13/01/2013

Música e Sedução - X



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Assim que despertei senti um pouco de dor no meu braço esquerdo, ao olhar eu a vejo, os cabelos cobriam parte do rosto dela, como podia ser tão linda dormindo. Pode ver o lábio levemente inchado, pelos beijos e mordidas quando fizeram amor.
Levemente tirou o cabelo do rosto, sem dúvida era uma bela mulher, viu uma pequena tatuagem aparecer em sua nuca, ficou curiosa. Era um símbolo em chinês ou japonês. Ela estava completamente largada sobre a cama, uma das pernas estava esticada e a outra meio que dobrada, e parte do corpo estava coberto pelos lençóis.
Queria levantar, mas estava com receio de acorda-la.
Começou a mover seu braço levemente substituindo pelo travesseiro.
Foi até o banheiro e vestiu um roupão, antes de sair do quarto ficou olhando aquela mulher que dormindo parecia tão inocente. Mas sentia em cada parte do seu corpo o que ela poderia fazer com ela se desejasse.
Olhou para o relógio sobre a cômoda e viu que já era final da tarde de domingo, o final de semana estava no fim, com isso sabia que breve ela também iria. Poderia pedir para que ela ficasse, mas teria que conversar, afinal nada sabia uma da outra.
Foi nesse momento que o telefone tocou, atendeu rapidamente não queria que ela acordasse. Pela hora Maria já havia ido embora.
- alô.
Assim que ouviu a voz do outro lado colocou a mão sobre o balcão da mesa. Sabia que o final de semana tudo o que havia mantido fora daquela casa e longe de Juliana, viria com intensidade.
- desculpe, podemos almoçar amanha – respondeu.
- ......
- fez boa viagem? – perguntou
- .......
- hoje não, estou cansada, nos encontramos amanhã. – retrucou.
- ......
- beijo. – despediu
Mantinha a cabeça baixa, mas assim que a levantou deu de cara com Juliana, pelo seu semblante ela deve ter ouvido algo.
Antes mesmo de dizer algo, ela falou.
- preciso ir embora.
- fique – pedi
- acho melhor não. – respondeu de forma fria.
- precisamos conversar – disse.
- sobre? –
Ela estava sendo fria.
Então fui até ela e tentei pegar em sua mão e ela se esquivou.
- por favor – pedi – vamos para a sala.
Ela foi à frente e se sentou numa poltrona indicando que não queria que eu ficasse ao seu lado.
Respirei fundo e comecei a falar.
- Juliana, não sei o que ouvi, mas posso explicar.
- então diz, pois o pouco que ouvi, parecia que você não queria ver alguém.
Ela definitivamente não era uma mulher só bonita, mas inteligente também, se queria uma chance com ela não poderia mentir.
- realmente. Que tal começarmos pelo dia que nos conhecemos.
Juliana ficou calada enquanto ouvia.
- nos havíamos brigado, eu sai para espairecer e acabei indo aquela boate nunca imaginei que algo dessa forma aconteceria. Não tenho costume de fazer sexo casual.
- foi isso que fizemos? – ela perguntou
 - claro que não – falei repente – daquela noite em diante eu não consegui tirar você do meu pensamento, voltei à boate diversas vezes na esperança de te encontrar, toda vez que uma mulher parecida com você surgia eu ia atrás pensando que finalmente eu havia te encontrado.
Ela dobrou as pernas e cruzou os braços.
- depois daquela noite eu voltei para casa, ainda sentia seu gosto, seu perfume, precisava pensar no que havia acontecido. Depois de uma semana a única certeza que eu tinha é que precisava dar um jeito na minha vida.
- vocês moram juntas? – Juliana perguntou.
- não mais, nos brigávamos muito para continuarmos a dividir a mesma casa. Então começamos a morar em casas separadas, mas sempre nos encontrávamos.
Reparei quando uma lagrima desceu sobre o rosto dela. Tentei me aproximar, mas com um único gesto de mão ela descartou essa ideia.
- vocês estão juntas? – ela perguntou
Senti o ar faltar, não poderia mentir.
- sim – respondi
Então ela se levantou
- Juliana, eu preciso conversar com ela, não tive tempo, pois ela estava viajando, me dê apenas esse tempo para terminar tudo. – disse, temia que ela dissesse não.
Ela respondeu de costas pra mim.
- desconheço esse tipo de relação, onde você traí, trás para casa outra mulher, vai para cama com ela sem se importar de dizer que ela é uma transa... – as palavras saiam sufocadas.
Eu ouvi, e meu medo me fez travar.
- Jú, você não é apenas uma transa, e nunca fiz nada igual – retruquei.
- não importa, não tem ideia de como me sinto. – disse ela com a voz embargada pelo choro que segurava.
- me dê uma chance de falar com ela e acertar tudo isso – disse.
Ela me olhou, os mesmo verdes que me enfeitiçaram agora me transmitiam a dor que ela sentia, jamais quis mentir ou ocultar nada dela, mas as coisas simplesmente aconteceram.
- Jú, não faz isso, eu preciso conversar com ela.
- converse com ela, faça como quiser.
- depois poderei lhe procurar? – a pergunta, representava tudo pra mim.
Ela abaixou a cabeça e quando levantou vi as lagrimas escorrendo por seu rosto.
- deixe que eu te procuro, preciso de um tempo.
- me diz como poderei encontrá-la – implorei.
- não quero que me encontre, quando e se conseguir assimilar o que aconteceu, eu te procuro, afinal, sei onde mora.
Dizendo isso virou e subiu as escadas, poderia correr atrás dela e implorar que ela não fizesse aquilo, mas sabia que pelo olhar que me lançou nada do que dissesse adiantaria. Teria que torcer para o que aconteceu conosco fosse mais forte do que meu erro.
Ela desceu vestida e com um único olhar saiu.
Deixei meu corpo cair sobre o sofá e liberei as lagrimas que ameaçavam me sufocar, havia sido tola. Minha relação com Vanessa já havia chegado ao fim há muito tempo, mas estava acomodada, éramos sócias então uma coisa se juntou a outra.
......

http://www.youtube.com/watch?v=YqLizSABpu8

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