Quem foi ou é criança, sempre já ouviu falar dos grandes contos de fadas, onde a princesa termina com o príncipe e vivem felizes para sempre. É claro que para alcançar esse grande final, muitas coisas acontecem, os contratempos do mundo dos contos, mas na vida real, o que realmente acontece é que uma princesa que gosta de princesas, nem sempre encontra aquela que vai lhe fazer feliz.
E literalmente beijam-se muitas sapas (como no conto) até que um dia, muito, muito, muito distante, você acaba acertando.
Confesso que já acreditei em contos, já desejei encontrar a princesa que ficaria ao meu lado, nos bons e maus momentos, que os obstáculos da vida real poderiam ser superados. Hoje eu já deixei de sonhar com princesas, castelos, cavalos brancos e cai na real, onde nem tudo são flores, são espinhos. Parei de pedir por algo que me fizesse acreditar novamente que tudo seria possível, quanto mais eu caminho para a luz, a floresta parece ficar mais densa e escuro, tirando de mim o animo para lutar por alguém ou por algo que valha a pena.
Hoje me dou por satisfeita se deitar minha cabeça no travesseiro e dormir, depois de um dia cansativo, sabendo que ao levantar, vou fazer tudo de novo, sem correr o risco de me iludir com jogo de cores.
Queria imensamente saber o motivo, de que a cada dia, os sonhos se transformam, e o sorriso antes tão fácil, vai sumindo aos poucos, e a esperança já deixou de brilhar em meus olhos.
E todas as noites, quando repousar, podem sonhar, mas com a certeza de que tudo ficara no mundo dos sonhos, onde lá poderei viver um amor mesmo que seja por minutos, mas o suficiente para ainda me fazer sonhar, não desejar.
Às vezes o amor dói
Machuca e nos destrói
Às vezes a fantasia é a única coisa
Que nos mantêm
Mas sempre chega ao fim.
E quando nada disso mais funcionar
É porque chegou o momento
De baixar a bandeira e se entregar
Você foi feita refém da falta de amor
Dos sonhos de criança
Das ilusões da adolescência
Você se tornou adulta
E deixou de sonhar
Viu que nada mais é como nos contos
E que na vida real
Não são os príncipes que vencem
Mas as bruxas, quando nos vêem.
Como elas.
Sem amor, sem esperança.
Sem vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário