu pra cima de mim. O policial que estava perto de mim tentou segurá-lo, mas também foi empurrado. Ele se agarrou comigo e caímos os dois no chão. Eu de costa e ele por cima, ele ainda tentou me dar um soco, mas foi mais rápida. Puxei seu braço, passei minha perna por cima do seu pescoço, cruzei as pernas e o imobilizei. Ele se batia tentando sair, mas não conseguia. Olhei pro policial dizendo que estava tudo bem e apertei a perna e aos poucos ele foi apagando.



Levantei, minhas costelas doíam mais.



- agora antes de tentar acordar ele, algema primeiro.



Fui com os policias pra fazer corpo de delito, Bia foi comigo. Pedia a Michele que ficasse com Diana e que também ligasse pros pais dela.



Depois de tudo terminado eu, Bia e seu Silas que também foi com a gente. Voltamos pra casa. Pedia a seu Silas se ele podia dar uma olhada na porta, o batente tinha quebrado. Ele disse que ia providenciar. Eu e Bia fomos pro meu apê.



Assim que entramos a pessoa que eu menos queria ver, estava lá.



- isso tudo é culpa sua! – veio em minha direção

- acho que a senhora é mais culpada disso tudo – falei com um olhar irônico.

- QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR COMIGO DESSE JEITO... – dei uma risadinha

- primeiro abaixa o tom de voz porque a senhora, dona Deise esta na minha casa. Não em algum boteco. – todos que estavam na sala ficaram me olhando, estranhando o modo frio como eu falava. – segundo, se a senhora não tivesse me ameaçado a dois anos atrás isso não teria acontecido.

- Deise o que isso quer dizer. – falou seu Marcos.

- você não vai acreditar no que essa menina ta falando. – olhou pra mim – cadê minha filha.

- agora é cadê minha filha, mas na hora de empurrar ela pro babaca Rafael a senhora não pensou nisso.

- você não tem o direito de...

- tenho o direto de falar o que eu quiser. – olhei com um ódio dela – por acaso a senhora sabia que ela já tinha batido nela muito antes dele namorarem. – ela abriu e fechou a boca, não conseguia dizer nada. – era mais conveniente pra senhora ter uma filha que apanha de homem do que ser amada por uma mulher não é? – todos olharam pra ela que nada dizia. – ou tava preocupada demais com o que a sociedade vai pensar de você? Acho que foi isso. – falei com desdém.

- quero ver minha filha – falou entre os dentes.

- a senhora vi ver mesmo, porque ela só sairá daqui se ela quiser.



Todos ficaram me olhando, acho que ninguém esperava essa minha reação. Nem eu mesma. Nem sei de onde tirei essa força pra enfrentar a dona Deise.



Subimos as escadas, e levei-os até onde estava a Di. Os deixa lá no quarto. E fui conversar com Bia.



- menina o que foi aquilo? – perguntou apavorada.

- hoje não to com cabeça pra isso depois te conto.

- ta bom. Já ta tarde eu tenho que ir, qualquer coisa sabe onde me encontrar.

- pode deixar. – falei dando um abraço nela. – Michele você vai ficar ou vai com ela? – minha prima, acho que ainda estava em choque. – Michele? – chamei de novo.

- ãh, o que?

- você vai com Bia ou vai ficar?

- ah eu fico aqui com você.



Nos despedimos de Bia. Agora era subir e enfrentar as feras.



Assim que entramos no quarto eles estava conversando alguma coisa e pararam imediatamente. Também não queria saber.



- Tati se você não se importar nos gostaríamos de ficar aqui perto da Diana. – falou seu Marcos.

- tudo bem. Aqui em frente tem um quarto de hospedes, vocês podem fica lá.

- você acha que ela vai acordar hoje?

- não sei seu Marcos, ela estava muito nervosa. Seria bom deixar que ela descanse o máximo que ela puder.

- é você ta certa.



A mãe de Diana não me dirigia a palavra. Ótimo pra ela, porque com a raiva que estava, não ia sair boa coisa da minha boca.



Os levei até o quarto, ajeitei tudo. Michele ficou com outro. E eu me sentei na poltrona enfrente a cama onde Di dormia. Puxei um pufe coloquei os pés, até porque não conseguia deitar, a dor na costela tava muito forte. Tomei mais alguns analgésicos e acabei cochilando.



Não sei se estava sonhando. Senti um peso nas minhas pernas, um carinho no meu rosto, sorri era assim que Di fazia quando acordava primeiro que eu. Senti os lábios quentes e macios tocarem a minha boca. Eu não estava dormindo, ela estava ali. Abri meus olhos e vi o amor da minha vida.



- oi! – falou com uma voz melosa.

- oi! – dei um sorriso que foi logo retribuído.

- o que fizeram com você? – passou a mão no meu supercílio.

