24/02/2013

Caminhos que nos levam para o amor

Infelizmente não tenho conseguido postar nas paginas, por isso vou tentar aqui. bjs

cont.


Paola: - Chega mais cedo em casa então?

afirmei com a cabeça e com um sorriso.
Paola: - O que eu mais quero é que meu pai aprove nosso amor. 

beijou minha mão.

Paola: - Mas em primeiro lugar, o que eu mais quero é ser feliz com você meu amor.

sorri. 

Essas palavras faziam meu coração bater tão forte que nem consegui dizer nada além d...

eu: - Amo você Paola!

ela beijou meu rosto.

Paola: - Sempre vou amar você Nayara, independente do que me digam ou pensem. Escolhi a felicidade e minha felicidade está ao seu lado.

meu coração não parava de bater forte como louco.

ela sorriu.

Paola: - Você ficou vermelhinha amor.

mais uma vez beijou meu rosto.

eu: - É que é muito bom ouvir isso de você.

Paola: - E você ficou sem graça.

sorri.

eu: - Um pouco, mas gostei muito de ouvir isso. Se quiser, pode dizer sempre.

Paola: - Que te amo?

sorriu.

eu: - Sim!

Paola: - Que você é a minha felicidade?

sorri.

eu: - Sim!

Paola: - Que escolhi viver sempre do seu lado?

eu: - Isso também.

Ela me deu um beijo no cantinho da boca, me deixando completamente sem jeito.

Paola: - Você fica tão linda envergonhada.

disse me apertando.

eu: - Boba. Não estou envergonhada, não sinto vergonha do nosso amor. Só fico um pouco sem jeito.

Paola: - Mesmo assim é fofa!

mais uma vez me apertou.

sorri.

eu: - Paola... sua boba, melhor irmos pro curso.

desconversei.

Paola: - está bem. Mas depois continuamos essa conversa.

brincou.

eu: - Combinado!
A tarde passou tão rápido que eu nem me dei conta da hora... como o escritório não recebia muita luz do sol, ai sim eu perdia ainda mais a noção do tempo. 
Estava distraída resolvendo umas coisas com a equipe que trabalha com o som da boate, e quase não ouvi meu celular tocar.

- Seu celular tá tocando!

Me avisou o ajudante do DJ.

Olhei no visor e era a Paola.

eu: - Oi amor. Aconteceu alguma coisa?

Paola: - Já são quase 9 horas Nay, você já devia tá em casa.

eu: - Nossa amor, me desculpa, não me dei conta da hora.

Paola: - Eu vou passar ai pra ti pegar, e vamos jantar com meu pai, está bem?

eu: - Claro amor. Ti espero!

Senti que não podia ter esquecido isso, mas ao menos eu tinha uma boa justificativa, estava trabalhando.

Recolhi algumas pastas com material de divulgação da festa deste fim de semana, e fiz a pauta de uma reunião que teria com o Nick no outro dia, e logo a Paola chegou.

eu: - Desculpa amor, é que essa semana eu tenho muita coisa pra fazer!

já entrei no carro me explicando e ela sorriu achando graça.

Paola: - Relaxa Nay, eu sei que você estava ocupada. Não precisa pedir desculpas amor.

eu: - Você sabe que é prioridade na minha vida.

ela me beijou.

Paola: - Vamos fazer assim... você tenta me convencer a ti desculpar mais tarde.

sorri.

eu: - Você é genial!

ela riu, e seguimos até o restaurante que ela marcou o jantar com o pai.
Quando chegamos o pai da Paola já nos aguardava, em uma saleta do restaurante, um local mais reservado.

Paola: - Boa noite pai!

disse o abraçando.

eu: - Boa noite senhor Luís.

ele falou sério.

Pai de Paola: - Boa noite Nayara!

Acabei ficando um pouco tensa.

Paola: - Demoramos?

Pai de Paola: - Acabei de chegar, mas por mim já podemos fazer o pedido.

Paola: - Por mim também.

Parecia que nada nos levaria a conversa alguma, e durante toda refeição eu fiquei em silêncio, completamente tímida. Já havíamos pedido a sobremesa quando o pai dela comentou.

Pai de Paola: - Você parece nervosa Nayara.

sorri sem graça.

eu: - Impressão. Estou tranquila.

Pai de Paola: - A Paola ti falou porque convidei vocês pra jantar?

Paola: - Por alto pai. Não tivemos muito tempo pra conversar ainda.

Pensei... "realmente depois da noite passada, não tivemos muito tempo mesmo."

Acabei sorrindo.

Pai de Paola: - Não precisa ficar nervosa. Queria só saber quais são suas intenções com minha filha?!

Engoli seco, me perguntando ... "ele disse isso mesmo?"

Paola: - Pai!

chamou atenção dele, que sorriu.

Pai de Paola: - É brincadeira Nayara. Eu sei o que você quer com minha filha, e o que ela quer de você. Sei também que vocês duas se amam de verdade.

Tomei coragem e falei.

eu: - Senhor Canella, sem medo, ti digo que não existe ninguém nesse mundo, que queira mais a felicidade da sua filha, do que eu. Eu à amo muito!

a Paola sorriu e pegou na minha mão.

Pai de Paola: - Me chama de Luís Nayara.

disse sorrindo.

Pai de Paola: - E pode acreditar, eu no fundo sempre soube que você cuidaria da minha filha muito bem. Confio em você, confio em vocês!

Aquelas palavras me fizeram sentir muito bem. Sabia que o apoio do pai, era importante para a Paola. 
A sobremesa foi muito leve, conversamos e rimos muito... agora minha tensão havia dado lugar a felicidade que eu estava , ao ver a felicidade da `Paola.
No caminho de volta viemos ouvindo coldplay e cantando alto como duas bobas felizes. E assim que chegamos em casa, a Paola nem me deixou fechar a porta direito e já foi logo me agarrando.

eu: - Calma amor. Deixa pelo menos fechar a porta.

ela sorriu, se afastando e me olhando, e assim que fechei a porta ela me agarrou de novo.

Paola: - Pronto... agora a porta da fechada!

disse me mordendo o pescoço.

eu: - Não sei se dou conta de tanta energia.

brinquei e ela sorriu dizendo...

Paola: - Sei que vocês está cansada. Podemos fazer uma coisa mais calma, ver um filme de romance, bem juntinhas na nossa cama.

sorri.

eu: - Você sempre tem as melhores ideias.

eu realmente estava um pouco cansada.

Paola: - Você pode ir tomar um banho, colocar uma roupa bem levinha, enquanto eu preparo um leite pra gente.

eu: - Leite?

perguntei sorrindo.

Paola: - É sim... minha gatinha vai beber leitinho. Um leitinho especial, preparado por mim.

sorri achando graça... isso porque ela falou de um jeito super fofo.

eu: - Ai amor... você é uma linda mesmo. Mas gostei, vou tomar um banho e ficar bem cheirosinha pra você me agarrar bem muito.

Paola: - E vai tomar meu leite?

perguntou fazendo biquinho.

abracei-a pela cintura e a beijei com vontade.

eu: - Claro que vou amor!

sorri a olhando.

Paola: - Então vai pro seu banho.

Enquanto a Paola preparava nosso leite, tomei um banho bem relaxante, a água estava bem morninha, uma delícia, mas o melhor era a felicidade que eu estava em tá vivendo tudo aquilo com ela. Saí do banho e ela tava procurando um filme pra assistirmos.

Paola: - Você já viu esse?

perguntou me mostrando um filme que eu já havia assistido.

eu: - Não. Vamos ver!?

foi uma mentirinha boba.

Paola: - Vamos sim, também nunca vi.

eu: - E onde tá meu leite.

ela sorriu.

Paola: - Vou pegar nosso leite!
Ela foi até a cozinha logo voltou com duas canecas, se sentando ao meu lado na cama.
Provei um pouco do leite, e estava muito saboroso.

eu: - Nossa Paola. Que delicia! O que tem no leite?

ela sorriu.

Paola: - Segredo!

eu: - Boba. Me fala o que é?

Paola: - Não mesmo. Esse leitinho você só vai beber quando for feito por mim. Porque ai se você resolver me trocar, nunca mais vai poder prová-lo.

brincou e eu ri.

eu: - Isso é maldade. Agora vou ficar presa à você por conta de um leite.

brinquei também e nós duas rimos.

Paola: - Exatamente isso o que eu quero!

Depois de bebermos o leite, nos deitamos pra ver o filme... só que como eu estava bem cansada, terminei dormindo com ela encostada no meu ombro.

Acordei, meio de leve, porque senti quando ela me beijou, e voltou a se aconchegar em meus braços. Era tão bom dormir com ela, já não me imaginava mais dormindo sozinha.
Acordei com o celular tocando, era o Nick.

[telefone] 

eu: - Oi Nick, bom dia!

Nick: - Bom dia Nayara. Acordei você?

eu: - Tudo bem, eu já ia acordar mesmo.

rimos.

Nick: - Eu liguei cedo assim porque queria ti pedir uma coisa.

eu: - Peça.

Nick: - É que eu tenho que resolver umas coisas no banco hoje pela manhã, e vão chegar os equipamento de som e luz do show de amanhã. Você não podia receber pra mim?

eu: - Claro Nick. Vou me arrumar e vou pra lá.

Nick: - Não tem problema você faltar o curso?

eu: - Não, só um dia, compenso depois. (eu)

falei rindo.

eu: - O Teles vai abrir hoje?

Nick: - Vai sim, quando você chegar, ele já vai estar lá.

eu: - Então até mais tarde patrão.

brinquei.

Nick: - Sou seu primo, não seu patrão.

disse rindo.

eu: - É meu patrão, paga meu salário.

rimos.

eu: - Pode resolver o que tiver de resolver, e fica tranquilo que tomo conta de tudo bem direitinho pra você.

Nick: - Obrigado Nayara! Bom dia pra você....manda um abraço pra Paola que deve tá ai do seu lado.

sorri.

eu: - Pode deixar. Manda abraço pra minha priminha também.

Desliguei o celular, e fui me preparar pra sair. Preparei umas torradas e um café pra mim e pra Paola, e só depois de pronto, fui acordá-la, com o café na cama.

eu: - Bom dia amor! 

Paola: - Bom dia!

disse se espreguiçando.

eu: - Torrada, queijo, presunto, geleia de morango e café...

falei sorrindo.

-... trouxe nosso café! 

ela sorriu.
Paola: - Ai amor... acordei com vontade de tomar vitamina de abacaxi.

sorri, achando engraçado.

eu: - Desculpa amor, más não tem. 

Paola: - Vamos tomar no caminho pro curso?

sorri.

eu: - Hoje tenho que ir pra boate, receber uns equipamentos.

Paola: - Mas eu ti levo, e no caminho tomamos a vitamina.

eu: - Certo então... mas você vai recusar meu café da manhã?

Paola: - Não mesmo, estou faminta.

disse ajeitando o presunto na torrada.

Depois do café, ela se arrumou, e fomos até uma lanchonete, onde ela pediu a vitamina de abacaxi.

Paola: - Não vai querer amor?

eu: - Já estou satisfeita.

Não sei onde ela encontrou tanto apetita naquela hora da manhã.

Paola: - Nossa, essa vitamina tá uma delícia.

disse sorridente.

eu: - Não sabia que gostava tanto de vitamina de abacaxi.

Paola: - Nem eu!

rimos.

Depois da Paola tomar a tão desejada vitamina, ela me deixou na boate.

Paola:- Vamos almoçar juntas?

eu: - Vamos sim!

Paola: - Passo aqui depois do curso.

eu: - Boa aula amor!

Paola: - Bom trabalho minha lindinha!

sorri... ela foi pro curso, e fui trabalhar.
Acabamos não podendo almoçar juntas, realmente, com a festa do dia seguinte na boate, eu estava com pouquíssimo tempo, almocei com o pessoal, na boate mesmo. E quando o Nick chegou, terminamos de resolver tudo o que faltava, ao menos no dia da festa teríamos descanso. 

Já era noite quando terminamos tudo, e o Nick me ofereceu uma carona até em casa.

eu: - Obrigada pela carona Nick!

Nick: - Por nada, estou ti devendo ainda.

eu: - Besteira Nick.

Nick: - Tenho um convite pra ti fazer. Na verdade é convite meu e de sua prima.

eu: - Fala.

Nick: - Queremos convidar você e a Paola pra ir almoçar lá em casa no domingo.

eu: - Combinado então!

rimos.

Nick: - E Nay!... Tira folga amanhã!

sorri.

eu: - Valeu patrãozinho! ... op's, priminho!

rimos.

Nick: - Boa noite!

eu: - Pra você também!
Já entrei procurando a Paola, e logo ouvi o som do violão. 
Tomei cuidado pra não fazer barulho, e fiquei a olhando, sentada em uma cadeira no quarto, tocando violão... apenas tocando.
Ela ficava tao linda quando tocava, ficava concentrada, mas ao mesmo tempo com uma expressão leve. 

eu: - Que linda você!

falei quando ela terminou de tocar.

Paola: - Faz tempo que você chegou?

sorri, e me sentei na cama, olhando pra ela.

eu: - Não, cheguei quase agora. Ai fiquei ti admirando.

ela sorriu sem graça.

Paola: - Não toco tão bem assim.

eu: - Você toca bem, e ainda fica linda fazendo isso.

Paola: - Quer que eu toque pra você?

sorri.

eu: - Você quer tocar pra mim?

agora ela sorriu, e começou a tocar nossa música. Apenas tocava, novamente concentrada, como se sentisse a música sair da sua alma, do seu coração.

Paola: - Gostou?

perguntou assim que terminou de tocar, e eu sorri.

eu: - Nunca vou esquecer o dia que você tocou essa música pra mim no piano.

ela sorriu.

Paola: - Quando tivermos um piano, toco ela sempre que você quiser ouvir.

eu: - Então vou ter que comprar um piano pra você!

rimos.

ela veio em minha direção e sentou-se no meu colo.

Paola: - Você não me beijou desde que chegou.

eu: - Posso resolver isso agora!

disse antes de beijá-la.
Paola: - Com fome amor?

perguntou me olhando.

eu: - Um pouco. Acho que estou mais cansada do que com fome.

Paola: - Eu tenho uma ideia.

sorri.

eu: - Você sempre tem!

ela riu.

Paola: - Boba!

eu: - Qual é a ideia?

Paola: - Não vou contar. Vou ti mostrar.

sorri.

eu: - Mostre.

Paola: - Primeiro preciso preparar.

eu: - E eu posso tomar banho enquanto você prepara sua ideia?

ela sorriu.

Paola: - Pode, mas vai ter que tomar banho no outro quarto. Porque pra minha ideia eu vou precisar desse aqui.

sorri.

eu: - Está bem. Vou tomar um banho e já volto!

Paola: - Eu vou ti buscar no quarto.

eu: - Você quer me dar carona até dentro de casa?!

perguntei brincando.

Paola: - Boba! ... Vai tomar seu banho, e já vou ti buscar.

sorri.

eu: - Certo senhora Paola Aguiar!

ela sorriu.

Paola: - Então vá logo Nayara Canella!

rimos.

Fui pra o banheiro, e fiquei um bom tempo embaixo do chuveiro. Pensei que a Paola fosse invadir o box, mas como ela estava demorando, resolvi terminar o banho.

eu: - Estava me esperando?

Perguntei admirada ao ver a Paola de pé, na porta do quarto.

Paola: - sim!

eu: - E porque não foi pro chuveiro comigo?

ela sorriu.

Paola: - Tenho outros planos.

eu: - Certo. Vou me trocar então.

fui até o quarto, e antes que ligasse a luz, ela me abraçou por trás e sussurrou.

Paola: - Não vai precisar de roupa!

Me abraçando, ela foi me levanto até a suíte do nosso quarto, que estava a meia luz, com algumas velas, e um cheiro de essência de laranja.

eu: - Onde você arrumou vela em tão pouco tempo?!

perguntei surpresa.

Paola: - Comprei na viagem, estava guardando pra ti fazer uma surpresa.

sorri e me virei para ela, a beijando suavemente.

eu: - Te amo cada dia mais!

Paola: - Vai ser assim pra sempre?!

perguntou sorrindo, com o rosto colado no meu, enquanto tirava meu roupão.

eu: - Vai ser assim enquanto eu viver!

Mais uma vez nos beijamos.
Ela se afastou de mim, e me olhando, começou a tirar a própria roupa. Apenas olhava seu corpo, o rostinho de menina romântica e mal intencionada, que só ela sabia fazer, sua pele clarinha, e seus cabelos ruivos caídos sobre os ombros e seios.

eu: - Você é perfeita!

falei quase em um sussurro, afinal, diante daquela visão, praticamente perdi o ar.

Paola: - Enquanto você me amar...

disse caminhando em minha direção.

-... eu vou ser sempre perfeita aos seus olhos!

me beijou o cantinho da boca, e entrou na banheira.

Paola: - Você tá cansada. Vou cuidar de você!

disse me estendendo a mão, e eu entre na banheira.

Sentamos uma d frente para a outra... a água estava muito boa, e as essências que ela havia posto, eram realmente deliciosas. 

Paola: - Me disseram que essa essência tem um aroma relaxante.

eu: - Quem disse não mentiu, ela é deliciosa... só não é mais que você!

ela sorriu, e veio pra perto de mim.

Paola: - Gostou da minha ideia amor?

eu: - Você sempre tem boas ideias minha linda.

Paola: - Te amo!

sorri.

eu: - Me beija!

ela sorriu, e nos beijamos.

enquanto nosso beijo ganhava mais ritmo, nossas mãos já exploravam o corpo uma da outra. Logo a Paola subiu encima de mim, e por um minuto nos separamos do beijo, e nos olhamos... aquele olhar que grita de desejo e de amor... mas logo voltamos a nos beijar, e agora ela me apertava, rebolando encima de mim.
Aquela água quente, a essência, o corpo dela no meu, tudo era extremamente excitante. 

Entre beijos, nos agarrávamos... a Paola ofegante, me enlouquecia, suas unhas me arranhavam, e eu a arranhava de volta... eram beijos, mordidas, lambidas, e nossos sexos em atrito.
Permanecemos nesse sarro delicioso na banheiro, bastante tempo... melhor dizendo, até que a Paola sussurrou, me olhando.

Paola: - Me leva pra cama e me faz gozar!

sorri.

Ela me enlouquecia com aquela voz doce, e quando estava excitada, sua voz era doce e muito sensual. Sem falar no olhar dela... como ela me deixava louca de tesão.

Nem pensamos se estávamos ou não molhada. Fomos para cama, nos agarrando, e eu a joguei, abrindo suas pernas e me colocando entre ela. Seu sexo parecia clamar pelos meus lábios, e eu não a deixei esperando, logo comecei a devorá-la, louca de vontade de ouvir seu gemidos de prazer.

Gemidos que não demoraram a surgir e se espalhar no ar, aumentando ainda mais toda aquela atmosfera de prazer que nos prendia e enfeitiçava. Ela rebolava enquanto minha língua a invadia, segurava meus cabelos, apertava meus ombros, se contorcia gemendo, e eu continuava a lambendo, totalmente tomada pelo prazer. Meu corpo parecia estar ardendo em febre, eu estava completamente incendiada com todo aquele clima de prazer. Desse forma, logo a Paola gozou... soltando um último gemido, que por pouco não me fez gozar.
Ela estava recuperando o ar... me deitei ao seu lado, e também me recuperando, fiquei a olhando e sorrindo. De olhos fechados, e ofegante, ela abriu um lindo sorriso.

Paola: - Você me deixou cansada!

sorri.

eu: - Você também me deixou cansada.

Paola: - Não fiz nada!

se virou, me olhando.

eu: - Tenho que ti confessar uma coisa.

Paola: - Coisa boa? 

eu: - Pra mim é muito boa.

ela riu.

Paola: - O que é?

eu: - O jeitinho que você geme, me deixa tomada de tesão.

ela sorriu, e me olhou com uma carinha de safada, mordendo os lábios, que me arrepiei.

Paola: - Gosta do meu gemido?

disse subindo encima de mim e me olhando.

eu: - Adoro!

O ar que tinha recuperado, já me faltava.

Paola: - Senti vontade de gozar?

ela prendeu meus pulsos contra a cama.

"Nossa!"... pensei... "Agora ela me mata."

eu: - Muita vontade!

Paola: - Se eu rebolar assim, encima de você...

começou a rebolar, fazendo nossos sexos entrarem em atrito.

-... e gemer bem baixinho no seu ouvido...

sussurrou, passando a ponta da língua na minha orelha.

-... você vai gozar?!

Já estava quase gozando, e ela ainda nem tinha gemido.

eu: - Vou sim!

falei ofegante.
ela começou a rebolar com mais vontade, e com os lábios colados ao meu ouvido, sentia sua respiração, e ela começou a gemer, me pedindo pra gozar. Meu corpo ardia de prazer, meu coração estava batendo rápido, e com a Paola gemendo, minhas forças já não existiam... não tive como me controlar...

Paola: - Goza pra mim!

disse gemendo e me passando a língua atrás da orelha. Gozei como nunca havia gozado antes, o tesão foi tão grande, que mesmo sem forças, fiquei sorrindo como boba.

Paola: - Gozou gostosinho amor?

perguntou ainda sussurrando.

respondi ainda sorrindo.

Paola: - Cansada?

me olhou.

eu: - Com sede!

Paola: - Vou pegar água pra você.

Ela ia se levantando e a segurei.

eu: - Com sede de beijo, sua boba!

sorrimos uma pra outra, e voltamos a nos beijar. 

E assim ficamos o resto da noite... e só depois de muitas carícias, dormimos abraçadinhas.

Adorava sentir que o meu mundo todo, tinha um nome... Paola!
Estava tão cansada, que nem ouvi quando a Paola se levantou. 
Me levantei procurando por ela, e encontrei um bilhete na cozinha.

[bilhete]

[ Você dormia tão bonitinho que fiquei com pena de te acordar. Descansa amor, estou trabalhando, mas volto pra almoçar com você. Lindo dia cariño! Besos: Paola]

Olhei o relógio e constatei que já era quase hora do almoço. Pensei que tinha que preparar algo para almoçarmos, mas estava meio sem ideia, resolvi fazer uma salada de batata, além de rápida, ela era saborosa e matava a fome. 
Enquanto preparava o almoço, fui arrumando a casa e ouvindo música, e logo a Paola chegou.

Paola: - Oi amor!

veio me abraçar.

eu: - Oi minha linda.

falei me afastando.

Paola: - O que foi amor?

sorri.

eu: - Estou suada. Nem vale a pena me abraçar.

ela me agarrou.

Paola: - Boba, eu também estou, não seja por isso.

rimos.

Paola: - O que tem pro almoço.

eu: - Salada de batata!

Paola: - Deve tá um delicia.

eu: - Boba.

Paola: - Vamos pro chuveiro?

comecei a rir.

eu: - Você desaprendeu a tomar banho sozinha?

brinquei.

Paola: - Eu não. Mas se você quer dispensar um banho comigo, eu entendo.

falou fazendo charminho.

eu: - Não mesmo!

Agarradas, e aos beijos, fomos para o chuveiro. Mas não demoramos muito, logo saímos, as duas estavam faminta.

Pra um improviso, até que o almoço ficou bem gostoso. Notei durante a refeição que a Paola tinha adquirido alguns novos hábitos, ela parecia temperar mais a salada.

eu: - Pra que tanto tempero amor?

ela me olhou com um riso bobo.

Paola: - Esse cheiro dos temperos tá me dando água na boca.

eu: - Notei!

falei rindo.

Um almoço leve, com um clima leve... o que mais me fazia sentir realmente leve, era saber que tinha ao meu lado uma pessoa tão doce e incrível como a Paola.
Depois do almoço, nos sentamos no sofá, e começamos a assistir alguns clipes.

Paola: - O que vamos fazer hoje de tarde?

eu: - Já estamos fazendo. Vendo clipes.

Paola: - Não amor... vamos sair.

eu: - Você não quer parar garota?

falei rindo.

Paola: - Não!

também riu.

eu: - Mas tarde temos uma festa pra ir. E eu tenho que tá super disposta.

Paola: - Já sei o que podemos fazer.

ela pareceu ignorar o que eu disse.

Paola: - Vamos passear de carro. Você dirigi.

sorri.

eu: - Paola você ouviu o que eu disse?

Paola: - Sim... mas eu prefiro passear de carro com você!

sorriu e veio me beijar, fazendo carinha de boba.

Paola: - Vamos amor... Por favor!

Não tinha como negar com ela me pedindo com tanto jeitinho.

eu: - Tá bom. Mas você acha que é uma boa eu dirigir?

ela veio sentar no meu colo, e me agarrou pelo pescoço.

Paola: - Claro amor. Vamos andar pelo bairro. Só pra você treinar direção.

sorri.

eu: - Tenho sorte por ter uma namorada que me ensina tantas coisas.

ela sorriu.

Paola: - Não agradeça. eu tenho planos, sempre quis uma motorista particular.

rimos.

Nem trocamos de roupa, saímos pra passear de carro... eu estava dirigindo bem direitinho, e a Paola ficava super feliz em ver o quanto era boa professora. Ao entardecer, paramos em uma cafeteria e fizemos um lanche, e depois voltamos para casa, pra nos arrumarmos para a festa na boate.
Cheguei na boate, uma hora antes dela abrir, a Paola foi comigo. Enquanto eu conferia os últimos detalhes com o pessoal e o Nick, a Paola ficou no bar sentada. Uma hora depois, a boate abriu e de certa forma eu pude relaxar mais, porém, eu só pude ficar perto da Paola, quando o DJ convidado da noite, chegou pra tocar, e aí sim eu pude curtir a noite com ela.

Na pista, nós duas dançávamos trocando olhares. bebíamos apenas energético... e a única coisa que era bem óbvia, era que aquela noite ainda iria render muito. Quando o clima começou a esquentar entre nós duas, pedi que o Nick me liberasse, e a levei pra um motel ali perto. A nossa empolgação era tanta, que merecia um lugar diferente.

Assim que paramos com o carro na garagem do quarto, a Paola me agarrou, e começou a tirar minha roupa.

eu: - Não vamos sair do carro?

fale enquanto ela me beijava e praticamente arrancava meu vestido.

Paola: - Podemos começar aqui!

ela mesma tirou o próprio vestido, e jogou o corpo por cima de mim.

Nos beijávamos e com as mãos, acariciávamos o corpo e o sexo uma da outra. De fato, havíamos bebido muito energético. 
Ficamos um bom tempo nos agarrando no carro, mas o calor foi embaçando os vidros, e já nem respirávamos direito, eu tive que praticamente fugir dela... desci do carro e entrei no quarto, e ela veio atrás, se jogou encima de mim, me derrubando na cama.
Caímos as duas, em meio a sorrisos e beijos... começamos a nos esfregar uma na outra, a Paola estava entre minhas pernas. 

Interrompemos por um breve momento, e tiramos a única peça que nos restava, e assim voltamos a nos agarrar, agora com nossos sexo em atrito, em um contato gostoso e extremamente excitante. Agora que ela sabia o quanto seus gemidos me excitavam, usava isso pra me deixar vulnerável... e conseguia, porque seus gemidos me enlouqueciam e me faziam perder as forças. Com nossos sexos em atrito, gozamos pela primeira vez naquela noite.
Continuamos a nos agarrar na banheira, depois no banheiro, e mais uma vez na cama. Tínhamos tanta energia que fizemos amor muitas vezes na madrugada. Só saímos do motel quando já era dia. E quando enfim chegamos m casa, fomos dormir juntinhas, como duas bobas felizes.
Acordei com o meu celular tocando. A impressão que tive era de que ele estava tocando mais alto que o normal. 
Ainda sem abrir os olhos, sai tateando até pegá-lo na mesinha ao lado da cama.

[telefone]

eu: - Alô!

falei ainda quase dormindo.

Julia: - Nay, cadê você prima?

eu: - Julia?

Julia: - Você tá dormindo?

eu:- Estava, agora você me acordou.

Julia: - Mas o Nick não ti chamou pra vir almoçar aqui em casa hoje.

me sentei, ainda tentando acordar.

eu: - Foi mal prima. Chegamos o dia amanhecendo em casa. Mas daqui uma hora eu chego ai. Pode ser?

ela riu.

Julia: - Esperamos vocês então. Beijo!

Desliguei o celular e me deitei, abraçando a Paola.

eu: - Amor... Amor... Acorda! Vamos almoçar na casa da Julia.

Paola: - Deixa pra manhã!

disse sonolenta

eu: - Falei pra ela que chegaríamos em uma hora.

Paola: - Então você me arruma, me carrega até o carro, e dirigi até lá.

rindo falei.

eu: - De tudo que você pediu, só posso dirigir. Pode ser?

ela me olhou, com uma carinha meio dramática.

Paola: - Temos que ir?

fez biquinho.

eu: - Vamos lá amor. Vai ser legal!

ela sorriu.

Paola: - Está bem... está bem!

Nos levantamos e trocamos de roupa, e eu fui dirigindo até a casa do Nick e da Julia. Eu e a Paola estávamos bem engraçadas, as duas cansadas, com sono, e escondendo as olheiras com óculos escuros.

Julia: - Bom dia meninas!

Paola: - Boa noite Julinha!

disse abraçando a Julia.

Julia: - Vocês parecem cansadas.

constatou rindo, enquanto me abraçava.

Paola: - É que a madrugada foi boa!

rimos as três.

Julia: - Estamos na piscina, tá bem quentinha a água. Vocês não querem dar um mergulho, em um minuto despertam.

eu: - Eu vou cair sim, você vêm amor?

Paola: - Claro que sim.

Pegamos nossos biquínis no carro, e depois que encontramos com o Nick, ficamos um tempo conversando com ele e depois caímos na piscina.
A Julia estava certa... o mergulho nos despertou. Voltamos para a mesa e ante do almoço, começamos a beber licor com o Nick e a Julia. Falamos sobre a possibilidade de fazermos uma viagem para o Rio de Janeiro, juntos. Pensar nisso foi bem bacana.

Depois de muito licor, quase não havia mais vontade para almoçar, mas almoçamos mesmo assim, a Julia havia caprichado... depois que ela casou, até que estava mais solta na cozinha. A Tarde com eles foi muito boa... e nos duas só voltamos para casa, quando anoiteceu. 

Basicamente, quando chegamos em casa, estávamos tão exaustas, que só fizemos tomar um bom banho quente, e depois caímos na cama e praticamente desmaiamos de tanto sono.
Mais uma semana que surgi; e mais uma semana ao lado da Paola. Nada de muito diferente aconteceu. Nós duas íamos ao curso, depois cada uma seguia pro seu trabalho, e a noite, juntinhas, assistíamos filmes, ou tocávamos violão, fazíamos amor... A sensação era de que a cada dia, a cada noite, a cada minuto juntas, nos tornávamos mais cúmplices.

Dias depois, passei a notar algumas coisas diferentes na Paola. Ela que sempre era a única a não querer parar, começou a ficar mais caseira, chegar mais cedo em casa, sempre trazer da rua uma comida diferente. Eu sempre a observava, e mesmo sem entender, achava interessante essas pequenas mudanças.

Ainda não imaginava o que estava prestes a acontecer.
[Alguns dias depois]

Estava no trabalho quando meu celular tocou. Era a Paola.

[telefone]

eu: - Oi amor.

Paola: - Amor, vêm pra casa.

eu: - Você já está em casa minha linda.

Paola: - Acabei de chegar. Vem pra cá ficar comigo!

eu: - Eu estou trabalhando minha linda. Você está bem?

Começou a chorar.

Paola: - Amor, por favor. Eu nunca ti pedi isso antes.

Percebi que ela estava nervosa.

eu: - Eu já chego em casa. Mas não chora.

Pedi ao Nick que me liberasse, e ele não pensou duas vezes, apenas me pediu que ligasse se precisa-se dele.

Fui pra casa preocupada, parecia que o taxi nunca ia chegar. Tentei me manter calma, até porque, eu não sabia o que estava acontecendo.

Entrei em casa chamando pela Paola, e a encontrei no quarto, deitada, com carinha de choro.

eu: - O que foi meu amor.

falei indo abraçá-la e enxugando suas lágrimas.

Paola: - Me abraça Nayara!

pediu me abraçando forte.

eu: - Calma amor. Eu tô com você! ... Me fala o que tá acontecendo?!

continuava preocupada, e a Paola não parava de chorar. Meu coração já estava batendo fraquinho, sofrendo sem nem saber o porque.

eu: - Me fala o que aconteceu Paola.

pedi mais uma vez.

Paola: - Você me ama muito?

a olhei.

eu: - Claro que amo. Amo mais do que tudo nessa vida. Porque você tá perguntando isso amor?

ela não parava de chorar.

eu: - Eu vou pegar uma água pra você, se acalma!

fui até a cozinha, bebi água pra me acalmar também, e levei água pra ela.

eu: - Pronto amor. Agora me fala porque você tá assim? Aconteceu algumas coisa? ti fizeram alguma coisa?

ela não me respondia, só chorava. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo, e minha aflição só aumentava. 
Percebi que não ia conseguir saber o que acontecia com ela daquele jeito. Então me deitei ao lado dela na cama, e ela me abraçou forte... em silêncio, enquanto eu acariciava seus cabelos, permanecemos abraçada até ela parar de chorar.
eu: - Está mais calma agora?

ela sussurrou.

Paola: - Estou.

eu: - Quer conversar?

Paola: - Se eu ti pedir pra falarmos depois.

eu: - Eu vou respeitar.

Paola: - Só cuida de mim, estou precisando de você!

Ela sem dúvida estava com algum problema, mas o porque de não me falar, eu não sabia.

Pelo resto da tarde, eu fiquei cuidando, mimando ela. Mesmo quando ela pegou no sono, eu fiquei com ela no quarto, e pedi nosso jantar pra quando ela acordasse. 
Durante e depois do jantar, o nosso silêncio era incomum, mas eu não sabia o que falar, na verdade estava esperando que ela falasse alguma coisa. 

A Paola não disse nada, e depois de um tempo voltou a dormir. Ainda a observei por um tempo, queria ter certeza que ela estava bem, e quando não aguentava mais ficar acordada, peguei no sono.
Acordei cedo e depois de me arrumar, fui acordar a Paola.

eu: - Amor... amor... bom dia!

ela me olhou com um sorriso tímido.

