25/04/2013

Música e Sedução - XXI







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Cristina estava sentada aguardando para ser atendida. Enquanto isso seus pensamentos teimavam em voltar para sua vida anterior, ao lado de Juliana.
Um tempo em que havia sido feliz, mas por fraqueza acabara se envolvendo num jogo de sedução.
Quando conhecera Juliana, havia se encantado por aquela mulher tão simples, que tratava todos da mesma forma. Quando estagiara no hospital e conhecerá a famosa doutora, ficara de quatro.
Ela passava por ela no hospital e parecia trazer um frescor novo. Mas sabia o quanto ela era eficiente e profissional, que dificilmente misturaria sua vida pessoal com a do trabalho. Apesar de ser uma mulher muito bonita e feminina, as pessoas comentavam sua opção sexual, coisa que muito havia lhe interessado, apesar de arrancar suspiros de homens e mulheres.
O tempo que estiveram casada pensava que tinha tudo, mas acabara se envolvendo com uma mulher no bar. Aquela noite foi o fim do seu casamento.
Ainda lembrava-se do olhar de fúria, a magoa e depois o desprezo quando foi até a casa buscar suas coisas, tentara uma reconciliação, mas Juliana não queria nem mesmo ouvi-la.
E o pior que nem mesmo havia ficado tanto tempo com a mulher que fora o pivô do fim de seu casamento.
Aquela noite, ela se deixou envolver por aquele jogo de sedução, a mulher do bar sabia o que dizer e fazer. Estava cansada e sentia que Juliana se doava mais ao trabalho, mas quando a conhecerá já era assim.
Foram às trocas de olhares e depois à bebida oferecida, quando percebeu, já estavam num motel qualquer da cidade, a loira simplesmente conseguia tirar seu fôlego, seus beijos eram exigentes, e o sexo era excitante.
Suas mãos percorriam o corpo daquela estranha, suas unhas passavam por suas costas, sabia que deixava marcas naquele corpo perfeito, mas já não era mais dona de seus sentidos.
Quando sentiu a loira tomar conta do seu corpo, se apossando de cada pedaço exposto, apertando seus seios, mordendo e chupando, arrancava gemidos cada vez mais altos, apesar da dor, ela queria mais.
E foi assim a noite inteira, elas se usaram mutuamente, se deram prazer de uma forma selvagem. Quando acordou na madrugada, viu a mulher ao seu lado, as marcas em seu corpo foi que se deu conta de que teria que ir para casa. Levantou-se e foi pegar suas roupas jogadas pelo chão.
Quando entrou no banheiro e se olhou no espelho é que viu que não era a única com marcas pelo corpo, havia roxos espalhados por seus seios, pescoço, os lábios inchados pelos chupões e mordidas. Vestiu-se rapidamente, voltou ao quarto e olhou novamente para aquela mulher que havia lhe dado horas de prazer maravilhosas, só que agora teria que encarar seu mundo real.
Assim que pegou o celular dentro da bolsa, viu várias ligações e algumas mensagens. Graças a Deus a última dizia que ela estaria no hospital àquela hora. Assim que conseguiu pegar um taxi, foi até o bar onde deixou o carro e rumou para casa. Sua preocupação agora era esconder aquelas marcas e ter uma boa desculpa pelo seu sumiço.
Assim que chegou ao apartamento, percebeu que não tinha ninguém, o silêncio era um contraste para seus pensamentos que estavam em ebulição.
Entrou imediatamente no banho, queria tomar um banho e tirar do seu corpo aquele perfume que era apenas mais um indicio de que não passara a noite só, depois tentaria cobrir as marcas e passar uma pomada para suavizar os roxos.
Saiu do banheiro enrolada na toalha, foi quando a viu sentada na cama com suas roupas na mão. Assim que seus olhares se cruzaram sentiu um frio tomar conta de todo seu ser. Então ela se levantou e caminhou até onde estava de um único puxão ela arrancou a toalha de seu corpo.
Olhar dela se arregalou, ela colocou a mão na boca como que para abafar seu susto pelas marcas que via.
- Juliana. – comecei a falar
Mas assim que ouviu minha voz, ela simplesmente se voltou seus olhos estavam rasos d’água.
- vamos conversar – tentei segurá-la.
- não encoste em mim. - Suas palavras saíram baixas, mas frias.
- amor!
- amor, - ela cuspiu as palavras – onde esteve? Fiquei preocupada, mas sou burra, posso ver exatamente o que andou fazendo.
Ela disse isso jogando as roupas que ainda segurava nas mãos.
- esse cheiro de perfume, ela deve ter dinheiro pelo menos, pois não é um perfume qualquer.
- Juliana, me ouça. – ainda tentei falar.
- não quero ouvir nada, estou vendo em seu corpo, na sua boca. Eu quero que saia desta casa.
- amor, vamos conversar.
- saia – o grito de Juliana não deixava duvidas de sua raiva. – vou voltar ao trabalho e quando voltar não te quero aqui, leve tudo, ou jogarei tudo fora.
Ela sabia que não conseguiria convencê-la do contrário, teria que esperar ela esfriar a cabeça.
A viu sair do quarto chorando, jogou as roupas no chão e sentou na cama, colocando a cabeça entre as mãos pensando no que havia feito.
Iria para um hotel e depois pegaria suas coisas, quando voltasse esperava conseguir conversar com Juliana e tentar acertar as coisas.
Deixou passar uma semana antes de um contato, qual não foi a sua surpresa ao saber que sua entrada no prédio que moravam estava bloqueada e suas malas com tudo o que tinha estavam com o porteiro apenas aguardando que fosse buscá-las. Ao tentar forçar sua entrada, o porteiro imediatamente acionou os seguranças.
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Um comentário:

  1. Vou responder ao comentário indelicado apenas pq acredito ser mais educada que você.. PROCURE! normalmente sou mais delicada, só que até o momento nenhuma das pessoas que por aqui passam usam o "seu tipo de palavreado", caso esse seja seu reportório por favor.. nem precisa procurar.

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