- não vamos falar disso agora. – acariciei seu rosto. – como você esta?

- bem. Quanto tempo eu dormi?

- não sei! Espero que tenha sido o suficiente. –falei rindo.

- boba! – me deu soco no braço, eu segurei sua mão. Ela olhou meu pulso. Esqueci da tatuagem – quando você fez isso? – ficou me olhando. Me derreti nos seus olhos.

- pouco mais de um ano e meio. – ela abaixou a cabeça. – ei não fica assim. – levantei seu rosto. – você não teve culpa. Eu não devia ter ido embora daquele jeito.

- e por que você foi embora? – suspirei. Não era a hora de falar aquilo, não queria colocar filha contar mãe.

- por favor, meu amor! Não vamos falar disso agora.

- amor? – sorriu lindamente

- é! Eu te amo sabia? Amo muito, muito, muito! – falei rindo

- eu também te amo! – segurou meu rosto com as duas mãos, e me beijou. Um beijo cheio de carinho, saudade e muito amor.

- ei calma! – falei antes que o beijo começasse a se aprofundar. – seus pais estão aqui no quarto da frente. – ela me olhou. – tive que avisar a eles.

- tudo bem! Só me abraça!



Ficamos abraçadas, não sei por quanto tempo. Só sei que senti meu corpo ficar pesado e minha vista um pouco turva. Ai que me lembrei que não tinha comido nada e que só tinha tomado remédio. A vista foi escurecendo. E apaguei.



Quando acordei, demorei a me situar. Paredes brancas, olhei pro lado e Di se levantou da cadeira e veio até mim.



- onde eu to?

- no hospital. – falou Lilian entrando no quarto. – quando que ia avisar a gente que estava no Rio? Quando morresse? – ela tinha razão. Com a confusão de Diana tinha me esquecido completamente de ligar pros meus pais.

- desculpa! – falei sem graça. – é que aconteceu muita coisa ao mesmo tempo.

- a culpa foi minha. – falou Di.

- ai! Eu sei! – falou minha irmã suspirando. – e onde você arrumou essa costela quebrada? – Di me olhou assustada.

- quebrada?

- calma! – falei pras duas. – eu em São Paulo treinava muay thai e um dia antes de vir pra cá, eu treinei e levei um chute, ai trincou uma costela e ontem a briga que tive com Rafael, acho que terminou de quebrar. – fala rindo

- e você fala isso assim? Na maior tranqüilidade. – Lilian tava uma fera.

- meu deus Tatiana, porque você não me contou? – falou Di espantada.

- falar o que? Ele já esta preso. – minha irmã me deu um beliscão. – ai! Para! É assim que você trata seu pacientes.

- você não é paciente, é irmã desmiolada.



Nisso os pais de Diana entraram no quarto seguidos dos meus. Ai vinha bomba, pela cara de dona Helena não vinha muita coisa boa. Os pais de Di se despediram, ela não queria ir, mas achei melhor que ela fosse conversar com eles. Depois nós duas conversaríamos.



Bom! Minha mãe, nem vou dizer muito. Por que minha orelha ta ardendo de tanto que ela falou. E ainda me obrigou a ir pra casa dela, que ela iria cuidar de mim pessoalmente.



"ai, ai! Como é bom ser mimada!" pensei enquanto me ajeitei na cama pra dormir.









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Capitulo 45

Capitulo XLV





[29/11/09]





***Diana***



eu os declaro marido e mulher"



Essa frase ficou ecoando na minha cabeça.



A festa depois da cerimônia foi linda. Mas se ao menos estivesse com a pessoa que amava do meu lado. Aquilo tudo pra mim não teve a menor graça. Todos me cumprimentando, dando os parabéns. "Parabéns de que?" pensei. To condenada a ficar com alguém que não amo e ainda por cima ficar vendo a Tati em tudo que é revista com aquelazinha.



Depois da festa fomos pra lua de mel. Não me perguntem como foi porque Paris estava totalmente sem cor pra mim. A única coisa que me preocupava era de noite na cama. Aquele corpo em cima de mim, sem nenhum carinho. Ele só queria se satisfazer e pronto.



Alguns dias depois da viajem descobri que Tati tinha terminado com a talzinha. Pensei que ela viria me procurar, mas não ela não fez isso.



E assim foram meus dias. Pensava em Tati e me afastava ao máximo do Rafael. Passei a inventar cansaços, dor de cabeça, até menstruação fora de época. Acho que ele ficava subindo pelas paredes.



Passaram uns meses, e já não dava mais pra mim ficar nesse casamento fracassado. Eu não o amava e a cada dia que passava, pensava mais e mais em Tati. O jeito era me separar. Mas antes queria saber alguma coisa sobre Tati, se ela estava com alguém. E quem poderia me dar essa resposta seria Michele. Que estava sempre conversando com ela.



Na conversa Michele me contou que Tati estava voltando pro Rio. Fiquei muito feliz por saber. "Mas será que ela ainda gosta de mim?" pensei. Mas nesse momento a única coisa que queria era me livrar do Rafael.



Sai da casa de Michele e fui direto minha casa pra esperá-lo.



- precisamos conversar! – falei assim que ele entrou.

- sobre o que? – perguntou meio assustado

- nosso casamento. – ele ia falar alguma coisa, mas eu continuei. – só um louco não vê que não esta dando certo.

- mas... – não deixei terminar

- eu quero o divorcio! – ele me olhou diferente

- NUNCA! – gritou – TA ME OUVINDO NUNCA! – e saiu batendo a porta.



Pra mim não importava o que ele queria, eu só queria ser feliz e com certeza eu não estava sendo.



Fui para o meu quarto peguei uma mala e fui colocando minhas roupas dentro. Iria embora pela manhã. Fui ao escritório juntar alguns processos que estava trabalhando. Quando abri a ultima gaveta do armário. Estava lá a caixa que continha a minha felicidade, que vivi por tão pouco tempo. Deixei uma lagrima rolar, ao segurá-la. Levei-a pro meu quarto e fui reviver um pouco o quanto eu fui feliz naquela época.



Assim que abri a caixa, a primeira coisa que tinha em cima era uma foto minha e de Tati, que foi tirada na casa de Andréia. Nós estávamos sentadas na varanda, Tati numa cadeira eu em seu colo, nos beijando apaixonadamente. Senti meu rosto queimar com as lagrimas que desciam nele.



Fui pegando as fotos, os presentes. E a cada coisa que pegava parecia que tinha acontecido tudo ontem. Eu ria e chorava ao mesmo tempo, lembrando das coisas. Acabei adormecendo ali com tudo espalhado em cima da cama.



Acordei sendo empurrada e caindo no chão. Não sabia muito bem o que tinha acontecido. Quando despertei totalmente. Pude ver um Rafael completamente transtornado.



- o que você pensa que esta fazendo? – falei nervosa

- então é por isso que você que se separar de mim? – pegou as fotos minhas com Tati. Tentei me manter calma

- Rafa eu nunca te amei. E você sabe muito bem disso.

- e você vai me trocar por essa SAPATÃO? – gritou – NUNCA!

- eu a amo e não é você nem ninguém que vai tirar isso de mim. – ele avançou pra cima de mim e me deu um tapa.

- VAGABUNDA!

- COVARDE! – ele me deu outro tapa e me empurrou pra longe. Bati com as costas no armário. – por isso que nunca te amei! – dei um sorriso sarcástico. – eu nunca fui sua e sempre que estava com você pensava nela!



Ele voltou pra cima, me defendi como pude. Em uma bobeira dele acertei as partes baixa dele e corri pro banheiro. Ele esmurrava a porta e gritava feito louco. Escutei algumas coisas sendo quebradas, mas não me importei, ali nunca foi minha casa. Escutei também a porta da sala sendo batida. Ele tinha saído. Me olhei no espelho, meu olho estava começando a inchar, a boca estava sangrando.



Voltei pro quarto e estava todo quebrado. Procurei pelo meu celular, ele estava todo quebrado no canto do quarto. Fui pra sala, que também tinha mais coisas quebradas. Peguei o telefone, pensei em ligar pra minha mãe, mas o que diria a ela? Liguei pra Bia, que logo veio correndo, conversamos e ela disse que eu tinha que dar parte dele na delegacia da mulher. Ela também se prontificou e ir comigo.



Depois de ter feito todos os procedimentos, Bia me levou pra sua casa. Mas só quando cheguei lá que me dei conta que tinha esquecido minhas coisas lá na minha casa. Alias ex casa. Bia disse que ia buscar, mas pedi pra que ela não fosse sozinha. Ai ela ligou pra Michele, que ficou muito preocupada. Mas Bia a acalmou e Michele foi com ela para minha ex casa.



Fiquei ali na casa de Bia andando de um lado a outro. "aqui vai ser o primeiro lugar onde ela vai me procurar!" pensei. "tenho que sair daqui!". Fui até o banheiro, fiz uma maquiagem pra tapar os roxos e coloquei um óculos grande, peguei minha bolsa e caminhei sem rumo. Um taxi passo na minha frente fiz sinal pra que parasse, o senhor me perguntou pra onde. Falei a primeira coisa que veio na cabeça. Quando dei por mim ele estava parando em frente ao Shopping. Entrei caminhei um pouco, parei na praça de alimentação comprei uma água e fiquei sentada num cantinho.



Não sei quanto tempo fiquei ali. Só observava o vai e vem de pessoas. Quando uma me chamou a atenção. Era Tati, pisquei varias vezes, pra tentar ter certeza de que minha mente não estava me pregando uma peça. Ela estava linda de bermuda, regata e tênis. Simples, mas linda!



