08/10/2011

Perfume de Mulher



Nunca vivi o medo de te perder



Pois acredito que não podemos ter medo


De algo que não existe


Afinal nunca soube o que é ter você


Sempre passando por mim


Com o balançar de cabelos


Jogados ao vento


Como se fossem linhas


Que me prendessem a você


Mas na verdade


Sou eu quem me agarro a eles


Como se fosse a única forme de me prender a você


Mas a verdade é que não a conheço


Só de ver passar


E meus olhos te perseguem até que não consigo mais


E meu corpo não se curva ao ponto de te acompanhar


Para alem das minhas vistas


Então apenas sinto


No ar, a lembrança da sua passagem


Que o vento ainda não levou


O seu perfume que me tortura


E me embriaga


Fazendo-me delirar


Desejando que fosse você ali


E não apenas uma lembrança


De sua curta passagem


E todos os dias são assim


Apenas desejando o momento


Em que passe por ali, trazendo consigo


O frescor do orvalho numa tarde incandescente de verão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário