21/11/2010

Boa madruga!



Sempre escrevi muito durante as madrugadas insones, onde meus pensamentos vagam sem destino, apenas pensando na vida, na minha e na das pessoas que fazem parte de mim.

Bem, o sol daqui a pouco estará nascendo e eu estou aqui, desperta e com os pensamentos a mil, terminei de ver um filme que me fez chorar, acho que continuo mais emotiva do que antes, deve ser mal da idade, (risos).

Costumo sempre falar sobre o amor, mas hoje não falarei apenas de amor, mas de entrega, tempo onde tudo pode acontecer quando há sentimento.

Falarei do filme “Meu querido Jonh”, onde um casal se conhece e se apaixonam num espaço de tempo de duas semanas, um amor ainda puro, de descobertas, a mocinha sonhadora e o rapaz já endurecido pelo passado, mas no final com sua pureza ela consegue atingir sua alma, transformando-o numa pessoa mais generosa e capaz de ver alem de suas dores. Antes de voltar ao campo de batalha “soldado”, eles se prometem escrever tudo o que passa em suas vidas, relatando cada mudança, para que um saiba do outro. E eles seguem assim por quase um ano, até que o destino intervém e impede que eles se entreguem a esse amor, ele retorna ao serviço e ela diante dessa ausência se vê diante do tempo em que passa só, onde as lembranças das duas semanas juntos é a única coisa que os ligam, então ela se casa e durante um tempo deixa de escrever. Ele ainda sem saber o que acontece, tenta contato, luta por algo que o mantinha vivo, “um amor de cartas”, para ele era mais do que teve a vida toda, até que ele recebe a carta onde ela termina tudo, deixando seu mundo em pedaços assim como seu coração, mas ele é um soldado durão, então ele segue em frente, sufocando as lembranças e matando pouco a pouco as recordações, mas sempre esperando. Então sua vida muda, seu pai morre, e ele volta para casa, o lugar de onde ele fugiu das lembranças de antes e depois dela.

O reencontro é marcado de magoa, onde a única resposta que ele procurava era o porquê dela ter desistido dele, para seguir com outra vida, longe dos planos que haviam trilhado para eles, a vida se mostrou novamente indiferente aos sentimentos, até que ele ouviu “que ela não conseguiria viver com a ausência, o quanto era difícil seguir sem seu toque, sem sua presença”, o abandono foi apenas uma forma de escapar da solidão que a corroia por dentro.

Se formos pensar, acho que às vezes tomamos decisões baseadas em impressões diversas, quando você vê o filme, você chora por ele, pela perda de um amor, mas no fim, você descobre que chora por eles, pelo amor que ainda está lá, mas não sabe como torná-los um só.

O amor existe, apenas sofreu transformações, e quando menos se espera você se depara com ele novamente, mas não sabe como será. As mudanças acontecem ao longo da ausência, uns deixam de amar, outros amam mais, resta saber aonde esse amor irá se encontrar.

No fim, eles se encontram, mas será que o amor irá uni-los.

Até breve!




Um dia o amor será bastante e nem o tempo e a ausência serão capazes de afastar duas almas apaixonas, já que elas se reconheçam como uma.


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