Ela caminhou pra um restaurante, com o celular na mão, devia esta ligando pra alguém. Ela olhou pra mim, mas seus olhos continuaram a percorrer o local. Então ela voltou a olhar o cardápio. E eu fiquei admirando a sua beleza, quando ela com aqueles lindos olhos ficou me encarando. Minhas pernas tremeram a garganta secou. Ela se levantou e veio em minha direção. "Deus como amo essa mulher!". Ela se sentou na minha frente, não consegui conter a lagrima que rolou em meu rosto. Ela tentou secar, mas não deixei. Não queria que ela me visse assim.





- Oi! – falou me olhando

- oi! – respondi tentando conter as lagrimas.

- tudo bem? – fiz que sim e virei o rosto pra limpa a lagrima que corria – ele não fez isso com você?

- por favor, Tati. – as lagrimas caíram do meu rosto.

- Di olha pra mim – falou segurando em meu rosto. "que saudade desse toque" ela tirou o meu óculos, eu fechei os olhos. – não fala nada. Vem comigo. Ela segurou em minha mão e me legou até o estacionamento.



Ela me levou pra sua casa. Me tratou com tanto carinho. "Deus, por que ela se afastou de mim?" pensei. Ela me deu um banho, me secou e me colocou na cama. Eu pedi que ela me abraçasse. Me aconcheguei em seu braços. Que saudade que estava de fica assim com ela. O calmante que ela me deu fez o efeito e acabei adormecendo.



Quando acordei estava um pouco atordoada, o lugar estava escuro comecei a me situar. Estava no quarto de Tati, "será que tudo o q passei não passou de um sonho?" pensei, antes de me virar e sentir q não era um sonho, porque meu corpo estava todo dolorido. Olhei um pouco pro quarto, tinha uma luz fraca vindo de um abajur e Tati estava ao lado dele. Me levantei ainda uma pouco tonta, e fui em direção a ela. Linda! Tinha um curativo no supercílio, "mas o que será que aconteceu?". Sentei em seu colo e comecei a deslizar minha mão por aquele rosto lindo. Adorava fazer isso quando dormíamos juntas, ela sorriu, eu estava louca pra beijar aqueles lábios, e assim o fiz.



Ela abriu aquele lindo olhos e deu um sorriso e eu retribui. Tentei perguntar sobre o machucado, mas ela logo disfarçou. Perguntei quanto tempo tinha dormido e ela logo fez uma gracinha, dei um soco em seu ombro. Ela segurou no meu braço, foi então que eu vi uma tatuagem, linda. Meu coração disparou, era um coração com asas e uma aureola e no meio escrito Di.



- quando você fez isso? – perguntei um pouco emocionada.

- pouco mais de um ano e meio. – baixei meus olhos, ela deve ter feito quando me viu beijando o Rafael. – ei não fica assim. – segurou meu rosto. – você não teve culpa. Eu não devia ter ido embora daquele jeito. – era verdade ela tinha me deixado, mas por que?

- e por que você foi embora? – consegui perguntar, senti que ela hesitou.

- por favor, meu amor! Não vamos falar disso agora. – "Amor" ela ainda me amava.

- amor? – meu coração martelava no meu peito.

- é! Eu te amo sabia? Amo muito, muito, muito! – falou rindo lindamente.

- eu também te amo! – falei segurando em seu rosto e beijando com todo meu amor.

- ei calma! Seus pais estão aqui no quarto da frente. – olhei pra ela sem entender. – tive que avisar a eles.

- tudo bem! Só me abraça! – queria fica assim com ela pra sempre.



Ficamos abraçadas, de repente o corpo de Tati foi ficando pesado. Me afastei um pouco a chamado, mas ela não falava nada, quando olhei em seu rosto estava muito pálida, a chamei varias vezes, mas ela não respondia. Comecei a ficar preocupada, e gritei pelos meus pais que estavam no quarto em frente.



- o que houve? – minha mãe perguntou.

- eu não sei! – falei nervosa. – Tati acorda? – encostei a mão em seu rosto estava gelado. – ela ta gelada.

- acho melhor levá-la pra o hospital. – só então me dei conta que Michele também estava no quarto.

- deixa que eu levo ela – meu pai a pegou no colo.



A levamos pro hospital onde a irmã dela dava plantão, mas naquela noite Lílian não estava trabalhando. Liguei imediatamente pra ela, que não sabia que Tati estava na cidade.



Assim que chegou ela veio falar comigo, viu o meu rosto machucado. Expliquei a ela por alto o que tinha acontecido e Michele também contou o que ela tinha feito com Rafael. Fique impressionada, não esperava essa atitude dela.



Lílian conversou com o medico que atendeu Tati e veio falar comigo. Disse que tinha sido uma queda de pressão. Pedi pra ficar ao lado dela, meus pais me olharam, tava me lixando ra eles naquele momento. Lílian disse que podia ficar e que ela iria ligar pros pais.



Quando entrei no quarto vi que Tati descansava serenamente. Linda! Fiquei ali velando seu sono. E olhando a tatoo. Nem percebi quando ela acordou, ela perguntou onde estava, mas não tive tempo de responder. Porque Lílian entrou furiosa passando um sermão nela e logo depois foi a vez de seus pais entrarem acompanhados dos meus, que logo se despediram. Eu hesitei não queria sair de perto dela, mas ela pediu que eu fosse e deu uma olhada pra minha mãe que eu não entendi nada.



Fui com meus pais pra casa deles, mas notei uma coisa muito estranha. Eles não se falavam e minha mãe não olhava pra mim.



- vocês querem me dizer o que esta acontecendo? – falei irritada.

- eu não tenho nada pra dizer, mas não posso dizer o mesmo da sua mãe. – ele falou olhando-a de lado. Se serviu de um copo de whisky e nos deixando na sala.

- o que ele quis dizer com isso mãe? – perguntei intrigada.

- eu... eu... – nunca tinha visto minha mãe gaguejar na vida, olhei em seus olhos e vi lagrimas escorrendo deles. – por favor, me perdoe?

- perdoar? Mas por que? – não estava entendendo nada.

- por tudo o que esta te acontecendo. – ela se levantou e se ajoelhou na minha frente. – eu tava com medo de te ver sofre com o preconceito dos outros. – passou a mão em meu rosto. Eu tava tentando assimilar, mas ela tava falando coisa com coisa. – eu queria te ver feliz, e aquele canalha fez isso com você.

- mãe eu não to entendo nada, me explica o que você ta dizendo?

- eu ameacei a Tatiana. – arregalei meus olhos.

- mas... mas como? Como assim ameaçou?

- pra que ela nunca mais se aproximasse de você. – meu corpo todo endureceu, então era isso. Por isso que a Tati tinha ido embora.

- quando você fez isso? – falei saindo de seus braços.

- logo depois que descobri sobre vocês. – ela baixou os olhos – na época do acidente. Eu fui ao hospital e mandei que se afastasse de você.

- você sabe que me fez a pessoa mais infeliz desse mundo. – olhei com um ódio dela. – e ainda por cima me fez casar com aquele imundo? Feliz agora? De ter sua filhinha casada como manda a sociedade? – fui irônica – ta gostando de ver a cara da filhinha assim? – apontei pro meu rosto, ela tentou falar, mas não deixei. – imagino que sim, né mamãe? Gostou de mostrar pra amigas que sua filha não era igual a filha da Helena, só que sua filhinha aqui nunca deixou de amá-la. Eu me casei com ela mamãe, e se ela ainda me quiser, vai ser com ela que vou passar o resto da minha vida. – virei as costas e sai. Não queria mais ouvi-la se desculpando, aquilo ia aumentar mais ainda a raiva que estava sentindo dela.



Peguei o telefone liguei pra Michele pra saber noticias de minha amada. Ela já tinha tido alta e estava na casa da mãe.



Entrei no primeiro táxi rumo a casa da minha sogra. Rsrs



Assim que cheguei dona Helena veio falar comigo, conversamos um pouco falei que amava a filha dela e que se dependesse de mim ela nunca mais sofreria. Ela disse que já sabia que a filha dela era apaixonada por mim e que contou também o que minha mãe tinha feito. Contei a ela que eu tinha acabado de descobrir e por isso estava ali pra conversar com Tati. Ela me mandou ir para o quarto da Tati que ela estava lá.



Não pensei duas vezes, subi as escadas voando. Abri a porta bem devagar, Tati estava ressonando. Sentei ao seu lado, e fiquei olhando cada pedacinho do seu corpo. Ele estava diferente, tava mais musculoso, sua pele tava mais branca. Ela não devia pegar muito sol lá em São Paulo. Fiquei olhando seus braços, suas mãos, ate que olhei o dedo em que ela usava a nossa aliança. Comecei a sorri, não acreditei. Tinha outra tatuagem agora com meu nome todo. Segurei sua mão e a beijei.



- nossa! Quero acordar assim sempre! – falou rindo.

- quando você fez?

- junto com essa. – mostrou o pulso. – você esta marcada em mim pra sempre. Eu te amo.

- eu também te amo! – ela me puxou e me colocou sentada em seu colo, segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou. – amor? Minha mãe me contou...

- shiii! – colocou o dedo em meus lábios. – não fala nada. Vamos deixar isso no passado e vamos viver o hoje e o amanhã!



Não falei mais nada, ficamos nos curtindo. Fizemos amor e dormimos abraçadinhas.



"Que falta senti desse corpo que tanto amo!"









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Capitulo 46

Capitulo XLVI





[30/11/09]





***Tati***



Eu tirei um Do/ da minha viola/ Da minha viola/ Eu tirei um Do/ Dormir é muito bom, é muito bom/ Dormir é muito bom, é muito bom/ É bom camarada/ É bom camarada/ É bom é bom é bom...



Ufa! Já era a terceira rodada que eu cantava essa musica, a Mel estava muito agitada e não queria dormir de jeito algum. Levantei da cama de vagarinho, a cobri e fiquei ali olhando minha filha, linda! Os cabelos pretos iguais aos meus, o rostinho um pouquinho de mim e um pouquinho de Di, os olhos cor de mel igual ao da mãe. Dei um beijo em sua testa e fui saindo de fininho. Quase tropecei em Lola, que estava deitada na porta.



Mel era apaixona por Lola, adorava fazê-la de cavalo. Fazia a cachorra de gato e sapato. E ainda assim Lola não largava a Mel de jeito algum.



Pulei a cachorra, e deixei a porta entre aberta. Fui indo em direção ao meu quarto, quando senti um perfume que me era muito conhecido. Fechei meus olhos e respirei fundo, senti o aroma da minha mulher. Deixei um sorriso bobo criar em meus lábios. Fui caminhando já sabia onde ela estava.



Parei na soleira da porta, a visão que tive foi linda e um tanto cômica. Digna desses comerciais de cartão de credito. "manta de bebe: R$ 120,00... kit berço R$ 250,00... Berço R$1500,00... Quando sua mulher cisma que ela tem que montar o berço e fica toda enrolada não tem preço..."



Fiquei olhando a Di toda enrolada com o manual do berço, ela tinha dispensado o montador, só porque ela já tinha montado o da Mel tava se achando "à Montadora". Só que ela esqueceu um simples detalhe, esse era diferente por que ela quis um berço cheio de quais - quais - quais pros gêmeos. Isso mesmo. Gêmeos!



Recostei-me no portal e fiquei observando minha esposa. E voltei no tempo, no dia em que nos reconciliamos. Na casa da minha mãe...



Eu finalmente tinha conseguido dormir, a dor das costelas tinha passado. Estava sonhando com a Di. Quando senti uma mão macia pegando a minha, depois um toque quente. Abri meus olhos, não era sonho a Di estava ali na minha frente.



- nossa! Quero acordar assim sempre!



Falei rindo, ela perguntou sobre a tatoo no meu dedo, eu disse que fiz junto com a outra. Falei que a amava ela disse o mesmo. Me falou que tinha descoberto o que a mãe dela tinha feito. Mas que não queria falar sobre aquilo. Toquei em seus lábios e a puxei pra um beijo urgente.



O beijo foi se aprofundando ela se sentou no meu colo. Deslizei minha mão direita em sua coxa, enquanto a outra a puxava pela nuca. Fui descendo a mão pelas costas e a trouxe pra mais perto de mim. Com mão que estava na coxa, fui deslizando até a virilha onde pude sentir o calor e a umidade que vinha do sexo dela. Rocei a mão ainda por cima da calcinha. Ela soltou um gemido abafado por minha boca, que não queria largar a dela de jeito algum. Driblei o elástico da calcinha e pude sentir sei sexo encharcado esperando por mim. Acaricie seu clitóris, ela arquejava e empurrava os quadris de encontro a minha mão. Penetrei-a com vontade, ha muito tempo que fazíamos amor.



Ficamos naquele vai e vem. Quando senti seu corpo tremer e ela se agarrar a mim. Tirei meus dedos devagar. Ouvi um suspiro e fiquei ali abraçada a ela, que me apertou com mais força.



- ai! Ai amor! – ela apertou demais, as minhas costelas até então esquecidas deram o ar da graça.

- o que foi? – ela passou os braços em volta do meu pescoço.

- você apertou muito... – ri – minhas costelas ainda doem.

- oh! Amor desculpa. – Começou a me encher de beijos. Ficamos trocando carinhos até dormimos abraçadinhas



Os dias foram passando e a gente namorando. Ela voltou pra casa dos pais, preferimos assim até terminar o divorcio.



O Rafael saiu da cadeia no dia seguinte, pagou fiança e ia responder o processo em liberdade. E não poderia chegar perto nem de mim e nem de Di.



O divorcio saiu, mas a Di não quis comentar sobre o assunto. Por mim tudo bem, iria deixar ela se pronunciar. Mas ela demorou, passaram algumas semanas e nada. Ela continuava na casa dos pais. Achei que eu deveria entrar em ação.



Fui a uma joalheria de um amigo e pedi pra que ela fizesse duas alianças. Seriam iguais as primeiras sendo que ao invés de coco seria de ouro branco e os corações em ouro vermelho e dentro de cada coração um brilhante.



Eu iria pedi-la em casamento de novo, mas tinha que esperar a hora certa pra fazer isso. Ia pedir ajuda a Andréia assim que pegasse as alianças.