Paola: - Já vai?

eu: - Vou pro curso. Você vai depois?

Paola: - Não sei se vou hoje.

eu: - Vou do curso pro trabalho, nos vemos a noite então.

Paola: - Está bem amor. Bom trabalho!

Nos abraçamos.

eu: - Eu te amo! ... qualquer coisa me liga.

ela sorriu.

Paola: - Te amo!

Mesmo com algumas perguntas na minha cabeça, fui pro curso e depois fui trabalhar. Voltei pra casa um pouco mais tarde, e a Paola estava dormindo. Depois de me arrumar, e fazer um lanche, fiquei um tempo lendo, e fui me deitar ao lado dela. Mas antes, vi se ela não estava com febre, ou doente, mas ela me parecia bem. 

Dia seguinte me levantei e a Paola não estava na cama, e nem em casa. Apenas encontrei um bilhete na cozinha, onde ela avisava que tinha saído mais cedo pra compra umas coisas, mas nos encontrávamos no curso, na cafeteria. 
Senti que ela estava fugindo de mim, ou me evitando, mas resolvi ignorar essa minha impressão.

Quando nos encontramos na cafeteria, ela não falou nada sobre o que tinha acontecido dias antes, pra ela ficar triste e nervosa daquele jeito. E eu continuava sem coragem de perguntar. Muito embora a curiosidade estivesse me matando, resolvi fazer de conta que nada havia acontecido.

Mais alguns dias se passaram, e a Paola parecia sempre muito melancólica, mas ainda sim me dava a impressão de fugir de mim. Até que um dia eu cheguei em casa, e não a encontrei... pior que isso... eu não encontrei nada dela, ela havia ido embora.
Fiquei perdida, olhei mil vezes o closet, e não havia absolutamente nada dela. 
Me sentei, com as mãos na cabeça, sem entender o que estava acontecendo, sem entender porque ela foi embora sem me falar nada.

Tentei ligar pra ela, que não me atendeu, e só depois de não conseguir ligar, foi que caiu realmente a fixa.

"Ela me deixou!"

repeti pra mim mesmo.

Entrei em desespero, comecei a chorar, e não sabia o que fazer. Liguei pra minha prima e pedi ajuda. Mas a Julia me aconselhou a esperar ela aparecer.

eu: - Se eu não for atrás dela, ela pode pensar que não me importo.

falei aos prantos.

Julia: - Calma Nayara, ela deve tá com algum problema, ou confusa, vocês duas estão praticamente casadas. Deixa ela ti procurar, não força nada.

eu: - Mais fácil é falar do que fazer!

depois de falar com a Julia no telefone, passei o resto da noite andando de um lado para o outro. Dentro de mim, havia uma mistura de tristeza com preocupação. O que estava acontecendo? Estávamos bem, nada justificava essa fulga dela.
No outro dia não tive cabeça de ir ao curso. Virei a noite acordada, e só aparecia no curso, na hora que normalmente ela saia da sala. Falei com as meninas que estudavam com ela, e nenhuma sabia da Paola.

Minha angústia só aumentava. Sai do curso, direto pra onde ela trabalhava com o pai.
Mas ninguém sabia de nenhum dos dois. Não sabia pra onde ela havia ido, se pra um hotel, um loft, a casa de alguém, mas certamente não pra casa dos pais, já que a mãe havia à expulsado. 

Não deu pra diminuir meu sofrimento, por dois dias, a Paola não deu sinal de vida, eu não encontrava o pai dela, ninguém tinha notícias dela. Foram dias que se passaram como meses. Até que o pai dela me ligou, era noite, eu acabava de chegar em casa.

[telefone]

Luís Canella: - Alô Nayara!

eu:- Senhor Canella! Quem bom que me ligou.

Luís Canella: - Filha, eu ti liguei sem permissão da Paola.

eu: - Por favor o senhor sabe o que está acontecendo? Onde ela está?

Luís Canella: - Nayara. Eu liguei porque acho que vocês duas precisam conversar. Desde que ela saiu de perto de você, só faz chorar. Eu sei que a minha filha tá muito mal.

eu: - Se ela também sente minha falta. porque não volta pra nossa casa?

Luís Canella: - Isso ela quem vai ter que ti falar.

eu: - E onde ela está?

Luís Canella: - Aqui em casa. Se você poder, vem aqui agora.

eu: - Claro. Mas ela vai querer falar comigo? e sua esposa?

Luís Canella: - Vem que eu dou um jeito.

eu: - Obrigada, o senhor não sabe o quanto precisa vê-la.

Luís Canella: - Mas sei o quanto ela precisa de você!

Depois de falar com o Pai dela no celular, sai rapidamente pra encontrá-la. Disposta a ouvir seja lá o que fosse, e traze-la de volta pra nossa casa.
Cheguei na casa da Paola, e não tive uma recepção muito agradável.

- O que essa menina tá fazendo aqui?

A mãe da Paola perguntou ao senhor Canella.

Luís Canella: - Eu à chamei aqui. Elas duas teem que conversar e você sabe disso.

ele falou sério, e pediu que eu esperasse um minuto, e logo viria me chamar.

Estava eu, parada na sala, com a mãe da Paola me encarando.

Mãe da Paola: - Você não tinha o direito de vir aqui.

eu: - Não vou demorar na sua casa, não se preocupe.

falei passivamente.

Mãe da Paola: - O destino deu a minha filha, a chance de se redimir e seguir o caminho certo. Você sabe porque ela está aqui?

eu: - Não.

Mãe da Paola:- Ela está grávida!

eu não acreditei no que ouvia. Fiquei estática.

Mãe da Paola: - Só aceitei ela de volta, porque agora sei que ela vai querer constituir família, e se casar com o pai do bebê dela. E se você tiver um minio de decência, não vai poupar um inocente de ter a família que lhe é de direito.

eu mau podia absolver a notícia da gravidez da Paola, e já tinha que me colocar como possível culpada por destruir a chance de um criança ter sua família como todas as outras teem.
Não deu tempo de pensa, o pai da Paola me levou até o quarto, e no meio do corredor, eu cruzei com o Casillas, nem nos olhamos.

A Paola estava na cama, com cara de choro, o pai dela saiu do quarto, nos deixando a sós, e eu fiquei de pé, enfrente à porta, completamente muda.

Paola: - Me desculpa!

falou quebrando o silêncio.

eu: - Esse não é o melhor jeito de começar essa conversa.

Mesmo já sabendo o que estava acontecendo, eu perguntei:

- Por que você foi embora sem me dar explicação alguma?

Paola: - Eu não sabia como ti falar o que está acontecendo.

eu: - Você podia ter tentado apenas falar.

Paola: - Eu estou grávida!

disse chorando, e aquele nó voltou à minha garganta, junto com o aperto no peito.
Paola: - Eu estava com medo de como você iria reagir.

eu: - E fugir foi o melhor jeito que você encontrou pra saber qual seria minha reação?!

a olhei séria.

Paola: - No dia que ti liguei, pedindo pra vir pra casa, eu tinha acabado de descobrir que estava grávida. Eu queria ti contar, mas quando você chegou, e me olhou, eu senti tanto medo de perder você, que não tive forças pra ti falar nada.

eu: - Você devia ter me falado. Saiba que fiquei sabendo da sua gravidez da pior maneira.

Paola: - Quem ti contou?

eu: - É mesmo difícil de saber?

Paola: - Foi a minha mãe.

eu: - E da pior forma. Mas isso não me importa. Eu vim aqui hoje decidida à ti levar comigo. Mesmo que você tenha me feito sofrer nos últimos dois dias como eu não sofri em anos. Mesmo que tenha me deixado sem explicação, cheia de perguntas. Preocupada sem saber o que você tinha, onde estava. Eu vim pronta pra ti levar de volta.

Paola: - E mudou de ideia?

Me sentei ao lado dela, e a olhei bem no fundo dos olhos.

eu: - Eu te amo mais que tudo, mais que qualquer coisa nesse mundo! Você me ama?

ela ainda chorando, respondeu...

Paola: - Eu te amo muito Nayara!

eu: - Eu não sei como é ser mãe.Mas na minha cabeça. A maternidade é a coisa mais linda que acontece na vida de uma mulher... pra mim, o elo entre uma mãe e seu filho, vai além do fato deles serem um só por 9 meses, pra mim é um elo eterno. Esse é o único amor que existe, que é realmente incondicional.

acariciando o rosto dela, completei.

eu: - Vou ti dar a maior prova de amor que posso ti dar. Vou deixar que você seja mãe, que dê uma família a esta criança. Só diz que me ama!

Paola: - Eu te amo... eu te amo muito... vou te amar pra sempre!

eu: - Não... você me amou. A partir de hoje, você vai amar seu bebê, e ser a melhor mãe do mundo!

Me levantei.

Paola: - Você vai embora?

Não consegui olhar pra ela.

eu: - Adeus Paola!
Sai do quarto e praticamente caminhei por toda a casa sem conseguir pensar em nada.
Não prestei nem atenção no que disse o pai dela quando eu estava saindo. Apenas fui caminhando até a porta, e saí sem falar nada.

Sai caminhando pelo condomínio, até que ouço um carro buzinar atrás de mim... olhei, e era o Casillas. Ele desceu do carro e veio falar comigo.

Casillas: - Queria falar com você!

disse sério.

eu: - O que você tem pra falar comigo?

Casillas: - Quero saber o que você e a Paola decidiram.

eu: - Você devia estar com ela... ela vai precisar de você mais do que nunca.

Casillas: - Mas e vocês duas?

eu: - Não tem mais nós duas. Agora tem você, ela, e o bebê de vocês.

Casillas: - Você sabe que ela te ama.

eu: - Eu sei E sei que você sabe que eu a amo também. Agora o que eu quero aber é se você é capaz de ama-la, e amar a essa criança também?!

Casillas: - Claro que sou!

respondeu com firmeza.

eu: - Então vai pra lá ficar com ela. Oferece tua amizade, e deixa que o tempo vai fazer ela me esquecer.

Casillas: - E você vai esquece-la?

eu: - O que faço da minha vida, já não ti interessa!

falei já com raiva.

eu: - Só cuida dela! ... Por favor!

ia dando as costas quando ele disse...

Casillas: - Sabe o que eu senti quando a Paola disse que te ama Nayara?

eu: - O que?

Casillas: - Inveja!

eu: - Parabéns! ... Agora eu que sinto inveja de você!

Fui embora sem falarmos mais nada.
Passei a noite, entrei pela madrugada, caminhando sem destino pelas ruas de Madrid. Minha vida havia desabado, eu não tinha mais nenhum motivo pra voltar pra casa. 
Parei em uma praça, e fiquei sentada ao lado da fonte, pensando em pensar em alguma coisa que diminuísse meu sofrimento... mas era em vão... nada me faria sofrer menos diante da ideia e do fato de perder a Paola.

Amanheceu, e eu já estava prestes a congelar... estava muito frio em Madrid, mas eu não liguei pra isso, não achava que iria ligar pra mais nada na minha vida. Estava com frio e cansada, mas isso era pouco comparado ao buraco negro que tinha no lugar do meu coração.

Cheguei em casa não sei como, talvez por instinto, e pelos três dias que se seguiram... mal dormi, mal me alimentei, eu era apenas um vazio, eu era apenas solidão, eu era apenas tristeza.

Deixei de ir pro curso, de ir trabalhar, apenas ficava em casa me arrastando e sofrendo pelos cantos. Minha prima me ligava, o Nick me ligava, e eu não atendia.

Resolvi fazer o que a maioria das pessoas que sofre por amor, fazem... pegue algumas garrafas de vinho, e sem pensar, comecei a beber como louca. Não demorou muito e o álcool me derrubou, por sorte, minha prima, que estava preocupada sem notícias minhas, veio ver o que acontecia comigo.

Julia: - Nayara o que ti deu?

falou perplexa ao me ver jogada na sala, completamente embriagada.

eu: - Você não é a Paola!

falei desesperada.

Julia: - Nick, me ajuda a levar ela pro quarto.

O Nick me pegou no colo, e me levou até a cama.

Julia: - Amor, providencia alguma coisa pra cortar o efeito dessa bebida.

eu: - Amor... Amor... isso dó muito!

continuava falando.

Nick: - Vou fazer isso. Fica de olho nela.

Julia: - O que ti deu prima?

eu: - Priminha... ela tá grávida! ... Grávida... vai ter um bebê.

Julia: - A Paola tá grávida?

comecei a chorar.

eu: - Tive que deixa-la... agora eu quero morrer!

Quase que gritei essa última frase.
Julia: - Nayara se controla, tá bom! ... Para com isso de quero morrer, você é muito menina pra isso.

eu: - Mas a minha vida acabou prima.

continuava chorando, desesperada.

Julia: - Vou ti ajudar a tomar um banho e depois você vai dormir. Vamos ficar aqui hoje.

eu: - Não precisa, eu prefiro ficar só.

Julia: - Vai ficar preferindo. Agora se levanta que u vou ti ajudar a tomar banho.

Completamente zonza, eu fui pro chuveiro, e não sei como, consegui tomar banho.
Já deitada, e trocada de roupa, o Nick entrou com uma xícara de café.

Nick: - Vai ti fazer bem!

dei um gole.

eu: - caraca Nick, você me trouxe praticamente só o pó de café.

reclamei, o café estava muito forte.

Nick: - Amanhã você vai me agradecer.

eu: - Prima eu não quero dormir só!

falei já chorando.

Julia: - agora você quer companhia?!

ela riu.

eu: - Nick deixa ela ficar aqui até eu dormir, por favor!

ele também riu.

Nick: - Claro Nayara!

A Julia ficou tomando conta de mim até que eu pegasse no sono.


Dia seguinte acordei me sentindo acabada. Quase derrubando tudo pela frente, fui até a cozinha, onde a Julia tomava café com o Nick.

eu: - Bom dia!

falei com as mãos na cabeça.

Julia: - Bom dia! ... vem comer Nay.

eu: - Sem fome!

Nick: - Precisa se alimentar Nayara.

me sentei com eles.

eu: - Não sinto vontade de comer.

Minha prima colocou um pedaço de mamão em um prato e me entregou.

Julia: - Come do mesmo jeito.

eu: - Eu tô morrendo de vergonha por ontem.

Nick: - Não fica Nay. Todo mundo já bebeu pra cair um dia.

Julia: - Mas vê se não repete a besteira.

eu: - Desculpa!

ela me abraçou.

Julia: - Come e depois deita mais um pouco, que vamos precisar de você na boate hoje a noite.

eu: - Que dia é hoje?

Nick: - Sábado!

eu: - Mesmo?

Julia: - Você nos deixou na mão por 2 dias.

eu: - Mais uma vez, me desculpa!

Nick: - Se não faltar hoje, tá desculpada.

sorri.

eu: - Ok!
Depois do café eu tentei descansar um pouco, mas não consegui, então me arrumei e fui pra boate. Trabalhei durante o resto da manhã, e no inicio da tarde. Não estava no clima de trabalhar a noite, mas eu não tinha mais o direito de faltar. Por isso, no final da tarde fui pra casa e me preparei pra trabalhar durante a noite.

Fiquei até a madrugada do domingo trabalhando, em tudo que eu podia ajudar, eu ajudei. Só saí de lá quando fechamos a boate. Cheguei em casa tão cansada, que não demorei pra dormir, mas no dia seguinte não tive muita vontade de levantar.

Durante todo o domingo, fiquei fazendo nada em casa, e falei no celular com a minha prima e com a minha mãe. 

Pensei muito na Paola, nessa situação toda que ela estava passando, mas eu não tinha muita noção de nada. Me colocar no lugar dela, era a melhor forma de tenar entender, mas mesmo assim não era simples. Senti que precisava conversar com alguém, então fui até a casa da minha prima.

Julia: - Você tá bem Nay?

perguntou estranhando me ver, aquela hora da noite, na sua casa.

eu: - Na medida do possível. Mas eu preciso conversar com alguém.

Julia: - Estava só esperando você dizer isso.

A Julia pegou a chave do carro e avisou ao Nick que iria tomar um café comigo. Seguimos até uma cafeteria e nos sentamos pra conversar.

Julia: - Você está confusa em relação a Paola?!

eu: - Não sei bem se estou confusa. Você sabe o quanto eu a amo, mas eu não queria ser responsável por fazer o filho, ou filha dela, já nascer sem uma família.

minha prima riu.

Julia: - Nayara, você está cega. Isso não tem nada haver. O que você tem que se perguntar é o seguinte.. você continuaria com a Paola, e se importava em ajuda-la com esse bebê?

fiquei em silêncio.

Julia: - Não existe isso de poupar essa criança de não ter uma família!... eu acho que você só está com medo de assumir uma responsabilidade a mais com a Paola.
eu: - O que você faria no meu lugar?

Julia: - Não me pergunte isso. Nós duas pensamos diferente. Se pergunte isso, veja se o amor que você sente pela Paola é tão grande, que chega a ser capaz de ti fazer lutar por ela, e ficar ao lado dela nesse momento.

eu: - Você acha que eu agi mal?

Julia: - Prima, eu estou do seu lado sempre. Só não quero que tom atitudes precipitadas.

eu: - Eu amo demais a Paola, mas agora não sei mais o que fazer.

Julia: - Olha prima, eu e o Nick só íamos ti contar isso amanhã, mas eu vou falar logo. Vamos participar de um evento de música em Servilla, o evento acontece no próximo fim de semana, mas os preparativas são durante essa semana toda. Queremos que você vá para Servilla e organize tudo.

eu: - Legal, mas o que isso tem haver com a Paola?

ela riu.

Julia: - Nada, não diretamente. Mas indiretamente, essa viagem pode ti ajudar a pensar sobre o que vai fazer em relação a ela, a vocês.

eu: - Acha mesmo?

Julia: - Eu ti conheço prima. Tanto que só acho que você precisa aceitar essa gravidez, pra depois ter certeza do que quer.

sorri.

eu: - Quando eu viajo?

Julia: - Terça, pela manhã.

eu: - Ótimo. 

Julia: - Sabia que você ia gostar!

Depois que a Julia me deixou em casa, fiquei pensando no que ela tinha me dito. E percebi que talvez eu tivesse decidido não lutar pela Paola porque estava com medo desse novo compromisso. 
Mas será que valia a pena me arriscar em quase assumir uma família?! ... Achei que esses dias em Servilla me faria realmente bem.

"Eu vou voltar pra cá com um resposta pra essa pergunta!" 
Me prometi.
Dia seguinte, o Nick foi me levar até o aeroporto, e no caminho me passou algumas tarefas e instruções, não se esquecendo de me aconselhar.

Nick: - Nayara. Aproveita o tempo que você tiver, pra pensar se vale a pena perder a Paola só porque ela esta grávida.

Ele falou isso com uma naturalidade tão grande, que eu percebi que ninguém tinha pedido pra que ele falasse.

eu: - Obrigada Nick... Quero dizer...

sorri.

- Obrigada primo!

Durante os primeiros dias em Servilla, eu aproveitei pra conhecer a cidade, mas o que mais me impressionava, era que todo lugar que eu passava, pensava em como seria se a Paola estivesse comigo. Me recordava que ela já havia me falado de Servilla, na verdade, a Paola havia me falado de diversas cidades.
A única coisa que eu conseguia sentir, era vontade de poder dividir tudo aquilo com ela.

Mais alguns dias se seguiram, e quando eu não acabava de trabalhar, agora ficava no hotel, tentando resolver a minha vida. Parecia que cada vez mais eu não sabia o que fazer, se devia ir atrás da Paola, o que eu poderia oferecer pra ela. Muitas perguntas e nenhuma resposta.

No sábado, dia do evento, a Julia e o Nick chegaram na cidade, e nos preocupamos com pequenos ajustes.

Nick: - Sabia que você iria dar conta de tudo.

sorri.

eu: - É pra isso que você me paga.

brinquei.

Depois de fazermos os últimos ajustes, voltamos para o hotel, para nos prepararmos para logo mais a noite.

Julia: - Prima, vamos pra sauna?

A Julia me propôs, e de primeira eu neguei, mas ela insistiu tanto que eu acabei cedendo.

eu: - Julia, só você pra me fazer vir pra essa sauna agora.

ela riu.

Julia: - Eu queria ti contar umas coisas.

eu: - E não podia ser no quarto.

continuei brincando.

Julia: - Podia sim, mas eu tava afim de vir pra sauna.

disse sorrindo.

eu: - Tudo bem. Mas o que você e conta?

Julia: - Eu fui visitar a Paola nessa antes de ontem.

eu: - Hummm... e ela está bem?

Julia: - Você acha que ela está?

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