.......
Depois que saiu
do motel resolveu que iria direto para casa, mas antes de fazer isso ela acabou
passando em frente à casa de Amanda, não conseguia esquecer aquela mulher, faria
de tudo para tê-la novamente e não deixaria aquela sonsa ficasse entre elas.
Partiu para
casa, foi direto para o quarto, do closet tirou uma caixa contendo varias fotos
suas com Amanda no tempo em que eram casadas, espalhou-as pelo chão do quarto,
pegou um copo e o encheu de vodka, e as horas foram passando e ela ali sentada
no chão com outra garrafa do lado e deixando que a lágrima tomasse conta de si.
A bebida era
incapaz de sufocar a dor que sentia.
À medida que
relaxava seus pensamentos eram apenas um, queria aquela mulher e não poderia
contar com a ajuda de ninguém. Sabia que seu pai era todo de Amanda e quando
soube do que andara fazendo ele foi uma das pessoas que mais apoio o fim
daquela relação que ele dizia ser doentia.
......
Depois de passar
horas tentando falar com Juliana, Carlos finalmente conseguiu encontrá-la em
casa, depois de afundar o dedo na campainha.
Ela estava com
o semblante cansado e parecia diferente.
- o que
aconteceu com você? – disse quase gritando
- fala baixo,
você deve ter acordado o prédio inteiro com esse dedo na minha campainha. –
respondeu ela fechando a porta.
- droga jú,
você sumiu no meio da boate, eu liguei horrores para seu celular, sua casa e
nada – disse Carlos chateado.
- desculpe
amigo, mas eu queria sair dali e ir para casa, só... - ela olhou para ele e
baixou os olhos.
- o que
aconteceu? – perguntou ele já temendo alguma desgraça, pois havia visto
Cristina na boate.
- vem, vou
fazer um café, já que você me acordou, aproveitamos e conversamos. – disse indo
em direção à cozinha.
À medida que
ela colocava água no fogo, Carlos já se acomodava na cadeira.
- pronto, sou
todo ouvidos, quero saber o que aconteceu e pelo amor de Deus não me diga que
saiu de lá com aquelazinha. – falou se referindo a ex-esposa da amiga.
- não, pensei
até que tivesse tão bêbada que estava tendo alguma alucinação. – respondeu à
amiga.
Ele ficou em
silencio apenas aguardando.
- bem, depois
que saí da boate eu peguei um taxi para ir para casa, só que eu não fui para
casa, acabei indo para outro lugar. – pela cara que Carlos fez, achou melhor
falar logo. – acabei indo parar na casa de Amanda.
Ele abriu a
boca e fechou.
- como assim? –
disse ele
- nem eu sei,
deve ter sido meu subconsciente, quando me vi em frente a casa dela ainda
perguntei ao motorista e ele me disse que foi o endereço que dei a ele. Então
eu toquei a campainha dela do mesmo jeito que você fez. – disse rindo.
- não acredito
e ai? – perguntou ele assustado.
Antes que ela
pudesse responder qualquer coisa, ela teve sua atenção toda voltada para a
porta, onde a mulher havia feito amor, entrava com uma cara de sono, sem se dar
conta de que não estavam mais sozinhas.
- vida –
exclamou Juliana – acho melhor você colocar algo.
Foi então que
Carlos se voltou e olhou para aquela mulher na cozinha, nua em pelo.
- Jesus, Maria
José – diante deste grito afeminado do amigo, Juliana começou a gargalhar e
Amanda saiu correndo, parecia finalmente desperta.
Ainda rindo da
cara do amigo e da amante, Juliana foi em direção ao quarto.
- bom dia vida
– disse beijando Amanda.
- Desculpa,
eu... – tentava formular uma frase.
- tudo bem,
depois o Carlos se recupera do impacto de ver tanta beleza apenas em uma
mulher.
Depois de
trocarem um beijo carinhoso e Amanda colocar uma roupa elas voltaram para a
cozinha. Onde já encontraram um Carlos totalmente refeito ou quase.
Assim que as
viu entrando na cozinha ele foi logo falando:
- meninas, é um
pecado tudo isso numa mulher – disse rindo
Juliana
observou a namorada ficar vermelha e acabou por beija-la ali mesmo.
Carlos não deixou
passar esse momento de afeto
- ah! Me ajude
aí, não preciso ser testemunha deste momento de afeto. – disse já arrancando
uma careta de Juliana.
- Para com
isso, vem amor, senta aqui e toma café conosco.
E foi assim que
finalmente Amanda conheceu Carlos, o grande amigo de Juliana.
..........