Nosso namoro tava parecendo aqueles tradicionais, fica muito esquisito eu ter que ir a casa dela, a mãe dela ainda não me suportava. Ficávamos sentadas conversando com o pai dela, jantávamos. Depois eu me despedia e ia embora. Aquilo tudo já estava me dando nos nervos. Nem meus namoros com rapazes eram assim.



Tinha logo que fazer uma coisa liguei pro meu amigo, ele disse que já estavam prontas. Falei que passava depois do trabalho pra pega-las. Fiquei maquinando como faria pra pedi-la eu casamento. Olhei no calendário, e me espantei faltavam dois dias pra data do nosso aniversario de casamento, faríamos dois anos se estivéssemos juntas.



Tentei falar com Andréia sobre meus planos, mas não consegui encontrá-la. Tentei também a Michele e não consegui nada. "o que ta acontecendo que todas sumiram?" pensei. O jeito era fazer sozinha.



Nos dois dias que passaram eu não me encontrei com a Di só nos falávamos por telefone. Fiz reservas num restaurante de um amigo, um lugar muito bom por sinal. Sai mais cedo do trabalho pra pegar a Di ainda saindo do dela.



No caminho fui colocando umas musicas calmas pra ver se o nervoso passava. Quando coloquei o cd de Vanessa da Matta, eu ainda não tinha escutado ele. As musicas foram tocando a voz doce dela, foi aliviando o meu nervosismo. Quando começou a tocar...



Case-se comigo

Antes que amanheça

Antes que não pareça tão bom pedido

Antes que eu padeça

Case comigo

Quero dizer pra sempre

Que eu te mereço

Que eu me pareço

Com o seu estilo

E existe um forte pressentimento dizendo

Que eu sem você é como você sem mim

Antes que amanheça, que seja sem fim

Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim

Meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido

Meu príncipe, meu hóspede, meu marido

Case-se comigo

Antes que amanheça

Antes que não me pareça tão bom partido

Case-se comigo

Antes que eu padeça

Case-se comigo

Eu quero dizer pra sempre

Que eu te mereço

Que eu me pareço

Com o seu estilo

E existe um forte pressentimento dizendo

Que eu sem você é como você sem mim

Antes que amanheça, que seja sem fim

Antes que eu acorde, seja um pouco mais assim!



Meu peito se encheu de alegria, a musica estava me dando outra idéia



Atravessei a ponte, o transito já tava começando a ficar complicado. Mas consegui chegar logo a Niterói, já estava quase perto do fórum quando o meu celular tocou.



- fala Déia!? Pô você sumiu, to querend...

- Tati escuta! Você tem que ficar calma. – por que quando todos dizem isso sempre acontece ao contrario com a gente.

- o que ta acontecendo? – meu coração já estava aos pulos

- é a Diana!

- o que tem a Diana? – falei já encostando o carro. – anda Andréia me fala? O que tem a Di?

- ela foi seqüestrada!

- o que?! Como assim? Onde? Quando aconteceu isso? – comecei a entrar em desespero.

- calma!

- como que você me pede pra ter calma... minha mulher foi seqüestrada! Você quer que eu tenha calma?

- olha estão todos aqui no bar, a policia ta aqui também. Vem pra ca!



Nem me despedi, desliguei o celular e voei pra lá.



Assim que cheguei tinha um policial na porta, me identifiquei e ela disse que estava a minha espera lá dentro. A forma como ela falou me pareceu esquisita, mas eu queria saber sobre a Di, e não dei muita atenção. Abri a porta lateral, escutei um falatório. Quando pisei no salão onde tinha as mesas, estavam todos ali. Meus pais e irmão, os pais dela, meus tios e primos alguns amigos. Fiquei espantada, estava todo tranqüilos. Meu coração aos pulos querendo saber de Diana e eles ali. Foi quando escutei uma musica...



Eu pensei em comprar algumas flores

Só pra chamar mais atenção

Eu sei, já não há mais razão pra solidão

Meu bem, eu tô pedindo a sua mão



Era Diana cantando pra mim, com Dani tocando. Soltei o ar que estavam em meus pulmões. E todos ficaram rindo da minha cara de boba. Já não continha mais as lagrimas que eram tanto de alivio, por ser mentira o seqüestro, quanto ela ali me pedindo em casamento.



Fui andando em direção ao palco, Andréia tava sentada perto. "Você me paga!" falei olhando pra ela, que ria. Continuei andando até a Di que também chorava, parei a sua frente.



- Quer casar comigo? – falou sorrindo lindamente.

- bem na verdade... – ninguém entendeu nada, ela ficou me olhando. Coloquei a mão no bolso e me ajoelhei. – eu também ia te falar isso... – ri – Aceita se casar comigo? – e amostrei as alianças.



Ela se ajoelhou e me abraçou. Depois com um gesto com a cabeça fez que sim. Então colocamos as alianças. Sob aplausos. Ficamos mais algum tempo lá no bar, mas o que eu mais queria era levá-la pra casa. Tinha algum tempo que a gente não fazia amor eu já tava subindo pelas paredes.



Assim que chegamos em casa, não deixei nem a porta fecha. Já fui logo a agarrando. Colei meu corpo no dela e fui empurrando em direção ao quarto.



- calma Tati! – ela falava ainda agarrada a mim.

- calma? Chega de calma por hoje, eu quero você agora! – ela soltou uma gargalhada. Pra depois me olhar sensualmente.

- me faz sua agora!



Meu corpo inteiro tremeu diante daquilo. Fizemos amor até o amanhecer do outro dia.



Não queríamos lua de mel, estávamos vivendo em uma. Di quis redecorar a casa, assim a casa teria a nossa cara.



- aqui vai ser o quarto do bebê! – falou entrando no quarto de vídeo.

- bebê? – falei sem acreditar

- é! Não lembra que agente fez os planos lá na Bahia? Então, eu não esqueci. – engoli seco.

- mas... você... quer ter agora?

- calma, amor! – falou me abraçando – a gente ainda tem que encontrar um doador assim bem parecido com você. – riu

- mas... mas... – não consegui dizer mais nada. ela me agarrou e acabamos fazendo amor ali no futuro quarto de bebê.



Procuramos um banco de sêmen, e escolhemos alguns candidatos. Mas foi numa conversa com meu irmão que escolhi que seria o pai do meu filho. Na verdade meu irmão se ofereceu pra ser o doador, que foi com o aval de sua mulher a Glaucia.



Logo na primeira tentativa, a Di ficou grávida. Eu não tava acreditando, achei que iria demorar mais um pouco. Mas foi tudo uma loucura, foram nove meses de imenso apetite sexual da Di. Eu já tava louca pra ela entrar no resguardo. Srsrsr.



Quando a Mel nasceu foi amor a primeira vista. Era um bebê lindo, delicado, aquelas mãozinhas delicadas. Os olhos da cor dos da Di cabelinhos pretinhos, iguais aos meus. Linda! A cada dia que passava eu ficava cada dia mais apaixonada pela minha filha e minha mulher.



Um ano se passou e com ele muitas mudanças. Minha sogra depois que ganhou uma neta passou a ser mais agradável. Minha mãe! Bom minha mãe ficou doida com a Mel era sua princesinha. "perdi meu reinado!" pensei. A Andréia e a Fabi se animaram e adotaram um casal de irmãos. A Michele finalmente se casou com o Nando. A Bia agora era minha vizinha, ficamos todos de boca aberta quando ela contou que estava namorando a Bela, elas tinha se conhecido no dia da confusão com o Rafael, e se apaixonaram. A Di abriu um escritório junto com Bia. O bar e a boate estavam indo muito bem, já tínhamos mais duas filiais, no mesmo estilo.



Eu e Di estávamos deitadas na cama, tínhamos acabado de fazer amor.



- amor? – Di flou acariciando minha barriga

- hum?! – resmunguei de olhos fechados

- o que você acha de agente ter outro bebê? – arregalei meus olhos.



Não adiantou reclamar, com a mulher que eu tinha. Ela sabia muito bem como me convencer. E lá estávamos nós duas de novo na clinica. E de novo de primeira a Di ficou grávida. Na sua primeira ultra, a médica nos olhou e deu uma piscadinha. Eu praticamente não entendi nada, na verdade não entendi nada. Na segunda ultra descobri o por que da piscadinha.



- gêmeos? – foi a única coisa que disse pra depois desmaiar.



Depois dessa descoberta achei melhor sair da empresa onde trabalhava, o dinheiro que tinha da boate e mais alguns que tinha aplicado, dava pra viver tranquilamente. Me dedicaria a meus filhos e minha mulher, que a cada dia que passava estava mais linda!



- Tatiana Reis! – pisquei – quer tirar esse sorriso bobo da cara e me ajudar a montar isso? – era Di me tirando de minhas lembranças.

- claro amor! – falei rindo



Fui ao seu encontro, me sentei atrás dela. Tirei o manual de sua mão, beijei seu pescoço, vi seus pelinhos arrepiarem. E dei um sorriso. "Nossa como amo essa mulher! Depois de tanto sofrimento, paixões e loucuras. Finalmente encontrei o amor. O meu amor! Minha vida! É essa a primeira e única mulher que amei e vou amar pra sempre!" pensei apertando-a em meu braços.



- do que você tava rindo! – falou toda manhosa.

- da gente nesses últimos anos. Do quanto você me faz feliz. – alisei sua barriga.

- eu te amo muito sabia?!

- não mais do que eu amo você, meu anjo!





FIM






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